Valor de verdade




Na lógica e na matemática, um valor de verdade, também chamado de valor veritativo ou valor verdade, é um valor que indica o grau de verdade de uma proposição, dependendo da interpretação. Este valor pode ser verdadeiro ou falso.




Índice






  • 1 Lógica Clássica


  • 2 Intuicionismo e Lógica Construtivista


  • 3 Exemplos


  • 4 Semântica Algébrica


  • 5 Lógica Multi-valorada


  • 6 Ver também


  • 7 Referências


  • 8 Ligações externas





Lógica Clássica |




















 


Verdadeiro


 

··

conjunção



¬



 


Falso



··

disjunção


A negação permuta
o valor verdadeiro com o falso e
a conjunção com a disjunção

Na lógica clássica, na sua semântica, os valores verdade são: verdadeiro (1 ou T) e falso (0 ou ⊥). Isto é, a lógica clássica é uma lógica bi-valorada. Esse conjunto de valores também é chamado de domínio booleano. A semântica correspondente da lógica de conectivos são funções verdade, nas quais os valores são expressos na forma de tabelas verdade. Conectivo lógico bicondicional se torna a relação de equivalência binária, e a negação se torna uma bijeção que permuta verdadeiro em falso, e falso em verdadeiro. Conjunção e disjunção são opostos com respeito à negação, as quais são expressas nas leis de De Morgan:


¬(pq) ⇔ ¬p ∨ ¬q




¬(pq) ⇔ ¬p ∧ ¬q


Variáveis proposicionais se tornam variáveis no domínio booleano. Assumir valores para as variáveis proposicionais é considerada uma valoração.



Intuicionismo e Lógica Construtivista |



Ver artigo principal: Construtivismo (matemática)

Na Lógica Intuicionista, e de forma mais geral, Matemática Construtivista, as declarações (sentenças) recebem um valor verdade somente se elas dispuserem de uma prova construtiva. Inicia-se com um conjunto de axiomas, e a sentença é verdadeira se você pode construir uma prova de que a sentença veio desses axiomas. A sentença é falsa se você pode deduzir uma contradição a partir dela. Isso deixa em aberto a possibilidade de sentenças que não receberam ainda um valor verdade.


A sentenças não provadas na Lógica Intuicionista não se associa um valor intermediário para valor verdade (como se costuma dizer, erroneamente). Entretanto, é possível provar que elas não possuem um terceiro valor verdade. De fato, pode-se provar que ela não tem um terceiro valor verdade, um resultado que remonta a 1928, devido a Glivenko.[1]


Do contrário, as sentenças simplesmente permaneceriam com um valor verdade desconhecido até que alguma fosse provada, ou desprovada.


Existem várias formas de interpretar a Lógica Intuicionista, incluindo a interpretação de Brouwer–Heyting–Kolmogorov. Veja também, semântica da Lógica Intuicionista.



Exemplos |


As sentenças abaixo são verdadeiras ou falsas, dependendo apenas da interpretação dada (quem é Jackson?, o que é lógica?, o que significa gostar?, etc.).


“Jackson gosta de lógica”
“1 mais 2 é igual a 12”
“Todos os alunos de computação são doidos”

Quando argumentamos, isto é, quando construímos uma demostração, o fazemos numa linguagem. Se a linguagem está formalizada os argumentos podem, também, ser formalizados, resultando, assim, uma lógica formal em contrapartida a uma lógica especulativa ou informal.


A lógica proposicional clássica é um dos exemplos mais simples de lógica formal. Esta lógica leva em conta somente os valores de verdade (verdadeiro ou falso) e a forma das proposições.


O argumento, objeto de estudo da lógica clássica, é uma entidade composta de entidades mais simples chamadas proposições, isto é, frases que são declarativas e os únicos valores de verdade possíveis de a conotarem são verdadeiro ou falso. Entretanto, outros valores são possíveis em Lógica Multivalorada como, por exemplo, a lógica difusa, que usa mais valores de verdade do que simplesmente verdade ou falsidade.


Considere a proposição abaixo:


“Em Natal faz muito calor”

Esta frase é uma proposição no sentido de que ela é uma asserção declarativa, ou seja, afirma ou nega um fato, e tem um valor de verdade, que pode ser verdadeiro ou falso. Neste caso, o valor de verdade vai depender de vários fatores, como o local sobre o qual se está falando e de quem está avaliando. Ou seja, valor de verdade de uma proposição não é um conceito absoluto, mas depende de um contexto interpretativo.


Os valores de verdade de uma proposição podem ser mostrados usando zero ou um:



  • Verdade = 1

  • Falso = 0



Semântica Algébrica |



Ver artigo principal: Lógica Algébrica

Na álgebra, o conjunto {verdadeiro, falso} forma uma álgebra booleana com dois elementos. Esta é importante na sua teoria geral, pois uma equação envolvendo diversas variáveis é verdadeira se, e somente se, é verdadeira na álgebra booleana de dois elementos. Outros tipos de álgebra podem ser usadas como conjuntos de valores de verdade em lógicas não-clássicas, por exemplo, a lógica intuicionista usa álgebras de Heyting.



Lógica Multi-valorada |


Lógica Multi-valorada (ex, lógica fuzzy e lógica de relevância) permitem mais de dois valores verdade, possivelmente contendo alguma estrutura interna. Por exemplo, no intervalo unitário [0,1]{displaystyle [0,1]}[0,1] essa estrutura é uma ordem total; isso pode ser expresso como a existência de vários graus de verdade.



Ver também |






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  • Lógica






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  • Matemática



  • Valoração (lógica)

  • Função de verdade

  • Lógica Intuicionista

  • Lógica Multi-valorada

  • lógica fuzzy

  • Função booleana (lógica)

  • Tabela de verdade

  • Lógica Clássica

  • Lógica



Referências |


  • Benjamín René Callejas Bedregal, Benedito Melo Acióly. Lógica para a Ciência da Computação. Versão preliminar, 2002.




  1. Proof that intuitionistic logic has no third truth value, Glivenko 1928




Ligações externas |




  • Artigo sobre constantes lógicas na Stanford Encyclopedia of Philosophy


  • Weblog entry "How many is two?" Artigo de Andrej Bauer que discute a relação entre truth values in intuitionistic logic and topos theory on the one hand and classical logic on the other.























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