Ernesto II de Saxe-Altemburgo
Ernesto II de Saxe-Altemburgo | |
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Duque de Saxe-Altemburgo | |
Duque de Saxe-Altemburgo | |
Período | 7 de fevereiro de 1908 - 13 de novembro de 1918 |
Antecessor(a) | Ernesto I de Saxe-Altemburgo |
Sucessor(a) | Título extinto |
Cônjuge | Adelaide de Schaumburg-Lippe Maria Triebel |
Descendência | Carlota de Saxe-Altemburgo Jorge Maurício de Saxe-Altemburgo Isabel de Saxe-Altemburgo Frederico Ernesto de Saxe-Altemburgo |
Nascimento | 31 de agosto de 1871 |
| Altemburgo, Saxe-Altemburgo |
Morte | 22 de março de 1955 (83 anos) |
| Trockenborn-Wolfersdorf, Alemanha Oriental |
Pai | Maurício de Saxe-Altemburgo |
Mãe | Augusta de Saxe-Meiningen |
Religião | Luteranismo |
Ernesto II de Saxe-Altemburgo (Ernesto Bernardo João Carlos Frederico Pedro Alberto), (31 de agosto de 1871 - 22 de março de 1955) foi o último duque reinante de Saxe-Altemburgo.
Índice
1 Primeiro casamento
2 Primeira Guerra Mundial
3 Últimos anos
4 Genealogia
5 Referências
Primeiro casamento |
A 27 de fevereiro de 1898, Ernesto casou-se em Buckeburgo com a sua primeira esposa, a princesa Adelaide de Schaumburg-Lippe, neta do príncipe Jorge Guilherme de Schaumburg-Lippe. Tiveram quatro filhos:
Carlota de Saxe-Altemburgo (4 de Março de 1899 – 16 de Fevereiro de 1989), casada com o príncipe Segismundo da Prússia; com descendência.
Jorge Maurício de Saxe-Altemburgo (13 de Maio de 1900 – 13 de Fevereiro de 1991), nunca se casou nem deixou descendência.- Isabel de Saxe-Altemburgo (6 de Abril de 1903 – 30 de Janeiro de 1991), nunca se casou nem deixou descendência.
- Frederico Ernesto de Saxe-Altemburgo (15 de Maio de 1905 – 23 de Fevereiro de 1985), nunca se casou nem deixou descendência.
Primeira Guerra Mundial |
Durante a Primeira Guerra Mundial, Ernesto recusou todas as nomeações no quartel-general do kaiser, um local que era considerado mais seguro do que outras zonas. Renunciou à sua posição de general, prestou serviço apenas como coronel e destacou-se na Batalha de Peronne. No final da guerra, era comandante de uma divisão.[1]
Apaixonado pela ciência, Ernesto mandou instalar um dispositivo sem fios dentro do seu castelo em Altemburgo durante o período de guerra através do qual conseguia comunicar com aviões. Ernesto também se interessou durante toda a vida por telégrafos e telefonias sem fios e era considerado um especialista em aeronáutica.[2]
Quando a Alemanha perdeu a guerra, todos os príncipes alemães perderam os seus títulos e estados. Ernesto foi um dos primeiros príncipes a compreender que iriam haver grandes mudanças na Alemanha e chegou a acordo com os seus súbditos rapidamente.[1] Foi forçado a abdicar do governo do ducado a 13 de Novembro de 1918 e viveu o resto da vida na categoria de cidadão privado.
Últimos anos |
Após a sua abdicação, Ernesto, que tinha uma fortuna modesta, mudou-se para um hotel em Berlim. Dois anos depois, em 1920, divorciou-se da sua primeira esposa. Mais tarde, nesse mesmo ano, anunciou o seu noivado com Helena Thomas, uma cantora de ópera. Os dois tinham-se conhecido quando ela estava a substituir uma colega temporariamente no Teatro Ducal em Altemburgo durante a guerra.[3]</ref> No entanto, os dois nunca se chegaram a casar.
A 15 de julho de 1934, Ernesto casou-se com a sua segunda esposa, Maria Triebel, que tinha sido sua companheira durante vários anos, partilhando a sua casa, o Schloss Froehliche Wiederkunft ("Palácio dos Regressos Felizes"). Maria nasceu em Waltershausen a 16 de Outubro de 1893 e morreu em Trockenborn-Wolfersdorf a 28 de fevereiro de 1955. Tratou-se de um casamento morganático e a sua esposa recebeu apenas o título de baronesa Reiseneck. Não tiveram filhos.
Ernesto ainda se interessava por ciência, por isso criou um observatório moderno em Trockenborn-Wolfersdorf no qual empregou Kurd Kisshauer em 1922. A 1 de maio de 1937, Ernesto juntou-se ao Partido Nazi.[4]
Ernesto tornou-se o único antigo príncipe alemão a aceitar a cidadania da República Democrática Alemã após a Segunda Guerra Mundial, recusando-se a deixar o seu adorado Schloß Fröhliche Wiederkunft para se mudar para a zona ocupada pelos britânicos. O palácio tinha sido confiscado pelos ocupantes soviéticos, mas Ernesto tinha permissão para o utilizar livremente até à sua morte. Em março de 1954, quando o duque Carlos Eduardo de Saxe-Coburgo-Gota morreu, Ernesto tornou-se o último príncipe alemão que tinha reinado até 1918. Um ano depois, a 22 de março de 1955, morreu no seu palácio.
Genealogia |
Ernesto II de Saxe-Altemburgo | Pai: Maurício de Saxe-Altemburgo | Avô paterno: Jorge de Saxe-Altemburgo | Bisavô paterno: Frederico de Saxe-Altemburgo |
Bisavó paterna: Carlota Jorgina de Mecklemburgo-Strelitz | |||
Avó paterna: Maria Luísa de Mecklemburgo-Schwerin | Bisavô paterno: Frederico Luís de Mecklemburgo-Schwerin | ||
Bisavó paterna: Helena Pavlovna da Rússia | |||
Mãe: Augusta de Saxe-Meiningen | Avô materno: Bernardo II de Saxe-Meiningen | Bisavô materno: Jorge I de Saxe-Meiningen | |
Bisavó materna: Luísa Leonor de Hohenlohe-Langenburg | |||
Avó materna: Maria Frederica de Hesse-Cassel | Bisavô materno: Guilherme II, Eleitor de Hesse | ||
Bisavó materna: Augusta da Prússia |
Referências
↑ ab "German Ex-Duke to Wed Opera Singer", The New York Times (Berlim), 20 de Setembro de 1920
↑ "Prince's Wireless Plant" The New York Times (Berlim), 7 de Abril de 1914
↑ The New York Times (Berlim), 20 de Setembro de 1920
↑ Ernst Klee: Das Kulturlexikon zum Dritten Reich. Wer war was vor und nach 1945. S. Fischer, Frankfurt am Main 2007, S.505.
- Este artigo foi inicialmente traduzido do artigo da Wikipédia em inglês, cujo título é «Ernst II, Duke of Saxe-Altenburg», especificamente desta versão.