Eleições estaduais no Rio Grande do Norte em 1970


















































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Eleições estaduais no  Rio Grande do Norte em 1970

3 de outubro de 1970
(Eleição indireta)
15 de novembro de 1970
(Eleição direta)







José Cortez Pereira de Araújo, Governador do Estado do Rio Grande do Norte..tif


Candidato

Cortez Pereira



Partido

ARENA



Natural de

Currais Novos, RN



Vice

Tertius Rebelo
Votos

30
Porcentagem

100%








Brasão do Rio Grande do Norte.svg
Governador do Rio Grande do Norte



Titular
Walfredo Gurgel
ARENA[nota 1]




Eleito
Cortez Pereira
ARENA





As eleições estaduais no Rio Grande do Norte em 1970 ocorreram em duas etapas conforme previa o Ato Institucional Número Três e assim a eleição indireta do governador Cortez Pereira e do vice-governador Tertius Rebelo foi em 3 de outubro e a escolha dos senadores Dinarte Mariz e Jessé Freire, seis deputados federais e dezoito estaduais aconteceu em 15 de novembro sob um receituário aplicado aos 22 estados e aos territórios federais do Amapá, Rondônia e Roraima.[1][2][3][4][nota 2]


Nascido em Currais Novos o governador Cortez Pereira é formado em Filosofia e Direito pela Universidade Federal de Pernambuco e foi professor na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Eleito primeiro suplente do senador Dinarte Mariz pela UDN em 1962, entrou na ARENA e foi escolhido governador pelo presidente Emílio Garrastazu Médici. Se em 1965 o seu mentor foi derrotado pelo monsenhor Walfredo Gurgel ao disputar o governo do estado, agora recuperou prestígio ao levar ao Palácio Potengi, alguém de sua confiança.[5]


Para vice-governador foi eleito o almirante Tertius Rebelo.


Agropecuarista e comerciante nascido em Serra Negra do Norte, Dinarte Mariz apoiou Getúlio Vargas e João Pessoa na eleição presidencial de 1930 e no mesmo ano foi nomeado prefeito de Caicó por obra da Revolução de 1930 sendo deposto e preso no Rio de Janeiro por simpatizar com a Revolução Constitucionalista de 1932. Fundador do jornal A Razão e militante do Partido Popular opôs-se à Intentona Comunista iniciada em Natal à 23 de novembro de 1935 e ao Estado Novo. Filiado à UDN, foi eleito senador em 1954, governador do Rio Grande do Norte em 1955 e de novo senador em 1962 reelegendo-se pela ARENA em 1970.[6]


A outra vaga de senador coube a Jessé Freire, advogado nascido Macaíba e formado na Universidade Federal de Alagoas. Também empresário, assumiu em 1964 a presidência da Confederação Nacional do Comércio e também os conselhos nacionais do Serviço Social do Comércio e Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial.[7] Filiado ao PSD e à ARENA, foi eleito vereador em Natal em 1950, deputado estadual em 1954, candidato derrotado a vice-governador na chapa de Jocelyn Vilar de Melo em 1955 e deputado federal em 1958, 1962 e 1966 até eleger-se senador em 1970.[7][8]




Índice






  • 1 Resultado da eleição para governador


  • 2 Resultado da eleição para senador


  • 3 Deputados federais eleitos


  • 4 Deputados estaduais eleitos


  • 5 Notas


  • 6 Referências





Resultado da eleição para governador |


A eleição ficou a cargo da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte e a chapa vencedora recebeu todos os votos do partido governista enquanto os sete deputados da oposição se abstiveram de votar.[9]



















Candidatos a governador do estado

Candidatos a vice-governador Número Coligação Votação Percentual

Cortez Pereira
ARENA

Tertius Rebelo
ARENA
- ARENA (sem coligação) 30
100%


  Eleito(a)


Resultado da eleição para senador |


Com informações oriundas do Tribunal Superior Eleitoral que apurou 487.633 votos nominais, 184.307 votos em branco (26,91%) e 12.862 votos nulos (1,88%) resultando no comparecimento de 684.802 eleitores.[1][nota 3]



































Candidatos a senador da República

Primeiro suplente de senador Número Coligação Votação Percentual

Dinarte Mariz
ARENA

Osmundo Faria
ARENA
- ARENA (sem coligação) 185.326
38,00%

Jessé Freire
ARENA

Álvaro Mota
ARENA
- ARENA (sem coligação) 173.331
35,55%

Odilon Coutinho
MDB
Vicente da Mota Neto
MDB
- MDB (sem coligação) 128.976
26,45%


  Eleito(a)


Deputados federais eleitos |


São relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados. Foram apurados 274.431 votos válidos (80,15%), 47.592 votos em branco (13,90%) e 20.378 votos nulos (5,95%) resultando no comparecimento de 342.401 eleitores.[10][11][nota 4]




























































Deputados federais eleitos

Partido

Votação

Percentual

Cidade onde nasceu

Unidade federativa

Henrique Eduardo Alves

MDB
71.861
22,32%

Rio de Janeiro

 Rio de Janeiro

Vingt Rosado

ARENA
40.009
12,42%

Mossoró

 Rio Grande do Norte

Djalma Marinho

ARENA
28.889
8,97%

São José do Campestre

 Rio Grande do Norte

Grimaldi Ribeiro

ARENA
27.863
8,65%

Natal

 Rio Grande do Norte

Antônio Florêncio

ARENA
22.856
7,10%

Pau dos Ferros

 Rio Grande do Norte

Pedro Lucena

MDB
10.700
3,32%

Pirpirituba

 Paraíba


Deputados estaduais eleitos |


A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte recebeu doze representantes da ARENA e seis do MDB.[1]


Notas




  1. A rigor não foi possível estabelecer a nova filiação partidária do governador Walfredo Gurgel, todavia Aluizio Alves, seu maior aliado, filiou-se à ARENA e mesmo Dinarte Mariz, líder de outra facção do partido, não criou embaraços para o chefe do executivo potiguar.


  2. Nos referidos territórios o pleito serviu apenas para a escolha de deputados federais, não havendo eleições no Distrito Federal e no Território Federal de Fernando de Noronha.


  3. Após a promulgação da Emenda Constitucional Número Um, a Constituição de 1967 dizia (Art. 43 § 2º) que cada senador seria eleito com o seu suplente.


  4. O conceito de "votos válidos" no tocante a esta eleição engloba os votos nominais e os votos de legenda, os quais preferimos não distinguir por razões editoriais segundo a fonte consultada.



Referências




  1. abc «Banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral». Consultado em 9 de agosto de 2017 


  2. «Subsecretaria de Informações do Senado Federal do Brasil: Ato Institucional Número Três». Consultado em 5 de novembro de 2013 


  3. ... e fez-se o Arenão. Disponível em Veja, ed. 116 de 25/11/1970. São Paulo: Abril. Página visitada em 5 de novembro de 2013.


  4. «Acervo digital Veja». Consultado em 5 de novembro de 2013 


  5. «Senado Federal do Brasil: senador Cortez Pereira». Consultado em 9 de agosto de 2017 


  6. «Senado Federal do Brasil: senador Dinarte Mariz». Consultado em 9 de agosto de 2017 


  7. ab «Câmara dos Deputados do Brasil: deputado Jessé Freire». Consultado em 9 de agosto de 2017 


  8. «Senado Federal do Brasil: senador Jessé Freire». Consultado em 9 de agosto de 2017 


  9. Assembléias (sic) estaduais elegem os governadores (online). Jornal do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), 04/10/1970. Primeiro caderno, p. 26. Página visitada em 9 de agosto de 2017.


  10. «Página oficial da Câmara dos Deputados». Consultado em 9 de agosto de 2017 


  11. «BRASIL. Presidência da República: Lei nº 9.504 de 30/09/1997». Consultado em 9 de agosto de 2017 


















































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