Dragão da Cólquida
Dragão da Cólquida | |
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Guardião do velocino de ouro |
Dragão da Cólquida, na mitologia grega, era conhecido como o guardião do velocino de ouro, no qual o herói Jasão e os argonautas conseguiram se apoderar. O dragão da Cólquida era muito grande, mas era muito lento. A lenda diz que dormia com um olho aberto e outro fechado. Muitos heróis tentaram, mas apenas Jasão conseguiu matá-lo. Para conseguir o velocino dourado, os heróis teriam que matar búfalos de fogo, semear seus dentes, lutar com guerreiros cadavéricos nascidos dos dentes, chamados Sparti, derrotá-los para chegar até o dragão e matá-lo. Tudo isso no mesmo dia.
Índice
1 Uma linhagem de monstros
2 Ladão, o guardião do jardim das hespérides
3 Árvore genealógica
4 Referências
Uma linhagem de monstros |
Conforme refere Hesíodo na sua Teogonia, Gaia, a Terra, e seu filho Ponto, o mar, tiveram muitos filhos, entre os quais se contavam Fórcis e Ceto.[1] Por sua vez, estes dois deram lugar a uma terrível linhagem: as três górgonas, Esteno, Euríade e Medusa e as três greias, criaturas já nascidas de cabelo grisalho.[2] Por último, Ceto "pariu uma terrível serpente que, nos flancos da terra negra, na extremidade do Mundo, guardava as maçãs de ouro".[3] Este era Ladão, e a sua história está associada à das hespérides.[carece de fontes]
Ladão, o guardião do jardim das hespérides |
Essa crença dizem que Ladão, um dragão com um corpo de serpente onde tinha cem cabeças que falavam línguas diferentes, foi um dragão a quem Hera, mulher de Zeus, deu a tarefa de proteger a macieira de frutos de ouro. Esta era um árvore que Gaia lhe tinha dado no dia de casamento com Zeus.
Hera plantou essa árvore nos confins ocidentais do Mundo e deu às ninfas do entardecer, filhas de Atlas, a função de a proteger. Estas, por sua vez, aproveitaram-se dos frutos de ouro para seu próprio benefício e a rainha dos deuses teve de procurar um guardião mais confiável, poderoso, e inteligente - Ladão.
A partir desse momento, Ladão tornou-se o guardião da macieira dos frutos de ouro, que mais tarde morreu por um flecha de Hércules que precisava de uma maçã de ouro para completar uma das doze tarefas do rei Euristeu. Este por sua vez, depois de matar o temível dragão, foi ter com Atlas que cedeu a sua tarefa de segurar o mundo aos ombros a Hércules, enquanto ele ia buscar a maçã. Quando regressou, trazia três maçãs de ouro, mas recusava-se a voltar para a sua função, o que fez Hércules enganá-lo dizendo que aceitava a exigência de Atlas, mas que queria ir buscar, primeiro, uma almofada para por aos ombros. Assim, Atlas voltou a suportar o mundo e Hércules aproveitou para fugir indo para o jardim que o dragão guardava. Lá, para prestar homenagem a Ladão, pegou nos seus restos mortais e atirou-os para o Céu, onde ainda hoje estão, na constelação do Dragão.
Árvore genealógica |
Baseada em Hesíodo:
Gaia | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Ponto | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Nereu | Taumante | Fórcis | Ceto | Euríbia | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Greias | Górgonas | Dragão da Cólquida | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Referências
↑ Hesíodo, Teogonia, Os deuses do mar, 233-239
↑ Hesíodo, Teogonia, O bestiário, 270-294
↑ Hesíodo, Teogonia, O bestiário, 333