Rebelião Taiping
Rebelião Taiping | |||||||
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Batalha do Rio Azul | |||||||
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Combatentes | |||||||
Dinastia Qing Aliados: Reino Unido França | Reino Celestial Taiping | ||||||
Principais líderes | |||||||
Xianfeng Tongzhi Tseu-Hi Zeng Guofan Sengge Rinchen Zuo Zongtang Charles George Gordon Frederick Townsend Ward † Henry Andres Burgevine † Guam Wing | Hong Xiuquan † Yang Xiuqing Xiao Chaogui † Feng Yunshan † Wei Changhui † Shi Dakai Li Xiucheng † | ||||||
Forças | |||||||
2 000 000 a 5 000 000 Exército regular 340 000 milícia | 1 000 000 a 3 000 000 de rebeldes 100 000 do sexo feminino | ||||||
Vítimas | |||||||
Mais de 56 000 soldados mortos | Cerca de 400 000 soldados mortos | ||||||
História da China | |||||||
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História Antiga | |||||||
Neolítico 8500 AEC – 2070 AEC | |||||||
Dinastia Xia 2070 AEC – 1600 AEC | |||||||
Dinastia Shang 1600 AEC – 1046 AEC | |||||||
Dinastia Zhou 1046 AEC – 256 AEC | |||||||
Zhou Ocidental | |||||||
Zhou Oriental | |||||||
Primaveras e Outonos | |||||||
Estados Combatentes | |||||||
História Imperial | |||||||
Dinastia Qin 221 AEC – 206 AEC | |||||||
Dinastia Han 206 AEC – 220 EC | |||||||
Han Ocidental | |||||||
Dinastia Xin | |||||||
Han Oriental | |||||||
Três Reinos 220–280 | |||||||
Wei, Shu and Wu | |||||||
Dinastia Jin 265–420 | |||||||
Jin Ocidental | |||||||
Jin Oriental | Dezesseis Reinos | ||||||
Dinastias do Norte e do Sul 420–589 | |||||||
Dinastia Sui 581–618 | |||||||
Dinastia Tang 618–907 | |||||||
(Segunda dinastia Zhou 690–705) | |||||||
Cinco Dinastias e Dez Reinos 907–960 | Dinastia Liao 907–1125 | ||||||
Dinastia Song 960–1279 | |||||||
Song do Norte | Xia Ocidental | ||||||
Song do Sul | Jin | ||||||
Dinastia Yuan 1271–1368 | |||||||
Dinastia Ming 1368–1644 | |||||||
Dinastia Qing 1644–1911 | |||||||
História Moderna | |||||||
República da China 1912–1949 | |||||||
República Popular da China 1949–presente | República da China (Taiwan) 1949–presente | ||||||
Relacionados
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A Rebelião Taiping (1851-1864) foi um dos conflitos mais sangrentos da história, um confronto entre as forças da China imperial e um grupo inspirado por um místico autoproclamado, chamado Hong Xiuquan (ou Hung Hsiu-ch’uan) (1813-1864), que se dizia cristão e também intitulava-se irmão de Jesus Cristo. Seu objetivo era criar uma nova cultura, substituindo a tradição confucionista e budista por algo "novo" - moldado conforme as suas ideias.
A rebelião começou na província de Guangxi e estendeu-se rapidamente pela região do Rio Azul. Em 19 de março de 1853, os rebeldes tomaram Nanquim e fizeram daquela cidade a capital de seu movimento. Posteriormente, desfecharam um ataque malsucedido contra a Pequim. As tropas imperiais foram auxiliadas por militares ingleses e mercenários estadunidenses e esmagaram a revolta reconquistando Nanquim, num cerco onde pereceu Hong Xiuquan. A Dinastia Qing, no entanto, jamais se restabeleceu da guerra civil e a ideologia dos revoltosos de Taiping — um misto de cristianismo e teorias radicais de igualdade social — influenciou grupos revolucionários posteriores, inclusive o Partido Comunista Chinês.
Calcula-se que entre 30 e 50 milhões de pessoas morreram em consequência direta do conflito. Aliás, no período compreendido entre 1850 e 1873, a população da China foi reduzida em mais de 60 milhões de pessoas, como resultado de rebeliões, guerras, da seca e da fome.
Hong Hung |
Relata-se que Hong Hung teve visões em que um velho homem disse a ele que as pessoas tinham deixado de adorá-lo e que estavam adorando demônios, então Hung se proclamou como o irmão mais novo de Jesus e que tinha sido enviado por Deus à terra, a fim de erradicar os demônios e os cultos demoníacos. Nesse contexto, Hung e seus seguidores formaram uma nova seita religiosa, denominada como "Os Adoradores de Deus", que se dedicou à destruição de ídolos na província de Cantão.
Alguns historiadores chineses destacam que o movimento tinha uma retórica anti-manchu, que era a etnia da Dinastia Qing.
O movimento tinha uma ideologia eclética que combinava elementos da antiga filosofia taoísta (pré-confuciana) com crenças herdadas do cristianismo protestante. Defendiam uma sociedade na qual os camponeses possuiriam e trabalhariam a terra em comum e na qual a escravidão, a tortura policial, os casamentos arranjados, o concubinato, o consumo de ópio, a idolatria e outros costumes da China Imperial, como o hábito de enfaixar e comprimir os pés das mulheres, seriam abolidos.
No final da década de 1840, seus seguidores, a partir de uma sustentação financeira obtida por meio de dízimos, se organizaram militarmente para destruir e eliminar os cultos demoníacos.
Em 1851, Hung proclamou o início da "Era Taiping" (ou “Era da Grande Paz”) e o estabelecimento do "Reino da Paz Celestial", e foi aclamado como o "Rei Celestial".
O Reino da Paz Celestial foi um estado teocrático, que tinha o "Rei Celestial" como monarca absoluto, e no qual, todas as pessoas deviam adorar um único deus. O movimento defendia um programa radical de reformas econômicas na qual todas as riquezas seriam igualmente distribuídas a todos os membros da sociedade, que passaria a ser uma sociedade sem classes. Uma das consequências sociais e econômicas da igualdade entre homens e mulheres, foi que muitos postos de governo foram atribuídos às mulheres.
O exército era totalmente disciplinado, seus soldados dispostos a morrer sem hesitação em nome de Deus e pela destruição das forças inimigas. Tal disciplina permitiu um rápido avanço pelo vale central do Rio Yang-tsé até Nanquim. O movimento também evitou tomar os grandes centros urbanos e por isso encontrava pouca resistência.
Após a conquista, os Taiping passaram a chamar Nanquim como T’ien-ching, ou "Capital Celestial". A rebelião atingiu seu auge em 1856. Somente após o fim da Segunda Guerra do Ópio, em 1860, a Dinastia Qing pode reunir forças suficientes para derrotar os Taipings[1].
Em junho de 1864, diante a iminente derrota da Rebelião, Hung se envenenou. Seu corpo foi descoberto e o despejaram em um esgoto sob a cidade[2].
Referências
↑ Introduction The Taiping Rebellion 1850-1871, em inglês, acesso em 02 de fevereiro de 2015.
↑ Hoje na História: Rebeldes Taiping ocupam Nanquim, na China, acesso em 02 de fevereiro de 2015.