Tostão (moeda)
Tostão era o nome de uma antiga subdivisão da moeda em curso. A palavra tostão tem origem no francês teston, que era uma moeda de prata com a esfíngie de um monarca. O termo francês foi emprestado do italiano testone, que era uma antiga moeda da segunda metade do século XIII, e a palavra significava literalmente "cabeça grande".[2] Fácil deduzir que num dos lados dessas moedas havia uma grande face representando uma figura humana (o monarca, geralmente).
No Brasil |
Tostão era uma moeda de 80 réis no período Colonial e Imperial.[3] Nessas moedas não se via a "cara grande", mas apenas o brasão real ou imperial. Foram cunhados tostões (80 réis) em prata de 1695 a 1833, em cobre somente a partir de 1811, sendo mais comuns apenas a partir de 1818.[1]
Já na República, entre 1918 e 1935, a fim de facilitar o troco, foi cunhada em cuproníquel uma nova série de moedas que substituiu cédulas de valores pequenos e moedas antigas. A moeda de 100 réis dessa série ficou conhecida como tostão e teve curso legal até 1942, quando foi extinto o antigo real, substituído pelo cruzeiro.[4]
Na cultura popular, no sentido figurado significou coisa de pouca monta ou pouco demorada; informalmente também significava uma joelhada nos músculos da coxa; e, no Rio de Janeiro chegou a ser usado no sentido de "pingo de chuva".[2]
Em Portugal |
Tostão foi uma moeda de ouro cunhada pela primeira vez no reinado de D. Manuel I equivalente a 1.200 réis,[2] mas também cunhou tostões de prata.[4] Era também o nome dado a uma subdivisão do escudo português, equivalente a 10 centavos.
Referências
↑ abc AMATO, Claudio; NEVES, Irlei S.; RUSSO, Arnaldo (2004). Livro das moedas do Brasil. 1643 a 2004 11 ed. São Paulo: Stampato !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
↑ abc Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa 3.0.
↑ Moedas do Brasil: Real.
↑ ab Banco Central do Brasil. Dinheiro no Brasil (PDF).