Fernando II das Duas Sicílias
Fernando II | |
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Rei das Duas Sicílias | |
Reinado | 8 de novembro de 1830 a 22 de maio de 1859 |
Antecessor(a) | Francisco I |
Sucessor(a) | Francisco II |
Esposas | Maria Cristina de Saboia Maria Teresa da Áustria |
Descendência | Francisco II das Duas Sicílias Luís, Conde de Trani Alberto Maria, Conde de Castrogiovanni Afonso, Conde de Caserta Maria Anunciata das Duas Sicílias Maria Imaculada das Duas Sicílias Caetano, Conde de Girgenti José, Conde de Lucera Maria Pia das Duas Sicílias Vicente, Conde de Melazzo Pasqual, Conde de Bari Maria Luísa das Duas Sicílias Januário, Conde de Caltagirone |
Casa | Bourbon-Duas Sicílias |
Nome completo | Fernando Carlos |
Nascimento | 12 de janeiro de 1810 |
| Palácio de Normanni, Palermo, Duas Sicílias |
Morte | 22 de maio de 1859 (49 anos) |
| Palácio de Caserta, Caserta, Duas Sicílias |
Enterro | Basília de Santa Chiara, Nápoles, Itália |
Pai | Francisco I das Duas Sicílias |
Mãe | Maria Isabel da Espanha |
Religião | Catolicismo |
Fernando II (Palermo, 12 de janeiro de 1810 – Caserta, 22 de maio de 1859) foi o Rei das Duas Sicílias de 1830 até sua morte. Era filho do rei Francisco I e de sua segunda esposa Maria Isabel da Espanha.[1]
Índice
1 Biografia
1.1 Família
1.2 Reinado
1.3 Casamentos e filhos
2 Referências
Biografia |
Família |
Fernando Carlos Maria de Bourbon era o filho mais velho do rei Francisco I e de sua segunda esposa, Maria Isabel de Bourbon, uma infanta da Espanha.
Dois de seus irmãos casaram-se com membros da família imperial brasileira: a futura imperatriz Teresa Cristina, esposa de D. Pedro II do Brasil, e o príncipe Luís Carlos, marido de D.ª Januária Maria de Bragança.
Reinado |
Fernando tornou-se rei aos 19 anos de idade, com a morte de seu pai. Nos primeiros 17 anos de seu reinado Fernando II reinou com sabedoria e moderação, tendo sido um soberano liberal, concedendo anistia, promulgando reformas e melhorando os serviços públicos, nos quais inclusive Joaquim Murat trabalhou. Entre outras obras, o rei comissionou o engenheiro e arquiteto Luigi Giura (1795-1864) do projeto da "primeira ponte suspensa da Europa continental" (a ponte Real Fernando, em Garigliano), com formato em catenária de ferro, inaugurada a 10 de maio de 1832.
Mandou construir a primeira ferrovia da Itália (Nápoles a Portici, em 1839); reformou a marinha militar; deu novo ânimo à marinha mercante das Duas Sicílias, fazendo entrar em serviço de linha o primeiro barco a vapor italiano); uniu Nápoles a Palermo com uma linha telegráfica; renunciou a diversas taxas para o estado, diminuindo outras; e puniu com rigor aos delinquentes.
Entretanto, motivado por uma série de revoltas internas, Fernando II tornou-se um monarca absolutista, cioso de sua própria autonomia e isolado de todos os outros estados da Itália e da Europa. Recebeu a alcunha de "Rei Bomba" pela ferocidade com que seu exército reprimia sublevações populares na Sicília, seguido pela anulação da constituição promulgada em 29 de janeiro de 1848, segundo alguns por receio aos adeptos de Giuseppe Mazzini, que o levaram a ordenar o bombaderamento de Messina.
Casamentos e filhos |
No dia 21 de novembro de 1832, em Cagliari, Fernando II desposou a princesa Maria Cristina de Saboia, a filha mais jovem do rei Vítor Emanuel I da Sardenha. Eles tiveram apenas um filho, o futuro Francisco II das Duas Sicílias (1836-1894), e Maria Cristina faleceu cinco dias depois do parto.
Em 9 de janeiro de 1837, em Viena, Fernando II casou-se com a arquiduquesa Maria Teresa Isabel da Áustria, a filha mais velha do arquiduque Carlos da Áustria-Teschen, um grande adversário de Napoleão Bonaparte. Ele e sua segunda esposa tiveram doze filhos:
Luís, conde de Trani (1838-1886), que se casou com Matilde Luísa da Baviera;- Alberto, conde de Castrogiovanni (1839-1844), que morreu na infância;
Afonso, conde de Caserta (1841-1934), que se casou com Maria Antonieta de Bourbon-Duas Sicílias;
Maria Anunciata de Bourbon-Duas Sicílias (1843-1871), que se casou com Carlos Luís da Áustria;
Maria Imaculada de Bourbon e Duas Sicílias (1844-1899), que se casou com Carlos Salvador da Áustria-Toscana;
Caetano, conde de Girgenti (1846-1871), que se casou com Isabel de Espanha, Princesa das Astúrias;- José, conde de Lucera (1848-1851), que morreu na infância;
Maria Pia de Bourbon-Duas Sicílias (1849-1882), que se casou com Roberto I de Parma;- Vicente, conde de Melazzo (1851-1854), que morreu na infância;
- Pascoal, conde de Bari (1852-1904), que se casou morganaticamente com Blanche Marconnay;
Maria Luísa de Bourbon-Duas Sicílias (1855-1874), que se casou com Henrique de Bourbon-Parma;
Januário, conde de Caltagirone (1857-1867), que morreu na infância;
Passava a maior parte do seu tempo no Palácio de Caserta cercado por sua numerosa família, sendo afetuoso com sua prole.
Referências
↑ Este artigo incorpora texto da Encyclopædia Britannica (11ª edição), publicação em domínio público.
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