Bos taurus





Disambig grey.svg Nota: Boi, Vaca e Touro redirecionam para este artigo. Para outros significados veja Boi (desambiguação), Vaca (desambiguação) ou Touro (desambiguação)


























































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































Como ler uma infocaixa de taxonomiaBoi/Touro/Vaca


Vaca2.JPG



Estado de conservação

Espécie não avaliada

Não avaliada


Classificação científica



































Reino:

Animalia


Filo:

Chordata


Classe:

Mammalia


Ordem:

Artiodactyla


Família:

Bovidae


Subfamília:

Bovinae


Género:

Bos


Espécie:

B. taurus



Nome binomial

Bos taurus
L. 1758
Subespécies


Bos taurus taurus
Bos taurus indicus



O boi (Bos taurus) é um mamífero ruminante da ordem Artiodactyla. Faz parte do grupo dos bovinos, é ungulado e apresenta dois dígitos (dedos) em cada membro. O boi é um ruminante, ou seja, regurgita o alimento para a boca após sua ingestão, onde é novamente mastigado e deglutido. O estômago dos ruminantes é dividido em retículo, rúmen, omaso e abomaso.





Leite - bezerro mamando


O macho da espécie recebe o nome de boi, ou touro, enquanto que a fêmea é conhecida por vaca e o animal jovem por bezerro, depois novilho. Essa espécie foi domesticada pelo homem e é utilizada em larga escala em muitas atividades como a produção de carne e de leite, representando grande importância para a economia de muitos países.




Índice






  • 1 Subespécies


  • 2 História


    • 2.1 No Brasil




  • 3 Subespécie B. taurus taurus (gado taurino)


  • 4 Subespécie B. taurus indicus (gado zebuíno)


  • 5 Raças "sintéticas" brasileiras


  • 6 Raças crioulas brasileiras


  • 7 Principais raças de bovinos criadas em Portugal


    • 7.1 Raças autóctones portuguesas




  • 8 Usos


  • 9 Reprodução


    • 9.1 A influência do clima tropical na reprodução




  • 10 Galeria


  • 11 Ver também


  • 12 Referências


  • 13 Ligações externas





Subespécies


Possui duas subespécies, a saber: Bos taurus taurus (gado taurino, de origem europeia) e Bos taurus indicus (gado zebuíno, de origem asiática). Os cruzamentos entre os indivíduos de ambas as divisões é frequente tanto em programas de melhoramento genético dos rebanhos, quanto em propriedades onde a monta é natural e sem controle algum. Esses híbridos são muito usados para combinar a produtividade do gado taurino com a rusticidade e adaptabilidade a meios tropicais do gado zebu.[1]



História


O gado doméstico descende do auroque na Europa e do gauro na Ásia. Sua domesticação teve início há mais de 5 000 e 6 000 anos atrás. Os bovinos domesticado tinham várias serventias para o ser humano: como animal de carga (assim como a cabra e os cavalos) e a produção de leite em vida e carne/couro após a morte. Era incomum a criação de gado para alimentação, a carne do animal era consumida apenas se ele morresse ou não tivesse mais utilidade.


Hoje em dia, os bovinos são os principais figurantes na indústria de produção de carne. A cadeia produtiva da carne está em vários ramos de negócios, desde a fabricação de ração e o ensino de profissionais qualificados (médicos veterinários, zootecnistas e agrônomos) até as empresas de consultoria em sistemas de comércio exterior.


No Brasil


No Brasil, a criação de gado foi iniciada tão logo foram implantados os primeiros engenhos de açúcar, na primeira metade do século XVI. Serviam para abastecer, de leite e carne, as pessoas que se estabeleciam na área de influência de cada engenho. Uma vez que as áreas de pastagem para o gado concorriam com as de plantações de cana-de-açúcar, os criadores foram cada vez mais se dirigindo para o interior. Ao longo do caminho, foram sendo estabelecidas pequenas povoações que, posteriormente, se transformaram em vilas e cidades.[2]



Subespécie B. taurus taurus (gado taurino)




Exemplar de vaca da raça holandesa.




Rebanho de vacas suíças.


[3][4]





  • Alentejana - de Portugal, - para carne e como animal de tração


  • Angus - do nordeste da Escócia, sem chifres, para corte


  • Caracu - para carne e como animal de tração


  • Charolais ou charolês - para carne


  • Devon - da Inglaterra, para carne


  • Frísia, ou Holstein - para leite

  • Hereford


  • Jersey- para leite


  • Limousin - da França


  • Minhota ou Galega - de Portugal - para carne e leite, e como animal de tração


  • Nguni, típica de África


  • Simental ou suíça-malhada




Subespécie B. taurus indicus (gado zebuíno)




Exemplar de touro da raça Nelore, em Avaré


[3][4]




Exemplar de touro da raça Guzerá, em Avaré





  • Brahman ou zebu americano, sagrado na Índia


  • Gir - do sul da Índia


  • Guzerá - Guzerat ou Kankrej, principal raça da Índia

  • Hariana

  • Indubrasil


  • Nelore no Brasil, chamada Ongole na Índia - para corte


  • Tabapuã - O zebu mais precoce.

  • Zebu




Raças "sintéticas" brasileiras


Frutos de cruzamentos entre as demais:[3][4]





  • Naobrasil - cruzamento de Nelore e Zebu


  • Simbrasil - cruzamento de Simental e Zebu para corte


  • Girolando - cruzamento de Holandês(5/8) e Gir(3/8) com dupla aptidão


  • Toledo - cruzamento de Holandês e Simental


  • Bravon - cruzamento de Devon e Brahman para corte


  • Canchim - cruzamento de Charolais(5/8) e Zebu(3/8)

  • Pitangueiras - cruzamento de Red Poll(5/8) e Zebu(3/8)(Gir e Guzerá)


  • Purunã - cruzamento de Charolais, Caracu, Red Angus e Canchim, realizado no IAPAR com 1/4 para cada raça.




Raças crioulas brasileiras


As raças crioulas brasileiras descendem dos rebanhos trazidos para a América pelos colonizadores portugueses e espanhóis.[3][4]





  • Caracu - origem São Paulo


  • Crioulo Lageano - origem Santa Catarina

  • Curraleiro - origem Piauí


  • Mocho Nacional - origem São Paulo e Goiás


  • Pantaneiro - origem Mato Grosso do Sul




Principais raças de bovinos criadas em Portugal



Raças autóctones portuguesas




Vaca barrosã


Para além das raças que conseguiram grande expansão quantitativa e geográfica, como as anteriormente indicadas, existem várias raças autóctones, resultantes de pressões selectivas específicas ou de um relativo isolamento genético nas localidades onde se desenvolveram. Muitas dessas raças estão extintas ou em extinção fruto da globalização e da competição com raças mais produtivas. Entre as raças autóctones, estão:





  • Ramo Grande dos Açores.


  • Alentejana, do Alentejo


  • Arouquesa, de Aveiro


  • Minhota ou Galega

  • Marinhoa


  • Maronesa, região da Serra do Marão.


  • Barrosã ou Cachena, da região do Barroso e da zona do Parque Nacional da Peneda-Gerês

  • Gravonesa

  • Brava

  • Mirandesa


  • Jarmelista ou Jarmeleira, região da Guarda


  • Mertolenga, Mértola



De resto, na produção de bovinos em Portugal, destaca-se uma lista de produtos com denominação de origem protegida que era composta, em 2012, por 9 referências.[5][6][7][8][9][10][11][12][13]


Usos




Uso pouco comum do boi: a montaria




Touro Brahman em julgamento (Avaré)



Esta espécie foi domesticada pelo homem e é explorada para a produção de leite, carne e pele (couro) e também como meio de transporte e animal de carga. Também os ossos são aproveitados, para a fabricação de farinha, sabão e rações animais. O casco e os chifres têm usos diversos e os pelos das orelhas são usados para a confecção de pincéis artísticos.


Os machos de determinadas raças podem ser também usados como entretenimento nas touradas e nos rodeios.





Reprodução




Testículos bovino. Em exposição no MAV/USP.




Sistema reprodutor de uma fêmea bovina. Em exposição no MAV/USP.


Em fazendas é muito comum a utilização de artifícios, como a inseminação artificial, para que se obtenha um gado com o menor número de indivíduos fisiologicamente deficientes. Com esta seleção artificial é possível se obter um rebanho mais resistente a doenças e com porte que torna viável a comercialização de derivados bovinos.


A inseminação artificial ou inseminação intrauterina é uma técnica de reprodução medicamente assistida que consiste na deposição artificial do sêmen nas vias genitais da fêmea.[14] Utiliza-se em casos em que os espermatozoides não conseguem atingir as trompas ou simplesmente por escolha do proprietário do animal. Consiste em transferir, para a cavidade uterina, os espermatozoides previamente recolhidos e processados, com a seleção dos espermatozoides morfologicamente mais normais e móveis.



A influência do clima tropical na reprodução


Atualmente a maior parte de rebanhos bovinos é situada em áreas dos trópicos, nessas condições climáticas, a reprodução destes animais pode vir a ser afetada pelas condições térmicas do meio. Ambientes que possuem altas temperaturas afetam os mecanismos de termorregulação corpórea impedindo estes de promover a perda de calor, causando assim um aumento da temperatura interna acima dos limites fisiológicos[15], além de resultar em um quadro de degeneração testicular, caracterizado por alterações nos tecidos do epitélio seminífero.[16]


A estrutura fisiológica e biológica destes animais são afetadas por fatores clímaticos que incluem temperatura, umidade, radiação solar e vento. Altas temperaturas aumentam ou diminuem as condições normais devido interrupção da homeostase durante a termorregulação, interferindo diretamente na troca de calor entre animal e ambiente, resultando em alterações degradantes na reprodução.[17]


Galeria






Ver também


  • Bovinos


Referências




  1. «Raças de Bovinos». EBAH. Consultado em 14 de Fevereiro de 2012 


  2. Cavalcante, Messias Soares. A verdadeira história da cachaça. São Paulo: Sá Editora, 2011. 608p. ISBN 9788588193628


  3. abcd «Raças de bovinos de corte». ViverNoCampo.com. Consultado em 14 de Fevereiro de 2012 


  4. abcd
    «Raças de bovinos de leite». ViverNoCampo.com. Consultado em 14 de Fevereiro de 2012 



  5. Carnalentejana na Base de Dados DOOR da União Europeia.


  6. Carne Arouquesa na Base de Dados DOOR da União Europeia.


  7. Carne Barrosã na Base de Dados DOOR da União Europeia.


  8. Carne Cachena da Peneda na Base de Dados DOOR da União Europeia.


  9. Carne da Charneca na Base de Dados DOOR da União Europeia.


  10. Carne Marinhoa na Base de Dados DOOR da União Europeia.


  11. Carne Maronesa na Base de Dados DOOR da União Europeia.


  12. Carne Mertolenga na Base de Dados DOOR da União Europeia.


  13. Carne Mirandesa na Base de Dados DOOR da União Europeia.


  14. FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 950.


  15. CHEMINEAU, P (1994). «Medio ambiente y reproduction animal». Revista Mundial de Zootecnia. Vol. 77: 2–14 


  16. VANDEMARK, N. L; FREE, M. J (1970). Temperature effects. The testis. Vol. 3. New York: Academic Press. pp. 233–331  |acessodata= requer |url= (ajuda)


  17. GWAZDAUSKAS, F. C (1985). «Effects of Climate on Reproduction in Cattle». Journal of Dairy Science. Vol. 68: 1568-1578 



Ligações externas




O Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Bos taurus




Wikilivros


O wikilivro Alfabeto dos animais/V tem uma página intitulada Alfabeto dos animais (Wikijúnior)



  • Pequeno manual da carne, com mapa gráfico da localização das carnes (em inglês e em castelhano).































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