Parnamirim (Rio Grande do Norte)
Nota: Para outros significados, veja Parnamirim.
Município de Parnamirim | |||||
"Trampolim da Vitória" "Cidade Branca do Nordeste" | |||||
Panorama da cidade. | |||||
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Hino | |||||
Aniversário | 17 de dezembro | ||||
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Fundação | 17 de dezembro de 1958 (60 anos) | ||||
Gentílico | parnamirinense | ||||
Prefeito(a) | Rosano Taveira (PRB) (2017 – 2020) | ||||
Localização | |||||
Localização de Parnamirim no Rio Grande do Norte Parnamirim | |||||
Unidade federativa | Rio Grande do Norte | ||||
Mesorregião | Leste Potiguar IBGE/2008[1] | ||||
Microrregião | Natal IBGE/2008[1] | ||||
Região metropolitana | Natal | ||||
Municípios limítrofes | Natal (ao norte), Macaíba (a oeste) São José do Mipibu e Nísia Floresta (ao sul) e Oceano Atlântico (a leste). | ||||
Distância até a capital | 12 km[2] | ||||
Características geográficas | |||||
Área | 123,471 km² [3] | ||||
População | 255 793 hab. (RN: 3º) – IBGE/2018[4] | ||||
Densidade | 2 071,68 hab./km² | ||||
Altitude | 53 m (RN: 126º)[5] | ||||
Clima | Tropical As | ||||
Fuso horário | UTC−3 | ||||
Indicadores | |||||
IDH-M | 0,766 (RN: 1°) – alto PNUD/2010[6] | ||||
PIB | R$ 2 709 922 mil (RN: 3º/BRA: 214º) – IBGE/2011[7] | ||||
PIB per capita | R$ 13 001,84 IBGE/2011[7] | ||||
Página oficial | |||||
Prefeitura | www.parnamirim.rn.gov.br | ||||
Câmara | www.camaradeparnamirim.com.br |
Parnamirim é um município brasileiro localizado no estado do Rio Grande do Norte. Pertencente à Região Metropolitana de Natal, à mesorregião do Leste Potiguar e à microrregião de Natal, localiza-se ao sul da capital estadual, distando desta doze quilômetros. Ocupa uma área de 123 km², e sua população foi estimada no ano de 2018 em 255 793 habitantes, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, sendo então o terceiro município mais populoso do estado, ficando atrás apenas da capital potiguar, Natal, e da cidade de Mossoró.
Emancipado de Natal no ano de 1958, Parnamirim é reconhecido internacionalmente como "Trampolim da Vitória", tendo fortes ligações históricas com a Segunda Guerra Mundial quando se tornou sede da então base aérea americana Parnamirim Field — hoje Base Aérea de Natal — devido à sua localização estratégica global, servindo de ponto da partida de muitas aeronaves americanas, de todos os tipos, para levar tropas para o front da África. A grande movimentação de soldados americanos influenciou a população local, introduzindo sua cultura e movimentando, de certa forma, a economia da cidade e até mesmo participando da vida social dos habitantes à época.[8][9]
Conurbada à capital,[10] Parnamirim vive um intenso crescimento econômico, especialmente no setor imobiliário,[11] se tornando uma verdadeira extensão de Natal.[12] Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) é alto, de 0,766, o maior entre os municípios potiguares.[6] Abriga o Aeroporto Internacional Augusto Severo, durante muito tempo o principal aeroporto do Rio Grande do Norte, desde sua criação até sua desativação em 2014, além de ser sede do Centro de Lançamento de Foguetes da Barreira do Inferno, primeira base do tipo no país. Pontos turísticos como o maior cajueiro do mundo e as praias de Cotovelo e Pirangi do Norte, somando por abrigar eventos e shows musicais durante a alta estação, fazem da cidade um dos principais destinos turísticos do estado.
Índice
1 Etimologia
2 História
3 Geografia
3.1 Clima
3.2 Ecologia e meio ambiente
4 Demografia
4.1 Religião
4.2 Etnias
5 Política e subdivisões
6 Economia
7 Infraestrutura
7.1 Saúde
7.2 Educação
7.3 Segurança pública, serviços e comunicação
7.4 Transporte
7.5 Habitação e infraestrutura básica
8 Cultura
8.1 Artes
8.2 Turismo e eventos
8.3 Esportes
8.4 Feriados
9 Ver também
10 Referências
11 Ligações externas
Etimologia |
A origem do nome Parnamirim vem da expressão “Paranãmirim” da língua tupi, que significa "rio volumoso pequeno", de paranã "rio volumoso; mar" + mirĩ "pequeno".[13] Apesar de ainda hoje existirem vários rios e riachos na área que corresponde ao município de Parnamirim, acredita-se que o “Paranã-mirim” conhecido pelos índios potiguares, habitantes da capitania do Rio Grande na época da colonização (século XVII), tenha sido algum curso d’água já desaparecido.[14]
História |
Há registros a respeito da doação de extensas áreas a capitães-mores, datadas entre 1600 e 1633 (sendo este último ano em que começaram as invasões holandesas), com várias referências a topônimos que hoje fazem parte do município de Parnamirim. O Rio Pitimbu, com seus nomes antigos, é uma delas. Porém, apesar das distribuições feitas pelos capitães-mores e da cobiça dos fidalgos por propriedades, as terras de Parnamirim permaneceram inaproveitadas e despovoadas por séculos.[14]
Em 1881, a região foi cortada pelos trilhos da linha férrea entre Natal e Nova Cruz, seguindo de perto o traçado do velho caminho para a Paraíba e o Recife. Sabe-se também que as terras ao sul do Pitimbu estavam, em 1889, nas mãos do senhor do Engenho Pitimbu, João Duarte da Silva. Posteriormente, o fidalgo comprou a maioria das propriedades vizinhas, incluindo uma grande área de tabuleiro plano ao sul do rio que dava nome à propriedade, distante dezoito quilômetros de Natal. A área era conhecida como 'a planície de Parnamirim' e fazia parte do Engenho Cajupiranga.[14]
Em 1927, o português Manuel Machado passou a ser o novo dono das terras do Engenho Pitimbu, que se estendiam dos limites com os Guarapes, Macaíba, ao norte, e as terras do Engenho Cajupiranga, ao sul. Ele adquiriu fazendas, sítios, engenhos e terras férteis, mas também áreas extensas e desabitadas. Com a posse das terras não esperava ganhar nenhum título nobiliárquico, mas apenas que a cidade crescesse e exigisse novos espaços para moradias. No entanto foi em meio à aventura dos pioneiros da aviação civil que Parnamirim nasceu. Ainda no ano de 1927, foram abertas diversas rotas aéreas no Brasil. Para isso, foram escolhidas algumas áreas ao longo dessas rotas a fim de que se pudesse ser instalada uma rede de aeroportos. Dessa forma, a Compagnie Generale Aéropostale – CGA (antiga Compagnie Générale d´Entreprise Aéronautique – CGEA) instalou um campo de pouso em uma área doada pelo comerciante Manuel Machado (que era dono da maior parte das terras pertencentes ao município), que contava com a imediata valorização do restante da sua propriedade.[14]
Nesse mesmo período, foi construída uma estrada carroçável (que passava pelo porto dos Guarapes, em Macaíba, estendendo-se pelo engenho Pitimbu e acompanhando a linha férrea Natal/Nova Cruz, até o novo campo), ligando a capital ao campo de aviação em Pitimbu, facilitando, assim, a instalação da Aéropostale no estado. Nos anos seguintes, com a expansão das atividades da Aéropostale, que viria a ser absorvida em outubro de 1933 pela Air France, Manuel Machado vendeu novos pedaços de terra para a ampliação do aeroporto de Parnamirim. Novos investimentos foram feitos no campo e a companhia estatal francesa transferiu os hangares e demais instalações para o outro lado da pista de pouso, onde hoje estão as instalações da Base Aérea de Natal. A partir daí, ficou reconhecida a importância de Parnamirim para o desenvolvimento da aviação internacional.[14]
Com o desenrolar da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o governo de Getúlio Vargas assinou, em julho de 1941, um acordo de defesa mútua que cedia áreas para a instalação de bases norte-americanas no Nordeste (em outubro de 1941), rompendo relações diplomáticas com a Alemanha, Itália e Japão, em janeiro de 1942 e, finalmente, em 22 de agosto do mesmo ano, declarar guerra aos países do eixo. A construção das bases naval e aérea, em Natal, seria fruto desses acordos.[14]
Para manter as aparências da participação conjunta nos esforços de guerra e salvar a autoestima nacional, o governo brasileiro criou, por meio de um decreto, a Base Aérea de Natal, que daria o impulso decisivo para ao surgimento da cidade de Parnamirim. A pista de pouso das companhias comerciais dividia ao meio o campo de Parnamirim. Os brasileiros ficaram com o lado oeste, onde já estavam as instalações da Air France e da companhia de aviação italiana (LATI), desativadas desde o início da grande guerra na Europa. Eram instalações modestas demais para atender o esforço de guerra dos aliados e os americanos preferiram ocupar o lado leste. Lá, estava sendo construído um novo campo, na base leste: o Parnamirim Field, considerado o maior campo de aviação e base de operações militares que os Estados Unidos viriam a ter, durante a Segunda Guerra, fora do seu território.[14]
Em termos estratégicos, Parnamirim Field foi a base de um triângulo que apontava para o teatro de operações (o norte da África e o sul da Europa), onde a sorte dos aliados contra os nazistas estava sendo lançada. Este triângulo era identificado nos mapas estratégicos norte-americanos como Trampoline of Victory (trampolim da vitória). Mas foi somente em outubro de 1946, dezessete meses após a rendição alemã, que a Base Leste foi entregue à Força Aérea Brasileira. No mesmo ano foi inaugurada a Estação de Passageiros da Base Aérea de Natal, elevada à condição de Aeroporto Internacional Augusto Severo, em 1951.[14]
Em 23 de dezembro de 1948, foi criado e anexado ao município de Natal o distrito de Parnamirim, elevado à categoria de município apenas dez anos depois, em 17 de dezembro de 1958, desmembrando-se da capital.[14]
Para não deixar o Brasil por fora dos conhecimentos tecnológicos que a corrida espacial certamente traria à humanidade, Jânio Quadros, durante os seus sete meses de mandato na presidência do Brasil, criou a Comissão Nacional de Atividades Espaciais (CNAE). Como consequência, em 12 de outubro de 1965, o Ministério da Aeronáutica oficializou a criação do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), instalado em área do município de Parnamirim, e que nos dez anos seguintes, deu a Natal a fama de "Capital Espacial do Brasil", desenvolvendo vários projetos internacionais em parceria com a NASA. Um dos motivos que levou à escolha do Nordeste para a instalação de uma base brasileira de lançamento de foguetes já é conhecido e comprovado pela sua posição estratégica, em relação ao tráfego aéreo entre a Europa, Norte da África e Estados Unidos.[14]
Em 1973, sem consulta à população local, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte mudou o nome do município para "Eduardo Gomes". Em 1987, um movimento que reuniu mais de quatro mil assinaturas levou à assembleia a devolver o nome inicial à cidade.[14]
Geografia |
Parnamirim está localizado na mesorregião do Leste Potiguar e microrregião de Natal, no litoral do estado do Rio Grande do Norte,[1] distante 12 km de Natal, capital estadual,[15] e 2 361 km de Brasília, capital federal.[16] Conurbado à capital potiguar,[10] ocupa uma área de 123,471 km²,[3] integra a Região Metropolitana de Natal, limitando-se com Natal a norte, Nísia Floresta e São José de Mipibu a sul e Macaíba a oeste, além do Oceano Atlântico a leste.[15]
O relevo do município, com altitudes médias inferiores a cem metros, é formado pela planície costeira, que compreende terrenos alterados em sua forma devido à presença de dunas em sua constituição, além dos tabuleiros costeiros ou "planaltos rebaixados", constituídos de argila, podendo chegar ou não ao litoral. Parnamirim está situado em área de abrangência de rochas do Grupo Barreiras, formadas durante o período Terciário Superior, com a predominância de arenitos com espessura entre fina e média e intercalações de siltitos e argilitos associados sistemas fluviais. No litoral, encontram-se dunas modeladas pela ação dos ventos, de origem marinha, cuja constituição é formada basicamente por areia, as chamadas "paleodunas".[15]
O tipo de solo predominante é areia quartzosa distrófica, cujas características são a drenagem excessiva, baixo nível de fertilidade e textura formada por areia. Há também os latossolo vermelho amarelo distrófico, profundo, poroso, com média textura, pouca fertilidade e drenagem forte.[15][17]
O município está situado em um conjunto distinto de duas bacias hidrográficas, sendo a maior parte inserida dentro da bacia do rio Piranji, seguida pela faixa litorânea leste de escoamento difuso. Os principais rios que cortam Parnamirim são o Pitimbu, que nasce no município de Macaíba, corta o bairro natalense Pitimbu (daí seu nome) e deságua na Lagoa do Jiqui, em Parnamirim,[18] e o rio Pium, que nasce na divisa entre Parnamirim e Nísia Floresta e desemboca no Oceano Atlântico.[19] A principal lagoa é a do Jiqui e os principais riachos são Água Vermelha, Cajupiranga, Lamarão, Mendes e Ponte Velha.[15]
Clima |
Maiores acumulados de precipitação em 24 horas registrados em Parnamirim por meses (EMPARN, 1993-presente)[20] | |||||||
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Mês | Acumulado | Data | Ref | Mês | Acumulado | Data | Ref |
Janeiro | 151 mm | 26/01/2004 | [21] | Julho | 221 mm | 30/07/1998 | [22] |
Fevereiro | 154,5 mm | 18/02/2018 | [23] | Agosto | 116,5 mm | 08/08/2008 | [24] |
Março | 158 mm | 07/03/2002 | [25] | Setembro | 131,3 mm | 04/09/2013 | [26] |
Abril | 177 mm | 03/04/1997 | [27] | Outubro | 35 mm | 22/10/2005 | [28] |
Maio | 146,2 mm | 18/05/2013 | [26] | Novembro | 57 mm | 16/11/2006 | [29] |
Junho | 214,4 mm | 15/06/2014 | [30] | Dezembro | 40 mm | 31/12/2006 | [31] |
O clima de Parnamirim é tropical chuvoso,[15] quente e úmido (do tipo As na classificação climática de Köppen-Geiger), com índice pluviométrico superior a 1 600 milímetros (mm) por ano, concentrados entre os meses de março e julho.[32] O tempo médio de insolação é de aproximadamente 2 700 horas anuais, com elevada umidade relativa do ar, cuja média gira em torno dos 79%.[15]
Segundo dados da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), desde 1993 o maior acumulado de precipitação (chuva) em 24 horas registrado em Parnamirim foi de 221 mm em 30 de julho de 1998.[22] Outros acumulados iguais ou superiores a 150 mm foram 214,4 mm em 15 de junho de 2014,[30] 186,5 mm em 2 de julho de 2008,[24] 177 mm em 3 de abril de 1997,[27] 160,7 mm em 9 de junho de 2008,[24] 158 mm em 7 de março de 2002,[25] 154,5 mm em 18 de fevereiro de 2018[23] e 151 mm nos dias 26 de janeiro de 2004[21] e 1 de julho de 2000.[33] O maior volume de precipitação em um mês foi registrado em junho de 2005, de 729,6 mm.[34]
Dados climatológicos para Parnamirim | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima média (°C) | 30,6 | 30,7 | 30,7 | 30,2 | 29,6 | 28,6 | 28,2 | 28,4 | 29,1 | 30 | 30,3 | 30,6 | 29,8 |
Temperatura mínima média (°C) | 23,9 | 23,9 | 23,7 | 23,1 | 22,5 | 21,3 | 20,6 | 20,8 | 21,7 | 22,9 | 23,5 | 23,9 | 22,6 |
Precipitação (mm) | 65,2 | 94,5 | 197,7 | 254,8 | 221,7 | 323,2 | 224 | 125,9 | 45 | 20,5 | 26,6 | 25,3 | 1 624,4 |
Fonte: Jornal do Tempo[32] |
Ecologia e meio ambiente |
A cobertura vegetal de Parnamirim é formada pela Mata Atlântica, mais especificamente pela floresta subperenifólia, cujas espécies possuem folhas verdes e largas, troncos densos e delgados e solo coberto por uma camada de húmus, além dos tabuleiros litorâneos, que predominam em áreas modificadas pela ação humana. O pouco da vegetação original que restou encontra-se protegido.[15]
O município possui, em sua lei orgânica, um código ambiental, publicado com o objetivo de preservar as belezas naturais existentes em todo o município e garantir a qualidade de vida de gerações consideradas futuras.[35] Parnamirim possui seis unidades de conservação ambiental: o Parque das Exposições, a unidade de Emaús, a lagoa do Jiqui, a praia de Cotovelo e o maior cajueiro do mundo,[36] além de zonas de proteção ambiental, definidas pelo plano diretor, que se dividem em três subzonas distintas: I, II e III.[37]
Segundo estudos divulgados em 2009, na fauna municipal foram cadastradas 98 espécies de aves, 70 de artrópodes, dezessete de mamíferos e nove de anfíbios,[38] entre as quais estão o chorozinho-de-papo-preto e o patinho-do-nordeste (aves ameaçadas de extinção, comuns em áreas verdes); morcegos das famílias phyllostomidae e vespertilionidae (mamíferos); a cobra-coral-verdadeira e o teiú (répteis). Já na flora foram encontradas 59 espécies de árvores, sendo as principais o pau-brasil, a sapucaia, o louro-canela, a pitombeira e o goiti-trubá.[38]
Demografia |
Crescimento populacional | |||
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Censo | Pop. | %± | |
1970 | 14 502 | — | |
1980 | 26 362 | 81,8% | |
1991 | 63 312 | 140,2% | |
2000 | 124 690 | 96,9% | |
2010 | 202 456 | 62,4% | |
Est. 2017 | 254 709 | [4] | 25,8% |
Censos demográficos do IBGE (1970-2010)[39][40] |
Em 2010, a população do município era de 202 456 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo o terceiro mais populoso do estado, e com uma densidade demográfica de 1 638,14 habitantes por km², a segunda maior densidade populacional do Rio Grande do Norte, perdendo somente para Natal. Neste mesmo ano, 96 995 habitantes eram homens e 105 461 eram mulheres. Ainda segundo o mesmo censo, todos os seus habitantes viviam na zona urbana, o que coloca Parnamirim como o município potiguar com a maior taxa de urbanização.[40][41]
O Índice de Desenvolvimento Humano do município é considerado alto pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Em 2010, seu valor era de 0,766, sendo o maior do Rio Grande do Norte e o 274° do Brasil. Considerando apenas a longevidade o índice é de 0,825, o índice de renda é de 0,750 e o de educação é de 0,726.[6] O coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social, é de 0,55.[42] Entre 2000 e 2010, o percentual da população que vivia com renda domiciliar per capita inferior 140 reais caiu de 27% para 11,8%, apresentando uma redução de 56,2%. Em 2010, 88,2% da população vivia acima da linha de pobreza, 8,2% entre as linhas de indigência e pobreza e 3,7% abaixo da linha de indigência. No mesmo ano, o valor do índice de Gini era de 0,55 e os 20% mais ricos contribuíam com 59,7% da renda municipal, valor 20,2 vezes maior do que a participação dos 20% mais pobres, que era de apenas 3%.[43]
Religião |
De acordo com dados do censo brasileiro de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a religião no município era formada por católicos apostólicos romanos (62,99%), evangélicos (23,73%), sem religião (8,51%), espíritas (2,13%), Testemunhas de Jeová (0,78%), ateus (0,33%), mórmons (0,24%), budistas (0,15%), umbanda e candomblé (0,09%), católicos apostólicos brasileiros (0,07%), agnósticos (0,06%), espiritualistas (0,06%), esotéricos (0,05%), católicos ortodoxos brasileiros (0,05%) e tradições indígenas (0,01%).[44]
A Igreja Católica inclui Parnamirim e outros 88 municípios na Arquidiocese de Natal, criada como diocese em 1909 e elevada à categoria de arquidiocese em 1952, com sede na Catedral Metropolitana de Natal. Em Parnamirim existem atualmente quatro paróquias e uma diaconia: a Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, a Paróquia do Beato André Soveral, a Paróquia do Beato Mateus Moreira e a Diaconia Nossa Senhora de Guadalupe. Essa diaconia é a única existente em toda a Arquidiocese de Natal.[45] A paróquia de Nossa Senhora de Fátima, padroeira municipal, foi criada em 1 de abril de 1952, pelo então arcebispo arquidiocesano Dom Marcolino Dantas.[46] Parnamirim ainda pertence à terceira zonal da arquidiocese.[45]
Parnamirim possui os mais diversos credos protestantes ou reformados, como a Igreja Luterana, a Igreja Presbiteriana, a Igreja Metodista, as igrejas batistas, a Igrejas Assembleias de Deus, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, a Igreja Mundial do Poder de Deus, a Igreja Universal do Reino de Deus, a Congregação Cristã no Brasil, entre outras.[47] Como citado acima, de acordo com o IBGE, em 2000 15,34% da população era protestante. Desse total, 10,43% são das igrejas evangélicas de origem pentecostal; 3,96% são das evangélicas de missão; 0,90% são das evangélicas sem vínculo institucional; e 0,04% pertencem a outras religiões evangélicas. Outras denominações existentes são as Testemunhas de Jeová (que representam 0,76% dos habitantes) e os membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (0,37%), também conhecida como Igreja Mórmon.[47]
Etnias |
Conforme o censo demográfico de 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população de Parnamirim é formada por brancos (48,31%), pardos (46,15%), pretos (4,44%), indígenas (0,10%) e amarelos (1,00%).[48] Sua composição étnica se deve às influências dos colonizadores da região a partir do século XIX.[14]
Logo no início deste período, Parnamirim recebeu principalmente imigrantes portugueses que colonizavam aquelas terras. Elas eram distribuídas pela Coroa Portuguesa a todos os que tinham interesse em participar do processo de colonização. O objetivo da Coroa era colonizar as novas terras com interesses puramente mercantis para a produção de cana-de-açúcar, produto que tinha alto valor na Europa e exigia grandes faixas de terra.[14]
Mais atualmente, o desenvolvimento da Região Metropolitana de Natal fez com que Parnamirim atraísse pessoas de outras partes do estado ou mesmo do país.[49] Entre 1991 e 2000, o município recebeu 20 443 pessoas de fora da cidade, o maior total de toda a região metropolitana.[49] Isso se deve ao fato de existir em Parnamirim, assim como em outros municípios da RMN, nos entornos de Natal, uma maior capacidade de absorção de forasteiros que vem em busca de trabalho na capital potiguar.[49][50] Grande parte dos novos habitantes vão para as áreas próximas à capital, o que fez com que surgisse uma conurbação entre as duas cidades.[50]
Política e subdivisões |
O poder executivo do município de Parnamirim é representado pelo prefeito auxiliado pelo seu gabinete de secretários.[51] O primeiro prefeito do município foi Deoclécio Marques de Lucena, entre 10 de janeiro de 1959 e 31 de janeiro de 1960, nomeado pelo governador Dinarte Mariz,[52] e o atual é Rosano Taveira da Cunha, do Partido Republicano Brasileiro (PRB),[53] eleito nas eleições municipais de 2016 com 44,76% dos votos válidos,[54] tendo como vice Elienai Dantas Cartaxo, do Partido Trabalhista Nacional (PTN).[55] O poder legislativo é representado pela câmara municipal,[51] formada por dezoito vereadores.[56] Cabe à casa elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao executivo, especialmente o orçamento municipal (conhecido como Lei de Diretrizes Orçamentárias).[51]
Em complementação ao processo legislativo e ao trabalho das secretarias, existem também conselhos municipais em atividade: assistência social, direito das mulheres, educação, FUNDEB, idoso, turismo e tutelar.[15][57] Parnamirim se rege por sua lei orgânica, promulgada em 2 de abril de 1990,[51] e é sede de uma comarca do poder judiciário estadual, de segunda entrância.[58] De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o município possuía, em novembro de 2016, 109 019 eleitores (4,544% do eleitorado do Rio Grande do Norte), divididos em duas zonas eleitorais (48ª e 50ª).[59]
O município de Parnamirim se divide em quinze bairros oficiais, sendo Nova Parnamirim, na divisa com Natal, o maior deles, com uma população de 54 076 pessoas em 2010, e Parque do Jiqui o menor, com 1 636 habitantes.[60] Há ainda a "área de expansão", onde se situa o Comando Aéreo de Treinamento (CATRE); a área do antigo Aeroporto Augusto Severo e outra área do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno.[61][62]
Economia |
O Produto interno bruto (PIB) de Parnamirim é o terceiro maior do estado (superado apenas por Natal e Mossoró) e o segundo maior de sua microrregião[7] (superado apenas por Natal). Nos dados do IBGE de 2011 o município possuía R$ 2 709 922 mil no seu Produto Interno Bruto.[7] Desse total 429 357 mil são de impostos sobre produtos líquidos de subsídios.[7] O PIB per capita é de R$ 13 001,84.[7]
- Setor primário
Produção de feijão, milho e cana-de-açúcar (2007)[63] | ||
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Produto | Área colhida (hectares) | Produção (tonelada) |
Milho | 150 | 90 |
Feijão | 300 | 165 |
Cana-de-açúcar | 600 | 14 |
A agricultura é o setor que tem menos participação na economia de Parnamirim. De todo o PIB da cidade 20 982 mil reais é o valor adicionado bruto da agropecuária. Segundo o IBGE em 2009 o município possuía um rebanho de 7 580 bovinos, 160 equinos, 1 590 suínos, 680 caprinos, 22 asinos, 55 muares, 1 510 ovinos, e 411 594 aves, dentre estas 219 471 galinhas e 192 123 galos, frangos e pintinhos. Em 2009 a cidade produziu 2,603 milhões de litros de leite de 2 410 vacas. Foram produzidos 4 326 dúzias de ovos de galinha e 56 mil dúzias de ovos de codorna. Na lavoura temporária são produzidos principalmente o milho (86 toneladas), mandioca (1 968 toneladas), o feijão (146 toneladas) e a cana-de-açúcar (14 520 toneladas).[63]
- Setor secundário
A indústria, atualmente, é o segundo setor mais relevante para a economia do município. 310 041 reais do PIB municipal são do valor adicionado bruto da indústria (setor secundário).[7] Grande parte deste valor é originário do Distrito Industrial. Está instalado às margens da BR-101 e é composto de várias empresas de diferentes ramos e chegou inclusive a ter a primeira fábrica de Coca-cola do país. É um distrito industrial/misto, pois possui empresas de pequeno, médio e grande porte.[64][65]
- Setor terciário
A prestação de serviços rende 1 081,317 reais ao PIB municipal.[7] O setor terciário atualmente é a maior fonte geradora do PIB da cidade. De acordo com o IBGE, a cidade possuía, no ano de 2008, 2.958 unidades locais, 2.890 empresas e estabelecimentos comerciais atuantes e 55 994 trabalhadores, sendo 29,678 pessoal ocupado total e 26,316 ocupado assalariado. Salários juntamente com outras remunerações somavam 332 401 reais e o salário médio mensal de todo município era de 2,4 salários mínimos.[63]
Infraestrutura |
Saúde |
Parnamirim possuía, em 2009, setenta estabelecimentos de saúde, sendo 33 deles privados e 37 públicos entre hospitais, pronto-socorros, postos de saúde e serviços odontológicos. Neles a cidade possuía 166 leitos para internação.[63] No ano de 2008, foram registrados 3 379 nascidos vivos, sendo que 7,7% nasceram prematuros, 53,3% foram de partos cesáreos e 17,3% foram de mães entre 10 e 19 anos (0,9% entre 10 e 14 anos). A taxa bruta de natalidade era de 18,9.[66] O índice de suicídios naquele ano para cada 100 mil habitantes foi de 3,4, sendo o trigésimo terceiro a nível estadual e o 1616° a nível nacional.[67]
Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, Parnamirim possuía em 2008, um total de 345 profissionais de saúde residentes no próprio município, sendo 174 deles agentes de saúde, dez assistentes sociais, 101 auxiliares de enfermagem, 32 auxiliares de consultório dentário, 24 enfermeiros, dois clínicos gerais e dois nutricionistas. Já entre os profissionais de saúde residentes fora do município, existia um total de 405 pessoas, sendo quatro agentes de saúde, 43 auxiliares de enfermagem, 25 bioquímicos, 52 dentistas, 65 enfermeiros, treze fisioterapeutas, trinta ginecologistas, seis cardiologistas, cinco clínicos gerais, 46 pediatras, seis nutricionistas, dezenove ortopedistas, nove psicólogos, onze oftalmologistas e nove radiologistas, além de outras 36 pessoas que trabalhavam em outras profissões de saúde.[15]
Educação |
Educação de Parnamirim em números[63] | ||||||
---|---|---|---|---|---|---|
Nível | Matrículas | Docentes | Escolas (total) | |||
Ensino pré-escolar | 3 731 | 177 | 59 | |||
Ensino fundamental | 29 380 | 1 215 | 84 | |||
Ensino médio | 7 641 | 378 | 20 |
Parnamirim, em 2009, contava com 55 511 matrículas e 255 escolas nas redes públicas e particulares entre os ensinos pré-escolar, fundamental e médio.[63] No ano de 2009, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) das escolas estaduais era de 3,3 para estudantes de 1ª à 4ª série e 3,0 para estudantes de 5ª à 8ª série, enquanto que o índice das escolas municipais era de 4,0 para estudantes no ensino primário e 3,2 para estudantes do ginásio (de quinta à oitava série).[68] O município possui a melhor escola pública de Educação Básica e toda Região Metropolitana de Natal e também de todo o estado do Rio Grande do Norte. No ranking da região metropolitana, o IDEB de Parnamirim, em 2009, subiu de 3,8 para 4,0, o maior da região, superando Natal (3,7), Nísia Floresta (3,6) e Extremoz (3,1), que são a segunda, terceira e quarta colocadas na classificação entre os municípios da Grande Natal, respectivamente. O município é também líder no ranking do segundo clico na região metropolitana, juntamente com a capita, cujo índice é de 3,2. Entre as melhores escolas de Parnamirim estão a Nossa Senhora da Guia (6,4) e Homero de Oliveira Dantas (5,2).[69] Atualmente, o governo do estado vem trabalhando e realizando estudos para melhorar o IDEB do estado e dos municípios.[70] O município possui em seu território algumas instituições de ensino superior instaladas, como a Faculdade União Americana[71] e o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN).[72] Este último foi inaugurado em uma cerimônia em Brasília, onde estavam presentes Luís Inácio Lula da Silva (presidente brasileiro na época) e o reitor do instituto, Belchior de Oliveira Rocha.[72][73]
Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e do Ministério da Educação (MEC), o índice de analfabetismo no ano de 2000 entre pessoas era mais frequente na faixa etária acima dos vinte e cinco anos (15,9%), enquanto a menor frequência era entre quinze e dezessete anos (4,42%).[74] A taxa bruta de frequência à escola, que em 1991 era de 66,29%, passou para 85,13% em 2000.[75] 4 166 pessoas possuíam menos de um ano de estudo ou não contavam com instrução alguma.[76]
Segurança pública, serviços e comunicação |
Como na maioria dos municípios brasileiros, a criminalidade ainda é um problema em Parnamirim. Em 2008, a taxa de homicídios no município foi de 27,4 para cada 100 mil habitantes, ficando na nona posição a nível estadual e no 580° lugar a nível nacional.[77] Para tentar reduzir essas taxas de criminalidade, o 3º Batalhão de Polícia Militar, sediado em Parnamirim, juntamente com a prefeitura, busca tomar medidas inerentes a segurança pública.[78]
Além da segurança pública, o município conta com outros serviços básicos. O serviço de abastecimento de água de toda o município é feito pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN),[79] enquanto a responsável pelo abastecimento de energia elétrica em Parnamirim é a Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern), que fornece energia em todos os municípios do estado do Rio Grande do Norte.[80] No ano de 2007 existiam 60 499 consumidores e foram consumidos 233 779 KWh de energia.[15] Ainda há serviços de internet discada e banda larga (ADSL) sendo oferecidos por diversos provedores de acesso gratuitos e pagos. O serviço telefônico móvel, por telefone celular, é oferecido por diversas operadoras. Existe ainda acesso 3G, oferecido ao município por algumas operadoras.[81] O código de área (DDD) de Parnamirim é 084[82] e o Código de Endereçamento Postal (CEP) da cidade é de 59600-000.[83] No dia 10 de novembro de 2008 o município passou a ser servido pela portabilidade, juntamente com outras cidades de DDDs 33 e 38, em Minas Gerais; 44, no Paraná; 49, em Santa Catarina; além de outros municípios com código 84, no Rio Grande do Norte.[84]
Há transmissão de canais nas faixas Very High Frequency (VHF) e Ultra High Frequency (UHF). Em 2008, Parnamirim sediava duas emissoras de rádio, ambas em modulação em frequência (FM). Existiam ainda três jornais em circulação, uma agência do Banco do Brasil, uma do Banco Itaú, uma do Banco do Nordeste, uma da Caixa Econômica Federal e quatro unidades postais telegráficas, sendo uma unidade da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, duas agências de correios comunitários e uma unidade que incluía um tipo de unidade postal telegráfica.[15]
Transporte |
A frota municipal em 2014 possuía 48 228 automóveis, 20 843 motocicletas, 5 197 caminhonetes, 2 402 camionetas, 2 023 caminhões, 1 417 motonetas, 1 254 utilitários, 402 ônibus, 385 micro-ônibus, 265 caminhões-trator, quatro tratores de rodas e 1 501 em outras categorias, totalizando 83 921 unidades.[63]
Parnamirim é cortado por três rodovias, duas federais e uma estadual. As federais são a BR-101, que começa em Touros, no litoral nordeste do Rio Grande do Norte, e percorre o litoral leste brasileiro, estendendo-se até Jaguarão, Rio Grande do Sul;[85] e a BR-304, que liga Natal a Fortaleza, capital do Ceará.[86] Já a rodovia estadual é a RN-063, que se inicia na Avenida Engenheiro Roberto Freire, em Natal, até se cruzar com a BR-101 em São José de Mipibu.[87]
O município é atravessado por uma única ferrovia em todo o seu território, administrada pela Transnordestina e com uma extensão de 479 quilômetros, que vem da Paraíba, corta a Região Metropolitana de Natal e se estende até Macau, no litoral norte do Rio Grande do Norte.[88][89] Durante muito tempo, Parnamirim possuiu o Aeroporto Internacional Augusto Severo, que foi desativado em 31 de maio de 2014, dia em que foi inaugurado o Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, que desde então toda a Grande Natal.[90]
Habitação e infraestrutura básica |
De acordo com o censo demográfico de 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Parnamirim possuía, em geral, 60 329 domicílios. De todo esse total, existiam 47 584 casas (78,87%), 5 468 casas de vila ou em condomínio (9,06%), 7 176 apartamentos (11,89%) e apenas 101 habitações em casa de cômodos e cortiços (0,17%).[91] Já em relação à condição de ocupação do domicílio, 40 971 eram imóveis próprios (67,91%), 16 760 eram alugados (27,78%), 2 487 cedidos (4,12%) e 111 eram ocupados sob uma outra condição (0,18%). Em relação ao abastecimento de água realizando nas residências, 58 347 recebiam água tratada a partir de uma rede geral de distribuição (96,71%), 1 212 imóveis eram abastecidos por um poço ou nascente na propriedade (2,01%) e 770 unidades possuíam abastecimento de água vindo de outras fontes (1,28%). Quanto à energia elétrica, 60 213 imóveis eram abastecidos (98,90%), sendo 170 a partir de uma outra fonte (0,28%) e 60 043 a partir de uma companhia distribuidora de energia (99,54%); outros 116 domicílios não tinham ou não eram abastecidos pela rede elétrica (0,19%).[92]
Em relação ao destino do lixo, 59 666 domicílios possuíam coleta (98,90%), dos quais 56 102 eram coletados por serviço de limpeza (92,99%) e 3 564 possuíam a coleta feita a partir de uma caçamba de serviço de limpeza (5,91%); outros 663 imóveis não possuíam coleta de lixo (1,10%).[92] Quanto ao esgotamento sanitário, 87 domicílios não possuíam banheiros nem sanitários (0,14%); já entre os 60 242 domicílios que a possuíam (99,86%), 2 648 tinham esgotamento sanitário feito a partir da rede geral de esgotos ou pluvial (4,39%), 32 091 a partir de uma fossa séptica (53,19%) e 25 503 com esgotamento sanitário feito de uma outra maneira (42,27%).[93]
Cultura |
A responsável pelo setor cultural de Parnamirim é a Fundação Parnamirim de Cultura, que tem como objetivo planejar e executar a política cultural do município por meio da elaboração de programas, projetos e atividades que visem ao desenvolvimento cultural. Está vinculada ao Gabinete do Prefeito, integra a administração pública indireta do município e possui autonomia administrativa e financeira, assegurada, especialmente, por dotações orçamentárias, patrimônio próprio, aplicação de suas receitas e assinatura de contratos e convênios com outras instituições.[94]
Artes |
No cenário teatral de Parnamirim, destacam-se o Cine Teatro Municipal Paulo Barbosa da Silva, um dos mais recentes espaços culturais do estado do Rio Grande do Norte, inaugurado em setembro de 2014 e com capacidade para mais de 500 pessoas.[95][96] Também se destacam os serviços disponibilizados pelos órgãos municipais. A Fundação Parnamirim de Cultura, por exemplo, ajuda anualmente, em maio, nas comemorações da festa de Nossa Senhora de Fátima. Em 2011 também houve a organização da opereta Oratório de Nossa Senhora de Fátima, em homenagem à santa padroeira da cidade, além de espetáculos teatrais e shows religiosos.[97] A Fundação ainda organiza todos os anos, desde 2006, o espetáculo Nas Asas da História, que conta em forma de teatro à população sobre a história da cidade, sendo exibido em vários bairros e distritos nos meses de dezembro, nas proximidades do aniversário de emancipação política.[97] O Projeto de Leitura Conto e Encanto é realizado desde 2009 e conta com a exibição de peças infantis às crianças de 2 a 6 anos nos Centros Infantis de Parnamirim.[98]
O artesanato também é uma das formas mais espontâneas da expressão cultural parnamirinense. Em várias partes do município é possível encontrar uma produção artesanal diferenciada, feita com matérias-primas regionais e criada de acordo com a cultura e o modo de vida local. Alguns grupos, ou mesmo a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), reúnem diversos artesãos da região, disponibilizando espaço para confecção, exposição e venda dos produtos artesanais. Normalmente essas peças são vendidas em feiras, exposições ou lojas de artesanato, como a Feira de Artesanato da Praça Paz de Deus, realizada anualmente em maio.[99][100]
Turismo e eventos |
Parnamirim ainda conta com diversos pontos turísticos por toda a cidade, que vão desde construções até atrativos naturais. O Planetário Aluísio Alves foi inaugurado em dezembro de 2008 e conta com 53 cadeiras dispostas ao redor de um aparelho semelhante a um semiglobo, sendo um dos únicos do Nordeste brasileiro. Realiza palestras sobre astronomia e cursos práticos.[101] O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno é uma base da Força Aérea Brasileira (FAB) para lançamentos de foguetes, contando ainda com uma praia e um museu aeroespacial.[102] O Mercado Público Municipal é uma das principais áreas de comércio popular da cidade, vendendo produtos como roupas, sapatos e alimentos.[102] O Parque Aluízio Alves foi inaugurado em 18 de março de 2007 e faz parte de um complexo que conta com uma fonte luminosa, banheiros, pista de skate, playgroud e teatro de arena, além de um pequeno rio artificial e uma réplica do Pico do Cabugi e uma estátua em tamanho natural do ex-governador potiguar Aluízio Alves.[102]
As praias de Cotovelo e de Piranji são alguns dos principais atrativos naturais, e têm boa arborização e estrutura, além de falésias e possuirem relevante valor paisagístico. A segunda citada ainda destaca-se pelos Parrachos de Pirangi e abriga o maior cajueiro do mundo, que tem 10 mil m² quadrados de copa e que em 1994 entrou para o Guiness Book.[102] Atualmente tramita-se a poda parcial da árvore, que estaria causando lentidão do trânsito da região, já que os galhos estão atingindo a Rota do Sol, o que está gerando polêmica entre a população.[103]
Para estimular o desenvolvimento socioeconômico local, a prefeitura de Parnamirim, juntamente ou não com empresas locais, investe no segmento de festas e eventos. Essas festas, muitas vezes atraem pessoas de outras cidades, exigindo uma melhor infraestrutura no município e estimulando a profissionalização do setor, o que é benéfico não só aos turistas, mas também a toda população da cidade. As atividades ocorrem durante o ano inteiro. Dentre elas destaca-se o a Exposição de Animais e Máquinas Agrícolas do Rio Grande do Norte, mais conhecida como "Festa do Boi". Maior evento de agronegócio do estado[104] onde também são realizados exposição de animais, concursos, leilões e muitos negócios, além de uma movimentada programação cultural incluindo principalmente shows de vários artistas.[105]
Esportes |
Assim como em grande parte do país, em Parnamirim o esporte mais popular é o futebol. Um importante clube da cidade é o Potiguar de Parnamirim, fundado dia 11 de fevereiro de 1945.[106] Manda seus jogos no Estádio Tenente Luiz Gonzaga, mais conhecido como Gonzagão, que ainda é o principal da cidade, fundado em 9 de janeiro de 2001 e que hoje conta com capacidade de até cerca de 8 000 pessoas.[107] Outro time igualmente importante é o Parnamirim Sport Club, fundado em 14 de julho de 1985. Há também o Parnamirim Futebol Clube.[108]
A Secretaria Municipal de Turismo, Esporte e Lazer (SETEL) é o órgão público responsável por planejar e comandar a vida esportiva e os setores do lazer e turismo no município de Parnamirim.[109] Além dos clubes de futebol citados na cidade também há equipes em outras modalidades esportivas, como futsal, atletismo, vôlei, futebol de areia, queimada, ciclismo, handebol e bissicros. Dentre as competições, uma das principais é os Jogos Escolares de Parnamirim, organizados desde 2004 e que reúnem anualmente mais de mil alunos de escolas públicas e particulares que se enfrentam em diversas modalidades.[110]
Feriados |
Segundo a Associação do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte (AMPERN), em Parnamirim há dois feriados municipais, oito feriados nacionais e três pontos facultativos. Os feriados municipais são: o dia da padroeira Nossa Senhora de Fátima, 13 de maio, e o dia da emancipação política do município, comemorado em 17 de dezembro.[111]
Ver também |
- Potiguares de Parnamirim
- Operação Tocha
- For All - O Trampolim da Vitória
- Lista de municípios do Brasil acima de cem mil habitantes
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Ligações externas |
Página da prefeitura (em português)
Página da câmara (em português)- Estudo sobre Parnamirim