Hedonismo




O hedonismo (do grego hedonê, "prazer", "vontade"[1]) é uma teoria ou doutrina filosófico-moral que afirma ser o prazer o supremo bem da vida humana.[2] Surgiu na Grécia, e seu mais célebre representante foi Aristipo de Cirene.[2][1] O hedonismo filosófico moderno (utilitarismo de Stuart Mill) procura fundamentar-se numa concepção mais ampla de prazer entendida como felicidade para o maior número de pessoas.




Índice






  • 1 Hedonismo filosófico


    • 1.1 Antiguidade


    • 1.2 A Idade Moderna




  • 2 Na Ficção


  • 3 Referências


  • 4 Ver também





Hedonismo filosófico |


O hedonismo é muito confundido com o epicurismo, apesar de eles possuírem divergências claras. O epicurismo surge através de Epicuro,[1] que, levando em conta o hedonismo que o antecede, irá, segundo suas concepções, aperfeiçoá-lo, salientando que o prazer deverá ser regido pela razão, o que resulta em moderação.



Antiguidade |


Aristipo de Cirene (ca. 435-335 a.C.),[2] contemporâneo de Sócrates, é considerado o fundador do hedonismo filosófico. Ele distinguia dois estados da alma humana: o prazer (movimento suave do amor) e a dor (movimento áspero do amor). Segundo ele, o prazer, independentemente da sua origem, tem sempre a mesma qualidade e o único caminho para a felicidade é a busca do prazer e a diminuição da dor. Ele afirma inclusive que o prazer corpóreo é o próprio sentido da vida. Outros defensores do hedonismo clássico foram Teodoro de Cirene e Hegesias de Cirene.


É importante notar que o hedonismo cirenaico diferencia-se da filosofia Epicurista, sobretudo no que diz respeito à avaliação moral do prazer. Enquanto a escola cirenaica preceitua que o prazer é sempre um bem em si e que será melhor quanto mais tempo durar e quanto mais intenso for, a filosofia epicurista determina que o prazer, para ser um bem, precisa de moderação (em grego, phronēsis).



A Idade Moderna |


Julien Offray de La Mettrie, iluminista francês, atualizou o hedonismo e seu discípulo, Donatien Alphonse François de Sade, radicalizou-o, transformando-o em amoralismo, transformando o ideal de "serenidade" em "frieza" diante de outras pessoas.


Posteriormente, as teses hedonistas foram retomadas pelos autores utilitaristas Jeremy Bentham e Henry Sidgwick. Este último autor distingue entre hedonismo psicológico e hedonismo ético: hedonismo psicológico é a pressuposição antropológica de que o ser humano sempre procura aumentar o seu prazer e diminuir seu sofrimento e que, assim, a busca do prazer é a única força motivadora da ação humana; já hedonismo ético é uma teoria normativa que afirma que os homens devem ver o prazer (os bens materiais) como o mais importante em suas vidas.


Aqui, diferenciam-se o egoísmo hedonista, no qual o indivíduo busca somente o seu próprio bem, e o hedonismo universalista ou utilitarismo, que busca o bem de todos (the greatest happiness to the greatest number is the foundation of morals and legislation, "a maior felicidade para o maior número de pessoas é a base da moral e das leis"). É a ideia de que é possível a realização do máximo de utilidade com o mínimo de restrições pessoais, numa perspectiva que reduz o direito a uma simples moral do útil coletivo. Libertando-se deste critério quantitativo da aritmética dos prazeres, Stuart Mill assume o critério da qualidade e formula a lei do interesse pessoal ou princípio hedonístico: cada indivíduo procura o bem e a riqueza e evita o mal e a miséria. Desta forma, a moral do interesse individual de Bentham aproxima-se de uma moral altruísta ou social.


Atualmente, as teses hedonistas são defendidas por filósofos como o francês Michel Onfray.



Na Ficção |


Em Futurama de Matt Groening, o personagem recorrente Hedonism Bot é a personificação do Hedonismo.



Referências




  1. abc «Hedonism». stanford (em inglês). The Stanford Encyclopedia of Philosophy. 20 de abril de 2004. Consultado em 15 de maio de 2013 


  2. abc «hedonismo». Porto Editora. Infopédia. Consultado em 14 de maio de 2013 



Ver também |



  • Epicurismo

  • Utilitarismo

  • Estoicismo

  • Paradoxo do hedonismo






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