Serotonina















































































Serotonina
Alerta sobre risco à saúde

Serotonin-skeletal.png

Serotonin-3D-vdW.png

Nome IUPAC
5-hidroxitriptamina
Identificadores

Número CAS

50-67-9,153-98-0 (cloridrato)

PubChem

5202

MeSH

Serotonin

SMILES



InChI

1/C10H12N2O/c11-4-3-7-6-12-10-2-1- 8(13)5-9(7)10/h1-2,5-6,12-13H,3-4,11H2

Propriedades

Fórmula molecular
N2OC10H12

Massa molar
176.215

Ponto de fusão

167–168 °C (cloridrato) [1]



Solubilidade em água
solúvel (20 g·l-1 a 27 °C) [2]
Riscos associados

Frases R

R20/21/22, R36/37/38

Frases S

S26

LD50
60 mg·kg-1 (camundongo, per os) [2]
Compostos relacionados
Outros aniões/ânions

5-Metoxitriptamina

Derivados por substituição no grupo amino relacionados

Bufotenina (N,N-dimetil-serotonina)
N-acetil-serotonina
Compostos relacionados

Triptamina (sem a hidroxila)
5-hidroxitriptofano (precursor biológico; serotonina obtida por decarboxilação)[3]

Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.


A Serotonina (5-hidroxitriptamina ou 5-HT) é uma monoamina neurotransmissora sintetizada nos neurónios serotoninérgicos do Sistema nervoso central (SNC) e nas células enterocromafins (células de Kulchitsky) do trato gastrointestinal dos animais (entre eles o ser humano). A serotonina também se encontra em vários cogumelos e plantas, incluindo frutas e vegetais. Acredita-se que a serotonina representa um papel importante no sistema nervoso central como neurotransmissor na inibição da ira, agressão, temperatura corporal, humor, sono, vômito e apetite.


Estas inibições estão diretamente relacionadas com os sintomas da depressão. Adicionalmente, a serotonina é também um mediador periférico de sinal. Por exemplo, a serotonina encontra-se abundantemente no trato gastrointestinal (aproximadamente 90%) e o seu local de armazenamento principal são as plaquetas na circulação sanguínea.




Índice






  • 1 Neurotransmissor


  • 2 Relação Anatómica


  • 3 Microanatomia


    • 3.1 Receptores


    • 3.2 Fatores Genéticos


    • 3.3 Terminação




  • 4 Outras Funções


  • 5 Síntese


  • 6 História


  • 7 As Propriedades Afrodisíacas da Serotonina


  • 8 Referências


  • 9 Ligações externas





Neurotransmissor |


Como todo neurotransmissor, os efeitos de 5-HT no humor e no estado mental humano, tal como o seu papel na consciência, são muito difíceis de determinar. Entre as principais funções da serotonina está a função de regular o apetite mediante a saciedade, equilibrar o desejo sexual, controlar a temperatura corporal, a atividade motora e as funções perceptivas e cognitivas. A serotonina intervém noutros neurotransmissores conhecidos como a dopamina e a noradrenalina, que estão relacionados com a angústia, ansiedade, medo, agressividade, assim como os problemas alimentares. A serotonina também intervém nos parâmetros de densidade óssea. As pessoas que tomam antidepressivos do tipo inibidor seletivo de recaptação de serotonina podem apresentar osteoporose (redução da densidade óssea).



Relação Anatómica |


Os neurónios dos núcleos da rafe são a fonte principal de libertação de 5-HT no cérebro. Os núcleos da rafe são conjuntos de neurónios distribuídos em nove grupos pares e localizados ao longo do tronco encefálico, o qual está centrado à volta da formação reticular. Os axónios dos neurónios dos núcleos da rafe terminam em, por exemplo:



  • Núcleos cerebrais profundos

  • Córtex cerebral

  • Medula espinal

  • Córtex cerebelar [4]


Por outro lado, os axónios dos neurónios nos núcleos dorsais da rafe terminam em, por exemplo:



  • Tálamo

  • Corpo estriado

  • Hipotálamo

  • Núcleo accumbens

  • Neocórtex

  • Giro do cíngulo

  • Hipocampo

  • Amígdala


Assim, a ativação do sistema serotoninérgico afeta as várias áreas do cérebro, o que explica os efeitos terapêuticos da sua modulação.



Microanatomia |


O 5-HT, como se pensa, é libertada das varicosidades serotonérgicas no espaço extraneuronal, ou seja, desde as varicosidades e ao longo dos axónios, não só por ligações sinápticas terminais (esquema de neurotransmissão clássico). Desde este ponto é livre de se difundir sobre uma região relativamente grande de espaço (>20μm) e ativar os Receptores de 5-TH localizados sobre as dendrites, o corpo, e as terminações pré-sinápticas dos neurónios adjacentes.



Receptores |


Os receptores de 5HT são os receptores para a serotonina. Estão localizados na membrana celular das células nervosas e de outros tipos de células em animais, e mediam os efeitos da serotonina como o ligando endógeno e de um grande espectro de fármacos e alucinógenos. Com a exceção do receptor de 5-HT3, um canal iónico associado a ligandos, os restantes receptores estão ajustados a receptores de sete domínios transmembranais de Proteína G (ou heptahelíticos) que ativam uma série de mensageiros secundários intracelulares.



  • Receptor 5-HT1

  • Receptor 5-HT2A

  • Receptor 5-HT2C

  • Receptor 5-HT3

  • Receptor 5-HT4

  • Receptor 5-HT 6



Fatores Genéticos |


As variações genéticas nos alelos que codificam para os recetores de serotonina são conhecidas atualmente por terem um impacto significativo sobre a probabilidade na formação de certos problemas e desordens fisiológicas. Por exemplo, uma mutação no alelo que codifica o receptor 5HT2A leva à duplicação do risco de suicídio dos portadores desse genótipo. Contudo, ainda têm de ser produzidas provas satisfatórias para este descobrimento, pois observa-se que se têm gerado dúvidas sobre a invalidez do mesmo. É muito improvável que um gene individual seja responsável pelo aumento de suicídios. É mais provável que um número de genes seja combinado com fatores exógenos para afetar o comportamento deste modo. Este gene (HTR2A) codifica um dos receptores de serotonina (5HT2A). As mutações deste gene estão associadas com a suscetibilidade para a Esquizofrenia e Transtorno obsessivo-compulsivo, e também estão relacionadas com a resposta ao antidepressivo Citalopram em pacientes com um Transtorno depressivo maior.



Terminação |


A ação serotoninérgica é terminada primariamente mediante a recaptação do 5-HT na sinapse. Pensa-se que mediante um transportador de monoaminas específico para o 5-HT (Transportador de serotonina) nos neurónios pré-sinápticos. Diversos agentes podem inibir a recaptação de 5-HT, incluindo o MDMA ou ecstasy, cocaína, anfetamina, dextrometorfano (um antitussígeno), antidepressivo tricíclicos (ADTs) e os Inibidor seletivo de recaptação de serotonina (ISRS).



Outras Funções |


Investigações recentes sugerem que a serotonina tem um papel importante na regeneração hepática e atua como mitógeno (que induz a divisão celular) por todo o corpo. A função serotoninérgica é fundamentalmente inibidora. Influencia o sono e está relacionada também com os estados de ânimo, com as emoções e com os estados depressivos. Afeta o funcionamento vascular assim como a frequência cardíaca. A serotonina regula a secreção de hormonas, como a do crescimento. Alterações dos níveis desta substância estão associados a desequilíbrios mentais como a esquizofrenia e o autismo. A serotonina também desempenha uma função importante no transtorno obsessivo-compulsivo, que é um transtorno de ansiedade. Alguns alucinogénos, como o LSD e o MDMA atuam intensamente nos receptores serotonínicos. Entre as funções fisiologia da serotonina destaca-se a inibição da secreção gástrica, a estimulação muscular e a secreção de hormonas por parte da hipófise. Níveis baixos de serotonina em pessoas com fibromialgia explicam em grande parte a causa das dores e das perturbações do sono. Tais níveis baixos também estão associados a estados agressivos, depressão e ansiedade, incluindo as Enxaqueca, devido ao facto de quando os níveis de serotonina baixam, os vasos sanguíneos dilatam. A serotonina desempenha uma função importante na proliferação linfática dependendo do tipo de recetor estimulado (5-HT1A vs.5-HT7).



Síntese |


No corpo humano, a serotonina é sintetizada desde o aminoácido Triptófano por via metabólica curta que engloba duas enzimas: triptofano hidroxilase (TPH) e L-aminoácido aromático descarboxílase (DDC). A reação causada pelo TPH é uma etapa limitada em várias vias. O TPH foi visto em duas formas existentes na natureza: TPH1, encontrada em vários tecidos, e a TPH2, que é uma isoforma cerebral específica. Existem provas de polimorfismos genéticos em ambas as formas com influência sobre a suscetibilidade para a ansiedade e depressão. Também existem provas de como as hormonas ovarianas podem afetar a expressão da TPH em várias espécies, sugerindo um possível mecanismo para Depressão pós-parto e para a Síndrome de tensão pré-menstrual. A serotonina ingerida por via oral não passa pelas vias serotoninérgicas do sistema nervoso central porque esta não cruza a Barreira hematoencefálica. Porém, o triptofano e os seus metabolitos 5-Hidroxitriptofano (5-HTP), com os quais a serotonina é sintetizada, podem e cruzam a barreira hematoencefálica. Estes agentes estão disponíveis como suplementos dietéticos e podem ser agentes serotoninérgicos eficazes. Um produto de clivagem é o ácido 5-hidroxindolacético (5-HIAA), que é eliminado na urina. Por vezes a serotonina e o 5-HIAA são produzidos em quantidades excessivas por certos tumores, e os níveis dessas substâncias podem ser medidas pela urina para verificar a presença das ditas Patologias.



História |


A serotonina foi isolada e designada pela primeira vez em 1948 por Maurica M. Rapport, Arda Green e Irvine Page da Clínica de Cleveland, mas em 1935 o investigador italiano Vittorio Erspamer tinha demonstrado que uma substância desconhecida até à data, que chamou de enteramina, produzida pelas células enterocromafinas do intestino, estimulava a contração intestinal. O nome serotonina é um termo equívoco que reflete nada mais que as circunstâncias em que se descobriu o composto. Foi inicialmente identificado como uma substância vasoconstritora no plasma sanguíneo - daí o nome serotonina, um agente sanguíneo que afeta a circulação vascular. Este agente foi posteriormente identificado quimicamente como 5-hidroxitriptamina, e desde então foi associado a um grande número de propriedades fisiológicas. O 5-HT foi até agora o nome mais adotado pela indústria farmacêutica.



As Propriedades Afrodisíacas da Serotonina |


O comportamento humano depende da quantidade de luz que o corpo recebe por dia. Desta maneira, durante as estações menos soalheiras (Outono e Inverno) surge um aumento de depressão e falta de estímulo sexual. Quando chega a primavera e o verão, a serotonina é condicionada pela luz que se recebe do organismo, o que leva a um aumento progressivo do bem-estar e da felicidade com maior estímulo sexual, produto das concentrações deste neurotransmissor no cérebro. Pode-se dizer que a serotonina, além de ser a hormona do humor, é a "hormona do prazer". Por exemplo, para que se produza a ejaculação orgásmica, o hipotálamo liberta oxitocina através da hipófise (hormona que segrega na neuro-hipófise e que também é responsável pelas contrações no parto). Depois da ejaculação, a quantidade de serotonina no cérebro aumenta exponencialmente, o que provoca um estado de prazer e tranquilidade. Depois do prazer é produzido um mecanismo de retroalimentação que reabsorve a serotonina. Este mecanismo estimula a libertação de hormonas como a somatrofina (hormona do crescimento) e a prolactina (hormona que tem ação sobre as glândulas mamárias atuando no seu crescimento e na formação de leite) e inibe a secreção das hormonas luteinizantes (LH) e das hormonas folículo-estimulantes (FSH), que estão encarregadas de estimular a síntese de AMP cíclico, que por sua vez estimula a biossíntese de esteroides sexuais. Este mecanismo de retroalimentação não seria possível se não existisse absorção de serotonina pela Hipófise. Assim se sabe que a presença de serotonina produz o prazer, e a reabsorção desta neuro hormona desencadeia uma série de reações que estimulam a secreção de hormonas, que por sua vez provocam o crescimento e controlam a maturação dos folículos e a secreção de estrogénio (mulher) e a espermatogénese e secreção de testosterona (homem), entre outros. Dahstrom e Fuxe descreveram 9 grupos de células que contêm serotonina de B1 a B9:



  • O grupo maior de células serotonérgicas é o grupo B7 seguido do B6.

  • O grupo B6 e B7 são o núcleo dorsal da rafe.

  • O grupo B8 é o núcleo médio da rafe (núcleo central superior)

  • O grupo B9 é lateral da ponte e do meio do cérebro.

  • Os grupos B1 a B5 são caudais e contêm um número reduzido de células serotonérgicas.



Referências




  1. Thieme Chemistry, ed. (2009). RÖMPP Online - Version 3.5. Stuttgart: Georg Thieme Verlag KG 


  2. ab (en) « Serotonina » em ChemIDplus.


  3. «PubChem» site pubchem.ncbi.nlm.nih.gov


  4. Machado, Ângelo. Neuroanatomia Funcional. [S.l.]: Atheneu. 206 páginas 



Ligações externas |


http://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/compound/160436 (em Inglês)


























Popular posts from this blog

404 Error Contact Form 7 ajax form submitting

How to know if a Active Directory user can login interactively

TypeError: fit_transform() missing 1 required positional argument: 'X'