Hiena
Hyaenidae | |||||||||||
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Subespécies de hiena | |||||||||||
Classificação científica | |||||||||||
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Géneros | |||||||||||
Proteles Hyaena |
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Hyaenidae é a família da ordem Carnivora que inclui os vários tipos de hienas e o lobo-da-terra. O grupo habita as planícies e savanas da África e oeste da Ásia e nenhum dos seus membros corre actualmente perigo de extinção – apesar de a hiena-castanha possuir uma distribuição geográfica restrita ao sul da África.
Apesar de se parecerem exteriormente com os canídeos, as hienas têm maior afinidade com a família Viverridae e, juntamente com os membros dessa última e com os membros da família Felidae, têm origem na extinta família Viverravidae.
Índice
1 Etimologia
2 Características
3 Taxonomia da Família Hyaenidae
3.1 Subfamília †Protictitheriinae
3.2 Subfamília Protelinae
3.3 Subfamília †Ictitheriinae
3.4 Subfamília Hyaeninae
4 Espécies e subespécies
5 Referências
Etimologia |
"Hiena" vem do grego hyaina, através do latim hyaena.[1]
Características |
As hienas são animais carnívoros de médio a grande porte que ocupam lugares cimeiros na cadeia alimentar; a excepção é o lobo-da-terra que é insectívoro. A sua cabeça é grande em relação ao corpo, com orelhas relativamente grandes de terminação em bico ou arredondada e músculos maxilares poderosos. As patas traseiras, fortemente musculadas, são mais curtas que as patas da frente, o que dá um aspecto assimétrico ao animal. Apesar de serem caçadores eficientes, grande parte da alimentação das hienas é à base de carcaças que encontram ou que roubam a outros carnívoros. As hienas não são corredoras de velocidade, mas são resistentes e podem perseguir uma presa ao longo de vários quilómetros. A dentição é composta por 32 a 34 dentes fortes e adaptados à mastigação de ossos. O seu sistema digestivo está bastante bem adaptado à digestão de ossos e outras partes mais duras das suas presas. Esta eficiência em aproveitar todos os nutrientes de uma carcaça é uma das razões para o sucesso evolutivo do grupo - no qual as formas meramente corredoras, com uma dentição mais adaptada ao consumo de partes moles, desapareceram pela competição ecológica com os canídeos. À excepção do lobo-da-terra, que é solitário, as hienas são animais gregários e têm hábitos noturnos, embora possam pontualmente estar activas de dia.A hiena produz um som parecido com o de uma risada.
Suas sociedades são dominadas pelas fêmeas, o que não é comum entre mamíferos, e as fêmeas têm níveis de agressividade muito altos, gerando hormônios masculinos, o que de fato interfere na procriação. Até as crias são muito agressivas e é comum matarem-se umas as outras. As hienas nascem com os olhos abertos e os dentes inteiramente formados.
Vivem em clãs de até quarenta animais. Costumam caçar as presas como os lobos e raramente atacam em emboscada.
O grupo surgiu na Eurásia no Miocénico (há cerca de 10 milhões de anos), a partir da família Viverridae, tendo a separação dos géneros Crocuta e Hyaena ocorrido no Pliocénico. A máxima diversificação das hienas verificou-se no Plistocénico, com nove espécies que viviam na Europa, Ásia e África. As variedades europeias extinguiram-se no fim da Idade do Gelo, devido à extinção da megafauna de que se alimentavam e às dramáticas alterações climáticas que então ocorreram.
Taxonomia da Família Hyaenidae |
Subfamília †Protictitheriinae |
- Gênero †Protictitherium
- Gênero †Plioviverrops
Subfamília Protelinae |
- Gênero Proteles
Proteles cristatus - Lobo-da-terra
Subfamília †Ictitheriinae |
- Gênero †Tungurictis Colbert, 1939
- Gênero †Thalassictis Nordmann, 1850
- †Thalassictis robusta Gervais, 1850
- †Thalassictis proava - Mioceno Médio-Superior, Paquistão
- †Thalassictis (Miohyaena) certa (Forsyth-Major, 1903) - Mioceno Médio (MN 7-8), La Grive Saint-Alban (Isère, França
- †Thalassictis montadai - Mioceno Médio, Hostalets de Pierola, Espanha
- †Thalassictis sarmatica
- †Thalassictis spelaea (Semenov, 1988)
- Gênero †Tongxinictis
- Gênero †Ictitherium Wagner, 1848
- Gênero †Hyaenotherium
- †Hyaenotherium wongii
- †Hyaenotherium wongii
- Gênero †Miohyaenotherium
- †Miohyaenotherium bessarabicum (Simionescu, 1937)
- Gênero †Hyaenictitherium Kretzoi, 1938
- †Hyaenictitherium hyaenoides
- †Hyaenictitherium parvum
- †Hyaenictitherium pilgrimi
- †Hyaenictitherium namaquensis
- †Hyaenictitherium hyaenoides
Subfamília Hyaeninae |
Tribo †Chasmaporthetini
- Gênero †Lycyaena Hensel, 1861
- †Lycyaena chaeretis
- †Lycyaena dubia
- †Lycyaena macrostoma
- †Lycyaena crusafonti
- †Lycyaena chaeretis
- Gênero †Hyaenictis Gaundry, 1861
- †Hyaenictis graeca
- †Hyaenictis almerai
- †Hyaenictis hendeyi
- †Hyaenictis graeca
- Gênero †Chasmaporthetes Hay, 1921
- †Chasmaporthetes ossifragus
- †Chasmaporthetes australis
- †Chasmaporthetes nitidula
- †Chasmaporthetes silberbergi
- †Chasmaporthetes exitelus
- †Chasmaporthetes borissiaki
- †Chasmaporthetes lunensis
- †Chasmaporthetes ossifragus
Tribo Hyaenini
- Gênero †Metahyaena Viranta e Werdelin, 2003
- †Metahyaena confector Viranta e Werdelin, 2003 - Mioceno Superior
- Gênero †Palinhyaena Qiu, Huang e Guo, 1979
- †Palinhyaena reperta
- †Palinhyaena reperta
- Gênero †Ikelohyaena
- †Ikelohyaena abronia
- †Ikelohyaena abronia
- Gênero †Leecyaena Young e Liu, 1948.
- †Leecyaena lycyaenoides
- †Leecyena bosei
- †Leecyaena lycyaenoides
- Gênero Hyaena Brisson, 1862
Hyaena brunnea - Hiena-castanha
Hyaena hyaena - Hiena-riscada
- Gênero †Pliocrocuta Kretzoi, 1938
- †Pliocrocuta perrieri Kretzoi, 1938
- Gênero †Pachycrocuta Kretzoi, 1938
- †Pachycrocura pyrenica
- †Pachycrocuta robusta
- †Pachycrocuta brevirostris
- †Pachycrocuta bellax
- †Pachycrocura pyrenica
- Gênero †Adcrocuta Kretzoi, 1938
- †Acrocuta eximia - Mioceno Superior, Akkaşdaği, Turquia
- Gênero Crocuta Erxleben, 1777
Crocuta crocuta - Hiena-malhada
- Gênero †Euryboas
Hiena-caçadora (extinta)
Espécies e subespécies |
- Hiena-malhada
- Hiena-riscada
- Hiena-castanha
Pachycrocuta brevirostris (Hiena-gigante ou hiena-de-cara-curta) (extinta)
Hiena-das-cavernas (extinta)
Referências
↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.895