Teatro Castro Alves




Coordenadas: 12.98928° S 38.51954° O































Teatro Castro Alves


Apresentação da Orquestra Sinfônica Simón Bolívar da Venezuela no TCA.

Estilo dominante

Modernismo
Arquiteto

José Bina Fonyat Filho
Engenheiro
Humberto Lemos Lopes
Inauguração

4 de março de 1967 (51 anos)
Geografia
País

 Brasil
Cidade

Salvador, Bahia Bahia

O Teatro Castro Alves (TCA) é um teatro brasileiro. É o maior e mais importante centro artístico de Salvador, capital do estado da Bahia, e se localiza no bairro do Campo Grande em frente à praça de mesmo nome.




Índice






  • 1 História


  • 2 Instalações


  • 3 Projetos


  • 4 Atrações apresentadas


  • 5 Bibliografia


  • 6 Ver também


  • 7 Referências


  • 8 Ligações externas





História |


Fruto das ideias desenvolvimentistas do governador Antônio Balbino, a história do Teatro Castro Alves, que homenageia o "Poeta dos Escravos", possui momentos de grandes espetáculos e tragédias, como os dois incêndios que motivaram sua reforma.


O primeiro deles ocorreu antes mesmo de sua inauguração. Era a madrugada do dia 9 de julho de 1958 - cinco dias antes da abertura ao público - e a versão apurada oficialmente foi de que um curto-circuito havia destruído aquele que deveria ser o mais novo espaço cultural de uma cidade que jazia estagnada economicamente - o chamado "Enigma Baiano" que se estendia desde o início do século e nos anos 50 preocupava estudiosos e economistas.


Seu projeto original foi feito pelos arquitetos Alcides da Rocha Miranda e José de Souza Reis, em 1948; porém o edifício construído foi aquele desenvolvido por José Bina Fonyat Filho e o engenheiro Humberto Lemos Lopes,[1] sendo ganhador da IV Bienal de São Paulo com suas linhas e conceitos modernistas e chocando a sociedade baiana de então, avessa a novidades,com sua grandiosidade que incomodava os políticos em disputa pelo poder local. Foi tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).[2]


As obras foram executadas pela então Secretaria de Viação e Obras Públicas, que na época chegou a publicar o livreto intitulado "A verdade sobre o Teatro Castro Alves" mostrando desde o projeto de lei do então deputado estadual Antônio Balbino em 2 de junho de 1948, fotos e imagens do projeto, entrevista com especialistas e buscando justificar a realização desse projeto ao invés do idealizado por Rocha Miranda e Souza Reis.


Balbino, que introduzira no governo do Estado uma mentalidade de planejamento e fomento econômico, enfrentava sem sucesso as forças conservadoras: Quando pronto a edificação que não possuía os pilares em V sofreu um misterioso incêndio, depois disso a edificação passou a ter os benditos pilares.


Seu aparente fracasso fez com que as obras de recuperação, reiniciadas ainda em seu mandato, fossem abandonadas por Juracy Magalhães - seu opositor.


Situado na principal praça da capital - o Campo Grande - onde um belo monumento erguido pelo governador Rodrigues Lima evoca as lutas gloriosas da Independência da Bahia, o teatro foi praticamente reconstruído pelo governo Lomanto Júnior - recebendo entretanto, por parte da elite local já avessa ao ativismo cultural, grande ojeriza, que somente o tempo foi capaz de vencer.


Foi inaugurado, com a presença, além do próprio governador, do presidente Humberto de Alencar Castelo Branco, a 4 de março de 1967.


Ali se apresentam, para horror de uma sociedade atônita, Gilberto Gil e Caetano Veloso - iniciando a grande agitação cultural que iria - partindo da Bahia - revolucionar o Brasil, nos anos setenta.


Mas o TCA não resistiria incólume ao choque cultural, abandonado por anos a fio, chega aos anos 80 degradado e, finalmente, novamente arde em chamas e em 1989 é novamente fechado.


A partir de 1991, no governo Antônio Carlos Magalhães, o teatro passa por uma ampla reforma ao custo de 10 milhões de dólares que lhe restituiu o vigor do qual originalmente havia imaginado Balbino, sendo reinaugurado mais uma vez em 27 de março de 1993, - desta feita numa cidade que despertara para sua grande vocação cultural, que já reconhecia a genialidade de seus "filhos" antes vistos com escândalo.


Entre outros pontos, foi reforçada a segurança, os espaços de camarim e Sala do Coro, entre outros passaram por modificações e uma polêmica rampa ligando o terraço do foyer ao acesso principal foi acrescentada.


Entre 2009 e 2010, é promovido um concurso público nacional de projetos de arquitetura, voltado à requalificação e ampliação do teatro, organizado pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil, Departamento da Bahia (IAB-BA). O concurso foi vencido pelo escritório paulistano Estúdio América.


Em 2014, o TCA iniciou a venda de ingressos pela internet ou telefone, até então inédito. Os clientes poderão adquirir os ingressos por meio de cartões de débito e crédito por serviço de bilheteria online ou call center.[3][4]


Em 2016 é concluída a reforma da Concha Acústica, que incluiu dentre outros a construção de uma passarela luminotécnica que permite uma vista aérea da montagem de todos os elementos técnicos de luz e som. A Sala do Coro e a Sala Principal também serão remodeladas.[1][5]



Instalações |


Compõem o complexo cultural do TCA a Sala Principal, Sala do Coro e a Concha Acústica.[1]


  • A Sala Principal possui capacidade de abrigar 1.554 espectadores, construída com um minucioso projeto acústico que se preocupou até mesmo em relação aos materiais da poltrona e carpete. Não há ponto morto, ou seja, a visibilidade da plateia é perfeita.

  • A Sala do Coro comporta até 201 espectadores e até o ano de 1978 se destinava aos ensaios do coro das óperas que iam se apresentar, se transformando em um teatro de semi arena, permanecendo assim até 1989. Após a reforma, é ampliado em 1995, e prioriza as apresentações teatrais locais.

  • A Concha Acústica alberga até 5.500 pessoas, com seu formato de teatro grego, uma semi-arena ao ar livre. Uma lona tensionada fixa em estrutura metálica cobre o palco e permitem a realização dos eventos mesmo sob chuva, abrigando ao menos 1000 espectadores. Na parte superior cada um dos seis camarotes comportam 25 pessoas, servidos por uma estrutura de apoio com bar e sanitários.


Projetos |


Conta o TCA com três projetos permanentes:




  • Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA);

  • Balé do Teatro Castro Alves (BTCA);

  • Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (NEOJIBÁ).


Além desses três corpos estáveis, possui ainda:



  • Memorial do TCA (em implantação, objetiva a preservação da memória do Teatro, através de fotografias, filmes e registros dos eventos artísticos que ali tiveram lugar);

  • Centro Técnico - com 15 funcionários para o apoio aos eventos, é considerado um dos melhores do país, já criando cerca de 11 mil figurinos para espetáculos do Núcleo de teatro e produções externas, possuindo um laboratório para efeitos de maquiagens nos atores.

  • Setor de Multimeios e Programação Visual, funciona desde 1988, possui mais de 5 mil negativos e mais de 200 vídeos.

  • Documentação e Pesquisa, desde 1967 guarda um arquivo com 45 mil documentos, assim como o banco de textos teatrais, com mais de 100 peças de autores nacionais e estrangeiros, traduzidas para o português.



Atrações apresentadas |


Entre tantos que passaram pelo TCA, se destacam as pessoas de Raul Seixas e Marcelo Nova, Gilberto Gil, Chico Buarque, João Gilberto, Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethânia,Ney Matogrosso, Flávio Venturini, Paulo Autran, Montserrat Caballé, Mikhail Baryshnikov, Sandy e os balés Bolshoi e Kirov, o maestro Zubin Metha e a Filarmônica de Israel, além da cantora Claudia Leitte gravando seu segundo DVD ao vivo Negalora: Íntimo, entre muitos outros.



Bibliografia |




  • «TCA 50 anos». Jornal A Tarde. Caderno 2. 9 de julho de 2008 


  • CARDOSO, Agnes. «Revista da Bahia: Os Dez Anos Em Cena Do Novo - Teatro Castro Alves». Consultado em 16 de julho de 2008 



Ver também |



  • Lista de teatros do Brasil

  • Prêmio Caymmi de Música de 2015



Referências




  1. abc «Teatro Castro Alves completa 50 anos; conheça estrutura do complexo». Correio24h. 5 de março de 2017. Consultado em 2 de abril de 2018 


  2. http://portal.iphan.gov.br/noticias/detalhes/380


  3. http://atarde.uol.com.br/cultura/noticias/tca-vendera-ingressos-pela-internet-a-partir-de-agosto-1606260


  4. http://www.secom.ba.gov.br/2014/08/120742/TCA-inicia-nesta-quarta-feira-vendas-de-ingressos-por-internet-e-telefone-.html


  5. http://www.secom.ba.gov.br/2016/05/132366/Estado-moderniza-nova-Concha-Acustica-do-Teatro-Castro-Alves.html



Ligações externas |



  • Sítio oficial

  • Tombamento do Teatro Castro Alves é aprovado pelo Ministério da Cultura



  • Portal da Bahia
  • Portal do teatro
  • Portal de arquitetura e urbanismo



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