Itaporanga (Paraíba)












































































































Município de Itaporanga

"Rainha do Vale"

Itaporangapb.jpg













Bandeira de Itaporanga


Brasão de Itaporanga


Bandeira

Brasão


Hino

Aniversário

9 de janeiro
Fundação

11 de dezembro de 1863 (155 anos)
Emancipação

9 de janeiro de 1865

Gentílico

itaporanguense

Lema

União, Ordem e Trabalho

Padroeiro(a)

Nossa Senhora da Conceição

Prefeito(a)
Divaldo Dantas (PSB)
(2017 – 2020)
Localização

Localização de Itaporanga

Localização de Itaporanga na Paraíba


Itaporanga está localizado em: Brasil


Itaporanga


Localização de Itaporanga no Brasil

07° 18' 14" S 38° 09' 00" O07° 18' 14" S 38° 09' 00" O

Unidade federativa

Paraíba

Região intermediária

Patos IBGE/2017[1]



Região imediata

Itaporanga IBGE/2017[1]



Região metropolitana

Vale do Piancó
Municípios limítrofes
Ao norte: Aguiar, Igaracy. Ao sul: Diamante, Boa Ventura e Pedra Branca. Ao leste:Piancó e Santana dos Garrotes. Ao oeste: São José de Caiana e Serra Grande.
Distância até a capital
420 km
Características geográficas

Área
468,060 km² [2]

População
24 653 hab. estimativa IBGE/2018[3]

Densidade
52,67 hab./km²

Altitude
289 m

Clima
Semiárido

Fuso horário

UTC−3
Indicadores

PIB

R$ 98 635,739 mil IBGE/2008[4]

PIB per capita

R$ 4 279,76 IBGE/2008[4]
Página oficial

Prefeitura
www.itaporanga.pb.gov.br

Câmara
www.camaraitaporanga.pb.gov.br

Itaporanga é um município brasileiro do estado da Paraíba, localizado na Região Metropolitana do Vale do Piancó. De acordo com o IBGE, sua população foi estimada em 24 653 habitantes, conforme dados de 2018.[3] A área do município é de 468,060 km².[2]


O município polariza a região do Vale do Piancó, composta por 18 municípios, além de sediar a 7ª Região de Ensino do Estado da Paraíba. Uma das principais atrações turísticas do município é a sua tradicional festa de São Pedro ou oficialmente: O Maior São Pedro do Mundo, no mês de junho, e um monumento ao Cristo Rei, com 30 metros de altura, localizado na Chapada do Recanto, erguido pelo falecido Monsenhor José Sinfrônio de Assis Filho, conhecido como Padre Zé, com o auxílio financeiro dos fiéis católicos da região.




Índice






  • 1 História


    • 1.1 Início da povoação


    • 1.2 Ocupação das terras


    • 1.3 Emancipação política




  • 2 Geografia


    • 2.1 Clima




  • 3 Poder judiciário


  • 4 Poder legislativo


  • 5 Feriados municipais


  • 6 Bairros


  • 7 Times de futebol


  • 8 Estádios e ginásios esportivos


  • 9 Referências


  • 10 Ver também





História |


Como a maioria das cidades nordestinas, Misericórdia nasceu a  beira de um rio, e em torno de uma capela. Antônio Vilela de Carvalho, um desbravador português, chegou à região por volta de 1765, após comprar aos D'Ávila, fidalgos da Casa da Torre, representantes reais residentes na praia do Forte, na Bahia, uma grande faixa de terra, onde construiu uma casa de morada e um curral para a criação de gado, à margem do Rio Piancó. Ali, anos depois, começou um pequena povoação que depois passou a ser conhecido por Misericórdia Velha, já que os primeiros habitantes do lugar atravessaram o Rio e foram fixar-se na outra margem, onde construíram uma pequena Orada que consagraram a Nossa Senhora do Rosário, primeiro pertenceu a Paróquia de Nossa Senhora do Rosário de Pombal, depois, à Paróquia de Santo Antônio de Piancó. Aliás, o nome de Misericórdia advém do fato de ter sido doada pela Santa Casa de Misericórdia de Portugal a pequena Imagem da Virgem que ainda hoje está na Igreja de Nossa Sr.ª do Rosário em Itaporanga.


A ocupação dos sertões da Paraíba foi confiada à família de Antônio de Oliveira Ledo que conquistou esse direito junto a Casa da Torre, símbolo maior dos Garcias D’Avíla, nobres portugueses donos de uma vasta Sesmaria que ia da Bahia até o Maranhão. Na segunda metade do século XVII, por volta de 1679, uma expedição com 60 homens partiu de Massacará, na Bahia, para explorar o interior paraibano. Chefiada por Antônio de Oliveira Ledo, a comitiva era integrada ainda por Pascásio de Oliveira Ledo, Theodósio de Oliveira Ledo, Francisco Pereira de Oliveira Ledo, Felipe Rodrigues (filho de Pascásio), e Antônio de Oliveira Ledo Neto (filho de Francisco Pereira). Eles seguiram pelas margens do Rio São Francisco até a altura de Santo Antônio da Glória, onde alcançaram o Rio Pajeú e logo depois, transpuseram a Serra da Baixa Verde, em Triunfo, Pernambuco, conseguindo finalmente ingressar no sertão da Paraíba.


Os exploradores checaram até a confluência dos Rios Piancó e Piranhas, onde hoje se localiza o município de Pombal, mas logo retomaram a Bahia, ficando por aqui apenas Theodósio e seus homens que por três anos, fizeram diversos incursões pela área. Por volta de 1682, o capitão-mor dos Vales do Piancó e Piranhas título que lhe foi concedido pelas autoridades da Colônia, viaja para o cariri paraibano.


Nesta ocasião acontece a revolta dos indígenas da região sertaneja, movimento que ficou conhecido como Confederação dos Índios Cariris. Theodósio regressa ao sertão, captura alguns índios da tribo Arius e viaja para Salvador, na Bahia, onde tem uma audiência com o governador Soares de Albuquerque, e faz um relato da situação, mostrando a necessidade de repovoar o interior paraibano e iniciar a criação de gado em toda a área, no que foi prontamente atendido, regressando então para o Vale do Piancó à frente de uma grande expedição, e com muito gado.


Em 1730, já bastante velho e cansado, Theodósio deixa definitivamente os sertões de Piancó e Piranhas, indo fixar-se no cariri paraibano. Suas terras e o seu comando passaram então para as mãos do comendador Gaspar D'Avila Pereira, que foi incumbido de limpar a região e, para tanto, teve que travar sangrentas batalhas com os índios Cariris, principalmente os das tribos Pêgas, Panatis e Coremas, sendo que a esta última comunidade pertencia o guerreiro Piancó (Terror, na língua nativa), cujo nome foi emprestado a região, graças a sua bravura e o destemor com que enfrentava o inimigo.



Início da povoação |


A resistência oferecida pelos homens primitivos da região não durou muito tempo. Afinal os desbravadores eram mais adestrados, organizados e possuíam armas de fogo, como bacamartes e espingardas, que causaram pesadas baixas ao inimigo. Partindo de Pombal alguns aventureiros fundaram algumas léguas acima, numa fazenda de gado do capitão-mór Manoel de Araújo Carvalho, um lugarejo que deu origem ao município de Piancó.


Partiram de Pombal e com autorização de Gaspar D'Ávila que o sertanista Antônio Vilela de Carvalho ocupou as terras das margens esquerda do Rio Piancó, onde implantou o sítio Misericórdia e, construiu um curral, algumas casas de taipa e uma pousada para os viajantes e tropeiros, situação que perdurou por muitos anos.



Ocupação das terras |


Anos depois Joaquim Fonseca, também conhecido por Joaquim Carnaúba, João Madeiro, Alexandre Gomes da Silva e Padre Lourenço, moradores do sítio Misericórdia atravessaram o rio e na outra margem construíram algumas casas. Trataram também de ocupar as terras em torno do pequeno lugarejo. Carnaúba ficou com as terras que compreende a Várzea do Saco e outras porções, Madeiro com o Cantinho, os Gomes com Misericórdia Velha e padre Lourenço tratou  de negociar entre eles a demarcação de uma área para a construção de uma capela dedicada a Virgem do Rosário. O local é o mesmo onde hoje se encontra a Igreja que foi escolhido por Madeiro, que era muito religioso e desejava, segundo se conta, ver a Capela todo dia, logo cedinho, da janela da casa que construiu e onde morava, no alto onde foi construído dezenas de anos depois o Colégio Diocesano "Dom João da Mata".


Escolhido o local para a Capela, de imediato foi erguida uma Cruz de Madeira, sentada em uma base de pedra, simbolizando o poder divino. A pequena igreja logo foi construída, um pouco atrás, e a maneira que os meses passavam novas famílias chegava ao pequeno povoado, agrupando-se nas ruas periféricas a Capela do Rosário, tornando o lugarejo, em poucos anos, em uma vila bastante desenvolvida.


Já com um bom comércio e muitas moradias, Misericórdia prosperou e a sua excelente localização a transformou num centro comercial que atendia aos habitantes de uma larga faixa de terras, e servia de pouso e passagem obrigatória dos tropeiros que com suas mulas abasteciam os sertões de mercadorias que a terra não produzia, como tecidos, miudezas, calçados, sendo que muitos deles gostaram tanto do lugar que aqui se fixaram, constituíram família e fixaram para sempre.



Emancipação política |


A vila ganhou a sua emancipação política, desligando-se de Piancó, no dia 11 de Dezembro de 1863, através da Lei Provincial 104, ganhando o nome de Freguesia de Nossa Sr.ª da Conceição de Misericórdia. A instalação oficial do município só aconteceu no dia 9 de janeiro de 1865, havendo em seguida a designação dos seus primeiros dirigentes. A cidade permaneceu por sessenta e três anos com o seu nome de origem, mas em 1938 passou-se a chamar-se Itaporanga, pelo Decreto-Lei Estadual n.° 1.164 do dia 15 de novembro daquele ano, que em tupi e guarani significa “Pedra Bonita, à qual razão é explicada por Praxedes Pitanga, que achava o nome Misericórdia, agourento, interjeição de dor, e nada histórico "Eu então lembrei – Itaporanga para substituir Misericórdia. E justificando a mudança adiantei: existe bem próximo à cidade um majestoso serrote. Em tupi-guarani, Itaporanga significa Pedra Bonita. Como se vê em tal caso, que aquele símbolo pétreo plantado pela natureza bem se prestaria para dar nome à cidade; e por extensividade, ao município”. Graças ao Decreto-Lei Estadual n.° 1164 de 15 de Novembro, por interveniência do Interventor Municipal Praxedes da Silva Pitanga.


Cinco anos depois em 1943, contudo, por conta do Decreto-Lei Estadual n.° 520, elaborado pelo jovem doutorando em medicina, vindo de Olho d'Água, Balduino Minervino de Carvalho à mando do Dr. José Gomes da Silva, prefeito da cidade, primo e ex-aliado de Pitanga, o município voltou a chamar-se Misericórdia, denominação que até o dia 07 de Janeiro de 1949, quando pelo Decreto Estadual n.° 318, voltou definitivamente a ser Itaporanga por decisão de Praxedes Pitanga, nome que permanece até hoje, quando o município havia mudado de nome três vezes. Dez anos depois, por conta de Lei votada na Assembléia Legislativa e sancionada pelo governador Pedro Moreno Gondim, Itaporanga perdeu grande parte do seu território, que era um dos maiores do Estado, com a criação dos municípios de Pedra Branca, Curral Velho, Boa Ventura, Diamante, Serra Grande e São José de Caiana.



Geografia |



Clima |


Dados do Departamento de Ciências Atmosféricas, da Universidade Federal de Campina Grande, mostram que Itaporanga apresenta um clima com média pluviométrica anual de 876.3 mm e temperatura média anual de 26.8 °C.






















































































Dados climatológicos para Itaporanga
Mês

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez
Ano
Temperatura máxima média (°C)
34,5
33,5
32,6
32,2
31,6
31,1
31,3
32,8
34,2
35,3
35,7
35,3
33,3
Temperatura média (°C)
28,0
27,2
26,6
26,4
25,8
25,1
25,1
25,8
27,0
28,0
28,3
28,3
26,8
Temperatura mínima média (°C)
22,3
22,0
21,8
21,6
20,9
19,9
19,3
19,3
20,4
21,3
21,9
22,2
21,1

Chuva (mm)
83,0
158,7
225,1
180,2
76,7
37,6
16,9
6,8
11,1
11,1
23,1
48,3
876,3

Fonte: Departamento de Ciências Atmosféricas.[5][6][7][8]


Poder judiciário |


A Comarca de Itaporanga foi criada pela Lei n.° 92, de 26 de Dezembro de 1898, mas foi extinta poucos meses depois, de acordo com a Lei n.° 24, de 7 de Novembro de 1898, sendo restaurada por força do decreto n.° 641, de 21 de Janeiro de 1935, sabendo-se que nesse período de inexistência as causas e feitos de interesse dos moradores de Misericórdia eram resolvidos na Comarca de Piancó. De segunda entrância, a jurisdição da Comarca de Itaporanga abrange hoje os termos de Itaporanga, Boa Ventura, Diamante,Serra Grande, São José de Caiana, Pedra Branca e Curral Velho, e por ela já passaram nomes de expressão da magistratura paraibana, como os juízes, Paulo Bezerril, Francisco Espínola, Onesipio Novais, Sandoval Caju e tantos outros, como o itaporanguense João Espínola Neto, que faleceu em um acidente de carro quando se encontrava à frente da Comarca e que hoje empresta o seu nome ao Fórum da cidade.



Poder legislativo |


Nos termos atuais, com as prerrogativas, os direitos e obrigações a Câmara Municipal de Itaporanga começou a existir em 1947, com a redemocratização do país e a realização de eleições em todos os níveis. Anteriormente, inclusive na época do Império, existia um Conselho Municipal que era muito mais honorífico do que político, com atribuições fiscalizadoras. Os conselheiros recebiam o título das autoridades da Província como reconhecimento por algum serviço prestado.


Um incêndio acontecido na década em 60, nos arquivos do prédio da Prefeitura Municipal, onde funcionava também o Fórum e a Câmara, destruiu documentos importantes e levou consigo grande parte da memória e história de Itaporanga.



Feriados municipais |


Há feriados em Itaporanga sendo eles:



  • 9 de janeiro - Emancipação Política de Itaporanga e/ou Dia e Aniversário da cidade.

  • Sexta-Feira da Paixão - Por lei, a Sexta-Feira da Paixão é feriado municipal de todos municípios brasileiros.

  • 24 de junho - São João Batista.

  • 29 de junho - São Pedro.

  • 19 de setembro - Falecimento do Monsenhor José Sinfrônio de Assis Filho, popularmente Padre Zé, um dos lideres católicos mais influentes no município.

  • 08 de dezembro - Nossa Senhora da Conceição, padroeira do município.



Bairros |



  • Alto do Madeiro

  • Alto do Ginásio

  • Alto das Neves

  • Alvo do Projeto

  • Balduíno de Carvalho

  • Bela Vista

  • Centro

  • Chagas Soares

  • João Silvino

  • Loteamento Paulo

  • Miguel Morato

  • Pedra Bonita

  • Vila Mocó

  • Xique Xique



Times de futebol |



  • Asa Esporte Clube

  • Cruzeiro Futebol Clube

  • São Pedro de Vitor

  • Jurema Esporte Clube

  • Estrela Futebol Clube

  • Mil Réis Futebol Clube



Estádios e ginásios esportivos |



  • José Barros Sobrinho (O Zezão)

  • Valdemar Lopes da Silva

  • Deputado Soares Madruga

  • Estádio Padre Diniz



Referências




  1. ab Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Base de dados por municípios das Regiões Geográficas Imediatas e Intermediárias do Brasil». Consultado em 17 de agosto de 2017. Cópia arquivada em 17 de agosto de 2017 


  2. ab «Itaporanga». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 1 de março de 2016 


  3. ab «Estimativa populacional 2018 IBGE». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de agosto de 2018. Consultado em 2 de setembro de 2018 


  4. ab «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 


  5. «TEMPERATURA COMPENSADA MENSAL E ANUAL DA PARAÍBA». Departamento de Ciências Atmosféricas. Consultado em 13 de julho de 2018. Cópia arquivada em 11 de junho de 2014 


  6. «TEMPERATURA MÍNIMA MENSAL E ANUAL DA PARAÍBA». Departamento de Ciências Atmosféricas. Consultado em 13 de julho de 2018. Cópia arquivada em 11 de junho de 2014 


  7. «PRECIPITACAO MENSAL». Departamento de Ciências Atmosféricas. 1911–1990. Consultado em 13 de julho de 2018. Cópia arquivada em 11 de junho de 2014  !CS1 manut: Formato data (link)


  8. «TEMPERATURA MAXIMA MENSAL E ANUAL DA PARAIBA». Departamento de Ciências Atmosféricas. 1911–1980. Consultado em 13 de julho de 2018. Cópia arquivada em 11 de junho de 2014  !CS1 manut: Formato data (link)



Ver também |



  • Aeroporto de Itaporanga

  • Faculdades Vale do Piancó












  • Portal do Brasil



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