Rio Minho
Nota: Para outros significados de Minho, veja Minho.
Nota: Para o rio homónimo da Jamaica, veja Rio Minho (Jamaica).
Continente | Europa |
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Países | Espanha Portugal |
Localização | Galiza |
Coordenadas | 41° 51′ 55″ N, 8° 52′ 11″ O |
Comprimento | 340 km |
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Tipo | Rio, Natura 2000 protected area (d) |
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Área da bacia | 22 500 km2 |
Nascente | Serra de Meira, Galiza |
Altitude da nascente | 900 m |
Afluentes principais | Q511959, Q2882917, Rio Avia, Rio Coura, Q3399121, Rio Támoga, Q3399423, Q6114912, Q9071618, Q9071632, Q9071650, Q9071714, Q9071782, Ladra River (d), Q9071872, Q9071887, Q9071934, Neira (d), Q9072044, Q9072106, Q9072147, Rio Tea, Rio Mouro, Rio Sil |
Caudal médio | 340 m3/s |
Foz | Caminha, Atlântico |
O Minho (em espanhol e em galego Miño) é um rio internacional que nasce a uma altitude de 750 m na serra de Meira, na Comunidade Autónoma da Galiza e percorre cerca de 340 quilómetros até desaguar no oceano Atlântico a sul da localidade da Guarda e a norte de Caminha. Nos últimos 75 quilómetros do seu percurso, entre Melgaço e a foz, o Minho serve de fronteira entre Espanha e Portugal.
Entre a nascente e a foz, o rio Minho passa por Lugo, Ourense, Melgaço, Monção, Tui, Valença, Vila Nova de Cerveira e Caminha.
O rio Minho era chamado de Minius ou Baenis pelos antigos historiadores.
Índice
1 Afluentes
1.1 Margem direita
1.2 Margem esquerda
2 Ilhas
3 Cultura
4 Paisagem Cultural da Unesco
5 Amêijoa asiática
6 Ver também
7 Ligações externas
8 Referências
Afluentes |
Margem direita |
Todos os afluentes da margem direita estão em Espanha.
Na Província de Pontevedra: rio Tamuxe (também chamado rio Carballas ou Carballo), rio Pego, rio Cereixo da Briña, rio Furnia (também chamado Forcadela), rio Louro, rio Tea, rio Caselas, rio Deva (há outro rio Deva na margem esquerda), rio Ribadil, rio Cea.
Na província de Ourense: rio Avia, rio Barbantiño. rio Bubal no limite da província de Ourense com a província de Lugo. Na província de Lugo: rio Asma, rio Toldao, rio Narón, rio Ferreira, rio Mera, rio Narla, rio Ladra, rio Támoga, rio Anllo e rio Trancoso, que faz a fronteira com Espanha em Fiães, Cristoval e S. Gregório - Melgaço.
Margem esquerda |
Na margem esquerda há afluentes em Portugal que são os Rio Mouro, rio Gadanha e rio Coura e rio Trancoso, que faz a fronteira com Espanha em Fiães, Cristoval e S. Gregório - Melgaço
Afluentes em Espanha, rio Deva (há outro rio Deva pela margem direita), rio Arnoia, rio Barbaña (no concelho de Ourense), rio Lonia (no concelho de Ourense), rio Sil, rio Sardiñeira, rio Loio, rio Neira, rio Chamoso, rio Robra (também chamado rio Santa Marta), rio Lea, Rio Azúmara.
Ilhas |
Existem 14 ilhas em todo o troço do rio Minho partilhado entre Portugal e Espanha, quatro das quais são consideradas como internacionais, não sendo "disputadas" por nenhum dos países. São os casos de Morraceira de Seixas, Morraceira de João de Sá e Varandas, estas mais próximas da freguesia de Lanhelas (Caminha), além da Morraceira, mais próxima da costa espanhola.
Atribuídas a Espanha estão as ilhas Canosa, Morraceira do Grilo, Morraceira das Varandas, Vacariza e Fillaboa. Esta última, com 110.000 metros quadrados, segundo o anúncio público feito pela autarquia galega de Salvaterra, que a adquiriu a privados, deverá "abrir ao público" em 2013 como centro de interpretação ambiental.
Consideradas território português no rio Minho são as ilhas dos Amores, Boega e Lenta, ambas em Vila Nova de Cerveira, e as de São Pedro e Conguedo, em Valença[1].
- Ilha dos Amores
- Ilha da Boega
- Ínsua
Cultura |
O rio Minho era o viveiro mais importante na cria de peixes da Península Ibérica até a metade do século XX. Estragado por represamentos e poluição das águas, ficou convertido em uma sucessão de barragens. A riqueza natural dava emprego a uns três mil pescadores [2].
Salmões, sáveis, lampreias, enguias, solhas, bogas, escalos..., a variedade de peixes do Minho era grande. Com diferentes modos de pesca para satisfazer o consumo alimentar, como pesqueiras, com boitirão e cabaceira, além de algerife no arrasto, estacadas, tresmalho, redes de um pano, chumbeira, nassas, palangres e canas. Peixes destinados ao consumo local e à exportação, que chegou ao Brasil a finais do século XIX.
Pesca realizada desde embarcações, como o carocho e a masseira. Também navegaram pelo rio Minho barcaças de carga, vapores entre Valença e Caminha na metade do século XIX, e baixeis, pinaças, navios e naus na Idade Média, em tempos dos ativos portos de Tui e Valença.
Paisagem Cultural da Unesco |
Em 2015 foi iniciado o processo de candidatura do estuário do rio Minho a Paisagem Cultural da Unesco pelas câmaras de Caminha e A Guarda.
Amêijoa asiática |
Os últimos 40 quilómetros do rio Minho estão colonizados pela Amêijoa asiática (Corbicula fluminea). A amêijoa adaptou-se às condições e ocupou o espaço, quase eliminando outras espécies.
A amêijoa asiática foi detectada pela primeira vez no rio Minho em 1989. Antes disso, já tinha chegado ao Tejo, talvez à boleia em navios de transporte.
Ver também |
- Aquamuseu do Rio Minho
- Barcas do Minho na rede [1]
Ligações externas |
- INAG, Plano de Bacia Hidrográfica do Rio Minho
- Observação de aves no estuário do rio Minho
- Documentário de 1985 da RTP sobre o Rio Minho
Referências
↑ «Ilha espanhola é a primeira das 14 existentes no rio Minho a abrir ao público»
↑ Vázquez, José Manuel (2015): O rio Minho galego-português, ISBN 9781326350161
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