Laudo Natel
Laudo Natel | |
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23º Governador de São Paulo | |
Período | 15 de março de 1971 até 15 de março de 1975 |
Vice-governador | Antônio José Rodrigues Filho |
Antecessor | Abreu Sodré |
Sucessor | Paulo Egídio Martins |
21º Governador de São Paulo | |
Período | 6 de junho de 1966 até 31 de janeiro de 1967 |
Vice-governador | Nenhum |
Antecessor | Ademar Pereira de Barros |
Sucessor | Abreu Sodré |
14º Vice-governador de São Paulo | |
Período | 31 de janeiro de 1963 até 6 de junho de 1966 |
Governador | Ademar Pereira de Barros |
Antecessor | José Porphyrio da Paz |
Sucessor | Hilário Torloni |
Dados pessoais | |
Nascimento | 14 de setembro de 1920 (98 anos) São Manuel, SP, Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Primeira-dama | Maria Zilda Natel |
Partido | ARENA |
Profissão | Empresário |
Laudo Natel (São Manuel, 14 de setembro de 1920) é um político, empresário e dirigente esportivo brasileiro.
Índice
1 Biografia
1.1 Carreira política
2 Homenagens
3 Referências
4 Bibliografia
Biografia |
Filho de Bento Alves Natel e Albertina Barone, Laudo estudou nas cidades de Mirassol e Araraquara.[1] Depois de formado, iniciou carreira no setor bancário, exercendo os mais diversos cargos.[1] Foi funcionário do Banco Noroeste, onde era colega de Amador Aguiar, que mais tarde o levaria para o Banco Brasileiro de Descontos, atual Bradesco. Natel acompanhou o amigo, sendo por muito tempo o seu braço-direito, chegando a diretor do banco. Também foi diretor da Associação Comercial de São Paulo, diretor do Sindicato dos Bancos de São Paulo e presidente da comissão bancária do Conselho Monetário Nacional. Atualmente presta consultoria à Bradesco Seguradora.
Eleito tesoureiro do São Paulo Futebol Clube em 1952,[1] cresceu politicamente no clube, alcançando os cargos de diretor financeiro e, mais tarde, presidente. É patrono do clube, graças a sua atuação na prospecção de recursos para viabilizar a construção do Estádio do Morumbi.
Carreira política |
Em 1962, elegeu-se vice-governador[1], concorrendo em faixa própria — no sistema eleitoral de então, o voto no "vice" era desvinculado. Elegeu-se, portanto, em chapa diferente da composta pelo governador eleito, Adhemar de Barros. Em 1965, Laudo concorreu à prefeitura do município de São Paulo, mas perdeu as eleições para o Brigadeiro Faria Lima.[1]
Laudo Natel foi por duas vezes governador de São Paulo. A primeira, entre 6 de junho de 1966 e 31 de janeiro de 1967, deu-se quando, como vice-governador, substituiu o então governador Adhemar de Barros, cassado pelo governo militar brasileiro. Para assumir, licenciou-se do cargo de presidente do São Paulo, para o qual tinha sido eleito dois meses antes.[1] Nesse primeiro mandato no governo, continuando um projeto de Adhemar, Natel unificou as onze usinas hidrelétricas de São Paulo, que deram origem à Companhia Energética de São Paulo (CESP), deu prosseguimento aos projetos básicos para a construção do Metrô de São Paulo e modernizou o sistema fazendário estadual, por meio de seu secretário Antônio Delfim Netto.
A segunda, entre 15 de março de 1971 e 15 de março de 1975, deu-se quando foi eleito, de maneira indireta, pelo colégio eleitoral. Nesse período de governo, deu ênfase ao desenvolvimento do interior, com o Plano Rodoviário de Interiorização do Desenvolvimento (PROINDE), unificou toda a malha ferroviária paulista em torno da FEPASA (Ferrovia Paulista S.A.), prosseguiu a construção da pista ascendente da Rodovia dos Imigrantes, criou a Sabesp e a Cetesb, inaugurou as primeiras estações do Metrô e elaborou plano para desenvolvimento do Vale do Ribeira.
Durante o mandato, demitiu por carta o prefeito de São Paulo, José Carlos de Figueiredo Ferraz, devido a inúmeras discordâncias administrativas. Para justificar tal ato, alegou "falta de sintonia" de Figueiredo Ferraz com o Estado e a União. A versão mais aceita é a de que Figueiredo Ferraz foi demitido por ter dito que São Paulo tinha que parar de crescer.[carece de fontes]
Escolhido pelo Palácio do Planalto, candidatou-se para um terceiro mandato em 1978, mas foi derrotado na convenção do seu partido (a ARENA) por Paulo Maluf, que fora o secretário de Transportes de sua segunda gestão. Aspirou novamente ao governo do Estado em 1982, mas também perdeu na escolha interna do partido (desta vez o PDS, sigla sucessora da ARENA), agora para Reynaldo de Barros, então prefeito de São Paulo e ligado ao malufismo.
Homenagens |
Em 2005, recebeu homenagem do São Paulo Futebol Clube, tendo o novo centro de treinamento do clube sido batizado com seu nome.[2] Por ser do interior, Laudo Natel se definia como sendo o "governador caipira".
O Hospital Veterinário, Unidade Auxiliar da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinária (FCAV) - UNESP - Câmpus de Jaboticabal, inaugurado em 1974, também leva também seu nome.[3]
Referências
↑ abcdef «Laudo Natel tem 45 anos». São Paulo: S.A. O Estado de S. Paulo. O Estado de S. Paulo (27 955). 7 páginas. 7 de junho de 1966. ISSN 1516-2931. Consultado em 10 de junho de 2016
↑ «CFA Cotia». Site oficial SPFC. Consultado em 14 de Julho de 2016
↑ «Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias». FCAV Unesp. Consultado em 14 de Julho de 2016
Bibliografia |
- VIVEIROS, Ricardo, Laudo Natel - Um Bandeirante. São Paulo: Editora Imprensa Oficial, 2010.
Precedido por Ademar de Barros | Governador de São Paulo 1966 — 1967 | Sucedido por Abreu Sodré |
Precedido por Abreu Sodré | Governador de São Paulo 1971 — 1975 | Sucedido por Paulo Egídio Martins |
Precedido por Porphyrio da Paz | Vice-governador de São Paulo 1963 — 1966 | Sucedido por Hilário Torloni |