Ernst Jünger
Ernst Jünger | |
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O soldado Ernst Jünger na Primeira Guerra Mundial | |
Nascimento | 29 de março de 1895 Heidelberg, Alemanha |
Morte | 17 de fevereiro de 1998 (102 anos) Riedlingen, Alemanha |
Nacionalidade | alemão |
Ocupação | Escritor, filósofo e entomologista |
Prémios | Prémio Mundial Cino Del Duca (1981) |
Magnum opus | Um encontro perigoso |
Ernst Jünger (Heidelberg, 29 de março de 1895 — Riedlingen, 17 de fevereiro de 1998) foi um escritor, filósofo e entomologista alemão.
Vida |
Depois de uma adolescência agitada e uma fuga aos dezesseis anos para se engajar na Legião Estrangeira, na qual pode conhecer a África no início do século XX, participou com entusiasmo da Primeira Guerra Mundial, sendo ferido sete vezes, motivo pelo qual recebeu a condecoração Pour le Mérite em 1918, denominada também como Max Azul (Blauer Max).
Mais tarde descreveria a experiência das trincheiras com horror, mas também com a fascinação que lhe levou a escrever o livro In Stahlgewittern (Tempestades de Aço), talvez o mais acessível e que alcançou rápido sucesso. André Gide chegou a escrever que o livro de Ernst Jünger era incontestavelmente o mais belo livro sobre a guerra de 1914 que lera.
Depois da derrota alemã, Jünger continuou seus estudos de zoologia e botânica, e escreveu em diversas publicações nacionalistas de direita.
Sondado pelo partido nazista devido a seu passado de combatente e seus escritos políticos nacionalistas, ele recusou qualquer envolvimento. Desde 1933 a Gestapo passou a observar sua residência e passou a ser vigiado pelo regime, talvez por isso mudou-se para uma aldeia, Goslar, nas montanhas Harz; depois se radicou en Überlingen. Ano em que recusou entrar na Academia de Poesia Alemã.
Em 1934 publica a sua primeira denúncia ao racismo fascista em seu texto "Blaetter und Steine" (Folhas e pedras). Em seguida realizou uma série de viagens: à Noruega em 1935, ao Brasil, Ilhas Canárias e Marrocos em 1936.
No ano seguinte contactou com André Gide e Julien Green. Em 1939, mudara-se para Kirchhorst na Baixa Saxônia e é publicada a obra-prima Nos Penhascos de Mármore, romance alegórico que denuncia a barbárie perpetrada pelo Nazismo. Mais do que a denúncia de um regime autoritário, o romance ilustra de maneira sutil as forças que se estabelecem num regime ditatorial.
Durante a Segunda Guerra Mundial em Paris ocupada, mais precisamente desde 1941 Jünger freqüentou os salões literários e de fumadores de ópio, o que permitiu que aos poucos se ligasse aos oficiais insatisfeitos com Hitler.
Bibliografia |
- em alemão
In Stahlgewittern (1920)
Der Kampf als inneres Erlebnis (1922)
Sturm (1923)
Feuer und Blut (1925)
Das Wäldchen 125 (1925)
Das abenteuerliche Herz. Aufzeichnungen bei Tag und Nacht (1929)
Der Arbeiter. Herrschaft und Gestalt (1932)
Blätter und Steine (1934)
Afrikanische Spiele (1936)
Das abenteuerliche Herz. Figuren und Capricios (1938)
Auf den Marmorklippen (1939)
Gärten und Straßen (1942)
Myrdun. Briefe aus Norwegen (1943)
Der Friede. Ein Wort an die Jugend Europas und an die Jugend der Welt. (1945)
Atlantische Fahrt (1947)
Sprache und Körperbau (1947)
Ein Inselfrühling (1948)
Heliopolis. Rückblick auf eine Stadt (1949)
Strahlungen (1949)
Am Kieselstrand (1950)
Über die Linie (1951)
Der Waldgang (1951)
Besuch auf Godenholm (1952)
Der gordische Knoten (1953)
Das Sanduhrbuch (1954)
Am Sarazenturm (1955)
Rivarol (1956)
Gläserne Bienen (1957)
Jahre der Okkupation (1958)
An der Zeitmauer (1959)
Der Weltstaat (1960)
Typus, Name, Gestalt (1963)
Grenzgänge. Essays. Reden. Träume (1966)
Subtile Jagden (1967)
Sgraffiti (1969)
Ad hoc (1970)
Annäherungen. Drogen und Rausch (1970)
Die Zwille (1973)
Zahlen und Götter. Philemon und Baucis. Zwei Essays (1974))
Eumeswil (1977)
Siebzig verweht I (1980)
Siebzig verweht II (1981)
Aladins Problem (1983)
Maxima - Minima, Adnoten zum 'Arbeiter' (1983)
Autor und Autorschaft (1984)
Eine gefährliche Begegnung (1985)
Zwei Mal Halley (1987)
Die Schere (1989)
Prognosen (1993)
Siebzig verweht III (1993)
Siebzig verweht IV (1995)
Siebzig verweht V (1997)
- em Português
Sobre as Falésias de Mármore, trad. Carlos Sampaio, Estúdios Cor, Lisboa, 1973. Existe outra tradução desta obra, de Rafael Gomes Filipe, publicada pelas Edições Vega, Lisboa.
Drogas Embriaguez e Outros Temas, trad. Margarida Homem de Sousa, rev. Rafael Gomes Filipe e Roberto de Moraes, Arcádia, Lisboa, 1977. Obra reeditada em 2001 pela Relógio d'Água.
Eumeswil, trad. Sara Seruya, Editora Ulisseia, Lisboa, s. d.
Heliópolis, trad. Aulyde Soares Rodrigues, Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1981.
Um Encontro Perigoso, trad. Ana Maria Carvalho, rev. Rafael Gomes Filipe, Difel, Lisboa, 1987.
O Problema de Aladino, trad. Ana Cristina Pontes, Edições Cotovia, Lisboa, 1989.
O Coração Aventuroso (segunda versão) Figuras e Caprichos, trad. Ana Cristina Pontes, Edições Cotovia, Lisboa, 1991.
O Passo da Floresta, trad. Maria Filomena Molder, Edições Cotovia, Lisboa, 1995.
O Trabalhador - Domínio e Figura, trad. Alexandre Franco de Sá, Hugin, Lisboa, 2000.
A Guerra como Experiência Interior, trad. Armando Costa e Silva, rev. Roberto de Moraes, Ulisseia, Lisboa, 2004.
Nos Penhascos de Mármore, trad. Tercio Redondo, Editora Cosac-Naify, prefácio de Antonio Candido, posfácio de Tercio Redondo, São Paulo, 2008.
Ligações externas |
- Ernst Jünger: O Mago da Floresta Negra
- Técnica, mobilização e figura - a técnica segundo Ernst Jünger
- Felix Hartlaub e Ernst Jünger em Paris, Cidade Ocupada
Ernst Jünger-- Photos by Mathieu Bourgois.