Monarquia de Julho
Royaume Français Reino Francês | |||||
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Hino nacional "A Parisiense" | |||||
A França em 1839 | |||||
Continente | Europa | ||||
Região | Europa Central | ||||
País | França | ||||
Capital | Paris | ||||
Língua oficial | Francês | ||||
Religião | Catolicismo | ||||
Governo | Monarquia constitucional | ||||
Rei | |||||
• 1830–1848 | Luís Filipe I | ||||
Primeiro-Ministro | |||||
• 1830 | Duque de Broglie (primeiro) | ||||
• 1848 | Conde Molé (último) | ||||
Legislatura | Parlamento | ||||
- Câmara alta | Câmara dos Pariatos | ||||
- Câmara baixa | Câmara dos Deputados | ||||
Período histórico | Século XIX | ||||
• 26 de julho de 1830 | Revolução de Julho | ||||
• 7 de agosto de 1830 | Adoção da constituição | ||||
• 23 de fevereiro de 1848 | Revolução de 1848 | ||||
Moeda | Franco |
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Monarquia de Julho (em francês: Monarchie de Juillet) é o nome com que a historiografia costuma designar o período histórico que decorreu em França de 1830 a 1848, entre dois dos principais processos revolucionários considerados como ciclos da revolução liberal ou revolução burguesa (as revoluções de 1830 - a revolução de Julho e as revoluções de 1848 — a primavera dos povos).
Começou com as denominadas Três Gloriosas (Trois Glorieuses) jornadas revolucionárias de Paris (27, 28 e 29 de julho de 1830), contra o governo do rei Carlos X, que levaram ao trono Luís Filipe de Orleães (de um ramo distinto a Casa de Bourbon, a denominada Bourbon-Orleães), e não se limitou a França, mas estendeu-se à Bélgica — que obteve a independência face aos Países Baixos, Alemanha e Itália — onde se identifica com movimentos de tipo nacionalista unificador —, Polónia e Império Austríaco. Em fevereiro de 1848 a Revolução de 1848 provocou a abdicação do rei e a criação de um governo provisório que gerou a Segunda República Francesa.
A Monarquia de Julho é um período caracterizado pela proeminência da alta burguesia, que substituiu o direito divino dos monarcas.
Antecedentes |
A Restauração Francesa foi um período de governo de carta outorgada pelo que se fizeram uma série de concessões ao povo, não obstante o seu carácter autocrático.
Em 1830, Carlos X enfrentava um parlamento de maioria liberal moderado. Perante este facto decretou as quatro leis de julho, que suspendiam a liberdade de imprensa, dissolveu a recém-eleita câmara de deputados, alargava o cargo dos deputados e reduzia o seu número. O povo de Paris precipitou-se para as ruas e conseguiu derrotar o exército real. Os políticos liberais aproveitaram-se deste acontecimento e o rei Carlos X foi forçado a exilar-se. Foi nomeado um novo rei: Luís Filipe I de França; e a França dotou-se de uma constituição mais liberal, a Carta de 1830, reconhecendo-se aí a liberdade de imprensa, e era eliminado o monopólio real na iniciativa legislativa: o rei era o chefe do executivo e partilhava a iniciativa legislativa com as câmaras. A Câmara dos Pares deixou de ser hereditária, e perdeu importância em favor da Câmara dos deputados.
Ver também |
- Luís Filipe I de França