Barra do Choça











































































































Município de Barra do Choça

"Terra do Café"











Bandeira de Barra do Choça


Brasão de Barra do Choça


Bandeira

Brasão


Hino

Aniversário
22 de junho
Fundação

22 de junho de 1962 (56 anos)

Gentílico

barra-chocense

Lema

Integratio, equitas et progressio
"Integração, equidade e progresso"

Padroeiro(a)

Senhor do Bonfim

CEP
45120-000

Prefeito(a)
Adiodato José de Araújo (PSDB)
(2017 – 2020)
Localização

Localização de Barra do Choça

Localização de Barra do Choça na Bahia


Barra do Choça está localizado em: Brasil


Barra do Choça


Localização de Barra do Choça no Brasil

14° 52' 51" S 40° 34' 44" O14° 52' 51" S 40° 34' 44" O

Unidade federativa

Bahia

Mesorregião

Centro-Sul Baiano IBGE/2008[1]

Microrregião

Vitória da Conquista IBGE/2008[1]
Municípios limítrofes

Vitória da Conquista, Planalto, Caatiba e Itambé.
Distância até a capital
524 km
Características geográficas

Área
778,335 km² [2]

População
34 788 hab. IBGE/2010[3]

Densidade
44,7 hab./km²

Altitude
894 m

Clima

Tropical de Altitude ou Clima Oceânico Cwb

Fuso horário

UTC−3
Indicadores

IDH-M
0,551 baixo PNUD/2010[4]

PIB

R$ 273 682,794 mil IBGE/2008[5]

PIB per capita

R$ 8 442,05 IBGE/2008[5]
Página oficial

Prefeitura

www.barradochoca.ba.gov.br

Câmara

www.cmbarradochoca.ba.gov.br

Barra do Choça é um município brasileiro do estado da Bahia. Situado a 27 km de Vitória da Conquista e à 524 km de Salvador, possuindo em média 900 metros de altitude. Sua população estimada em 2010 era de 34.788 habitantes, de acordo com dados do IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Sua área é de 781,3 km².


O município foi criado com território desmembrado de Vitória da Conquista, pela Lei Estadual nº 1.694, de 22 de junho de 1962 e instalado em 7 de abril de 1963.




Índice






  • 1 História


  • 2 Clima


  • 3 Referências


  • 4 Ligações externas





História |


As origens do atual município de Barra do Choça prendem-se à história do Sertão da Ressaca, também conhecido como Planalto da Conquista. Era fazenda de Barra do Choça era ainda uma fazenda e ponto de pouso para tropeiros, boiadeiros e viajantes no século XIX, até configurar arraial de Barra do Choça pertencente a Imperial Vila da Vitória e depois distrito, no início do século XX, de Vitória da Conquista. Em 1962 foi emancipada permanecendo com o nome de cidade de Barra do Choça, com a configuração dos limites atuais.


Na primeira metade do século XIX, o arraial da Conquista, que pertencia ao termo de Caetité, sofreu algumas mudanças de ordem administrativa e territorial. Em 1831, a freguesia do rio Pardo foi elevada a categoria de vila da Província de Minas Gerais e, consequentemente, o arraial da Conquista, assim como os arraiais de Santo Antonio da Barra, São Felipe e Poções passaram ao domínio administrativo da Província de Minas Gerais. Esta decisão não foi aceita pelos moradores desses povoados, principalmente o arraial da Conquista, gerando muitos protestos “justamente pela alegação dos seus habitantes da longa distância da capital mineira e pelo fato de já constituírem uma população de 8 a 10 mil pessoas”. Contudo, as respostas da presidência da província da Bahia e de Minas Gerais demoraram e, somente, em 1839 o território foi desmembrado da província de Minas Gerais. No ano seguinte, 1840, o arraial emancipou-se, conservando os limites anteriores com a denominação de Imperial vila da Vitória.


No seu conjunto, o povoamento do Sertão da Ressaca ocorreu a partir da necessidade de expansão dos domínios dos bandeirantes; a necessidade de descobrir novas minas de metais preciosos, bem como da necessidade dos moradores das Vilas do Rio de Contas e Minas Novas obterem produtos necessários à sobrevivência dos habitantes daquelas povoações. Após estabelecer-se no Planalto da Conquista, João Gonçalves da Costa procurou desbravar toda a região. Não havendo se concretizado a descoberta de novas fontes de mineração no Sertão da Ressaca, a ocupação ocorreu com base nas fazendas de gado e na agricultura de subsistência. Assim, a descendência de João Gonçalves da Costa constituiu o núcleo inicial do povoamento, tendo, através das alianças de casamento, atraído outras famílias pioneiras para o local.


Assim, no século XIX, o Sertão da Ressaca representava uma das principais áreas de criação de gado, cultivo de algodão e produção de alimentos, como também, por ser um entreposto ligando as várias regiões da província da Bahia, tornou-se ponto obrigatório de parada de viajantes, comerciantes e boiadeiros. O que favoreceu o surgimento e o crescimento do comércio na região.


Mas a população atual do Sertão da Ressaca e, em especial, Barra do Choça, era bem diferente, pois antes dos homens brancos chegarem, existiam por essas terras tribos indígenas das nações Ymboré (Aymoré), Kamakã (Mongoió) e Pataxó, todos pertencentes ao tronco dos grupo Jê.


Com a matança e expulsão dos indígenas de suas terras, as fazendas de gado e de agricultura se espalharam pela região, provocando o desaparecimento das matas nativas e dos animais, principalmente a onça. Infelizmente, os indígenas e alguns animais desapareceram da região e hoje fazem parte das lembranças, da história.


A fazenda Barra do Choça pertenceu ao Capitão-mor João Gonçalves da Costa e depois da sua morte teve seu território fragmentado pelos membros de sua família. Com o passar dos anos, essa fragmentação se acentuou devido a divisão por herança, mas também pela compra e venda, o que possibilitou a aquisição de partes das terras da Fazenda Barra do Choça a outros membros de famílias tradicionais que povoaram a região juntamente com os Gonçalves da Costa, a exemplo dos Oliveiras Freitas, e, portanto, famílias proprietárias de terras e escravos que detinha o poder político e econômico da Imperial Vila da Vitória, tendo terras também no município onde hoje é Barra do Choça.


No século XIX, Barra do Choça era também ponto de passagem de tropeirismo. O tropeiro, figura indispensável em tempos difíceis, era a pessoa que possibilitava a ligação de uma região à outra, era também a fonte de aquisição tanto de mercadorias como de informações. Dessa forma, ao longo das estradas se dava a fixação de ranchos, em que os tropeiros, viajantes e boiadeiros pernoitavam, gerando assim, um pequeno comércio, tendo a venda como o principal ponto. O rancho também era o responsável pelo surgimento de lugarejos, como é o caso de Barra do Choça e Jequié, uma vez que a região era área de pouso, de engorda e de criação de bovinos.



Mapa das Rotas Comerciais .jpg


No mapa acima, está o roteiro descrito pela Câmara de Vereadores da Imperial Vila da Vitória, indicando aos tropeiros, boiadeiros e viajantes as localidades onde encontrariam pouco com estrutura para atendê-los e o documento descreve o seguinte: “(…) de lugares denominados Panela, Porcos e Olho D’água (…) seguia então para o oitavo pouso, o lugar denominado Barra do Choça “com água corrente que não seca”, seguindo então para Taquaral, “com água em brejos que não seca” e dali para o Arraial dos Poções (…)”.


Dessa forma, os documentos pesquisados, apontam a existência de Barra do Choça, primeiro como fazenda, depois como povoado e por último como distrito, ligado a história de Vitória da Conquista. Depois de passar por um plebiscito, o povo de Barra do Choça confirmou o desejo da emancipação. Assim, em Outubro de 1962, foi realizada as eleições para compor o legislativo e o executivo do novo município, que nesse período tinha aproximadamente 600 eleitores. Somente em 7 de abril de 1963 é que iniciou as atividades do legislativo, sendo discussões corridas em torno de duas indicações do prefeito Roduzindo Alves dos Santos.


Na ocasião, segundo moradores de Barra do Choça, a população (moradores e proprietários de terras) não acreditavam na lavoura do café que aos poucos foi ganhando espaço e se tornando o principal produto cultivado. Devido ao crescimento da cultura cafeeira, Barra do Choça é conhecida como a Capital do Café.
[6]



Clima |


Localizado no Planalto da Conquista, o município apresenta o clima Tropical de altitude, por causa da elevação dos terrenos, com média de 900 m de altitude e mais de 1.100 m nos pontos mais altos do município. Por isso, registra-se temperaturas inferiores a 10 °C em alguns dias do ano. A pluviosidade média anual gira em torno de 750 mm, com estação seca de maio a setembro. A temperatura mínima no inverno pode chegar a 5 °C, sendo igualada em temperatura média apenas com cidades altas da Chapada Diamantina. O município possui um rico ecossistema, no lado leste do planalto de Vitória da Conquista, na escarpa do mesmo. Com acesso pelo lado direito da BR-116 para quem vai no sentido de Feira de Santana. O município possui uma Região de Mata mais densa que Vitória da Conquista por estar recebendo mais umidade do oceano no lado oriental deste Planalto.
Possui verões com noites frescas e dias úmidos com temperaturas mornas a quentes e invernos com dias secos e relativamente frios, e o outono e a primavera são estações de transição entre o inverno e o verão e vice-versa.



Referências




  1. ab «Divisão Territorial do Brasil». Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 1 de julho de 2008. Consultado em 11 de outubro de 2008 


  2. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 


  3. «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 


  4. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 23 de agosto de 2013 


  5. ab «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 


  6. NOVAIS, Idelma Aparecida Ferreira. Produção e Comércio na Imperial Vila da Vitória (1840-1888). Salvador: UFBA, 2008. (Dissertação de Mestrado)



Ligações externas |


  • Prefeitura




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