Salto em comprimento

















































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































Salto em distância



Olímpico desde

1896 H / 1948 S

Desporto

Atletismo
Praticado por
Ambos os sexos

Rio de Janeiro 2016
Homens

Jeff Henderson
 Estados Unidos
Mulheres

Tianna Bartoletta
 Estados Unidos

Londres 2017
Homens
Luvo Manyonga
África do Sul
Mulheres

Brittney Reese
 Estados Unidos

Salto em comprimento (português europeu) ou salto em distância (português brasileiro) é uma modalidade olímpica de atletismo, onde os atletas combinam velocidade, força e agilidade para saltarem o mais longe possível a partir de um ponto pré-determinado. Existe desde os Jogos Olímpicos da Antiguidade e, na Era Moderna, é disputado desde a primeira edição em Atenas 1896, para homens, e desde Londres 1948, para mulheres.


O primeiro campeão olímpico da prova foi o norte-americano Ellery Clark e a primeira campeã a húngara Olga Gyarmati. Os atuais campeões olímpicos são Greg Rutherford da Grã-Bretanha e Tianna Bartoletta dos Estados Unidos. O recorde mundial pertence desde 1991 ao norte-americano Mike Powell – 8,95 m – e entre as mulheres é da soviética Galina Chistyakova – 7,52 m – desde 1988.


O mundo lusófono tem uma história de sucesso nesta modalidade do atletismo; além de brasileiros e portugueses já terem vencido por diversas vezes o salto em distância em eventos continentais, como os Jogos Pan-americanos e o Campeonato Europeu de Atletismo em Pista Coberta, a brasileira Maurren Maggi e a portuguesa Naide Gomes foram campeãs olímpica e mundial indoor, respectivamente, em Pequim 2008, Budapeste 2004 e Valência 2008.[1][2]




Índice






  • 1 História


  • 2 Regras


  • 3 Recordes


  • 4 Melhores marcas mundiais


    • 4.1 Homens


    • 4.2 Mulheres




  • 5 Melhores marcas olímpicas


    • 5.1 Homens


    • 5.2 Mulheres




  • 6 Marcas da lusofonia


  • 7 Referências


  • 8 Ligações externas





História |


O salto em distância é o único evento de salto conhecido do pentatlo disputado na Grécia Antiga. Todas as modalidades do atletismo que existiam na época eram inicialmente supostos a servirem de treinamento para as guerras e ele surgiu possivelmente como um treino para o cruzamento de obstáculos como riachos e ravinas pelos soldados.[3] Depois de investigações de marcas sobreviventes do evento na Antiguidade, acredita-se que, ao contrário dos atuais saltos, aos atletas era permitido apenas uma curta corrida antes de saltarem e eles tinham que carregar um pequeno peso em cada mão, chamados halteres, pesando entre 1 e 4,5 kg. Estes pesos eram balançados para frente no momento de saltar e empurrados para trás no meio do salto com um maneira de aumentar a impulsão, mas os atletas precisam mantê-los nas mãos durante todo o salto. Balançando-os para cima e para baixo ao fim da salto, o centro de gravidade do atleta era mudado e permitia que as pernas fossem mais esticadas, aumentando a distância saltada.[3]


O salto em si era feito de uma linha chamada bater ("aquela que é pisoteada"), provavelmente uma simples placa colocada no chão do estádio e removida após a prova,[4] e os saltadores aterrissavam numa área chamada skamma, um "espaço escavado" no chão.[4] Não havia ainda uma caixa de areia nesta área, o que é uma invenção moderna; a "skamma" era simplesmente uma pequena área escavada para essa ocasião e nada dela sobreviveu ao tempo.[3]


Este salto era considerado um das mais difíceis provas da Antiguidade, pela técnica exigida; durante os saltos músicas eram executadas e o sofista ateniense Philostratus diz que às vezes gaitas eram tocadas para dar o ritmo necessário aos complexos movimentos feitos pelos atletas com os pesos nas mãos durante o salto. Philostratus escreveu:"As regras consideravam o salto a mais difícil prova do torneio e elas permitiam ao saltador tirar vantagem em seu ritmo pela marcação feita com flautas e em seu peso pelo uso do halteres."[5]


O mais notável atleta da Antiguidade neste evento dos antigos Jogos Olímpicos foi Chionis de Esparta, que nas Olimpíadas de 656 a.C. realizou um salto de 7,05 metros.[6]


Entre os Jogos Olímpicos de Paris 1900 e Estocolmo 1912, o salto em comprimento também tinha a modalidade "sem corrida"; o atleta saltava de uma marca completamente parado, usando apenas a impulsão do corpo para realizar o salto. O norte-americano Ray Ewry foi campeão olímpico desta modalidade não mais existente por três vezes consecutivas.[7]



Regras |


O salto deve ser dado após uma corrida numa raia marcada no chão, com o atleta saltando o mais longe possível dentro de uma caixa de areia ao fim dela. O salto é invalidado caso o atleta pise no final da tábua de impulsão, que geralmente é marcado por uma listra vermelha, colocada exatamente no início da caixa. Atualmente, o bordo da tábua é coberto por plasticina para facilitar a decisão dos juízes em casos dúbios. A distância é então medida do limite da tábua até a primeira marca na areia feita pelo corpo do atleta. A maioria dos eventos disputados é composto de seis saltos, sendo que alguns deles, que tem marcas mais baixas, constam de apenas três saltos. Se os competidores empatam no salto mais longo, é declarado vencedor aquele com a segunda marca mais longa.[7]


Em eventos esportivos de grande magnitude, como os Jogos Olímpicos ou o Campeonato Mundial de Atletismo por exemplo, os doze melhores atletas dentre todos os que participam da primeira rodada de saltos, são classificados para a final; nela, todos dão três saltos mas apenas os oito primeiros colocados participam da rodada final de mais três saltos. Todos os seis saltos destes atletas finais valem para aferir o vencedor.[8]


Como em diversas outras modalidades do atletismo, saltos dados com vento a favor acima de 2m/s não tem validade para a aferição de recordes.[8]



Recordes |


De acordo com a Federação Internacional de Atletismo – IAAF.[9][10]


Homens



























Recorde

Distância

Atleta

País

Data

Local
Recorde mundial
8,95 m
Mike Powell Estados Unidos 30 agosto 1991
Tóquio
Recorde olímpico
8,90 m
Bob Beamon Estados Unidos 18 outubro 1968
Cidade do México 1968

Mulheres



























Recorde

Distância

Atleta

País

Data

Local
Recorde mundial
7,52 m
Galina Chistyakova União das Repúblicas Socialistas Soviéticas 11 junho 1988
Leningrado
Recorde olímpico 7,40 m Jackie Joyner-Kersee Estados Unidos 29 setembro 1988
Seul 1988


Melhores marcas mundiais |


As marcas abaixo são de acordo com a Federação Internacional de Atletismo – IAAF.[11][12]



Homens |
































































































Posição
Distância
Atleta
País
Data
Local
1
8,95 m
Mike Powell Estados Unidos 30 agosto 1991
Tóquio
2
8,90 m
Bob Beamon Estados Unidos 18 outubro 1968
Cidade do México
3
8,87 m Carl Lewis Estados Unidos 30 agosto 1991
Tóquio
4
8,86 m Robert Emmiyan União das Repúblicas Socialistas Soviéticas 22 maio 1987
Tsakhkadzor
5
8,79 m Carl Lewis Estados Unidos 19 junho 1983
Indianápolis
6
8,76 m Carl Lewis Estados Unidos 24 julho 1982
Indianápolis
8,76 m Carl Lewis Estados Unidos 18 julho 1988
Indianápolis
8
8,75 m Carl Lewis Estados Unidos 16 agosto 1987
Indianápolis
9
8,74 m
Larry Myricks
Estados Unidos 18 julho 1988
Indianápolis
8,74 m Erick Walder Estados Unidos 2 abril 1994
El Paso
8,74 m Dwight Phillips Estados Unidos 7 junho 2008
Eugene


Mulheres |






















































































Posição
Distância
Atleta
País
Data
Local
1
7,52 m
Galina Chistyakova União das Repúblicas Socialistas Soviéticas 11 junho 1988
Leningrado
2
7,49 m Jackie Joyner-Kersee Estados Unidos 22 maio 1994
Nova York
7,49 m Jackie Joyner-Kersee Estados Unidos 31 julho 1994
Sestriere
4
7,48 m Heike Drechsler Alemanha Oriental 9 julho 1988
Neubrandenburg
7,48 m Heike Drechsler Alemanha 8 julho 1992
Lausanne
6
7,45 m Heike Drechsler Alemanha Oriental 21 junho 1986
Tallin
7,45 m Heike Drechsler Alemanha Oriental 3 julho 1986
Dresden
7,45 m Jackie Joyner-Kersee Estados Unidos 13 agosto 1987
Indianápolis
7,45 m Galina Chistyakova União das Repúblicas Socialistas Soviéticas 12 agosto 1988
Budapeste
10
7,44 m Heike Drechsler Alemanha Oriental 22 setembro 1985
Berlim


Melhores marcas olímpicas |


As marcas abaixo são de acordo com o Comitê Olímpico Internacional – COI.[13]



Homens |


























































































Posição
Distância
Atleta
País
Medalha
Local
1
8,90 m
Bob Beamon Estados Unidos
ouro

Cidade do México 1968
2
8,72 m Carl Lewis Estados Unidos
ouro

Seul 1988
3
8,68 m Carl Lewis Estados Unidos
Barcelona 1992
4
8,67 m Carl Lewis Estados Unidos
ouro

Barcelona 1992
5
8,64 m Mike Powell Estados Unidos prata
Barcelona 1992
6
8,59 m Dwight Phillips Estados Unidos ouro
Atenas 2004
7
8,55 m
Iván Pedroso
Cuba ouro
Sydney 2000
8
8,54 m Lutz Dombrowski Alemanha Oriental ouro
Moscou 1980
8,54 m Carl Lewis Estados Unidos ouro
Los Angeles 1984
10
8,50 m Carl Lewis Estados Unidos ouro
Atlanta 1996

* A marca de 8,68 m de Carl Lewis foi conseguida nas eliminatórias e é 1 cm maior que a marca que lhe deu o ouro na final de Barcelona 1992.



Mulheres |

























































































Posição
Distância
Atleta
País
Medalha
Local
1
7,40 m Jackie Joyner-Kersee Estados Unidos
ouro

Seul 1988
2
7,27 m Jackie Joyner-Kersee Estados Unidos
Seul 1988
3
7,22 m Heike Drechsler Alemanha Oriental prata
Seul 1988
4
7,17 m Tianna Bortoletta Estados Unidos ouro
Rio 2016
5
7,15 m Brittney Reese Estados Unidos prata
Rio 2016
6
7,14 m Heike Drechsler Alemanha
ouro

Barcelona 1992
7 7,12 m Inessa Kravets Equipa Unificada nos Jogos Olímpicos prata
Barcelona 1992
7,12 m Chioma Ajunwa Nigéria
ouro

Atlanta 1996
7,12 m Brittney Reese Estados Unidos
ouro

Londres 2012
10 7,11 m Galina Chistyakova União das Repúblicas Socialistas Soviéticas bronze
Seul 1988

* A ucraniana Inessa Kravets competiu em Barcelona 1992 pela Equipe Unificada da Comunidade dos Estados Independentes (CEI). O salto de 7,27 m de Jackie Joyner-Kersee foi dado nas eliminatórias de Seul 1988.



Marcas da lusofonia |




































































































País

Masculino

Atleta

Ano

Local

Feminino

Atleta

Ano

Local

Brasil 8,40 m Douglas de Sousa 1995 São Paulo 7,26 m Maurren Maggi 1999 Bogotá [14]
Portugal 8,36 m Carlos Nuno Calado 1997 Lisboa 7,12 m Naide Gomes 2008 Fontvieille [15]
Angola 7,52 m Afonso Ferraz 1991 Al-Qahira 5,84 m Ungudi Quiawacana 2007 Lisboa [16]
Moçambique 7,51 m Carvalho Machuza 2006 Windhoek
6,40 m Elisa Cossa 2000 Pretória
[17][18]
Cabo Verde 7,33 m Péricles Pinto 1972 Lisboa 5,68 m Evelise Veiga 2012 Lisboa [19]
São Tomé e Príncipe 7,02 m Juary Tavares 2015 Lisboa sem registro
[20]:606
Guiné-Bissau 6,96 m Edivaldo Monteiro 1996 Lisboa sem registro
[21]:605


Referências




  1. «Atletismo: Naide Gomes campeã do mundo em pista coberta». jpn. Consultado em 4 de setembro de 2015 


  2. «Maurren Maggi conquista o primeiro ouro individual feminino do Brasil». UOL. Consultado em 4 de setembro de 2015 


  3. abc Swaddling, Judith. The Ancient Olympic Games. [S.l.]: University of Texas Pres. ISBN 0292777515 


  4. ab Stephen G. Miller, Ancient Greek Athletics. New Haven: Yale University Press, 2004, p.66


  5. Stephen G. Miller, Ancient Greek Athletics. New Haven: Yale University Press, 2004, p.67


  6. «Ancient Origins». The Times/The Sunday Times. Consultado em 29 de outubro de 2006. Cópia arquivada em 11 de março de 2007 


  7. ab «Long Jump». IAAF. Consultado em 4 de setembro de 2015 


  8. ab «Competition rules» (PDF). USA Track&Field. Consultado em 4 de setembro de 2015 


  9. «All time best W». IAAF. Consultado em 4 de setembro de 2015 


  10. «All time best M». IAAF. Consultado em 4 de setembro de 2015 


  11. «All time best M». IAAF. Consultado em 30 de agosto de 2015 


  12. «All time best». IAAF. Consultado em 30 de agosto de 2015 


  13. «48 PAST OLYMPIC GAMES». OIC. Consultado em 24 de abril de 2013 


  14. «Recordes». CBat. Consultado em 1 de setembro de 2015 


  15. «RECORDES DE PORTUGAL». FPA. Consultado em 1 de setembro de 2015 


  16. «estatisticas». FAA. Consultado em 1 de setembro de 2015 


  17. «Há medalhas, mas faltam marcas». desafio. Consultado em 4 de setembro de 2015 


  18. «profile». IAAF. Consultado em 4 de setembro de 2015 


  19. «Tabela de Records de Cabo Verde». FCA. Consultado em 1 de setembro de 2015 


  20. «IAAF WORLD CHAMPIONSHIPS LONDON 2017 STATISTICS HANDBOOK». IAAF. 2017. Consultado em 2 de agosto de 2017 


  21. «IAAF WORLD CHAMPIONSHIPS LONDON 2017 STATISTICS HANDBOOK». IAAF. 2017. Consultado em 2 de agosto de 2017 



Ligações externas |



  • Sítio da IAAF

  • European Athletic Association (EAA)

  • Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt)

  • Federação Portuguesa de Atletismo

















































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