Afonso I de Portugal









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Afonso I


Retrato no Compendio de Crónicas de reyes, c. 1312-25

Conde de Portucale
Reinado

12 de maio de 1112
a 25 de julho de 1139
Antecessor(a)

Henrique I e Teresa I

Rei de Portugal
Reinado

26 de julho de 1139
a 6 de dezembro de 1185
Aclamação

26 de julho de 1139
Sucessor

Sancho I

 
Cônjuge

Mafalda de Saboia
Descendência

Henrique, herdeiro de Portugal
Urraca, Rainha de Leão
Teresa, Condessa da Flandres
Mafalda de Portugal
Sancho I de Portugal
João de Portugal
Sancha de Portugal

Casa

Borgonha
Nome completo


Afonso Henriques
Nascimento

25 de julho de 1109
 

Condado Portucalense
Morte

6 de dezembro de 1185 (76 anos)
 

Coimbra, Beira Litoral, Portugal
Enterro

Mosteiro de Santa Cruz, Coimbra, Coimbra, Portugal
Pai

Henrique, Conde de Portucale
Mãe

Teresa de Leão
Religião

Catolicismo

Afonso I (25 de julho de 1109 – 6 de dezembro de 1185), também chamado de Afonso Henriques, e apelidado de "o Conquistador", foi o primeiro Rei de Portugal de 1139 até sua morte, anteriormente servindo como Conde de Portucale de 1112 até sua independência do Reino da Galiza. Era filho de Henrique, Conde de Portucale e sua esposa Teresa de Leão, que, à morte do conde Henrique, "ascende rapidamente ao governo do condado, o que confirma o carácter hereditário que o mesmo possuía".[1]


Após a morte de seu pai em 1112, Afonso tomou uma posição política oposta à da mãe, que se aliara ao nobre galego Fernão Peres de Trava. Pretendendo assegurar o domínio do condado armou-se cavaleiro e após vencer a sua mãe na batalha de São Mamede, em 1128, assumiu o governo.[2] Concentrou então os esforços em obter o reconhecimento como reino. Em 1139, depois da vitória na batalha de Ourique contra um contingente mouro, D. Afonso Henriques proclamou-se Rei de Portugal com o apoio das suas tropas. Ao contrário do que dizem sobre o Tratado de Zamora só tornou o Condado Portucalense independente do Reino de Leão. A independência portuguesa foi reconhecida, em 1179, pelo papa Alexandre III, através da bula Manifestis Probatum e ganhou o título de rex (rei).[2]


Com o apoio de cruzados do norte da Europa conquistou Lisboa em 1147. Com a pacificação interna, prosseguiu as conquistas aos mouros, empurrando as fronteiras para sul, desde Leiria ao Alentejo, mais que duplicando o território que herdara. Os muçulmanos chamaram-lhe Ibn-Arrik ("filho de Henrique", tradução literal do patronímico Henriques) ou El-Bortukali ("o Português").




Índice






  • 1 Primeiros anos


  • 2 Subida ao trono


  • 3 Reinado


    • 3.1 Reconhecimento do reino


    • 3.2 Conquistas


    • 3.3 Cerco de Badajoz




  • 4 A regência dos filhos


  • 5 Morte e legado


    • 5.1 Boa relação com judeus




  • 6 Títulos, estilos, e honrarias


    • 6.1 Títulos e estilos




  • 7 Genealogia


    • 7.1 Ascendência


    • 7.2 Descendência




  • 8 Ver também


  • 9 Notas


  • 10 Referências


  • 11 Bibliografia


  • 12 Ligações externas




Primeiros anos


Afonso Henriques era filho de D. Henrique de Borgonha e de D. Teresa, infanta de Leão, filha ilegítima do rei Afonso VI de Leão e Castela, a quem Afonso VI doara o condado de Portucale pelo casamento. Há quem defenda que era filho de Egas Moniz.[3][nota 1] A data e local do seu nascimento não estão determinados de forma inequívoca. Hoje em dia, a data que reúne maior consenso aponta para o verão de 1109. Almeida Fernandes, autor da hipótese que indica Viseu como local de nascimento de D. Afonso Henriques refere a probabilidade de ter nascido em Agosto[5][6] enquanto outros autores, baseando-se em documentos que remontam ao século XIII referem a data de 25 de Julho do mesmo ano. No entanto, já foram defendidas outras datas e locais para o nascimento do primeiro rei de Portugal, como o ano de 1106 ou de 1111 (hipótese avançada por Alexandre Herculano após a sua leitura da "Crónica dos Godos").[7] Tradicionalmente, acredita-se que terá nascido e sido criado em Guimarães, onde viveu até 1128[nota 2]. Outros autores, ainda, referem Coimbra como local provável para o seu nascimento[9]


Subida ao trono


Em 1120 D. Afonso Henriques, sob a direcção do arcebispo de Braga D. Paio Mendes, tomou uma posição política oposta à da mãe, que apoiava o partido dos Travas que pretendiam tomar a soberania do espaço galaico-português. O arcebispo, forçado a emigrar, levou consigo o infante que no dia de Pentecostes de 1125 se armou cavaleiro na Catedral de Zamora.[10]







Restabelecida a paz, voltaram ao condado. Entretanto, novos incidentes provocaram a invasão do Condado Portucalense por Afonso VII de Leão e Castela que, em Setembro de 1127, cercou Guimarães,[11] onde se encontrava Afonso Henriques, por este se recusar a prestar-lhe homenagem aquando da coroação.[2] Prometida a lealdade do conde pelo seu aio Egas Moniz, Afonso VII de Leão e Castela desistiu de conquistar a cidade.





O Castelo de Guimarães



Mas alguns meses depois, em junho de 1128, as tropas de Teresa de Leão e Fernão Peres de Trava defrontaram-se com as de Afonso Henriques na batalha de São Mamede,[12] tendo as tropas do infante saído vitoriosas – o que consagrou a sua autoridade no território portucalense, levando-o a assumir o governo do condado.[13][14]







Consciente da importância das forças que ameaçavam o seu poder, concentrou os seus esforços em negociações junto da Santa Sé com um duplo objectivo: alcançar a plena autonomia da Igreja portuguesa e obter o reconhecimento do Reino.


Em 1139, depois de uma estrondosa vitória na batalha de Ourique contra um forte contingente mouro,[15] D. Afonso Henriques autoproclamou-se rei de Portugal, com o apoio das suas tropas. O primeiro documento autêntico onde aparece com o título de rei é de 10 de abril de 1140,[16] quando assina com a formula "Ego Alfonsus portugalensium Rex".[17]







Segundo a tradição, a independência foi confirmada mais tarde, nas míticas cortes de Lamego, quando recebeu a coroa de Portugal do arcebispo de Braga, D. João Peculiar, se bem que estudos recentes questionem a reunião destas cortes.


Reinado


Reconhecimento do reino




Retrato de D. Afonso I como rei de Portugal





Estátua de D. Afonso Henriques no Castelo de São Jorge em Lisboa, réplica da original, feita por Soares dos Reis, que se encontra em Guimarães


O reconhecimento do Reino de Leão e de Castela chegou em 1143, com o tratado de Zamora, e deve-se ao desejo de Afonso VII de Leão e Castela em tomar o título de imperador de toda a Hispânia e, como tal, necessitar de reis como vassalos. Desde então, Afonso I procurou consolidar a independência por si declarada. Fez importantes doações à Igreja e fundou diversos conventos.


Procurou também conquistar terreno a sul, povoado então por mouros: Leiria em 1135 (1145, conquista final) usando a técnica de assalto; Santarém em 1146 (1147, conquista final), também utilizando a técnica de assalto; Lisboa (onde utilizou o cerco como táctica de conquista, graças à ajuda dos cruzados), Almada e Palmela em 1147, Alcácer em 1160 e depois quase todo o Alentejo, que posteriormente seria recuperado pelos mouros, pouco antes de D. Afonso morrer (em 1185).


Em 1179 o Papa Alexandre III reconheceu Portugal como país independente e vassalo da Igreja, através da bula Manifestis Probatum.


Conquistas



Ver também: Cerco de Lisboa (1147) e Batalha de Sacavém

Cerco de Badajoz


De 1166 a 1168, D. Afonso Henriques apoderara-se de várias praças pertencentes à coroa leonesa. Fernando II de Leão estava a repovoar Ciudad Rodrigo e o português, suspeitando que o seu genro estava a fortificar a cidade para o atacar, enviou um exército comandado pelo seu filho, o infante D. Sancho, contra aquela praça. O rei leonês foi em auxílio da cidade ameaçada e derrotou as tropas portuguesas, fazendo um grande número de prisioneiros.


Em resposta, D. Afonso Henriques entrou pela Galiza, tomou Tui e vários outros castelos, e em 1169 atacou primeiro Cáceres. Depois voltou-se contra Badajoz na posse dos sarracenos, mas que pertenceria a Leão, conforme o acordado no tratado de Sahagún assinado entre aquele reino e Castela.


Não obstante, sem respeitar estas convenções nem os laços de parentesco que o uniam a Fernando, o rei português cercou Badajoz para a conquistar para Portugal. Quando os muçulmanos já estavam cercados na alcáçova, Fernando de Leão apresentou-se com as suas hostes e atacou D. Afonso nas ruas da cidade. Percebendo a impossibilidade de manter a luta, Afonso terá tentado fugir a cavalo, mas ao passar pelas portas ter-se-à ferido na coxa contra um dos ferros que a guarneciam. Fernando tratou o seu sogro prisioneiro com nobreza e generosidade, chamando os seus melhores médicos para o tratar.


Esta campanha teve como resultado um tratado de paz entre ambos os reinos, assinado em Pontevedra, em virtude do qual Afonso foi libertado, com a única condição de devolver a Fernando cidades estremenhas (da Estremadura espanhola) tais como Cáceres, Badajoz, Trujillo, Santa Cruz , Monfragüe e Montánchez, que havia conquistado a Leão. Estabeleciam-se assim as fronteiras de Portugal com Leão e a Galiza. E mais tarde, quando os muçulmanos sitiaram Santarém, o leonês auxiliou imediatamente o rei português.



A regência dos filhos


Após o Cerco de Badajoz de 1169, na qual Afonso teria ficado gravemente afetado em resultado de uma ferida numa perna[2] é instaurado um conselho de regência para governar em nome do rei incapacitado. A regência ficou a cargo dos filhos do rei que ainda se encontravam, àquela data, no reino: os infantes Sancho e Teresa de Portugal. Também surge com bastante frequência na documentação desta altura, com eles, um bastardo, que adquiria aqui um estatuto equivalente ao de infante legítimo: Fernando Afonso. Apesar de ser Sancho a cabeça da regência, várias confirmações deste ainda em vida de Afonso Henriques denunciam a presença forte deste bastardo e o desejo, por parte da nobreza de corte, de inutilizar Fernando e consolidar a regência de Sancho.[19] Em setembro de 1172 Fernando passa a servir o regente, segundo uma doação a Monsanto nessa data, na qual Afonso I sugere pela primeira vez uma sucessão por via feminina em Teresa.[20] A partir de 1173, Afonso Henriques parece concretizar em parte esta possibilidade ao entregar a regência conjunta do reino a Sancho e Teresa, declarando-os co-herdeiros e com casa própria.[21] Teresa aparece constantemente na documentação desde esta data, chegando a fazer doações sozinha.


A partir de 1174, Afonso afasta-se definitivamente dos assuntos do reino, muito provavelmente por doença, sobressaindo ainda mais a partir desta altura o papel dos corregentes. Teresa e Sancho partilhavam o governoː Teresa desempenhava funções administrativas e Sancho encarregava-se da atividade bélica. E é esta atividade de rainha que a infanta filha de Afonso Henriques desempenhava quando chegaram a Portugal os emissários de Filipe, Conde da Flandres, para obter de Sancho o consentimento para o casamento da irmã com um dos mais importantes nobres franceses.[22] O seu casamento com qualquer príncipe peninsular poderia significar a perda da independência de Portugal, mas mesmo para esta proposta vinda de fora do ambiente peninsular fez acordo com Sancho para o deixar como único sucessor.


Morte e legado




Túmulo de Afonso Henriques no Mosteiro de Santa Cruz em Coimbra


Após o incidente de Badajoz, a carreira militar de D. Afonso Henriques praticamente terminou. A partir daí, dedicou-se à administração dos territórios com a co-regência do seu filho D. Sancho. Procurou fixar a população, promoveu o municipalismo e concedeu forais. Contou com a ajuda da ordem religiosa dos cistercienses para o desenvolvimento da economia, predominantemente agrária.


O legado do seu reinado foi, entre outros:



  • A fundação da nacionalidade, reconhecida pelo papado e pelos outros reinos da Europa;

  • A pacificação interna do reino e alargamento do território através de conquistas aos mouros empurrando as fronteiras do Condado Portucalense para sul;

  • A fundação do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra em 1131;

  • Tendo morrido aos 76 anos, em 1185, provavelmente por problemas do coração, senilidade, aterosclerose ou cirrose,[23] o seu túmulo encontra-se no Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, em frente ao túmulo do filho D. Sancho I;

  • Foi impressa uma nota de 1.000$00 Chapa 7 de Portugal com a sua imagem.



Boa relação com judeus


O reinado de Afonso Henriques ficou marcado pela tolerância para com os judeus. Estes estavam organizados num sistema próprio, representados politicamente pelo grão-rabino nomeado pelo rei.


O grão-rabino Yahia Ben Yahia foi mesmo escolhido para ministro das Finanças de Afonso Henriques, responsável pela coleta de impostos no reino. Com esta escolha teve início uma tradição de escolher judeus para a área financeira e de manter um bom entendimento com as comunidades judaicas, que foi seguida pelos seus sucessores.



Títulos, estilos, e honrarias


















Estilo de tratamento de
Afonso I de Portugal

Brasão de armas do reino de Portugal (1139).svg

Brasão de armas do Reino de Portugal (1139-1248)



Estilo

Sua Mercê
Tratamento direto

Vossa Mercê
Estilo alternativo
Senhor


Ver artigo principal: Lista de títulos e honrarias da Coroa Portuguesa


Títulos e estilos




  • 1109 – 24 de Abril de 1112: Dom Afonso Henriques


  • 24 de Abril de 1112 – 25 de Julho de 1139: Afonso, Conde de Portucale


  • 25 de Julho de 1139 – 6 de Dezembro de 1185: Sua Mercê, El-Rei de Portugal


O estilo oficial de D. Afonso Henriques enquanto Rei de Portugal:



Pela Graça de Deus, Afonso I, Rei dos Portugueses

(Em Latim: Dei Gratiae, Rex Portugalensium)


Genealogia



Ascendência







Descendência



Realeza Portuguesa
Casa de Borgonha
Descendência

PortugueseFlag1185.svg












  • Pela sua mulher, Mafalda de Saboia (1125-1157 ou 1158[24]), que desposou em 1146:


    • D. Henrique Afonso de Portugal (5 de março de 1147[25]-1155), chamado como seu avô, morreu quando tinha apenas oito anos de idade. Representou a seu pai, a pesar de sua idade, com cerca de três anos, em um conselho na cidade de Toledo.[26]


    • D. Urraca Afonso de Portugal (1148[26]-1211[27]) casou com o rei Fernando II de Leão.[27]


    • D. Teresa Afonso de Portugal (1151[26]-1218[28]), depois do casamento chamada Matilde ou Mafalda,[27] casou com Filipe, Conde da Flandres[29] e depois em 1194 com seu primo Eudo III, Duque da Borgonha, matrimónio que foi anulado pelo Papa no ano seguinte por razões de consanguinidade.[27]


    • D. Mafalda Afonso de Portugal (1153[26]-depois de março 1218[30]). Seu casamento com o infante Afonso de Aragão foi acordado por seu pai e pelo conde de Barcelona, Raimundo Berengário IV em janeiro de 1160.[25] Após a morte do conde de Barcelona no verão de 1162, o rei Fernando II de Leão convenceu a rainha viúva Petronila de Aragão, de modo que o compromisso do infante Afonso com Mafalda foi anulado e seu casamento foi acordado com a infanta Sancha de Castela, filha do segundo casamento do rei Afonso VII.[31] O ano preciso da morte de Mafalda é desconhecido.

    • D. Sancho I de Portugal (1154-1211)[26]

    • D. João Afonso de Portugal (1156-25 de agosto de 1163)[32][30]

    • D. Sancha Afonso de Portugal (24 de novembro de 1157 - 14 de fevereiro de 1167[30]), nasceu dez dias antes da morte da mãe e morreu antes de cumprir os dez anos,[33][34] segundo o livro de óbitos do Monasterio de Santa Cruz.[25]



  • Filho de mãe desconhecida:

    • D. Pedro Afonso (m. depois de 1183), senhor de Arega e Pedrógão, alcade de Abrantes em 1179, alferes do rei entre 1183 e 1183 e mestre da Ordem de Avis.[35][36]


  • Antes de seu matrimónio com Mafalda, teve um filho com Châmoa Gomes, filha do conde Gomes Nunes de Pombeiro e de Elvira Peres de Trava, irmã de Fernão e Bermudo Peres de Trava:[37][38][39]


    • D. Afonso de Portugal (c. 1140[40]-1207). De acordo com pesquisas recentes, é o mesmo que também aparece chamado Fernando Afonso, que foi alferes-mor de el-Rei e 12º Grão-Mestre da Ordem dos Hospitalários. Sua presença registra-se pela primeira vez em 1159 e em 1169 sucedeu no cargo de alferes-mor a seu meio-irmão irmão, Pedro Pais da Maia, filho do casamento legítimo de sua mãe e com Paio Soares da Maia.[40]}}[41]Manuel de Abranches de Soveral considera Afonso, grão-mestre do Hospital, e Fernando Afonso, alferes-mor do Reino, como dois filhos diferentes.


    • D. Teresa Afonso (ca. 1135-?) em alguns genealogías aparece como filha de Elvira Guálter[42] e em outras como filha de Châmoa Gomes.[43]



  • Filha de Elvira Guálter:[44][45]

    • D. Urraca Afonso, 1ª senhora de Avô, que teve de seu pai em 1185, e que trocou por 1ª senhora de Aveiro em 1187.[46] Casou com D. Pedro Afonso Viegas[47] ou de Lumiares, Tenente de Neiva e de Trancoso, com geração. Em Janeiro de 1216, com seu marido, doou ao mosteiro de Tarouca[48] 1.000 moios de sal retirados das salinas do seu senhorio de Aveiro.




Ver também




O Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Afonso I de Portugal



Wikisource

O Wikisource contém fontes primárias relacionadas com D. Afonso Henriques



  • Árvore genealógica dos reis de Portugal

  • Cruzadas

  • D. Jordão


Notas




  1. A ideia é sustentada por pequenos trechos de crónicas medievais, nomeadamente a partir da de 1419, onde se refere que quando Egas Moniz viu que D. Teresa estava grávida, pediu ao conde D. Henrique para ser ele a criá-lo e que assim foi, apesar de o infante ter nascido "tolheito" (aleijado). A mais conhecida destas, porém, é a Crónica de El-Rei D. Afonso Henriques composta por Duarte Galvão em 1505.[4]


  2. Conforme autores como o medievalista José Mattoso, autor de múltiplos sobre esta época que conhece profundamente, e Diogo Freitas do Amaral, autor de D. Afonso Henriques - Biografia.[8]



Referências




  1. Baquero Moreno 2006, p. 136.


  2. abcd «D. Afonso Henriques». Porto Editora. Infopédia. Consultado em 24 de outubro de 2012. 


  3. Sanches de Baena, Miguel; Louçao, Paulo Alexandre (2009). Grandes Enigmas da História de Portugal. [S.l.]: Ésquilo. ISBN 9789898092380 


  4. "D. Afonso Henriques: 900 anos de mitos", Visão, 13 de agosto de 2009, p. 71.


  5. Viseu, Agosto de 1109 - Nasce D. Afonso Henriques, Almeida Fernandes, o primeiro estudo sobre o nascimento do primeiro rei de Portugal, apoiado por historiadores tais como Maria Alegria Fernandes Marques, António Matos Reis, João Silva de Sousa, Bernardo Vasconcellos e Sousa, Avelino de Jesus Costa, entre outros


  6. Obra que defende que D. Afonso Henriques nasceu em Viseu reeditada hoje, Mariana Oliveira, Público, acedido em 30 de Abril de 2007


  7. António Amares das Neves (2009). «Afonso Henriques - 1109?». Consultado em 10 de junho de 2009. 


  8. "D. Afonso Henriques: 900 anos de mitos", Visão, 13 de agosto de 2009, p. 70.


  9. Sousa, Manuel, Reis e Rainhas de Portugal, Mem Martins, 2000. ISBN 972-97256-9-1


  10. Baquero Moreno 2006, pp. 136-137.


  11. ab Baquero Moreno 2006, p. 137.


  12. Mattoso 2014, p. 63.


  13. Baquero Moreno 2006, pp. 137-138.


  14. Mattoso 2014, p. 66.


  15. ab Baquero Moreno 2006, p. 138.


  16. Mattoso 2014, p. 168.


  17. Metzeltin, Michael (2004). Las lenguas románicas estándar: historia de su formación y de su uso. Oviedo: Academia de la Llingua Asturiana. p. 138 .


  18. Mattoso 2014, p. 137.


  19. Castro 1997, pp. 298-299.


  20. Castro 1997, p. 300.


  21. Castro 1997, p. 301.


  22. Castro 1997, p. 303.


  23. Revista Sábado n.º 547 (23 a 29 Outubro de 2014). Como Pôde uma Laranja matar um rei?, Vanda Marques.


  24. Rodrigues Oliveira 2010, p. 76.


  25. abc Caetano de Souza 1735, p. 60.


  26. abcde Mattoso 2014, p. 226.


  27. abcd Rodrigues Oliveira 2010, p. 79.


  28. Rodrigues Oliveira 2010, p. 80.


  29. Mattoso 2014, pp. 372-373.


  30. abc Castro 1997, p. 297.


  31. Mattoso 2014, pp. 287-288 e 290.


  32. Mattoso 2014, p. 227.


  33. Mattoso 2014, pp. 227 y 383.


  34. Rodrigues Oliveira 2010, p. 72.


  35. Mattoso 2014, pp. 103, 229 e 388.


  36. Caetano de Souza 1735, p. 28.


  37. Calderón Medina 2008, pp. 42, n. 11.


  38. Mattoso 2014, pp. 98, 228 e 320.


  39. Rodrigues Oliveira 2010, p. 69.


  40. ab Mattoso 2014, p. 228.


  41. Calderón Medina 2008, pp. 42-43 e notas.


  42. Caetano de Souza 1735, pp. 28, 63.


  43. O conde D. Pedro diz que D. Afonso Henriques teve esta filha D. Tereza Afonso em D. Elvira Guálter e que, portanto, era irmã inteira de D. Urraca Afonso, casada com D. Pedro Afonso de Lumiares. Mas esta D. Urraca é bem mais tardia, ainda se documentando casada em 1212. D. Tereza Afonso foi certamente a primeira das filhas naturais de D. Afonso Henriques e seria irmã inteira de D. Afonso, nascido em 1135, que foi grão-mestre da Ordem de S. João de Jerusalém (1203-6).


  44. Caetano de Souza 1735, p. 28 y 64.


  45. Erro de citação: Código <ref> inválido; não foi fornecido texto para as refs de nome Afonso Eduardo Martins Zuquete 1989, pg. 85


  46. Caetano de Souza 1735, p. 28 e 64.


  47. Caetano de Souza 1735, p. 64.


  48. Sotto Mayor Pizarro 1997, p. 457, n. 9 e 10, Vol. I.


Bibliografia





  • Baquero Moreno, Humberto (2006). «Portugal e o reino das Astúrias no período de formação». Astúrias e Portugal. Relações históricas e culturais. Actas do Colóquio 5 a 7 de Dezembro de 2005. Lisboa: Academia Portuguesa da História. pp. 115–141. ISBN 972-624-164-2 


  • Caetano de Souza, Antonio (1735). Historia Genealógica de la Real Casa Portuguesa (PDF). I, Livros I e II. Lisboa: Lisboa Occidental, na oficina de Joseph Antonio da Sylva. ISBN 978-84-8109-908-9 


  • Calderón Medina, Inés (2004). «La nobleza portuguesa al servicio del rey de León 1157-1187. Pero Pais de Maia y Vasco Fernandes de Soverosa». Actas IV Simposio Internacional de Jóvenes Medievalistas, Lorca 2008 (PDF). [S.l.]: Universidad de Murcia, Sociedad Espanola de Estudios Medievales, Ayuntamiento de Lorca, et al. pp. 39–50. ISBN 978-84-8371-801-8 


  • Castro, José Ariel de (1997). «Sancho e Teresa entre seus irmãos e na política de Afonso Henriques após o desastre de Badajoz. Tratamento da questão». Actas do 2.º Congresso Histórico de Guimarães (PDF). II. [S.l.]: Câmara Municipal de Guimarães. Universidade do Minho. pp. 289–317. OCLC 47261917  A referência emprega parâmetros obsoletos |volumen= (ajuda)


  • Mattoso, José (2014). D. Afonso Henriques. Lisboa: Temas e Debates. ISBN 978-972-759-911-0 


  • Rodrigues Oliveira, Ana (2010). Rainhas medievais de Portugal. Dezassete mulheres, duas dinastias, quatro séculos de História. Lisboa: A esfera dos livros. ISBN 978-989-626-261-7 


  • Sotto Mayor Pizarro, José Augusto (1997). Linhagens Medievais Portuguesas: Genealogias e Estratégias (1279-1325. Vol. I. Oporto: Tesis de doctorado, edición del autor. ISBN 9729801835 




Ligações externas




  • Chronica de El-Rei D. Affonso Henriques, Duarte Galvão (1446-1517), ed. Lisboa, 1906, na Biblioteca Nacional Digital (em português)


  • Chronica de el-rei D. Affonso Henriques, Duarte Galvão (1446-1517), no site Project Gutenberg (em português)














Afonso I de Portugal
Casa de Borgonha
Ramo da Casa de Capeto
25 de julho de 1109 – 6 de dezembro de 1185
Precedido por
Henrique

Shield of the County of Portugal (1095-1139).png
Conde de Portucale
12 de maio de 1112 – 25 de julho de 1139

Independência
Reino de Portugal


Independência
Condado Portucalense



Shield of the Kingdom of Portugal (1139-1247).png
Rei de Portugal
26 de julho de 1139 – 6 de dezembro de 1185
Sucedido por
Sancho I











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