Brigitte Bardot

















































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































Brigitte Bardot


Brigitte Bardot em Munique, 1968.[1]
Outros nomes
BB
Nascimento

28 de setembro de 1934 (84 anos)
Paris, França
Nacionalidade

francesa
Ocupação
atriz, cantora, modelo e ativista
Atividade

1952 - 1973 (como atriz)
1973 - Atualmente (como ativista)

Cônjuge

Roger Vadim (1952 – 1957)
Jacques Charrier (1959 – 1962)
Gunter Sachs (1966 – 1969)
Bernard d'Ormale (1992 - atualmente)

IMDb: (inglês)

Brigitte Anne-Marie Bardot (Paris, 28 de Setembro de 1934) é uma ex-atriz e atual ativista francesa. Conhecida por suas iniciais, BB, é considerada um dos maiores símbolos sexuais dos anos 50 e 60. Tornou-se ativista dos direitos animais, após se retirar do mundo do entretenimento e se afastar da vida pública.


Ícone de popularidade da década de 1960, foi eleita pela revista TIME um dos cem nomes mais influentes da história da moda.[2][3] Bardot tornou-se conhecida internacionalmente em 1957, após protagonizar o polêmico filme E Deus Criou a Mulher, produzido pelo seu então marido, Roger Vadim. Ela chamava a atenção da intelectualidade francesa e Simone de Beauvoir a descreveu como "uma locomotiva da história das mulheres", além de ter sido considerada a mulher mais livre do Pós-Guerra na França.


Considerada uma mulher à frente de seu tempo, mesmo sem ganhar importantes prêmios no cinema, Brigitte causava histeria na imprensa internacional e era uma das poucas atrizes não americanas de sua época que recebiam grande atenção da imprensa dos Estados Unidos,[4] onde surgiu o termo "Bardot mania" para qualificar a adoração que ela suscitava. Seu estilo e seus cabelos longos e loiros tornaram-se mania entre as mulheres e influenciou todo o estilo e comportamento das gerações das décadas de 1950 e 1960.[5]


Distante do cinema desde a década de 1970, engajada numa polêmica cruzada em defesa dos direitos animais e tendo sido processada várias vezes por suas duras críticas sobre a islamização da França, Bardot continua inspirando a moda e vários artistas da contemporaneidade. Foi eleita uma das dez atrizes mais belas da história do cinema por uma pesquisa realizada na Inglaterra em 2009.[6] Em 1985, foi premiada com a Legião de Honra Francesa, mas causou polêmica ao recusar o prêmio.[7]




Índice






  • 1 Infância e adolescência


  • 2 Carreira


    • 2.1 Estrelato


    • 2.2 Últimos anos no cinema




  • 3 Ativismo


  • 4 Politica, controvérsia e processos


  • 5 Influências na cultura popular


  • 6 Vida pessoal


  • 7 Discografia


  • 8 Filmografia


  • 9 Referências


  • 10 Ligações externas





Infância e adolescência |


Brigitte Bardot nasceu no dia 28 de setembro de 1934 em um apartamento localizado na Place Violet no 15.º arrondissement de Paris.[8] Seu pai, Louis Bardot, foi um industrial da alta burguesia francesa, herdeiro da Usines Bardot (atualmente propriedade da Air Liquide). Sua mãe, Anne-Marie, era catorze anos mais jovem que seu pai e casaram-se em 1933. Ela também tem uma irmã, Mijanou Bardot, que também atuou no cinema. Recebeu influência da mãe nas artes da dança e música. Em 1947, foi aceita no conservatório de dança e música de Paris (Conservatoire National Supérieur de Musique et de Danse de Paris) e cursou as aulas de balé por três anos.


Com o apoio e incentivo da mãe, começou a fazer trabalhos de moda em 1949, aos quinze anos, e em 1950 foi capa da edição de março da revista Elle francesa,[9] trabalho que chamou a atenção do então jovem cineasta Roger Vadim. Vadim mostrou a capa da revista ao cineasta e roteirista Marc Allégret, que convidou Brigitte para um teste para seu filme "Les lauriers sont coupés". BB foi escolhida para o papel, mas o filme acabou não sendo realizado. Mesmo assim, esta oportunidade fez com que ela pensasse em se tornar atriz. Mais do que isso, seu encontro com Vadim, que assistiu ao teste, iria influenciar sua carreira e sua vida.[10]



Carreira |




Brigitte Bardot aos 18 anos, durante o Festival de Cannes de 1953.


Brigitte Bardot estreou no cinema aos 17 anos no filme Le Trou normand (1952) e no mesmo ano, após dois anos de namoro à revelia dos pais, casou-se com Roger Vadim. Em seu segundo filme, Manina, la fille sans voile, suas cenas de biquíni fizeram com que seu pai recorresse à Justiça para impedir que as cenas fossem levadas ao cinema, sem sucesso.[11]


Entre 1952 e 1957 ela fez dezessete filmes, nenhum de grande sucesso, dramas românticos ou históricos, sendo três filmes em inglês, entre eles Helena de Troia. Apesar disso, ela foi o grande centro de atenção da mídia presente ao Festival de Cannes de 1953.



Estrelato |


Roger Vadim não estava contente com o pouco sucesso dos primeiros filmes e achava que Brigitte estava sendo subestimada pela indústria. A nouvelle vague francesa, inspirada no neorrealismo italiano, estava começando a crescer internacionalmente e ele, acreditando que Bardot poderia estrelar filmes de arte nessa linha a escalou para o papel principal de seu novo filme, E Deus Criou a Mulher (1956), com a então jovem sensação masculina do cinema francês, Jean-Louis Trintignant. O filme, sobre uma adolescente amoral numa pequena e respeitável cidade do litoral fez um grande sucesso e causou enorme escândalo mundial. Quando chegou aos Estados Unidos o filme estourou as receitas, transformando BB em um fenômeno da noite para o dia com suas cenas de biquíni percorrendo as telas de cinema do mundo todo. No entanto, o filme sofreu fortes censuras e chegou a ser proibido em alguns países, sendo condenado pela Liga da decência católica. A cena em que ela dança descalça em cima de uma mesa é considerada uma das mais eróticas da história do cinema.



Na moralista Hollywood dos anos 50, onde o maior símbolo sexual, Marilyn Monroe, no máximo havia aparecido nas telas de maiô, seu perfil erótico a transformou numa aposta arriscada para os estúdios, e isso, além de seu sotaque e seu inglês limitado, a impediram de fazer uma grande carreira no cinema dos Estados Unidos. De qualquer modo, ela se tornou a mais famosa atriz europeia nos Estados Unidos e permanecer na França beneficiou sua imagem.




Brigitte Bardot na sacada do hotel Copacabana Palace durante sua visita ao Brasil, em 1964.


Durante a década de 1960, quando a Europa, principalmente Londres e Paris, começou a ser o novo centro irradiador de moda e comportamento e Hollywood saiu por um tempo da luz dos holofotes, ela acabou eleita a deusa sexual da década. Verdadeiro ou falso, nesta época se dizia que Brigitte Bardot era mais importante para a balança comercial francesa que as exportações da indústria automobilística do país,[10]sendo descrita por Charles de Gaulle como "A exportação francesa mais importante que os carros da Renault".[12]




Brigitte Bardot na Itália em 1961, durante as gravações do filme Vida Privada.



Brigitte Bardot com um de seus famosos penteados em 1962.


Bardot se divorciou de Vadim em 1957 e dois anos depois casou-se com o ator Jacques Charrier, que lhe deu seu único filho, Nicolas-Jacques Charrier, e com quem estrelou Babette Vai à Guerra (1959). Seu casamento foi alvo constante dos paparazzi e houve choques e mudanças no rumo de sua carreira. Seus filmes se tornaram mais substanciais, mas isto trouxe uma grande pressão tornando dúbio o seu status de celebridade do cinema, pois ao mesmo tempo em que tinha aclamação da crítica na França, continuava sendo a bombshell glamourosa para o resto do mundo.


Seu filme de 1960, A Verdade, no qual atuou ao lado de Sami Frey, foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Em 1962, filmou com Louis Malle e Marcello Mastroianni Vida Privada, um filme quase autobiográfico sobre uma celebridade do cinema sem vida pessoal, graças a perseguição constante da imprensa. Pouco depois deste filme, BB retirou-se da vida agitada das metrópoles europeias para uma vida de semirreclusão, mudando-se para uma mansão (La Madrague) em Saint Tropez, no sudoeste da França. Anos mais tarde, Bardot gravaria a canção La Madrague, em homenagem à sua célebre casa na Riviera Francesa.


Em 1963 ela estrelou o aclamado filme de Jean-Luc Godard, O Desprezo, no qual Bardot foi utilizada principalmente como um objeto estético mas que, ao mesmo tempo, pode mostrar toda sua versatilidade como atriz. No longa, Godard utiliza o relacionamento conturbado de um casal para mostrar, de forma não explícita, seu modo de ver o cinema como arte ao mesmo tempo em que critica o cinema precisamente comercial.


Além do cinema, Brigitte Bardot se envolveu também na moda e na música pop, firmando-se como um ícone fashion. Em 1965, a 20th Century Fox produziu um filme, que ganhou o nome de Minha Querida Brigitte (em português), estrelado pelo consagrado James Stewart, e no qual BB foi convidada para fazer algumas aparições como ela mesma, sendo esta uma das poucas produções de Hollywood em que ela aparece. Inicialmente, o filme era para se chamar Erasmus with freackles, mas Bardot aceitou participar apenas com a condição de que seu nome não constasse nos créditos e em qualquer outro tipo de material promocional. Desta maneira, a única forma que os produtores encontraram de captar o fascínio dos americanos por BB, foi alterar o nome do filme para alertar o público que ela aparecia. Suas cenas foram gravadas durante três dias em Paris.[13][14] No mesmo ano, após uma turnê internacional para divulgar Viva Maria!, ela foi indicada ao BAFTA de Melhor Atriz Estrangeira por sua atuação no filme.[15]



Últimos anos no cinema |


Em 1967, sua passagem pelo Festival de Cannes (onde fazia alguns anos que ela não aparecia) foi marcada pela histeria coletiva dos fotógrafos e jornalistas presentes ao evento. Durante sua entrada no Palácio dos Festivais, os paparazzi e jornalistas se empurravam e gritavam seu nome tentando fotografa-la, causando um alvoroço sem precedentes. Em sua biografia, BB disse que naquela noite sentiu-se como um animal sendo perseguido por caçadores.


Pelo resto da década, seu mito de ícone sexual foi alimentado por filmes como Histórias Extraordinárias com Alain Delon, Shalako, filme no qual BB contracenou ao lado do primeiro James Bond do cinema, Sean Connery, além de As Noviças, com Annie Girardot, As Petroleiras, com Claudia Cardinale e Se Don Juan Fosse Mulher, em 1973, onde ela e Jane Birkin escandalizaram ao protagonizar uma cena de sexo lésbico, entre outros e vários musicais de televisão e gravações de discos produzidos por Sacha Distel e Serge Gainsbourg.


Bardot anunciou o fim de sua carreira no final de 1973, pouco antes de completar 40 anos. Na época, ela disse que abandonar o cinema aos 39 era uma forma de "sair elegantemente".[16] Nas décadas seguintes, BB recusou dezenas de convites para voltar a atuar e ao longo dos anos têm negado propostas e proibido muitos diretores de realizar filmes sobre sua vida.[17]



Ativismo |



Ver artigo principal: Fundação Brigitte Bardot

Após mais de cinquenta filmes e de gravar dezenas de discos, Brigitte recolheu-se a La Madrague definitivamente, escolheu usar a fama pessoal para defender os direitos animais e tornou-se vegetariana. Em 1977 atraiu atenção mundial para sua causa ao denunciar in loco o massacre de bebês-foca no norte do Canadá. Em 1986, ergueu uma fundação, Fondation Brigitte-Bardot, declarada de utilidade pública pelo governo francês em 1992, e que em 1995 nomeou o Dalai Lama como seu membro honorário. Entre 1989 e 1992, BB também apresentou na tv francesa uma série chamada S.O.S. Animaux, copatrocinada por sua fundação. Entre outras causas, ela atuou e liderou campanhas contra a caça das baleias, as experiências em laboratório com animais, pela proibição de brigas autorizadas entre cães e contra o uso de casacos de pele.



Politica, controvérsia e processos |


Entusiasta e apoiadora da política de Charles de Gaulle nos anos 1960,[18] em especial no tocante à independência da Argélia, nos anos 1990 entretanto, suas posições políticas e sociais, principalmente sobre a imigração árabe e a homossexualidade, lhe causaram diversos processos e lhe custaram muito da popularidade conquistada no cinema e em seu ativismo pró-animais, sendo hoje, uma personalidade antipatizada por muitos franceses.


Seu livro autobiográfico de 1996, grande sucesso de vendas na França, trazia diversas referências e críticas principalmente ao Islamismo.



Hoje casada com um ex-conselheiro do Front National de Jean-Marie Le Pen, representante da extrema-direita francesa, entre 1997 e 2003 ela foi processada por diversas entidades muçulmanas, devido a suas críticas aos imigrantes islamitas do país, ao crescimento do número de mesquitas, ao sacrifício de animais usado em vários de seus rituais e foi acusada de racismo e suposto incitamento racial contra imigrantes, chegando a ser condenada, em tribunal, a pagar 5 000 euros de multas.[19]




Brigitte Bardot em Nice, 2002.


Por comentários recebidos como insultuosos aos homossexuais, feitos em seu livro de 2003, A Scream in the Silence, que também trata da 'islamização' da França, foi processada por entidades de defesa de minorias. No entanto, Bardot, que anos atrás reconheceu ter mantido relações sexuais com uma mulher jovem, afirmou que respeita e não possui nada contra os homossexuais, mas é contra a adoção de crianças por casais do mesmo sexo. Dias depois da grande polêmica em entrevista para uma revista gay francesa, ela negou as acusações de homofobia, declarando:[20]




"Tirando o meu marido, que um dia talvez até troque de lado, estou cercada de homossexuais, há muito tempo são meus amigos, meu apoio, meus filhos adotivos e confidentes, só não quero que adotem. Infelizmente tudo o que faço ou digo é sempre motivo para polêmicas".[21]





Em junho de 2008, Bardot foi pela quinta vez condenada num processo de incitação ao racismo por um tribunal de Paris, após fazer uma declaração em carta aberta ao então Ministro do Interior Nicolas Sarkozy: "Estamos fartos de ser manipulados por essa população que destrói nosso país impondo seus atos", escreveu BB na carta, sendo assim, obrigada a pagar 15 mil euros de multa.[22] Os protestos de Bardot tem a ver com os rituais muçulmanos de sacrifício de animais, durante a tradicional festa Eid ul-Adha, realizada pelos imigrantes de países islâmicos que vivem na França.[23]




Brigitte Bardot encontra o Papa João Paulo II em Roma, 1995.


Durante as eleições presidenciais nos Estados Unidos de 2008, Brigitte Bardot novamente ganhou destaque nos noticiários internacionais após uma carta declarada em nome de sua fundação para a candidata Republicana Sarah Palin, na qual criticava duramente a ex-governadora do Alaska por sua postura em relação ao aquecimento global, controle de armas e a exploração do petróleo na região, sem se preocupar com os ursos polares. Em sua declaração, Brigitte dizia que Sarah Palin era uma "grande irresponsável" e uma "desgraça para o meio ambiente", e que desejava a derrota dos republicanos, já que o mundo sairia "ganhando" com isso.[24]


Foi anunciado na imprensa em outubro de 2010 que Brigitte Bardot estaria estudando a proposta de candidatar-se à Presidência francesa nas eleições de 2012, liderando um grupo ecologista. O jornal Le Parisien acrescentou que a atriz recebeu a proposta de ser a cara da Aliança Ecologista Independente, uma formação verde dirigida por Antoine Waechter, um conhecido ecologista.[25]


Em janeiro de 2013, Brigitte Bardot ameaçou pedir nacionalidade russa se dois elefantes fossem sacrificados em um circo, no sul da França.[26] A ameaça de Bardot foi feita um dia depois do ator Gérard Depardieu escandalizar a França ao se tornar um cidadão russo, em protesto contra as altas taxas de impostos propostas pelo governo socialista. Dias depois, em entrevista à televisão francesa, Brigitte declarou estar "cansada da França", e que também não queria mais viver em um país que havia se tornado um "cemitério" de animais.


Em março de 2018, durante entrevista ao semanário Valeurs Actuelles, Brigitte Bardot voltou a fazer críticas à comunidade islâmica francesa, declarando que "a França não é mais o que era", e afirmou ser inaceitável ver burcas tornarem-se comuns em seu país. "Não lutei contra a Argélia francesa para aceitar uma França argelina. Não toco na cultura, na identidade e nos costumes dos outros, não toquem nos meus" disse ela.[27]


Através de sua conta no Twitter, Brigitte Bardot manifestou apoio ao Movimento dos coletes amarelos que aconteceu na França em novembro de 2018. Em entrevista ao jornal Le Parisien, BB criticou Emmanuel Macron, dizendo que sua política sufoca os mais pobres e afirmou que o presidente francês deveria se tornar ator.[28][29]



Influências na cultura popular |




Estátua de Brigitte Bardot em Búzios, Rio de Janeiro.


  • Além de ser a responsável pela popularização de Saint Tropez, na França, ao se mudar para lá no começo dos anos 1960, no verão de 1964 Brigitte Bardot também mudou a vida de uma pequena cidade do litoral do Rio de Janeiro chamada Armação dos Búzios, então distrito de Cabo Frio, onde ficou hospedada em suas visitas pelo Brasil, na companhia do namorado Bob Zaguri, um playboy e produtor marroquino que viveu muitos anos no Brasil. Depois da visita de BB, acompanhada diariamente pela imprensa e recheada de fotografias, Búzios foi 'descoberta', virou município e tornou-se um dos pontos mais sofisticados e procurados do verão brasileiro, inclusive por estrangeiros.[30] Em sua homenagem , a Prefeitura local criou a Orla Bardot, na Praia da Armação, e instalou ali uma estátua de bronze da atriz em tamanho natural. O único cinema do sofisticado balneário também leva seu nome, e existem outras dezenas de referências a ela em todos os cantos da cidade.[30] Em sua autobiografia, ela deixou registrado que os períodos passados na região foram as épocas mais lindas de sua vida. Em 2008 foi filmado o curta-metragem "Maria Ninguém" sobre a ida de Brigitte Bardot ao Balneário de Búzios, com Fernanda Lima interpretando BB.[31]

  • Ela é reconhecida por ter popularizado o biquíni usando-o em seus primeiros filmes, nas aparições em Cannes e em dezenas de fotos de revistas.

  • Além do biquíni, Bardot é reconhecida também por popularizar as sapatilhas. BB, que fez balé clássico durante 12 anos, pediu para que Rose Repetto - criadora da famosa marca Repetto - desenvolvesse um modelo de sapatilhas que ela pudesse usar no dia a dia, o resultado foi o modelo cendrillon, que Brigitte usou em algumas cenas de E Deus Criou a Mulher e em diversos outros filmes e aparições públicas.[32]

  • BB era idolatrada por John Lennon e Paul McCartney, que tinham planos de fazer um filme dos Beatles junto com ela, nunca realizado, na linha de Os Reis do Iê-Iê-Iê (br).[10][33][34] As primeiras companheiras dos dois - esposa e noiva, respectivamente - Cynthia Lennon e Jane Asher, usavam seus cabelos inspirados na cor e no corte do cabelo usado por BB.[35] Ela e Lennon encontraram-se num hotel uma vez em 1968 em Londres, apresentados pelo agente de imprensa dos Beatles, Derek Taylor. No entanto, segundo ele contou mais tarde em memórias, nenhum impressionou o outro: 'Eu estava numa viagem de ácido, e ela estava de saída'.[36]

  • Em 1970, o escultor francês Alain Gourdon usou Brigitte como modelo para o busto de Marianne, o emblema nacional da França.


  • Bob Dylan dedicou a ela, como consta nos créditos de seu primeiro disco, a primeira música que compôs na vida.[37] Além disso, seu nome consta em dezenas de músicas feitas por artistas tão diversos como Elton John, Billy Joel, Red Hot Chili Peppers, The Who, Caetano Veloso, Tom Zé, entre outros.


Vida pessoal |




Bardot e Sami Frey em Saint Tropez, 1963.


Além dos escândalos que protagonizou, Brigitte Bardot também foi conhecida por sua vida conturbada e polêmica. Era chamada pela mídia sensacionalista de "devoradora de homens" devido a rapidez com que terminava seus relacionamentos e pela quantidade deles. Na biografia que escreveu sobre BB em 2013, a jornalista Ginette Vincendeau revelou que ao longo de sua vida Bardot teve 100 amantes, incluindo mulheres, e que a pressão trazida pela fama a fez entrar em colapso, tentando suicídio quatro vezes e abandonando seu único filho.[38]
Durante o período em que atuou no cinema, sua carreira foi marcada por três casamentos. O primeiro foi em 1950 com Roger Vadim, sendo ele o responsável por assessorá-la e lançar ela ao sucesso. Vadim e Bardot se divorciaram em 1957, depois dela o trair com Jean-Louis Trintignant durante as filmagens de E Deus Criou a mulher. O segundo foi em 1959 com o ator Jacques Charrier, os dois atuaram juntos no filme Babette vai à guerra e foi ele quem deu a Bardot seu único filho, Nicolas Jacques Charrier, o qual ela abandonou com o pai quando os dois se separaram.[39]


O casamento com Jacques Charrier foi o último relacionamento que a atriz deu satisfação aos seus amigos, família e sociedade. Conforme ficou registrado em sua autobiografia, Bardot afirma que foi "forçada" a se casar com Jacques após descobrir que estava grávida. Ela tentou abortar, mas não conseguiu nenhum médico que aceitasse esconder a notícia, pois ela já havia se submetido a dois abortos durante o tempo que esteve casada com Roger Vadim.


O terceiro casamento foi com o playboy e multimilionário alemão Gunter Sachs.[39] Eles se conheceram em 1966, apresentados por amigos em comum. Algumas horas depois do primeiro encontro, Sachs enviou um helicóptero até a casa de Bardot em Saint-Tropez, na Riviera francesa, que cobriu a casa dela com pétalas de rosas vermelhas. Os dois se casaram quatro semanas depois em Las Vegas e passaram a lua mel no Tahiti, na Oceania. Günter Sachs fez parte do jet set europeu durante os anos 60 e no início da década ele já aparecia na capa de alguns tablóides devido o seu romance com a rainha iraniana Soraya Esfandiary, então esposa do xá Reza Pahlevi. Apesar de bilionário, foi sua união com Brigitte Bardot que o tornou reconhecido internacionalmente.


O quarto e último casamento realizado em 1992, e que perdura até hoje, foi com Bernard D'Ormale, um conselheiro político de Jean-Marie Le Pen, ex-presidente da Frente Nacional francesa, principal partido de extrema-direita da França.[40]



Discografia |




  • Brigitte Bardot Sings (1963, Philips) - Colaboração de Serge Gainsbourg, inclui o sucesso La Madrague.


  • B.B. (1964, Philips) com Claude Bolling, Alain Goraguer, Gérard Bourgeois.


  • Ah ! Les p'tites femmes de Paris, dueto com Jeanne Moreau em Viva Maria (1965, Philips) dirigido por Georges Delerue.


  • Brigitte Bardot Show 67 (1967, Mercury) com Serge Gainsbourg (incluindo os sucessos "Harley Davidson", "Comic Strip", "Contact" e "Bonnie and Clyde"), parceria de Sacha Distel, Manitas de Plata, Claude Brasseur, David Bailey.


  • Je t'aime moi non plus, dueto com Serge Gainsbourg (1967, Philips). (foi regravada em 1969 por Serge Gainsbourg e Jane Birkin, e foi esta versão que alcançou sucesso mundial.)


  • Brigitte Bardot Show (1968, Mercury), tema de Francis Lai.


  • Le Soleil de ma vie, dueto com Sacha Distel.



Filmografia |


















































































































































































































































Ano Filme Personagem Título em Português
1952 Manina, la file sans voile Manina Manina, a moça sem véu
Le trou normand Javotte Lemoine Le trou normand
1953 Le Portrait de son père Domino O retrato de seu pai
Un acte d'amour Mimi Mais forte que a Morte
1954 Si Versailles m'était conté Mademoiselle de Rozille Se Versalhes falasse
Tradita Anna A Noite de Núpcias
1955 Futures Vedettes Sophie Futuras vedetes
Le Fils de Caroline chérie Pilar d'Aranda Os amores do filho de Carolina
Les Grandes Manœuvres Lucie As Grandes manobras
Doctor at Sea Hélène Colbert A Noiva do Comandante
1956 Helen of Troy Andraste Helena de Troia
Cette sacrée gamine

Brigitte Latour
Garota Levada
Et Dieu... créa la femme Juliette Hardy E Deus criou a mulher
La Mariée est trop belle Chouchou Brotinho do outro Mundo
1957 Une Parisienne Brigitte Laurier br: Uma Parisiense
pt: O príncipe e a parisiense
1958 Les bijoutiers du clair de lune Ursula br: Vingança de Mulher
pt: Ao cair da noite
En cas de malheur Yvette Maudet Amar é Minha Profissão
1959 Babette s'en va-t-en guerre Babette Babette vai à Guerra
La femme et le Pantin Eva Marchand A Mulher e o Fantoche
Voulez-vous danser avec moi? Virginie Dandieu Quer dançar comigo?
1960 La vérité Dominique Marceau A Verdade
Le testament d'Orphée Ela mesma O Testamento de Orfeu
1961 Les amours célèbres Agnes Bernauer Amores célebres

La Bride sur le cou
Sophie
Torneio de Amor
1962 Vie privée Jill Vida Privada
Le Repos du guerrier Geneviève Le Theil O repouso do guerreiro
1963 Le Mépris Camille Javal O Desprezo
1964 Une ravissante idiote Penelope Lightfeather As malícias do Amor
1965 Viva María! Maria I Viva Maria!
Dear Brigitte Ela mesma Minha Querida Brigitte
1966 Masculin Féminin Ela mesma Masculino-Feminino
Marie Soleil Ela mesma Marie Soleil
1967 À coeur joie Cécile Eu sou o Amor
1968 Histoires extraordinaires Giuseppina Histórias Extraordinárias
Shalako Countess Irina Lazaar Shalako
1969 Les Femmes Clara As Mulheres
1970 L'Ours et la Poupée Felicia O urso e a boneca
Les novices Agnès As Noviças
1971 Les Pétroleuses Louise As Petroleiras
Boulevard du Rhum Linda Larue Boulevard du Rum
1973 Don Juan 1973 ou Si Don Juan était une femme... Jeanne Se Don Juan Fosse Mulher
1974 L'histoire très bonne et très joyeuse de Colinot Trousse-Chemise Arabelle As aventuras de Colinot


Referências




  1. Brigitte Bardot em Munique, Alemanha, Outubro de 1968. Via Getty Images


  2. «Revista Time elege os 100 nomes mais influentes na moda». Terra Noticias. Consultado em 2 de setembro de 2012 


  3. http://ffw.com.br/noticias/moda/lista-da-time-distingue-os-100-melhores-da-moda-dos-ultimos-anos/


  4. http://cinema.terra.com.br/cannes/fotos/0,,OI200726-EI20164,00-De+Bardot+a+Jolie+veja+as+divas+que+deslumbraram+Cannes.html


  5. http://lifestyle.publico.pt/noticias/318141_e-brigitte-bardot-mudou-a-mulher


  6. http://g1.globo.com/Noticias/Cinema/0,,MUL997534-7086,00.html


  7. http://www.independent.co.uk/news/world/europe/the-big-question-how-does-the-french-honours-system-work-and-why-has-kylie-been-decorated-822752.html


  8. Bardot, 1996, p. 15


  9. The Biography Channel - Brigitte Bardot Biography


  10. abc Robinson, Jeffrey (1994). Bardot - Two Lives. Simon & Schuster Editora(Londres). ASIN: B000KK1LBM.


  11. http://www.filmsite.org/sexinfilms12.html


  12. [1]Charles de Gaulle describing Brigitte Bardot - La Seduction: How the French Play the Game of Life


  13. [2] Dear Brigitte no IMDb (Trivia)


  14. http://www.rottentomatoes.com/m/dear_brigitte/


  15. http://www.imdb.com/event/ev0000123/1967


  16. «Brigitte Bardot Gives Up Films at Age of 39». The Modesto Bee. Modesto, California. UPI. p. A-8 


  17. Brigitte Bardot não quer filme sobre sua vida G1 - Pop & Arte


  18. Drinking champagne with: Brigitte Bardot; And God Created An Animal Lover de Alan Riding


  19. Brigitte Bardot unleashes colourful diatribe against Muslims and modern France : Indybay


  20. http://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2013/09/e-contra-natureza-diz-alain-delon-sobre-homossexualidade.html


  21. http://diversao.terra.com.br/gente/noticias/0,,OI3519276-EI13419,00-Brigitte+Bardot+nega+acusacoes+de+homofobia.html


  22. [3]Estadão - Brigitte Bardot é condenada


  23. Yahoo Notícias/Reuters


  24. http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u453555.shtml


  25. «Brigitte Bardot candidate à la présidentielle de 2012 ?» 


  26. http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/01/brigitte-bardot-tambem-ameaca-pedir-nacionalidade-russa-1.html


  27. "Não lutei contra a Argélia francesa para aceitar a França argelina" - Sputnik News


  28. Brigitte Bardot apoia o Movimento dos coletes amarelos na França


  29. Avec vous! Brigitte Bardot on Twitter (November 28, 2018).


  30. ab BuziosOnline.com


  31. «Fernanda Lima encarna Brigitte Bardot em filme». Quem. Consultado em 20 de abril de 2011 


  32. [4]


  33. Miles, Barry (1998). Many Years From Now. [S.l.]: Vintage -Random House. ISBN 0-7493-8658-4  p69


  34. Spitz, Bob (2005). The Beatles: The Biography. [S.l.]: Little, Brown and Company (Nova York). ISBN 1-84513-160-6  p171


  35. Lennon, Cynthia - A Twist of Lennon


  36. Lennon, John (1986). Skywriting by Word of Mouth. [S.l.]: Harper Collins. ISBN 0-06-015656-2  p24


  37. «PLAYBOY INTERVIEW: BOB DYLAN». interferenza.com. Consultado em 2 de setembro de 2012 


  38. [5]Daily Mail: Brigitte Bardot had 100 lovers - including woman.


  39. ab «Brigitte Bardot, les hommes de sa vie». Paris Match. Consultado em 26 de fevereiro de 2015 


  40. «BERNARD D'ORMALE, LE RÉAC DE BB!». délit d'images. Consultado em 26 de fevereiro de 2015 



Ligações externas |



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Commons

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  • Fundação Brigitte Bardot (em francês)


  • Brigitte Bardot (em inglês) no Internet Movie Database



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  • Portal do cinema
  • Portal do ambiente
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