Murray Rothbard
Murray Newton Rothbard | |
---|---|
Nascimento | 2 de março de 1926 Bronx, Nova Iorque, Estados Unidos |
Morte | 7 de janeiro de 1995 (68 anos) Nova Iorque, Estados Unidos |
Nacionalidade | norte-americano |
Influências | Lista
|
Influenciados | Lista
|
Magnum opus | Man, Economy, and State |
Escola/tradição | Escola Austríaca |
Principais interesses | anarcocapitalismo, praxeologia, direitos naturais, ética, filosofia, economia |
Ideias notáveis | fundador do anarcocapitalismo |
Murray Newton Rothbard (Nova Iorque, 2 de março de 1926 – Nova Iorque, 7 de janeiro de 1995) foi um economista heterodoxo norte-americano da Escola Austríaca,[1][2] historiador,[3][4] e filósofo político[5](pp11, 286, 380) que ajudou a definir o conceito moderno de libertarianismo[6] e fundou uma vertente de anarquismo baseada no livre mercado, denominada "anarcocapitalismo",[7] um firme defensor do revisionismo histórico e uma figura central no movimento libertário americano do século XX. Ele escreveu mais de vinte livros sobre teoria política, revisionismo histórico, economia e outros assuntos.[7] Rothbard afirmou que todos os serviços prestados pelo "sistema de monopólio do estado corporativo" poderiam ser fornecidos de forma mais eficiente pelo setor privado e escreveu que o estado é "a organização do roubo sistematizado e em larga escala".[8][9][10][11][12][13] Ele chamou o sistema bancário de reservas fracionárias de uma forma de fraude e se opôs ao banco central.[14] Ele se opôs categoricamente a todo intervencionismo militar, político e econômico nos assuntos de outras nações.[15][16] De acordo com o seu protegido Hans-Hermann Hoppe, "não haveria nenhum movimento anarcocapitalista para falar sem Rothbard".[17]
O economista Jeffrey Herbener, que chama Rothbard de amigo e "mentor intelectual", escreveu que Rothbard recebeu "apenas ostracismo" da academia tradicional.[18] Rothbard rejeitou as principais metodologias econômicas e, em vez disso, adotou a praxeologia de seu mais importante precursor intelectual, Ludwig von Mises. Para promover suas ideias econômicas e políticas, Rothbard juntou-se a Llewellyn H. "Lew" Rockwell, Jr. e Burton Blumert em 1982 para estabelecer o Instituto Ludwig von Mises em Alabama.
Índice
1 Vida e obra
1.1 Educação
2 Economia
3 Visão política
4 Auto propriedade
5 Anarcocapitalismo
6 Crianças e direitos
7 Ativismo Político
8 Trabalhos
8.1 Livros
9 Referências
10 Leitura adicional
10.1 Ligações Externas
Vida e obra |
Educação |
Rothbard nasceu dia 2 de março de 1926, filho de David e Rae Rothbard em uma família judia construída no Bronx.[19] "Eu cresci em uma cultura comunista", dizia. Estudou na Universidade de Columbia, onde se tornou bacharel em matemática e economia em 1945 e mestre em artes em 1946. Fez ainda doutorado em filosofia e economia em 1956 na mesma universidade sob Arthur Burns.[5]:43–44[20]
Durante o início da década de 1950, estudou sob a orientação do economista austríaco Ludwig von Mises e seus seminários na Universidade de Nova York e foi grandemente influenciado pelo livro Ação Humana, de Mises.[5]:46 Nos anos 1950 e 1960 trabalhou para o liberal clássico Fundo William Volker em um projeto que resultou no livro Man, Economy and State, publicado em 1962. De 1963 a 1985, lecionou no Instituto Politécnico da Universidade de Nova York, no Brooklyn. De 1986 até sua morte foi um ilustre professor da Universidade de Nevada, Las Vegas. Rothbard fundou o Centro de Estudos Libertários em 1976 e o Jornal de Estudos Libertários, em 1977. Participou da criação em 1982 do Instituto Ludwig von Mises e, mais tarde, foi seu vice-presidente acadêmico. Em 1987 começou o acadêmico Review of Austrian Economics, agora chamado de Quarterly Journal of Austrian Economics.[21][22][23][24][25]
Em 1953 casou-se com JoAnn Schumacher em Nova York, a quem ele chamou "quadro indispensável" para a sua vida e trabalho.[26] Morreu em 1995 em Manhattan de um ataque cardíaco. Quando morreu, o obituário do New York Times chamou Rothbard de "um economista e filósofo social ferozmente defensor da liberdade individual contra a intervenção do governo." [23]
Economia |
A Escola Austríaca vem de uma tradição filosófica racionalista, i. e. compreende a obtenção de conhecimento como um processo de elaboração de teorias capazes de dar coesão aos fenômenos empíricos. Logo, tenta deduzir axiomas que expliquem a ação humana, num estudo chamado de praxeologia, da qual a economia é uma sub-área (embora a mais desenvolvida). Outra sub-área da praxeologia é a ciência-militar, se compreendida como um fenômeno racional, ao invés de um fenômeno cultural (polemologia).
Praxeologia é a ciência geral da ação humana, o que significa, consonantemente à tradição racionalista de conhecimento, que a ação humana é estudada em seus aspectos lógico-formais: são estabelecidos os axiomas basilares do comportamento humano, e daí são inferidos teoremas universalmente válidos da ação humana.
(A Praxeologia versa sobre ação humana e somente humana. Não intenciona dizer nada sobre organismos não-humanos, ao contrário de outras tradições de estudos comportamentais, como a análise do comportamento e o behaviorismo-radical, que estudam o comportamento humano como estando dentro de um continuum com o comportamento, no mínimo, dos demais mamíferos; muito possivelmente de todo o filo dos cordados; quiçá, ainda mais generalmente, do reino animal)
A praxeologia, portanto, propõe uma epistemologia para a economia (e para as demais ciências praxeológicas) diferente da epistemologia das ciências naturais. Isto não implica que ela negue a validade do fisicalismo - pelo contrário - ela apenas propõe que ciências naturais e ciências sociais carecem de epistemologias diferentes. Portanto, teóricos do austroliberalismo, como Von Mises e Rothbard, propunham uma modalidade de dualismo metodológico, enquanto teóricos do conhecimento científico fisicalistas propunham uma modalidade de monismo metodológico
(Lembrando que não existem somente um "monismo metodológico" ou apenas um "dualismo metodológico". A modalidade de monismo metodológico do fisicalismo toma a física como paradigma epistêmico e metodológico para todas as ciências. Mas há outras modalidades de monismo metodológico que não são fisicalistas. Também há dualismos metodológicos não praxeológicos).
Por exemplo: uma teoria física, a partir de um conjunto de hipóteses, realiza predições. Tais predições são fenômenos físicos que esta teoria supõe que sejam existentes. O trabalho empírico, seja ele experimental ou de campo (há teorias físicas cuja validade não pode ser verificada em laboratório, mas apenas in loco, como nos campos da oceanogragia, sismologia, glaciologia, paleotempestologia, meteorologia, climatologia, paleoclimatologia, etc.) averigua se estes fenômenos previstos formalmente são reais.
Para a Escola Austríaca este método (fisicalista) não é apropriado para fenômenos sociais. Como a ação humana é proposital e criativa, ela constantemente acrescenta novos elementos à dinâmica dos fenômenos que cria. Tal implica que estes fenômenos são dotados de intencionalidade. Como não existe intencionalidade nos fenômenos físicos (eles não são conscientes), a dinâmica dos acontecimentos físicos é determinista, no sentido de que todos os elementos passíveis de terem poder causal já estão previamente definidos (note que determinista, nesta acepção, não equivale ao determinismo mecanicista proposto por Descartes, de que um fenômeno físico é qualitativa e quantitativamente preditível com acurácia total. É apenas um determinismo qualitativo, ou seja, de que todos os eventos implicados num fenômeno físico existem previamente ao fenômeno, e de que outros não surgem).
Assim, a Escola Austríaca propõe um método apriorista de tratamento para os fenômenos sociais; i. é: a partir de axiomas inquestionáveis acerca da ação humana, inferem-se os fenômenos econômicos, militares, históricos - praxeológicos, enfim - ao qual seres humanos estão sujeitos.
Portanto, os teóricos da Escola Austríaca argumentam que o único meio de se chegar a uma teoria econômica válida é derivá-la logicamente a partir dos princípios/axiomas básicos da ação humana, que é o método denominado praxeologia. Disto decorre o individualismo metodológico: analise da ação humana a partir da perspectiva dos agentes individuais. Os teóricos da Escola Austríaca defendem a estrita observância deste método, pois segundo eles, o único meio de se chegar a uma teoria econômica válida é pela ação, propriamente dita, dos agentes, e não por pressuposições coletivistas das causas de suas ações (como o fazem, por exemplo, os marxistas).
O método austríaco sustenta que a descoberta de leis econômicas fundamentais válidas para toda a ação humana (como por exemplo a oferta e procura, utilidade marginal, intencionalidade da ação humana, dentre outras mais) são a consequência da praxeologia, e isto os leva a não necessitar dos experimentos naturais que os demais economistas usam.
Os economistas austríacos ainda afirmam que testabilidade na economia é praticamente impossível, uma vez que depende de atores humanos que não podem ser colocados em um cenário de laboratório sem que sejam alteradas suas possíveis ações.
A Escola Austríaca apóia a economia de livre mercado e critica as caracterizadas pelo comando estatal por destruir a função de informação dos preços e inevitavelmente levar ao totalitarismo. Influentes austríacos foram Eugen von Böhm-Bawerk, Friedrich Hayek e Ludwig von Mises. Rothbard argumentou que toda a teoria econômica austríaca nada mais é do que o desenvolvimento de todas as implicações lógicas do fato de que os seres humanos agem de forma proposital.
A Praxeologia não é, porém, uma teoria universalmente válida sobre "como atingir objetivos", nem uma teoria abrangente da eficácia ou da eficiência. Ela não pretende dar respostas sobre como planejar e obter resultados previamente concebidos. Ela essencialmente mostra que se [a] forem estabelecidos objetivos, e se [b] for escolhida uma linha de ação: então ou [c.1] esta linha de ação, lógica e formalmente, não decorrerá no objetivo; ou [c.2] esta linha de ação, lógica e formalmente, decorrerá no objetivo. Todavia, se [c.2] for o caso, não há como predizer quantitativamente quando, como, onde e quanto o objetivo verificar-se-irá. Apenas "se" e "porquê". Logo, a Praxeologia é uma teoria lógico-formal acerca do comportamento humano, e qualitativa. Ela não pretende predizer eventos (como as teorias fisicalistas), mas sim especificar se certas "linhas de ação" são compatíveis com seus "objetivos declarados". É por isto que Ludwig von Mises (um dos mentores intelectuais de Rothbard) dizia que a principal tarefa de um economista era dizer o que os governos não podem fazer: porque o planejamento econômico não é capaz de fazer a articulação dos fatores de produção que o mercado e o sistema de preços fazem ao alocar trabalho, capital, terra e commodities.
Enquanto Mises foi o grande sistematizador desta teoria {fazendo um apanhado do trabalho dos principais teóricos do austroliberalismo anteriores a si (bem como de seu próprio trabalho no seio desta tradição), e dando um corpo teórico unificado, abrangente e coerente a todas estas contribuições (que até então não eram dispersas: havia uma linha mestra - histórica e conceitual - entre todas elas; mas ainda faltava um corpo teórico integrador entre todas estas partes)}, Rothbard foi um explorador, aplicando o austroliberalismo misesiano a outros tópicos propriamente praxeológicos (ou passíveis de interpretação também por este viés) além de fazendo correções e clarificações que tornaram a obra de von Mises mais consistente e abrangente.
Rothbard também era versado em história e filosofia política. Os livros de Rothbard, como Man, Economy, and State (Homem, Economia, e Estado), Power and Market (Poder e Mercado), The Ethics of Liberty (A Ética da Liberdade), e For a New Liberty (Por uma Nova Liberdade), são considerados por alguns como clássicos do pensamento jusnaturalista libertário. Ele também estudou as escolas econômicas pré-Adam Smith, tais como os escolásticos de Salamanca e os fisiocratas e os discutiu em seu trabalho inacabado multi-volume, Uma Perspectiva Austríaca sobre a História do Pensamento Económico.
Rothbard separa os diferentes tipos de intervenção em três categorias: intervenção "autista", que é a interferência sem envolver trocas, como restringir a liberdade de expressão; intervenção "binária", que é forçar trocas entre o agressor e indivíduos, como no caso da tributação; e intervenção "triangular", que consiste em forçar trocas entre os indivíduos, como através do controle de preços. De acordo com Sanford Ikeda, a tipologia de Rothbard elimina as lacunas e inconsistências que aparecem na formulação original de Mises.
Rothbard foi um ardente crítico do influente economista John Maynard Keynes e do pensamento econômico keynesiano. Seu ensaio Keynes, o homem, é um ataque às ideias econômicas e ao personagem Keynes. Rothbard foi também um crítico severo do, entre outros, filósofo utilitarista Jeremy Bentham em seu ensaio Jeremy Bentham: The Utilitarian as Big Brother, publicado em sua obra, Classical Economics (Economia Clássica).
Rothbard enunciou "a lei de Rothbard", segundo a qual os acadêmicos tenderiam a se especializar no que eles são piores. Henry George, por exemplo, foi grande em tudo, exceto no que diz respeito a terra, sendo assim, ele escreveu sobre terra, 90% do tempo. Milton Friedman foi excelente, exceto em teoria monetária, então foi nisso que ele se concentrou.
Murray Rothbard dedica um capítulo em Power and Market para o papel tradicional do economista. Rothbard nota que as funções do economista no livre mercado, diferem muito das do economista em um mercado obstruído. "O que pode fazer um economista no livre mercado puro?" Rothbard pergunta. "Ele pode explicar o funcionamento da economia de mercado (uma tarefa vital, especialmente porque a pessoa ignorante tende a considerar a economia de mercado como mero caos desordenado), mas ele não pode fazer muito mais."
Visão política |
Rothbard "combinou a economia laissez-faire de seu professor Ludwig von Mises com os pontos de vista absolutistas dos direitos do homem e a rejeição do estado que ele tinha absorvido a partir do estudo dos anarquistas individualistas americanos do século XIX, como Lysander Spooner e Benjamin Tucker". De Spooner e Tucker, Rothbard escreveu:
“ | Lysander Spooner e Benjamin T. Tucker foram insuperáveis como filósofos políticos e nada é mais necessário hoje do que um relançamento e desenvolvimento do amplamente esquecido legado que deixaram a filosofia política ... Existe, no corpo de pensamento conhecido como 'economia austríaca", uma explicação científica do funcionamento do livre mercado (e das consequências da intervenção governamental no mercado), que anarquistas individualistas poderiam facilmente incorporar em seu político e social Weltanschauung. | ” |
Rothbard fez oposição ao que considerou uma super especialização da academia e tentou fundir as disciplinas de economia, história, ética e ciência política para criar uma "ciência da liberdade." Rothbard descreve a base moral para a sua posição anarcocapitalista em dois de seus livros: For New Liberty, publicado em 1972, e The Ethics of Liberty, publicado em 1982. Em seu Power and Market (1970), Rothbard descreve como uma economia sem estado funcionaria.
Auto propriedade |
Em The Ethics of Liberty, Rothbard afirma o direito de total auto-propriedade, como o único princípio compatível com um código moral que se aplica a qualquer pessoa - uma "ética universal" - e que é uma lei natural por ser o que é naturalmente melhor para o homem. Ele acreditava que, como resultado, aos indivíduos pertencem os frutos do seu trabalho. Consequentemente, cada pessoa tem o direito de trocar sua propriedade com os outros. Ele acreditava que, se um indivíduo mescla seu trabalho com a terra sem dono, então ele se torna dono legítimo dela. A partir desse ponto em que ela é propriedade privada, só pode trocar de mãos pelo comércio ou por presente. Ele também alegou que as terras tendem a não ficar sem utilização, salvo se faz sentido econômico não utilizá-las.
Anarcocapitalismo |
Rothbard começou a considerar-se um anarquista da propriedade privada na década de 1950 e mais tarde começou a usar o termo "anarcocapitalista." Escreveu:
“ | O capitalismo é a maior expressão do anarquismo, e anarquismo é a maior expressão do capitalismo. Murray Rothbard | ” |
No modelo anarcocapitalista de Murray Rothbard, agências de proteção concorrem no livre mercado e voluntariamente são apoiadas pelos consumidores que optam por utilizar seus serviços de protecção e judiciário. Anarcocapitalismo significaria o fim do monopólio estatal em vigor.
Crianças e direitos |
Em Ethics of Liberty Rothbard explora, em termos de auto-propriedade e contrato, várias questões contenciosas relativas a direitos de crianças. Estes incluem direito das mulheres ao aborto, proibição de agressão de pais contra as crianças, bem como a questão do estado obrigar os pais a cuidar dos filhos, incluindo aqueles com problemas de saúde graves. Ele também argumenta que as crianças têm o direito de fugir dos pais e procurar novos guardiões assim que optarem por fazê-lo. Sugeriu que os pais têm o direito de colocar uma criança para adoção, ou mesmo vender seus direitos sobre a criança em um contrato voluntário. Ele também discute como o atual sistema de justiça juvenil pune crianças por fazer escolhas de "adulto", remove crianças desnecessariamente e contra a sua vontade dos pais, muitas vezes colocando-as sob maus cuidados. Em outros escritos Rothbard também apóia o direito de crianças trabalharem em qualquer idade, em parte por apoiar a sua libertação dos pais ou de outras autoridades.
Ativismo Político |
Quando jovem, considerou-se parte da Velha Direita, um ramo antiestatista e anti-intervencionista do Partido Republicano dos EUA. Quando os chamados cold warriors intervencionistas da National Review, tais como William F. Buckley Jr., ganharam influência no Partido Republicano na década de 1950, Rothbard saiu do partido. William F. Buckley depois iria escrever um amargo obituário na National Review criticando as opiniões políticas de Rothbard.
Durante o final dos anos 1950, Rothbard esteve associado a Ayn Rand e sua filosofia objetivista, mas depois teve uma briga e saiu. Ele mais tarde satirizou a relação em sua peça Mozart foi um Vermelho. No final dos anos 1960, Rothbard defendeu uma aliança com o movimento antiguerra da Nova Esquerda, com o argumento de que o movimento conservador tinha sido completamente englobado pelo establishment estatista. No entanto, Rothbard depois criticou a Nova Esquerda por apoiar uma "República Popular" com alistamento. Foi durante esta fase que se juntou a Karl Hess e fundou Left and Right: A Journal of Libertarian Thought com Leonard Liggio e George Resch, que existiu de 1965 a 1968. De 1969 a 1984 editou The Libertarian Forum, também inicialmente com Hess (embora o envolvimento de Hess terminou em 1971).
Rothbard criticou o "frenético niilismo" dos libertários da ala esquerda, mas também criticou libertários da ala direita que estavam contentes por contar só com a educação para derrubar o estado. Ele acreditava que libertários deveriam adotar qualquer tática não-imoral disponível a fim de trazer liberdade.
Durante os anos 1970 e 1980, Rothbard esteve ativo no Partido Libertário, frequentemente envolvido nas políticas internas do partido. De 1978 a 1983, esteve associado com o "caucus" radical do Partido Libertário, aliando-se com Justin Raimondo, Eric Garris e Williamson Evers. Ele se opôs ao liberalismo de imposto baixo defendido pelo candidato presidencial do Partido Libertário Ed Clark e pelo presidente do Cato Institute Edward H Crane III. Rothbard rompeu com o caucus radical do Partido Libertário em 1983 na convenção nacional sobre as questões culturais, e alinhou-se com o que ele chamou de ala da "direita populista" do partido, nomeadamente, Lew Rockwell e Ron Paul, que concorreu a presidente pelo Partido Libertário em 1988 e nas primárias do Partido Republicano de 2008.
Em 1989, Rothbard deixou o Partido Libertário e começou a construir pontes para o período pós-Guerra Fria visando a direita anti-intervencionista, chamando a si próprio de paleolibertário. Ele foi presidente fundador do clube conservador-libertário John Randolph e apoiou a campanha presidencial de Pat Buchanan, em 1992, dizendo que "com Pat Buchanan como nosso líder, podemos quebrar o relógio da social democracia." De qualquer forma, mais tarde tornou-se desiludido e disse que Buchanan desenvolveu demasiada confiança no planejamento econômico e poder estatal centralizado.
Trabalhos |
Livros |
Man, Economy, and State (Full Text; ISBN 0-945466-30-7) (1962)
Man, Economy, and State (Full Text; ISBN 0-945466-30-7) (1962)
The Panic of 1819. 1962, 2006 edition: ISBN 1-933550-08-2.
America's Great Depression. (Full Text) ([ISBN 0-945466-05-6. (1963, 1972, 1975, 1983, 2000)
What Has Government Done to Our Money? (Full Text / Audio Book) ISBN 0-945466-44-7. (1963)
Economic Depressions: Causes and Cures (1969)
Power and Market. ISBN 1-933550-05-8. (1970) (restored to Man, Economy, and State ISBN 0-945466-30-7, 2004)
Education: Free and Compulsory. ISBN 0-945466-22-6. (1972)
Left and Right, Selected Essays 1954-65 (1972)
For a New Liberty: The Libertarian Manifesto (Full text / Audio book) ISBN 0-945466-47-1. (1973, 1978)
The Essential von Mises (1973)
The Case for the 100 Percent Gold Dollar. ISBN 0-945466-34-X. (Full Text / Audio Book) (1974)
Egalitarianism as a Revolt Against Nature and Other Essays ISBN 0-945466-23-4. (1974)
Conceived in Liberty (4 vol.) ISBN 0-945466-26-9. (1975-79)
Individualism and the Philosophy of the Social Sciences. ISBN 0-932790-03-8. (1979)
The Ethics of Liberty (Full Text / Audio Book) ISBN 0-8147-7559-4. (1982)
The Mystery of Banking ISBN 0-943940-04-4. (1983)
Ludwig von Mises: Scholar, Creator, Hero. OCLC 20856420. (1988)
Freedom, Inequality, Primitivism, and the Division of Labor. Full text (included as Chapter 16 in Egalitarianism above) (1991)
The Case Against the Fed ISBN 0-945466-17-X. (1994)
An Austrian Perspective on the History of Economic Thought (2 vol.) ISBN 0-945466-48-X. (1995)
Wall Street, Banks, and American Foreign Policy. (Full Text) with an introduction by Justin Raimondo. (1995)
Making Economic Sense. ISBN 0-945466-18-8. (1995, 2006)
Logic of Action (2 vol.) ISBN 1-85898-015-1 and ISBN 1-85898-570-6. (1997)
The Austrian Theory of the Trade Cycle and Other Essays. ISBN 0-945466-21-8. (also by Mises, Hayek, & Haberler)
Irrepressible Rothbard: The Rothbard-Rockwell Report Essays of Murray N. Rothbard. (Full Text.) ISBN 1-883959-02-0. (2000)
A History of Money and Banking in the United States. ISBN 0-945466-33-1. (2005)
The Complete Libertarian Forum (2 vol.) (Full Text) ISBN 1-933550-02-3. (2006)
Economic Controversies (to be published 2007)
The Betrayal of the American Right ISBN 978-1-933550-13-8 (2007)
Referências
↑ Lewis, David Charles (2006). «Rothbard, Murray Newton (1926–1995)». In: Ross Emmett. Biographical Dictionary of American Economists. [S.l.]: Thoemmes. ISBN 1843711125
↑ As seguintes fontes referenciam Rothbard como um economista, filósofo, economista da escola austríaca, idealizador de um movimento, entre outros:
David Boaz, Libertarianism – The Struggle Ahead, originally published at Encyclopædia Britannicablog, April 25, 2007; reprinted at Cato Institute website. Boaz describes Rothbard as: "a professional economist and also a movement builder".
Doherty, Brian. Radicals for Capitalism: A Freewheeling History of the Modern American Libertarian Movement. Philadelphia, Pennsylvania: PublicAffairs. p. 5. ISBN 978-0-7867-3188-6 Quote: "economist and philosopher Murray Rothbard"- David Miller, Blackwell Encyclopaedia of Political Thought, p. 290. Quote: "the American economist Murray Rothbard"
- F. Eugene Heathe. Encyclopedia of Business Ethics and Society, SAGE, 2007, p. 89; Quote: "an economist of the Austrian school"
Ronald Hamowy, Editor, The Encyclopedia of Libertarianism, Cato Institute, SAGE, 2008, ISBN 1412965802 Quotes: p. 62 calls Rothbard "a leading economist of the Austrian school"; pp. 11, 365, 458 describe Rothbard as an "Austrian economist"
Kevin D. Williamson, The Politically Incorrect Guide to Socialism, Regnery Publishing, 2010, p. 75, ISBN 1596981741 Quote: "the Austrian economist Murray Rothbard".
Casey, Gerard (2010). Meadowcroft, John, ed. Murray Rothbard. Col: Major Conservative and Libertarian Thinkers. 15. London: Continuum. pp. 5, 16–17. ISBN 978-1-4411-4209-2
↑ Rothbard, Murray (February, 1976). "Revisionism and Libertarianism." The Libertarian Forum.
↑ Doherty, Brian (2008). «Rothbard, Murray (1926–1995)». In: Ronald Hamowy, Cato Institute. Encyclopedia of Libertarianism. [S.l.]: SAGE. p. 441. ISBN 1412965802
↑ abc Raimondo, Justin (2000). An Enemy of the State: The Life of Murray N. Rothbard. Amherst, New York: Prometheus Books. ISBN 1-61592-239-3. OCLC 43541222
↑ Miller, David, ed. (1991). Blackwell Encyclopaedia of Political Thought. [S.l.]: Blackwell Publishing. p. 290. ISBN 0-631-17944-5
↑ ab Doherty, Brian (2008). «Rothbard, Murray (1926–1995)». In: Hamowy, Ronald. The Encyclopedia of Libertarianism. Thousand Oaks, California: Sage Publications. pp. 441–43. ISBN 978-1-4129-6580-4. OCLC 233969448
↑ Rothbard, Murray (1997). «The Myth of Neutral Taxation». The Logic of Action Two: Applications and Criticism from the Austrian School. Cheltenham, UK: Edward Elgar. p. 67. ISBN 1-85898-570-6 First published in The Cato Journal, Fall 1981.
↑ Hoppe, Hans-Hermann (1998). «The Ethics of Liberty». Ludwig von Mises Institute|capítulo=
ignorado (ajuda)
↑ Rothbard, Murray (2002) [1982]. «The Nature of the State». The Ethics of Liberty. New York: New York University Press. pp. 167–68. ISBN 0-8147-7506-3
↑ Rothbard, Murray. The Great Society: A Libertarian Critique, Lew Rockwell.
↑ Rothbard, Murray. The Noble Task of Revisionism Arquivado em 2015-06-18 no Wayback Machine., Lew Rockwell.
↑ Rothbard, Murray. The Fallacy of the 'Public Sector'
↑ Rothbard, Murray (2008) [1983]. The Mystery of Banking 2nd ed. Auburn, Alabama: Ludwig von Mises Institute. pp. 111–13. ISBN 978-1-933550-28-2
↑ Casey, Gerard (2010). Meadowcroft, John, ed. Murray Rothbard. Col: Major Conservative and Libertarian Thinkers. 15. London: Continuum. pp. 4–5, 129. ISBN 978-1-4411-4209-2
↑ Klausner, Manuel S. «The New Isolationism: An Interview with Murray Rothbard and Leonard Liggio». Reason
↑ Hoppe (31 de dezembro de 2001). «Anarcho-Capitalism: An Annotated Bibliography». Consultado em 2 de junho de 2013
↑ Herbener, J. (1995). L. Rockwell (ed.), Murray Rothbard, In Memoriam. Auburn, AL: Ludwig von Mises Institute. p. 87
↑ Hoppe, Hans-Hermann (1999). «Murray N. Rothbard: Economics, Science, and Liberty». The Ludwig von Mises Institute Reprinted from 15 Great Austrian Economists, edited by Randall G. Holcombe.
↑ French, Doug (2010-12-27) Burns Diary Exposes the Myth of Fed Independence, Ludwig von Mises Institute
↑ Rockwell, Llewellyn H (May 31, 2007). "Three National Treasures." Mises.org
↑ Frohnen, Bruce; Beer, Jeremy; Nelson, Jeffrey O., eds. (2006). «Rothbard, Murray (1926–95)». American Conservatism: An Encyclopedia. Wilmington, Delaware: ISI Books. p. 750. ISBN 978-1-932236-43-9 Quote: "Only after several decades of teaching at the Polytechnic Institute of New York did Rothbard obtain an endowed chair, and like that of Mises at NYU, his own at the University of Nevada at Las Vegas was established by an admiring benefactor."
↑ ab David Stout, Obituary: Murray N. Rothbard, Economist And Free-Market Exponent, 68, The New York Times, January 11, 1995.
↑ Lee, Frederic S., and Cronin, Bruce C. (2010). "Research Quality Rankings of Heterodox Economic Journals in a Contested Discipline." American Journal of Economics and Sociology. 69(5): 1428
↑ Gordon, David. «Biography of Murray N. Rothbard (1926–1995)». Ludwig von Mises Institute. Consultado em 13 de agosto de 2013
↑ Scott Sublett, "Libertarians' Storied Guru," Washington Times, 30 July 1987
Leitura adicional |
Block, Walter E. (primavera de 2003). «Toward a Libertarian Theory of Inalienability: A Critique of Rothbard, Barnett, Gordon, Smith, Kinsella and Epstein» (PDF). Journal of Libertarian Studies. 17 (2). SSRN 1889456
Boettke, Peter (outono–inverno de 1988). «Economists and Liberty: Murray N. Rothbard» (PDF). Nomos. American Society for Political and Legal Philosophy. pp. 29–34, 49–50. ISSN 0078-0979. OCLC 1760419. Consultado em 21 de setembro de 2013. Arquivado do original (PDF) em 25 de setembro de 2013
Doherty, Brian (2007). Radicals for Capitalism: A Freewheeling History of the Modern American Libertarian Movement. PublicAffairs. ISBN 1-58648-350-1
Frech, H. E. (1973). «The public choice theory of Murray N. Rothbard, a modern anarchist». Public Choice. 14. pp. 143–53. JSTOR 30022711. doi:10.1007/BF01718450
Hudík, Marek (2011). «Rothbardian demand: A critique». The Review of Austrian Economics. 24 (3). pp. 311–18. doi:10.1007/s11138-011-0147-3
Klein, Daniel B. (outono de 2004). «Mere Libertarianism: Blending Hayek and Rothbard». Reason Papers. 27. pp. 7–43. SSRN 473601
Pack, Spencer J. (1998). «Murray Rothbard's Adam Smith» (PDF). The Quarterly Journal of Austrian Economics. 1 (1). pp. 73–79. doi:10.1007/s12113-998-1004-5
Touchstone, Kathleen (2010). «Rand, Rothbard, and Rights Reconsidered» (PDF). Libertarian Papers. 2 (18). p. 28. OCLC 820597333
Ligações Externas |
- Esquerda e direita - Perspectivas para a liberdade
- O Essencial von Mises
- A Ética da Liberdade
- Mises.br - arquivos
Rothbard, Murray (1968). http://www.mises.org.br/files/literature/A%20anatomia%20do%20estado.pdf|urlcapítulo=
missing title (ajuda) (PDF). A anatomia do estado (PDF) (em inglês). 1 Primeira ed. Estados Unidos: [s.n.] 50 páginas. 978-85-8119-017-4. Consultado em 2 de julho de 2013