Bruges
Bruges Brugge | |
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localização do município, no distrito e na província | |
Brasão | Bandeira |
Geografia | |
Região | Flandres |
Província | Flandres Ocidental |
Distrito | Bruges |
Coordenadas | 51°13' N, 3°14' E |
Área | 138.40 km² |
Demografia | |
População – Homens – Mulheres – Densidade | 117 170 (01/01/2013) 850 hab./km2 |
Faixa Etária 0–19 anos 20–64 anos 65 anos ou mais | () % % % |
Estrangeiros | % () |
Economia | |
Desemprego | % () |
Renda per capita | |
Política | |
Presidente da Câmara Municipal (burgomestre) | {{{Presidente da Câmara Municipal}}} |
Coalizão/Partido | Christen-Democratisch en Vlaams |
Vereadores (escabinos) | |
Código Postal | |
Código Postal | deelgemeenten /entités (submunicípios) |
8000, 8200, 8310, 8380 | |
Outras informações | |
Código telefônico | |
Código NIS | |
Website | www.brugge.be |
Bruges (em neerlandês: Brugge; em francês: Bruges [bʁyːʒ]; em alemão: Brügge [ˈbrʏɡə]) é uma cidade belga, capital da província de Flandres Ocidental, na região de Flandres.[1] Tem cerca de 117 mil habitantes (2013). Foi a capital europeia da cultura em 2002, juntamente com a cidade espanhola de Salamanca.[1]
Bruges é chamada de "Veneza do Norte", por causa de seus inúmeros canais que a cercam ou a atravessam, mas também a ligam principalmente com a cidade de Gante.[1]
Diversos passeios de barco são propostos aos turistas, alguns dos quais permitindo chegar às cidades vizinhas. A cidade apresenta ainda as ruínas de uma fortaleza, bem como moinhos às margens dos canais.
Índice
1 História
2 Divisão administrativa
3 Patrimônio mundial
4 Pessoas famosas de Bruges
5 Ver também
6 Referências
7 Ligações externas
História |
São praticamente inexistentes traços de civilização e atividade humana anteriores à era pré-romana gaulesa na região de Bruges. As primeiras fortificações foram construídas após a conquista do Menappi por Júlio César no século I a.C., com intuito de proteção da zona costeira contra piratas. Já no século IV, a região foi tomada aos romanos pelos Francos e as incursões dos viquingues, por volta do século IX, obrigaram a que Balduíno I da Flandres reforçasse as antigas fortificações. Foi também nesta época que se fortaleceram as relações comerciais com a Inglaterra e a Escandinávia e surgiram as primeiras moedas gravadas com o nome Bryggia (significa "porto" em neerlandês remoto).
Foi a 27 de julho de 1128 que Bruges foi elevada a cidade e construiu novas muralhas e canais. Desde cerca de 1050, um gradual avanço do lodo em direção da cidade, provocou a obstrução dos acessos diretos com o mar, mas uma violenta tempestade em 1134 restabeleceu-os através da criação de um canal natural (Zwin).
Com o raiar do século XII, Bruges foi incluída no circuito comercial flamengo, sobretudo devido à sua emergente indústria de lã e tecidos. Os principais mercadores da cidade apostaram no desenvolvimento de "colónias económicas" em Inglaterra e na Escócia e os seus contactos trouxeram grão da Normandia e vinhos da Gasconha para a região. Os navios hanseáticos atracavam diariamente no porto que, face a este crescimento e sobrecarga, teve de ser expandido de Damme até Sluys para acomodar os novos cog-ships.
Em 1277, o primeiro barco mercante partiu de Génova e atracou no porto de Bruges, o primeiro da rota mercantil que tornou Bruges a principal conexão com o comércio do mar Mediterrâneo.[1] Para isso concorreu a vitória da marinha genovesa sobre a frota muçulmana que guardava o estreito de Gibraltar, liberando essa poderosa rota de comércio ocidental, possibilitando viagens regulares entre Bruges e Gênova, em grandes navios redondos. As empresas italianas para terem grande sucesso montaram sucursais em Bruges que geravam volumes de negócios na mesma dimensão de suas matrizes no norte da Itália a exemplo da sucursal de Banco Médicis em Bruges que ganhou mais dinheiro que sua sede em Florença.[2]
Este desenvolvimento permitiu não só a abertura para a rota das especiarias de Levante, mas também a introdução de avançadas técnicas comerciais e financeiras e um fluxo de capital que rapidamente tomou conta das transações bancárias da cidade. A bolsa de valores abriu em 1309 e desenvolveu-se no mais sofisticado mercado financeiro dos Países Baixos no século XIV.[1] Quando as primeiras galés venezianas surgiram, em 1314, já vinham atrasadas. Na primeira bolsa de valores do mundo não se vendiam ações de empresas; o que se vendiam eram importantes documentos comerciais como letras de câmbio e hipotecas, papéis que eram a base do capitalismo medieval.[3]
No século XV, Filipe O Bom, duque da Borgonha assentou corte em Bruges (bem como em Bruxelas e em Lille) atraindo muitos artistas, banqueiros e outras personalidades proeminentes de toda a Europa.
A primeira impressão de um livro em inglês foi publicada em Bruges por William Caxton. Foi igualmente uma época em que Eduardo IV e Ricardo III de Inglaterra passaram o seu exílio na cidade flamenga.
No início de 1500, o canal Zwin, que fora responsável pela prosperidade da cidade, começou também ele a ficar obstruído por lodo. Bruges foi rapidamente ultrapassada por Antuérpia como o centro económico dos Países-Baixos. Durante a década de 1650, a cidade foi a base para a estadia de Carlos II de Inglaterra e a sua corte no seu exílio. A infraestrutura marítima foi modernizada e foram construídas novas ligações ao mar, mas sem um grande sucesso.
Na segunda metade do século XIX, Bruges tornou-se num dos primeiros destinos turísticos, atraindo turistas britânicos e franceses. O porto de Zeebrugge foi construído em 1907 e utilizado pelas tropas alemãs no decorrer da Primeira Guerra Mundial para atracar os seus submarinos.[1] Nas décadas de 1970 e 1980, foi alargado e tornou-se um dos mais importantes e modernos portos da Europa. O turismo internacional cresceu exponencialmente desde então e todos estes esforços resultaram na designação de Bruges com Capital Europeia da cultura em 2002.[1]
Divisão administrativa |
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Património Mundial da UNESCO | ||||
País | Bélgica | |||
Tipo | Cultural | |||
Critérios | ii, iv, vi | |||
Referência | 996 en fr es | |||
Região** | Europa e América do Norte | |||
Histórico de inscrição | ||||
Inscrição | 2000 (24ª sessão) | |||
* Nome como inscrito na lista do Património Mundial. ** Região, segundo a classificação pela UNESCO. |
Desde 1971, o município de Bruges se encontra dividido em oito deelgemeenten.
# | Nome | Área (km²) | População (01/01/2006) |
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I | Bruges (deelgemeente) - Centrum - Kristus-Koning - Sint-Jozef - Sint-Pieters | 29,91 1,01 13,70 | 37.129 20.276 4.428 4.880 7.545 |
II | Koolkerke | 4,17 | 3.145 |
III | Sint-Andries | 20,65 | 19.366 |
IV | Sint-Michiels | 9,59 | 12.346 |
V | Assebroek | 8,52 | 19.395 |
VI | Sint-Kruis | 16,84 | 16.148 |
VII | Dudzele | 21,92 | 2.555 |
VIII | Lissewege - Lissewege - Zeebrugge - Zwankendamme | 26,80 11,44 | 7.129 2.491 3.924 714 |
Patrimônio mundial |
Desde 2000, o Centro Histórico da cidade foi adicionado à lista de Patrimônio Mundial da UNESCO.[1]
Pessoas famosas de Bruges |
- Hans Memling
- Simon Stevin
- Juan Luis Vives
- Martim Leme
Apesar de não nascidos na cidade, dois grandes mestres da pintura, Hans Memling e Jan van Eyck viveram e trabalharam lá, por um período.
Ver também |
- Museu Groeninge
- Frietmuseum
- Club Brugge Koninklijke Voetbalvereniging
- Museu Gruuthuse
- Museu Hans Memling
- Heilig-Bloedbasiliek
- Cercle Brugge K.S.V.
Referências
↑ abcdefgh «Population per municipality on 1 January 2012»
↑ ´STARK, Rodney. A Vitória da Razão p. 181
↑ STARK, Rodney. A Vitória da Razão. p. 181-182
Ligações externas |
- (em inglês) (em francês) (em neerlandês) (em alemão) Brugge
- Use-it