Eleições estaduais no Rio Grande do Norte em 1982

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Eleições estaduais no ![]() | ||||
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15 de novembro de 1982 (Turno único) | ||||
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Candidato |
José Agripino Maia |
Aluizio Alves |
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Partido |
PDS |
PMDB |
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Natural de |
Mossoró, RN |
Angicos, RN |
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Vice |
Radir de Araújo |
Pedro Lucena |
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Votos |
389.677 |
283.366 |
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Porcentagem |
57,59% |
41,88% |
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![]() Governador do Rio Grande do Norte Titular Eleito | ||||
As eleições estaduais no Rio Grande do Norte em 1982 ocorreram em 15 de novembro debaixo de regras como voto vinculado, sublegendas e proibição de coligações partidárias a exemplo do ocorrido nos demais estados brasileiros. Neste dia o PDS elegeu o governador José Agripino Maia, o vice-governador Radir de Araújo, o senador Carlos Alberto de Sousa e fez as maiores bancadas entre os oito deputados federais e vinte e quatro estaduais que foram eleitos.[1][2][3][4][5][nota 1][nota 2]
O último potiguar a assumir o Palácio Potengi por eleição direta foi o monsenhor Walfredo Gurgel em 1965 e desde então os governadores biônicos dominaram a cena e nesse jogo de forças Dinarte Mariz assegurou a nomeação de Cortez Pereira em 1970, mas ficou em posição secundária nos anos seguintes quando o presidente Ernesto Geisel fortaleceu um novo grupo político ao escolher Tarcísio Maia e depois seu primo, Lavoisier Maia, para governar o Rio Grande do Norte e foi com base nesse arranjo familiar que o engenheiro civil José Agripino Maia, filho de Tarcísio Maia, venceu as eleições de 1982. Nascido em Mossoró e graduado em 1967 pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, trabalhou na iniciativa privada até ser nomeado prefeito de Natal em 1979 pelo então governador Lavoisier Maia e foi membro da ARENA até a criação do PDS no governo João Figueiredo.[6][nota 3]
José Agripino Maia renunciou em 1986 sendo eleito senador no mesmo ano e Radir de Araújo subiu ao poder. Nascido em Currais Novos e primo de Cortez Pereira, este empresário foi vereador em Currais Novos elegendo-se deputado estadual pelo PTB em 1958 e 1962 e pela ARENA em 1966. Após alguns anos longe da política, disputou um mandato de senador em 1978 por uma sublegenda do MDB, mas não foi eleito. Filiado ao PDS conquistou o mandato de vice-governador em 1982 e ao ser efetivado governador militava no PFL, assim como seu antecessor.
Para senador o PDS elegeu o empresário, contabilista, jornalista e publicitário Carlos Alberto de Sousa.[7] Nascido em Natal ele ganhou projeção como funcionário da Rádio Globo Natal e entrou na política via MDB com as bênçãos de Aluizio Alves e foi eleito vereador em Natal em 1972, deputado estadual em 1974 e deputado federal em 1978 tendo militado no PMDB antes de aderir ao PDS.[8]
Índice
1 Resultado da eleição para governador
2 Resultado da eleição para senador
3 Deputados federais eleitos
4 Deputados estaduais eleitos
5 Notas
6 Referências
Resultado da eleição para governador |
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral foram apurados 677.144 votos nominais (90,36%), 56.537 votos em branco (7,54%) e 15.717 votos nulos (2,10%), resultando no comparecimento de 749.398 eleitores.[1]
Candidatos a governador do estado |
Candidatos a vice-governador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
---|---|---|---|---|---|
José Agripino Maia PDS |
Radir de Araújo PDS |
1 | PDS (sem coligação) | 389.924 | 57,58% |
Aluizio Alves PMDB |
Pedro Lucena PMDB |
5 | PMDB (sem coligação) | 283.572 | 41,88% |
Rubens Manoel de Lemos PT |
Sebastião Getúlio da Silva PT |
3 | PT (sem coligação) | 3.207 | 0,47% |
Vicente Cabral de Brito PTB |
Antônio Coelho Raposo PTB |
4 | PTB (sem coligação) | 441 | 0,07% |
Eleito
Resultado da eleição para senador |
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral houve 650.226 votos nominais (86,77%), 78.124 votos em branco (10,42%) e 21.048 votos nulos (2,81%), resultando no comparecimento de 749.398 eleitores.[1][nota 4]
Candidatos a senador da República |
Candidatos a suplente de senador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
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Carlos Alberto de Sousa PDS |
Ney Lopes[nota 5] PDS |
10 | PDS (em sublegenda) | 304.138 | 46,77% |
Roberto Furtado PMDB |
[nota 6] - |
50 | PMDB (em sublegenda) | 128.811 | 19,81% |
Odilon Coutinho PMDB |
[nota 6] - |
52 | PMDB (em sublegenda) | 123.769 | 19,04% |
Ulisses Potiguar PDS |
[nota 5] - |
11 | PDS (em sublegenda) | 77.901 | 11,98% |
Olavo Montenegro PMDB |
[nota 6] - |
51 | PMDB (em sublegenda) | 12.243 | 1,88% |
Eliziel Barbosa da Silva PT |
Luís Alves Neto PT |
30 | PT (em sublegenda) | 2.950 | 0,46% |
José Antônio Duda da Rocha PTB |
Pedro Francisco Inácio PTB |
40 | PTB (sem coligação) | 414 | 0,06% |
Eleito
Deputados federais eleitos |
São relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados.[9][10]
Deputados federais eleitos |
Partido |
Votação |
Percentual |
Cidade onde nasceu |
Unidade federativa |
Henrique Eduardo Alves |
PMDB |
102.005 |
Rio de Janeiro |
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|
João Faustino |
PDS |
75.896 |
Recife |
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|
Jessé Freire Filho |
PDS |
69.039 |
Rio de Janeiro |
![]() |
|
Wanderley Mariz |
PDS |
63.242 |
Caicó |
![]() |
|
Antônio Florêncio |
PDS |
47.017 |
Pau dos Ferros |
![]() |
|
Vingt Rosado |
PDS |
43.421 |
Mossoró |
![]() |
|
Antônio Câmara |
PMDB |
39.855 |
João Câmara |
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|
Agenor Maria |
PMDB |
25.183 |
Florânia |
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Deputados estaduais eleitos |
Das 24 cadeiras da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte o PDS levou quinze e o PMDB nove.[1]
Notas
↑ Por força de um casuísmo político a eleição direta em Rondônia excluiu o cargo de governador enquanto nos territórios federais do Amapá, Rondônia e Roraima o pleito serviu apenas para a escolha de deputados federais não havendo eleições em Fernando de Noronha.
↑ A Lei n.º 6.091 permitiu que os potiguares radicados no Distrito Federal votassem para todos os cargos em disputa remetendo às urnas ao estado de origem.
↑ Atualmente a sede do governo potiguar fica no Centro Administrativo Lagoa Nova.
↑ Pela soma das sublegendas o PDS fez 382.039 votos (58,75%) e o PMDB 264.823 votos (40,73%).
↑ ab No caso de dois candidatos por sublegenda, cada um deles teria seu próprio suplente, porém Ulisses Potiguar concorreu sozinho e por não ter um companheiro de chapa foi reposto pelo TRE/RN como segundo suplente do vencedor.
↑ abc Havendo três candidatos por sublegenda os menos votados cumpririam o papel de suplente em relação ao vencedor por ordem de votação.
Referências
↑ abcd «Banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral». Consultado em 7 de junho de 2018
↑ «BRASIL. Presidência da República: Decreto-lei n.º 1.541 de 14/04/1977». Consultado em 7 de junho de 2018
↑ «BRASIL. Presidência da República: Lei Complementar nº 41 de 22/12/1981». Consultado em 7 de junho de 2018
↑ «BRASIL. Presidência da República: Lei n.º. 6.978 de 19/01/1982». Consultado em 7 de junho de 2018
↑ «BRASIL. Presidência da República: Lei n.º 6.091 de 15/08/1974». Consultado em 7 de junho de 2018
↑ «Senado Federal do Brasil: senador José Agripino Maia». Consultado em 14 de agosto de 2017
↑ «Câmara dos Deputados do Brasil: deputado Carlos Alberto de Sousa». Consultado em 25 de junho de 2014
↑ «Senado Federal do Brasil: senador Carlos Alberto de Sousa». Consultado em 14 de agosto de 2017
↑ «Página oficial da Câmara dos Deputados». Consultado em 14 de agosto de 2017
↑ «BRASIL. Presidência da República: Lei nº 9.504 de 30/09/1997». Consultado em 14 de agosto de 2017
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