Metanol









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Metanol
Alerta sobre risco à saúde

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Nome IUPAC
Metanol
Outros nomes
Hidroximetano
Álcool metílico
Carbinol
Identificadores

Número CAS

67-56-1

PubChem

887

ChemSpider

864

Número RTECS
PC1400000

SMILES


Propriedades

Fórmula química
CH4O

Massa molar
32.04 g mol-1
Aparência
Líquido incolor

Densidade
0,79 g·cm-3[1]

Ponto de fusão

-98 °C[1]



Ponto de ebulição

65 °C[1]



Solubilidade em água
miscível[1]

Solubilidade
miscível com etanol e éter dietílico[2]

Pressão de vapor
129 hPa (20 °C)[1]

Acidez (pKa)
~ 15.5 [carece de fontes?]

Viscosidade
0.59 mPa·s at 20 °C [carece de fontes?]

Momento dipolar
1.69 D (gas) [carece de fontes?]
Riscos associados

Classificação UE
Flammable (F)
Toxic (T)

NFPA 704


NFPA 704.svg

3

3

0

 



Frases R

R11, R23/24/25, R39/23/24/25

Frases S

S1/2, S7, S16, S36/37, S45

Ponto de fulgor
79 °C (151.8 °F)
Compostos relacionados
Outros aniões/ânions

Metanotiol
Metilamina
Fluorometano
Clorometano
Outros catiões/cátions

Metóxido de sódio

Álcoois relacionados

Etanol
Propanol
Butanol
Compostos relacionados

Metoximetano
Metanal
Ácido fórmico

Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.


O metanol, também conhecido como álcool metílico, é um composto químico com fórmula química CH3OH. Líquido, inflamável, possui chama invisível, fundindo-se a cerca de -98 °C.




Índice






  • 1 Nomenclatura


  • 2 Usos


  • 3 Metabolismo no corpo humano


  • 4 Efeitos potenciais à saúde


    • 4.1 Inalação


    • 4.2 Ingestão


    • 4.3 Contato com a pele


    • 4.4 Contato com os olhos


    • 4.5 Exposição crônica


    • 4.6 Agravo das condições pré-existentes


    • 4.7 Tratamento da intoxicação




  • 5 Referências





Nomenclatura |


O metanol, ou ainda o álcool da madeira, pode ser preparado pela destilação seca de madeiras, seu processo mais antigo de obtenção, e de onde, durante muito tempo, foi obtido exclusivamente.


Atualmente é obtido pela reação do gás de síntese (produzido a partir de origens fósseis, como o gás natural e carvão mineral, uma mistura de H2 com CO passando sobre um catalisador metálico a altas temperaturas e pressões.


Esta reação é uma redução catalítica do monóxido de carbono, e processa-se a temperatura de cerca de 300 °C e pressões de 200 a 300 atm. É utilizado como catalisador uma mistura de óxidos metálicos como óxido de cromo (III) (Cr2O3) e óxido de zinco (ZnO).[3]


A equação da reação é:


CO + 2 H2 → H3C-OH

Ele também pode ser produzido a partir da cana-de-açúcar.



Usos |


O metanol é principalmente um solvente industrial, pois ele dissolve alguns sais melhor do que o etanol; é utilizado na indústria de plásticos, na extração de produtos animais e vegetais, e como solvente em reações de importância farmacológica, como no preparo de colesterol, vitaminas e gasolina. É matéria prima na produção de formaldeído.


É usado no processo de transesterificação da gordura, para produzir biodiesel.


É usado como combustível em algumas categorias de monopostos dos EUA (ex: Champ Car, IRL, Dragster). As equipes e o piloto são instruídos sobre como agir diante de um incêndio provocado por um acidente. Como o fogo não é visível é preciso jogar água em todos os cantos onde supostamente está ocorrendo e no próprio piloto e membros da equipe se for o necessário.



Metabolismo no corpo humano |


O metanol em si, não é responsável pelos principais efeitos adversos da sua ingestão. A sua toxicidade deve-se essencialmente aos metabólitos tóxicos formados.


Numa primeira fase, pode ser metabolizado por 3 enzimas diferentes, todas elas com a função de o oxidar a formaldeído, a Álcool Desidrogenase (ADH), o CYP2E1 e a Catalase, que têm uma participação maior ou menor neste processo consoante a espécie animal exposta.


No caso do homem e dos primatas, é a ADH, enzima primariamente responsável por metabolizar o etanol, que assume o papel de destaque, assumindo cerca de 90% do processo de oxidação do metanol.


O formaldeído é oxidado a ácido fórmico pela Aldeído Desidrogenase (ALDH).


O ácido fórmico é, por sua vez, o responsável pela toxicidade do metanol. É metabolizado a CO2 e [[H2O|H2O]. A metabolização do ácido fórmico ocorre por meio de sua conjugação com tetrahidrofolato, substância que depende da nutrição de ácido fólico. O conjugado de ácido fórmico e tetrahidrofolato sofre a ação de duas enzimas, a 10-formil-tetrahidrofolato sintetase e a 10-formil-tetrahidrofolato desidrogenase. No final da via metabólica, os subprodutos são CO2 e H2O.[4]



Efeitos potenciais à saúde |



Inalação |


Causa leve irritação às membranas das mucosas. Tem efeito tóxico no sistema nervoso, particularmente no nervo óptico. Os sintomas da exposição incluem dor de cabeça, náusea, vômito, cegueira, coma e até a morte.



Ingestão |


Tóxico. Irrita as membranas da mucosa. Pode causar intoxicação e cegueira (que pode ser permanente), Dose fatal: 20 - 25 ml.



Contato com a pele |


Pode deixar a pele seca e quebradiça. Se ocorrer absorção; sintomas parecidos com a inalação.



Contato com os olhos |


Irritante. A exposição contínua pode causar lesões nos olhos, podendo evoluir para cegueira ao 'dissolver' a retina.



Exposição crônica |


Prejudica a visão e causa aumento do fígado (hepatomegalia). Repetidas ou prolongadas exposições podem causar irritação na pele.



Agravo das condições pré-existentes |


Pessoas com desordens de pele, problemas nos olhos, ou com função prejudicada dos rins e fígado podem ser mais suscetíveis aos efeitos da substância.



Tratamento da intoxicação |


  1. Antigamente, o tratamento da intoxicação por metanol era feito à base de bebidas alcoólicas, principalmente Uísque. Sabe-se que o etanol, forma do álcool nas bebidas, liga-se com muita facilidade ao ácido fórmico tóxico, o principal metabólito do metanol, facilitando sua excreção. Para se alcançar o efeito desejado, é necessário levar o paciente a um estado de embriaguez. Isto equivale a 4 doses de 45ml de Uísque. Atualmente, este método é pouco utilizado devido aos avanços farmacológicos. Nas unidades de saúde com recursos, usam-se o fomepizol um antagonista competitivo da álcool desidrogenase.[5]


Referências




  1. abcde Registo de Methanol na Base de Dados de Substâncias GESTIS do IFA, accessado em 9 de Dezembro de 2010.


  2. Thieme Chemistry, ed. (2009). RÖMPP Online - Version 3.5. Stuttgart: Georg Thieme Verlag KG 


  3. SAFFIOTI, WALDEMAR; Fundamentos de Química; Companhia Editora Nacional; São Paulo, Brasil; 1968


  4. «metanoltoxiffup». metanoltoxiffup 


  5. HOLTZ, Andrew; A ciência médica de House; Tradução de Adriana Rieche - 7ª edição - Ed. Best Seller, 2008; p.164.



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