Tamarindus





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Como ler uma infocaixa de taxonomiaTamarindus


Fruto de Tamarindus
Fruto de Tamarindus


Classificação científica



























Reino:

Plantae


Divisão:

Magnoliophyta


Classe:

Magnoliopsida


Ordem:

Fabales


Família:

Fabaceae


Género:

Tamarindus



Espécies
Tamarindus indica











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Ilustração de Tamarindus indica.


Tamarindus[1] é um género botânico pertencente à família Fabaceae. É um gênero monotípico, tendo apenas uma espécie, Tamarindus indica. Seus nomes populares são tamarindo, tamarindeiro, tamarineira, tamarineiro, tamarina e jubaí.[2]




Índice






  • 1 Etimologia


  • 2 Tamarindus indica


    • 2.1 Usos do tamarindeiro


    • 2.2 Necessidades da planta


    • 2.3 Plantio


    • 2.4 Tratos culturais


    • 2.5 Pragas


      • 2.5.1 Mosca-da-madeira




    • 2.6 Controle


      • 2.6.1 Broca-das-sementes




    • 2.7 Coleobroca


    • 2.8 Colheita e rendimento


    • 2.9 Sinonímia




  • 3 Classificação do gênero


  • 4 Notas


  • 5 Referências


  • 6 Ligações externas





Etimologia |


O termo "tamarindo" origina-se do árabe تمر هندي [tamr hindī], que em português significa "tâmara da Índia". A palavra chegou à língua portuguesa pelo latim medieval tamarindus, daí a denominação do gênero, em latim científico, Tamarindus (1753).


"Jubaí" se originou do tupi yu'aí.[3]



Tamarindus indica |




Tamarindeiro (Ilha da Reunião).


O tamarindeiro, tamarineiro ou tamarineira (Tamarindus indica L., Sp. Pl. 1: 34. 1753), é originário das savanas africanas, embora seja cultivado principalmente na Índia. No Brasil, o fruto é bastante consumido nas regiões Norte e Nordeste.


Árvore bastante decorativa, sua altura pode chegar aos 25 metros. O tronco divide-se em numerosos ramos curvados, formando copa densa e ornamental; as folhas são compostas e sensíveis (fecham por ação do frio), flores hermafroditas amarelas ou levemente avermelhadas (com estrias rosadas ou roxas) que se reúnem em pequenos cachos axilares. O fruto - tamarindo ou tamarino - é uma vagem alongada com 5 a 15 cm. de comprimento, com casca pardo-escura, lenhosa e quebradiça; as sementes em números de 3 a 8 estão envolvidas por uma polpa parda e ácida contendo açucares (33%), ácido tartárico (11%), ácido acético, ácido cítrico.


Cem gramas de polpa contêm 272 calorias, 54 mg. cálcio, 108 mg. fósforo, 1 mg. de ferro, 7 ug. Vit. A, 0,44 mg. Vit. B e 33 mg. Vit. C.



Usos do tamarindeiro |


Fruto: a polpa, com sabor agridoce, é usada no preparo de doces, bolos, sorvetes, xaropes, bebidas, licores, refrescos, sucos concentrados e ainda como tempero para arroz, carne, peixe e outros alimentos.


Sementes: ao natural, servem de forragem para animais domésticos; processadas são utilizadas como estabilizantes de sucos, de alimentos industrializados e como goma (cola) para tecidos ou papel. O óleo extraído delas é alimentício e de uso industrial.


Madeira: o cerne da madeira é de excelente qualidade e pode ser usado para diversas finalidades; forte, resistente à ação de cupins, presta-se bem para fabricação de móveis, brinquedos, pilões, e preparo de carvão vegetal.



Necessidades da planta |


Clima: a planta pode ser cultivada em regiões tropicais úmidas ou áridas. A temperatura média anual deve estar em 25 °C, e as chuvas anuais entre 600 e 1 500 milímetros.


A planta requer boa intensidade de luz e é sensível ao frio.


Solo: Devem ser profundos, bem drenados, pH entre 5,5 e 6,5, de preferência arenoargilosos. Solos pedregosos e sujeitos a encharcamento devem ser evitados.



Plantio |


Mudas: de ordinário, as mudas são formadas a partir de sementes que são lançadas ao solo a 2–3 cm. de profundidade em linhas de 15 centímetros sobre canteiros de terra constituído de mistura de terriço (3 partes) e esterco de curral bem curtido (1 parte). Com 10 centímetros de altura, as mudas vigorosas são transportadas para sacos de polietileno 18 centímetros x 30 centímetros; alcançando 25 centímetros de altura, a muda estará apta ao transplantio.


Espaçamento/covas: espaçamentos de 10 metros x 10 metros (100 plantas por hectare), 12 metros x 12 metros (69 plantas por hectare) ou 10 metros x 8 metros (125 plantas por hectare) são comuns. As covas podem ter dimensões de 50 centímetros x 50 centímetros x 50 centímetros ou 60 centímetros x 60 centímetros x 60 centímetros; na sua abertura, separar a terra dos primeiros 20 centímetros.


Adubação básica: lançar, no fundo da cova, 500 gramas de calcário dolomítico cobrir levemente com terra; misturar, à terra de separada, 15 litros de esterco de curral bem curtido + 500 gramas de superfosfato simples e + 120 gramas de cloreto de potássio e lançar na cova trinta dias antes do plantio.


Plantio: deve ser feito no início do período chuvoso e em dias nublados; irrigar a cova com 15 litros de água e proteger o solo, em torno da muda, com palha ou capim seco sem sementes. Deixar colo da muda ligeiramente acima da superfície do solo.



Tratos culturais |



  • Controle de ervas deve ser feito, periodicamente, com capinas em "coroamento" em volta da muda.

  • Podar galhos secos, doentes e aqueles que se dirijam para dentro da copa.

  • Efetuar adubações em cobertura, com leve incorporação, sob copa, segundo quadro de indicação abaixo:



Pragas |



Mosca-da-madeira |


O adulto é mosca escura, com asas amarelo-escuras, com 31–35 milímetros de comprimento. A fêmea põe ovos na casca da árvore de onde saem lagartas que perfuram o caule, abrem galerias e penetram até o lenho.



Controle |


Caiação do tronco com calda de 3 quilogramas de cal + 3 quilogramas de enxofre em 100 litros de água.[nota 1]



Broca-das-sementes |


O adulto é besourinho escuro com 2 milímetros de comprimento e que perfura a casca do fruto, destrói a polpa e põe ovos nas sementes; as lagartas destroem as sementes.


Controle

Pulverizar frutos ainda verdes. [4]



Coleobroca |


O adulto é um besouro com 20 milímetros de comprimento, cor castanho-clara, antenas longas; a forma jovem é a de uma lagarta branca e sem patas que broqueia tronco e ramos abrindo galerias.


Controle

Poda e queima das partes atacadas e pulverizações preventivas de tronco e ramos.



Colheita e rendimento |


A planta entra em produção entre 4-6 anos pós plantio e pode produzir ao longo de duzentos anos. Após alcançar a maturação, o fruto pode permanecer na árvore por várias semanas.


O ponto de maturação é reconhecido quando a casca do fruto torna-se quebradiça partindo-se facilmente à pressão dos dedos; deve-se colher o fruto amadurecido na planta.


Cada tamarindeiro adulto pode produzir de 150 a 250 quilogramas de frutos por ano (12 a 18 toneladas por hectare).



Sinonímia |



  • Cavaraea Speg.


Classificação do gênero |

















Sistema Classificação Referência
Linné Classe Triandria, ordem Monogynia

Species plantarum (1753)

Notas




  1. As substâncias químicas Endosulfan, Triclorfom e Paration metílico são de uso controlado ou proibido, no Brasil e na Comunidade Europeia. Segundo a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil), o Endosulfan tem alta toxicidade aguda. Suspeita-se que possa provocar desregulação endócrina e toxicidade reprodutiva. O Triclorfom provoca neurotoxicidade, tem potencial carcinogênico e toxicidade reprodutiva. O paration metílico apresenta neurotoxicidade, é suspeito de provocar desregulação endócrina, mutagenicidade e carcinogenicidade.[4]



Referências




  1. Tamarindus


  2. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 644.


  3. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 991.


  4. ab A Anvisa vetou a comercialização do produto Tricloform no país



Ligações externas |




  • Frutos de Climas Tibios: Tamarindo (em inglês)


  • Receitas com Tamarindos (em castelhano)


  • Descrição do gênero Tamarindus (em inglês)


  • PPP-Index (em alemão)


  • USDA Plants Database (em inglês)


  • Germplasm Resources Information Network (GRIN) (em inglês)

  • (em inglês) Referência NCBI Taxonomy: Tamarindus indica

  • (em inglês) LLOYD, John Uri (1849-1936). Origin and history of all the pharmacopeial vegetable drugs : 8th and 9th decennial revisions (botanical descriptions omitted) with bibliography





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