Estratificação social





Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Estrato.

























Estratificação social, no mundo da sociologia, é um conceito que envolve a "classificação das pessoas em grupos com base em condições socioeconômicas comuns; um conjunto relacional das desigualdades com as dimensões econômicas, social, política e Antropologica". Quando as diferenças levam a um status de poder ou privilégio de alguns grupos em detrimento de outros isso é chamado de estratificação social.[1] É um sistema pelo qual a sociedade classifica categorias de pessoas em uma hierarquia[2] A estratificação social é baseada em quatro princípios básicos:



  1. É uma característica da sociedade, e não simplesmente um reflexo das diferenças individuais,

  2. A estratificação social continua de geração para geração,

  3. É universal, mas variável;

  4. Envolve não só a desigualdade, mas também crenças.[3]


Na cultura ocidental moderna, a estratificação é amplamente organizada em três camadas principais: classe alta, classe média e classe baixa. Cada uma destas classes podem ser ainda subdivididas em classes menores (por exemplo, ocupação).[4]


Essas categorias não são particulares de sociedades baseadas em estado como distinguido de sociedades feudais compostas da relação nobreza-camponeses. A estratificação pode também ser definida por laços de parentesco ou castas. Para Max Weber, a classe social pertencente amplamente à riqueza material é diferente do status de classe, que é baseado em variáveis ​​tais como a honra, prestígio e filiação religiosa.[5]Talcott Parsons argumentou que as forças de diferenciação social e do seguinte padrão de individualização institucionalizada diminuiria fortemente o papel da classe (como um importante fator de estratificação), assim como toda a evolução (evolucionismo) social. É discutível se o primeiro grupo caçadores-coletores pudesse ser definido como "estratificada", ou se tais diferenciais começou com a revolução agrícola e os grandes intercâmbios entre os grupos. Uma das questões em curso para determinar a estratificação social surge a partir do ponto que as desigualdades de status entre os indivíduos são comuns, por isso se torna uma questão quantitativa para determinar o quanto a desigualdade se qualifica como estratificação.[6]




Índice






  • 1 Visão sociológica


  • 2 Ver também


  • 3 Referências


  • 4 Ligações externas





Visão sociológica |


O conceito de estratificação social é interpretado de forma diferente pelas várias perspectivas teóricas da sociologia. Os defensores da teoria da ação sugeriram que desde que a estratificação social é comumente encontrada nas sociedades desenvolvidas, a hierarquia pode ser necessária a fim de estabilizar a estrutura social. Talcott Parsons,[7] sociólogo americano, afirmou que a estabilidade e a ordem social são regulamentados, em parte, pelo valor universal, embora os valores universais não eram idênticos em "consenso", mas poderiam muito bem ser o impulso para um conflito como tinha sido várias vezes ao longo da história. Parsons nunca alegou que os valores universais e por eles próprios "satisfaziam" os pré-requisitos funcionais de uma sociedade, de fato, a constituição da sociedade foi uma codificação muito mais complicada de fatores históricos emergentes. Pitirim Sorokin, estudioso da estratificação social, colega e crítico de Parsons, afirma que: "qualquer grupo social organizado é sempre um corpo social estratificado. Não existe qualquer grupo social permanente que seja 'plano' e no qual todos os membros são iguais."[8]


As chamadas teorias do conflito, como o marxismo, apontam para a falta de acesso aos recursos e falta de mobilidade social nas sociedades estratificadas. Muitos teóricos sociológicos têm criticado a medida em que as classes trabalhadoras não são susceptíveis de avançar socioeconomicamente, os ricos tendem a manter o poder político que usam para explorar o proletariado intergeracional. Teóricos como Ralf Dahrendorf, no entanto, notaram a tendência em direção a uma classe média alargada nas sociedades ocidentais modernas, devido à necessidade de uma força de trabalho educada nas economias tecnológicas e de serviço. Várias perspectivas sociais e políticas sobre a globalização, como a teoria da dependência, sugerem que estes efeitos são devidos à mudança de trabalhadores para o terceiro mundo.[9]


Na teoria marxista, o modo de produção capitalista consiste de duas partes econômicas: infraestrutura e superestrutura. Marx via as classes definidas pela relação das pessoas com os meios de produção em duas formas básicas: ou elas possuem bens produtivos ou de trabalho para os outros.[10] Marx descreveu também outras duas classes, a pequena burguesia e o lumpemproletariado. A pequena burguesia é como uma classe pequena empresa que nunca acumula lucro suficiente para se tornar parte da burguesia, ou mesmo desafiar seu poder absoluto. O lumpemproletariado é a parte degradada do proletariado. Isso inclui prostitutas, mendigos, vigaristas, etc. Nenhuma dessas subclasses tem muita influência nos dois sistemas de classes de Marx, mas é útil saber que Marx fez reconhecer as diferenças dentro das classes.[11]


Hermann Heller definiu a estratificação como um tipo de diferenciação social ou sistema de desigualdade estruturada nas coisas que cotornam em uma determinada sociedade, que pode ser bens tangíveis ou simbólicos. Para Kingsley Davis e Wilbert E. Moore a estratificação é universal e a sociedade deve fazer uso de recompensa para o preenchimento de papeis. A abordagem de Davis e Moore é que toda sociedade deve criar meios de motivar seus trabalhadores mais competentes a preencher as funções mais difíceis e importantes, criando assim uma hierarquia de recompensas que privilegie os encarregadores de tarefas funcionalmente importantes. Isso representa estabelecer um sistema de desigualdade institucionalizada.[12]




Ver também |



  • Classe social

  • Desigualdade econômica

  • Desigualdade social

  • Elitismo

  • Estamento

  • Igualitarismo

  • Meritocracia

  • Posição social



Referências




  1. Barker, Chris. Cultural Studies: Theory and Practice. London: Sage. ISBN 0-7619-4156-8 p 436


  2. Macionis, J., and Gerber, L. (2010). Sociology, 7th edition


  3. Macionis, Gerber, John, Linda (2010). Sociology 7th Canadian Ed. Toronto, Ontario: Pearson Canada Inc.. pp. 224, 225.


  4. Saunders, Peter (1990). Social Class and Stratification. [S.l.]: Routledge. ISBN 9780415041256 


  5. Fritz K. Ringer (2001). Declínio dos Mandarins Alemães - A Comunidade Acadêmica Alemã 1890 - 1933. [S.l.]: Edusp. p. 170. ISBN 978-85-314-0511-2 


  6. Tania Quintaneiro; MARCIA GARDENIA MONTEIRO OLIVEIRA (2002). Labirintos simétricos: introdução à teoria sociológica de Talcott Parsons. [S.l.]: Editora UFMG. p. 178. ISBN 978-85-7041-300-0 


  7. Besnik Fetahu. The social system according to Talcott Parson. [S.l.]: GRIN Verlag. ISBN 978-3-640-77891-1 


  8. Sorokin, Pitirim. Social mobility. Harper & Brothers, 1927, pág. 12. (17-10-2016).


  9. Ralf Dahrendorf (1976). Class and Class Conflict in Industrial Society. [S.l.]: Routledge & Kegan Paul. p. 324. ISBN 978-0-7100-7461-4 


  10. Macionis, Gerber, John, Linda (2010). Sociology 7th Canadian Ed. Toronto, Ontario: Pearson Canada Inc. 233 páginas 


  11. Doob, Christopher. Social Inequality and Social Stratification in US Society (1st ed.), Pearson Education, 2012, ISBN 0205792413


  12. Sociologia: consensos e conflitos". [S.l.]: Editora UEPG. 2001. p. 56. ISBN 978-85-86941-10-8 


  13. Credit Suisse - Research Institute. Markus Stierli. Outubro de 2015. Tabela 6-5, pág. 149, (em inglês) 17-10-2016.



Ligações externas |


  • Estratificação e Classe Social, filosofiaacademico


  • Portal da filosofia
  • Portal da sociedade
  • Portal da sociologia



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