Ema
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Ema | |||||||||||||||||
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Rhea americana no jardim zoológico de Munique, na Alemanha | |||||||||||||||||
Estado de conservação | |||||||||||||||||
Quase ameaçada [1] | |||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||
Rhea americana (Linnaeus, 1758) | |||||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||||
Mapa de distribuição das subespécies de ema na América do Sul. |
A ema (Rhea americana), também chamada nandu, nhandu, guaripé e xuri,[2] é uma ave da família Rheidae cujo habitat se restringe à América do Sul. Apesar de possuir grandes asas, não voa. Usa asas para se equilibrar e mudar de direção enquanto correm. Os indivíduos masculinos são os responsáveis pela incubação e o cuidado com os filhotes. É considerada a maior ave brasileira.
Quando das Invasões holandesas no Brasil, no brasão holandês do Rio Grande do Norte (1639) figurava uma ema.[3][4]
Índice
1 Etimologia
2 Taxonomia
3 Descrição
4 Ecologia e comportamento
4.1 Alimentação
4.2 Vocalização
4.3 Reprodução
5 Galeria
6 Referências
7 Ligações externas
Etimologia |
"Ema" é uma palavra de origem oriental, talvez molucana[5]. "Nandu" e "nhandu" se originam do tupi ña'du[6]. "Guaripé" se origina da língua tupi[7]. "Xuri" se origina do tupi xu'ri[8].
Taxonomia |
A ema foi descrita em 1758 pelo zoólogo sueco Carolus Linnaeus em seu livro Systema Naturae.[9] Há cinco subespécies de emas existentes atualmente, as quais não são facilmente distinguíveis entre si. Contudo um dos principais traços de distinção é a mancha preta na garganta e a diferença na altura entre as subespécies.
Rhea americana albescens (Lynch & Holmberg, 1878): planícies da Argentina (partes norte e leste do país), sul do Paraguai e sudoeste do Brasil;
Rhea americana americana (Linnaeus, 1758): centro e nordeste do Brasil;
Rhea americana araneipes (Brodkorb, 1938): oeste do Paraguai, leste da Bolívia e região do Pantanal, no Brasil;
Rhea americana intermedia (Rothschild & Chubb, 1914): Uruguai e extremo sul do Brasil;
Rhea americana nobilis (Brodkorb, 1939): leste do Paraguai.
Descrição |
A ema é a maior e mais pesada ave do continente americano. Um macho adulto pode atingir 1,70 m de comprimento e pesar até 36 kg. A envergadura pode atingir 1,50 m de comprimento.
Apresentam plumagem do dorso marrom-acinzentada, com a parte inferior mais clara. O macho distingue-se por ter a base do pescoço, parte do peito e parte anterior do dorso negros. Difere do avestruz por não apresentarem cauda e pigóstilo. Também não possuem glândula uropigiana. Ao contrário das demais aves, há separação das fezes e da urina na cloaca; os machos adultos possuem um grande pênis.
Possuem pernas fortes e pés providos de três dedos.
Ecologia e comportamento |
Alimentação |
A ema é onívora se alimentam de frutas, sementes, folhas de grandes árvores, lagartos, moscas perto de carne em decomposição, cobras, moluscos, peixes entre outros.
Vocalização |
Durante o período de reprodução, o macho emite um urro forte, ventríloquo e bissilábico, lembrando um bramido de um grande mamífero, como o boi: "bu-úp" ou "nan-dú". Vocaliza até mesmo durante a noite.
Os filhotes emitem assobios melodiosos que lembram o canto do inhambu-relógio.
Reprodução |
O período reprodutivo inicia em outubro. O macho reúne um harém de três a seis fêmeas; estas, por sua vez, também mantêm relações com outros machos, havendo, portanto, poliginia e poliandria na espécie.
O macho constrói o ninho em uma depressão no solo, forrando-o com capim. Cada fêmea é capaz de pôr de 10 até 30 ovos. A incubação começa entre cinco e oito dias após as fêmeas terem iniciado a postura e pode durar de 27 a 41 dias. Os ovos eclodem todos no mesmo dia, são brancos, geralmente elípticos, e pesam, em média, 600 gramas. Os que não eclodem são colocados para fora do ninho ou devorados. O macho, responsável por chocá-los, altera frequentemente a posição do ovo, girando uma volta completa (360º) a cada 24 horas. Os filhotes ficam a cuidado do pai e atingem a maturidade sexual em dois anos.
Galeria |
Adulto
Imaturo
Juvenil
Grupo de filhotes
Rhea americana - MHNT
Referências
↑ Rhea americana IUCN, acessado em 23 de abril de 2010
↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.628
↑ Luís da Câmara Cascudo (1968). Nomes da terra: geografia, história e toponímia do Rio Grande do Norte. [S.l.]: Fundação José Augusto. 321 páginas
↑ BERG, T. J. (2011). Os brasões de armas do Brasil Holandês. [S.l.]: Revista de Cultura Artística. pp. 37–48
↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.628
↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 192
↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.875
↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 800
↑ Linnaeus, Carolus (1758). Systema naturae per regna tria naturae, secundum classes, ordines, genera, species, cum characteribus, differentiis, synonymis, locis. Tomus I. Editio decima, reformata. (em latim). Estocolmo: Laurentii Salvii. 192 páginas (disponível online)