América Central












































































América Central




Mapa da América Central





Localização da América Central no globo terrestre.

Gentílico
{{{gentílico}}}

Vizinhos

América do Norte e América do Sul

Divisões
 
 - Países 20
 - Dependências 16

Área
 
 - Total 742.204[1]km²
 - Maior país
 Nicarágua
 - Menor país
 São Cristóvão e Nevis

Extremos de elevação
 
 - Ponto mais alto
Monte Tajumulco, 4.220 m
 - Ponto mais baixo
Mar do Caribe, 0 m

População
 
 - Total 92,000,000[2]habitantes
 - Densidade 175,9 hab./km²

Idiomas

Inglês, espanhol, francês e holandês



A América Central (em espanhol: América Central, Centroamérica) é um subcontinente limitado ao norte pela Península de Iucatã, no México e ao sul pela Colômbia, limitado a Oeste com o Oceano Pacífico e a Leste com o Oceano Atlântico. Apesar de considerada um dos subcontinentes da América, esta região localiza-se numa placa tectónica própria: a Placa Caribeana.[3] Assim, é formada pela faixa central do continente americano compreendendo os Estados soberanos ístmicos e antilhanos mais as dependências situadas no mar do Caribe (ou mar das Caraíbas).[4]


Existem montanhas ao longo de toda a região, sendo que as situadas ao sul são uma continuação dos Andes; a mais alta é o monte Tajumulco, na Guatemala, com 4 220 metros de altitude. A maioria é vulcânica, pois a região fica numa junção entre uma placa de crosta e uma perigosa zona de terremotos. Os dois grandes lagos da Nicarágua interrompem a cadeia. O clima é tropical, embora acima de 760m a temperatura seja mais amena e haja o cultivo do café. Cria-se gado, especialmente em Honduras. Nos outros lugares a cinza vulcânica fertilizou a terra possibilitando a lavoura de bananas, cana-de-açúcar, milho e frutas. As montanhas do Pacífico descem íngremes em direção à costa, enquanto na direção do norte e do leste, na península de Yucatan e nas planícies costeiras, descem suavemente em direção ao mar. No leste a chuva é pesada; os rios trazem grandes quantidades de limo e há uma floresta densa atrás dos mangues das praias. A região possui grandes depósitos de petróleo e gás, assim como de prata e ouro.


Já era povoada por diversos grupos aborígenes quando os primeiros europeus aí chegaram, no começo do século XVI. Sua colonização de origem europeia foi iniciada a partir das colônias caribenhas de Hispaniola e Cuba. De 1535 a 1810, a América Central, com exceção do Panamá, fez parte do Vice-Reino da Nova Espanha e ficou sob jurisdição do vice-rei que governava a partir da Cidade do México.


Com a independência dos países da América Central Ístmica da Espanha, em 1821, a maior parte da área foi anexada até 1822 ao Império Mexicano de Augustín de Iturbide. De 1823 a 1838, tentou uma confederação política, a União das Províncias da América Central (Costa Rica, Guatemala, Honduras, Nicarágua e El Salvador), mas esta foi derrubada pela rivalidade entre grupos liberais e conservadores e por ciúmes regionais. Em 1839 a unidade política foi extinta. Caudilhos militares dominaram no restante do século XIX. O aventureiro americano William Walker invadiu a Nicarágua (1855-1857). Os britânicos ocuparam San Juan del Norte Greytown (1848) e as ilhas da baía de Honduras, a fim de conseguir o controle da costa de Mosquito e bloquear os planos americanos de construir um canal interoceânico, enquanto exerceram pressão diplomática para assegurar ao uso do canal em toda a região. Em 1951, formou-se a Organização dos Estados Centro-Americanos, para ajudar as resolver os problemas em comum. A Comissão Econômica para a América Latina, órgão das Nações Unidas, encorajou a cooperação em assuntos de produção, tarifas e comércio entre os países membros da Associação Latino-Americana de Livre Comércio (que passou a se chamar, em 1980, Associação para Integração Latino-Americana) e o Mercado Comum Centro-Americano.




Índice






  • 1 História


    • 1.1 Povoamento


    • 1.2 Exploração


    • 1.3 Colonização


    • 1.4 Independência


    • 1.5 Época republicana




  • 2 Política


    • 2.1 Política externa




  • 3 Subdivisões


    • 3.1 Países


    • 3.2 Dependências


    • 3.3 Outros territórios




  • 4 Geografia


    • 4.1 Geologia e relevo


    • 4.2 Solos


    • 4.3 Clima


    • 4.4 Hidrografia


    • 4.5 Vegetação


    • 4.6 Fauna




  • 5 Demografia


    • 5.1 Grupos étnicos


    • 5.2 Línguas


    • 5.3 Religiões




  • 6 Economia


    • 6.1 Agricultura e pecuária


    • 6.2 Mineração


    • 6.3 Extrativismo vegetal


    • 6.4 Indústria




  • 7 Indicadores de desenvolvimento, pobreza e qualidade de vida


  • 8 Ver também


  • 9 Referências


  • 10 Ligações externas





História |



Ver artigo principal: História da América Central


Povoamento |



Ver artigo principal: Arqueologia da América, Arqueologia da Mesoamérica




Pirâmide de Tikal na Guatemala.


Na América Central, especialmente na Guatemala, Belize, além do sul do México e norte da península de Iucatã (já na América do Norte), floresceu uma das mais notáveis civilizações indígenas: a civilização maia, cujo adiantamento no campo das ciências e das artes, bem como no âmbito da organização política, social e religiosa, é universalmente reconhecido. A história dos quíchuas, que falavam um dialeto maia, foi preservada no Popol Vuh, obra escrita por um nativo pouco depois da conquista espanhola, e a dos maias e chorotegas, que habitavam a região localizada junto à fronteira entre Honduras e Guatemala, pode ser reconstituída a partir de documentos arqueológicos gravados em pedras. Além desses, outros povos que tiveram civilizações avançadas foram os toltecas e os cackiquelos.



Exploração |


O litoral atlântico da América Central começou a ser explorado após a quarta viagem de Cristóvão Colombo (1502), que dele tomou posse em nome da coroa espanhola. Vasco Núñez de Balboa descobriu o Pacífico a 25 de setembro de 1513. Gaspar de Espinosa, Juan de Castañeda, Fernando Ponce e Gil González Dávila prosseguiram no reconhecimento do litoral. A conquista da região foi, porém, empresa de Hernán Cortés, Pedro de Alvarado, Pedro Arias de Ávila (Pedrarias), Cristóvão de Olid, Francisco de Montejo, Álvaro de Cáceres, Fernando Sánchez de Badajoz, Francisco Hernandes de Córdoba, Diego de Nicuesa e Juan Vázques de Coronado. A vitória final foi alcançada em 1526 por Pedro de Alvarado, onde aprisionou dois monarcas indígenas, tirando-lhes a resistência. A conquista espiritual, completando a façanha militar, foi obra de frei Bartolomeu de las Casas e outros religiosos.



Colonização |


Santiago de los Caballeros de Guatemala, fundado a 25 de julho de 1524 por Alvarado, foi o primeiro núcleo urbano da região. A cidade de San Salvador é de 1525. Durante o período colonial, toda a América Central estava incluída na Capitania Geral da Guatemala, que por sua vez integrava o vice-reinado do México, denominado Nova Espanha. Em consequência da expansão colonial surgiram na região diversos núcleos demográficos, como Honduras, León, Granada, San Gil de Buena Vista, Gracias a Díos, Panamá, Nova Valladolid, Cartago, Ciudad Real e Tegucigalpa. A rivalidade entre os conquistadores resultou em sangrentos conflitos, enquanto corsários e piratas intranquilizavam constantemente a capitania. Os ingleses estabeleceram-se na costa atlântica, com feitorias, para a exploração de pau-campeche, constituindo a colônia de Belize, apesar dos esforços feitos pelos espanhóis para recuperar a região.


A consciência autonomista começou a formar-se na segunda metade do século XVIII, mas somente se concretizou politicamente na terceira metade do século XIX, com a constituição das Províncias Unidas da América Central.



Independência |




Evolução política da América Central e do Caribe.


Sob a influência e os movimentos independentistas do resto da América continental sem luta nem guerra em 1821, a América Central, declarou sua independência da Espanha, que entrou em vigor em 15 de setembro desse ano. A data é ainda considerada como um dia de independência por todas as nações da América Central, exceto para Panamá que comemora em 28 de novembro sua independência da Espanha. Capitão geral espanhol, Gabino Gainza, atuou como líder interino até que um novo governo foi formado. A independência foi de curta duração, desde que foi anexado ao Primeiro Império Mexicano de Augustín de Iturbide em 5 de janeiro De 1822. Os liberais centro-americanos se opuseram a esta abordagem, mas um exército mexicano sob o comando do general Vicente Filisola ocupou a Cidade da Guatemala e acalmou a situação.


Quando o México se tornou uma república no ano seguinte, possibilitou à América Central determinar o seu próprio destino. Em 1 de julho de 1823, o Congresso da América Central declarou a independência absoluta da Espanha, do México, e de qualquer outra nação estrangeira e um sistema de governo republicano foi estabelecido.


A América Central, defendeu a criação dos direitos humanos e dos seus cidadãos, abolida de maneira total e permanente a escravidão, fato histórico, não pode ser devidamente reconhecido em todo o continente.



Época republicana |





Bandeira das Províncias Unidas da América Central.


Historicamente, a região era formada por Guatemala, Honduras, El Salvador, Nicarágua e Costa Rica por causa de sua história em conjunto e ter feito parte das Províncias Unidas da América Central. Assim, a América Central seria composta por cinco estados hispânicos (Guatemala, Honduras, Costa Rica, El Salvador e Nicarágua), que fazia parte da capitania geral da Guatemala e as Províncias Unidas da América Central. Vale ressaltar que o estado mexicano de Chiapas, que era o território da Guatemala, ao ter antigamente o intervalo da ex-Audiência Real, a América Central se uniu ao Primeiro Império Mexicano de Iturbide em 1823, ao separar-se Guatemala daquele último, Chiapas que finalmente através de um referendo, se incorporou ao México. Guatemala cedeu unicamente a região de Soconusco.


Dos países mais jovens, Panamá e Belize, não dividem a história comum da América Central, já que o Panamá fez parte da Colômbia e Belize por sua parte, foi uma colônia do Reino Unido.


Outra noção, associada à América Central é a das Províncias Unidas da América Central, e sob este conceito se define uma realidade histórica, que se determinou a partir da formação e extinção do antigo vice-reino da Nova Espanha e as Províncias Unidas da América Central (que incluía o antigo estado de Los Altos), pelo que com este fim se conhece a Guatemala, Honduras, El Salvador, Nicarágua e Costa Rica.


A exclusão do Panamá no mencionado projeto centro-americano se deve a filiação histórica do território do istmo panamenho ao continente sul-americano mediante a estrutura administrativa colonial, primeiro do vice-reino do Peru, logo do vice-reino da Nova Granada e posteriormente graças à assimilação de seu território à Colômbia desde 1821 até sua separação em 1903.


O Panamá não fez parte dos projetos integracionistas da América Central, até sua incorporação voluntária ao Parlamento Centro-Americano em 1992.


Atualmente, a República Dominicana está bastante integrada aos vizinhos ístmicos, já que é membro do Sistema de Integração Centro-Americana, um órgão encarregado de facilitar a integração da região, do Parlamento Centro-Americano e do Tratado de Livre Comércio entre Estados Unidos, América Central e República Dominicana.



Política |




Países-membros da SICA.




Símbolo da SICA.


A América Central está atravessando um processo da transformação política, econômica e cultural que começou em 1907 com a criação do Tribunal de Justiça Centro-Americano. Em 1951 o processo de integração continuou com a assinatura do Tratado de San Salvador que criou a ODECA, a Organização dos Estados Centro-Americanos. Infelizmente, a ODECA não foi completamente próspera devido a conflitos internos entre vários Estados da região.


Foi até 1991 que a agenda de integração foi concluída com a criação do SICA, Sistema da Integração Centro-Americana. A SICA ,forneceu uma base legal clara para evitar discrepâncias entre os estados membros. O grupo de membros da SICA inclui as oito nações da América Central (os sete do istmo mais a República Dominicana).


No dia 6 de dezembro de 2008 a SICA anunciou um acordo, para estabelecer uma moeda comum e o passaporte comum dos países-membros. Nenhuma linha do tempo da implementação foi discutida.


América Central já tem várias instituições supranacionais como o Parlamento Centro-Americano, o Banco Centro-Americano da Integração Econômica e o Mercado Comum Centro-Americano.





     Membros
     Associados
     Observadores.


Para além dessas organizações, destaca-se a Comunidade do Caribe, que agrupa as ex-colônias não hispanófonas e sucedeu a Associação de Livre Comércio do Caribe; o Acordo de Cotonou que foi firmado entre os países ACP (África-Caribe-Pacífico); a Organização dos Estados do Caribe Oriental.


Há ainda a Associação dos Estados do Caribe, a mais abrangente organização centro-americana, que abarca ainda os países do norte da América do Sul (Colômbia, Venezuela, Guiana e Suriname) e o México.



Política externa |


Até há pouco, todos os países centro-americanos mantiveram relações diplomáticas com a República da China (ou Taiwan) em vez da República Popular da China. O presidente Óscar Arias da Costa Rica, contudo, estabeleceu relações diplomáticas com a República Popular da China em 2007, rompendo laços diplomáticos formais com a República da China (ou Taiwan).



Subdivisões |




Divisão política da América Central



Países |


Na sua definição mais comum, a América Central é composta pelos seguintes vinte países (por ordem alfabética):





























































































































































Países
Área
(km²)
População
(aproximadamente)
Densidade
populacional
(por km²)

Capital

 Antígua e Barbuda
441
89.985
197

Saint John's

 Bahamas
13.940
401.060
23

Nassau

 Barbados
431
279.254
647

Bridgetown

 Belize
22,965
294,385
13

Belmopan

Costa Rica
51,100
4,133,884
81

São José

 Cuba
109,884
11.167.325
102

Havana

Dominica
754
72.003
105

Roseau

El Salvador
21,041
6,948,073
330

São Salvador

Granada
344
90.550
260

Saint George's

 Guatemala
108,890
15,472,156
117

Cd. da Guatemala

Haiti
27,750
9.996.731
292

Porto Príncipe

Honduras
112,492
8,098,263
67

Tegucigalpa

 Jamaica
10.991
2.950.210
252

Kingston

Nicarágua
120,254
6,082,447
44

Manágua

 Panamá
75,517
3,694,190
41

Cd. do Panamá

República Dominicana
48,442
9.378.818
183

Santo Domingo

Santa Lúcia
617
162.178
269

Castries

 São Cristóvão e Névis
261
54,191
164

Basseterre

São Vicente e Granadinas
389
120.000
204

Kingstown

Trinidad e Tobago
5,128
1.346.350
254

Porto de Espanha
Total





A América Central Continental tem uma área de aproximadamente 522.760 km², e a sua dimensão entre o Oceano Pacífico e o Mar do Caribe varia de 50 quilômetros a 560 quilômetros (aproximadamente).
Os países e territórios do Caribe tem cerca de 239.000 km² de área terrestre.



Dependências |



  •  Estados Unidos


    • Estados Unidos Ilha Navassa


    •  Porto Rico


    • Ilhas Virgens Americanas Ilhas Virgens dos Estados Unidos




  •  França


    • Flag of Saint Barthelemy (local).svg São Bartolomeu


    • São Martinho (França) São Martinho (Saint-Martin)




  •  Países Baixos


    •  Aruba (por vezes considerada como território da América do Sul)


    • Curaçao (por vezes considerada como território da América do Sul)


    • São Martinho São Martinho (Sint Maarten)


    • Países Baixos Países Baixos Caribenhos




  •  Reino Unido


    •  Anguilla


    • Ilhas Cayman (português europeu) ou Ilhas Caimã (português brasileiro)


    • Montserrat


    • Flag of the Turks and Caicos Islands.svg Turks e Caicos


    • Ilhas Virgens Britânicas



Outras classificações podem ainda incluir a Ilha de Clipperton (França).



Outros territórios |


Territórios ultramarinos ou insulares que fazem parte dos seus respectivos países não constituindo, portanto, dependências:




  •  Colômbia

    • Flag of San Andrés y Providencia.svg Arquipélago de Santo André, Providência e Santa Catarina



  •  França


    • Guadalupe


    • Martinica




  •  Países Baixos


    •  Bonaire


    • Saba Saba


    • Santo Eustáquio Santo Eustáquio




  •  Venezuela

    • Venezuela Ilha das Aves



Outras classificações podem ainda incluir a Guiana Francesa, culturalmente associada com as Caraíbas e, portanto, com a América Central.



Geografia |



Geologia e relevo |





Imagem de satélite da América Central.


A região possui basicamente dois grandes sistemas de montanhas. Ao norte, o relevo é mais complexo, em conseqüência da ação erosiva, tendo o embasamento cristalino, que o constitui, sofrido também a influência de dobramentos posteriores, de que resultaram as cadeias de montanhas de Honduras e da Guatemala, os elevados planaltos de Chiapas e a plataforma de Yucatán. Ao sul, o arco montanhoso é mais pronunciado, apresentando-se o embasamento cristalino com enrugamentos mesozoicos e cenozoicos, mais abruptos a leste, no Panamá, o que constitui traço característico do relevo centro-americano.


A vertente ocidental, com suas cadeias dobradas e antigos maciços cristalinos, cujas altitudes variam de 2.000 a 3.500m, possui forma tabular, tanto nos altos como nos baixos planaltos, onde as erupções vulcànicas são frequentes desde o norte da Guatemala ao sul da Costa Rica. Uma série de elevações recentes, que encobrem as estruturas antigas, constitui uma linha continua, separada do oceano Pacífico por uma faixa de terra fértil, de origem vulcânica, e cortada por numerosos rios, com seus vales em gargantas e leitos estreitos. A costa atlântica caracteriza-se pelas baixadas litorâneas, onde existem diversas lagunas.



Solos |


Os solos das planícies úmidas do lado atlântico e o litoral panamenho do Pacífico possuem uma fertilidade superficial. As melhores terras agrícolas de toda a região são as áreas vulcânicas de El Salvador, Nicarágua e Guatemala, bem como as regiões de florestas dos planaltos da Costa Rica.



Clima |




Mapa climático da América Central segundo a classificação climática de Köppen-Geiger.


As características climáticas da região são condicionadas pelas diferenças de altitudes, que vão desde o nível do mar até 4110m, no monte Tajumulco. A América Central apresenta quase todas as modalidades de clima tropical, com temperaturas elevadas e pluviosidade abundante no verão. Nas áreas mais elevadas, a temperatura média anual aproxima-se de 10 °C. Já nas regiões de altitude intermediária (1000 a 1800 m), as médias térmicas oscilam entre 18 e 23 °C, com precipitação pluviométrica mais intensa. Nas áreas situadas entre 600 e 1000 m, o clima é de transição, entre o tropical e o subtropical. E nas terras baixas, a menos de 600 m, a temperatura média varia entre 23 e 26 °C, sendo as chuvas abundantes na vertente oriental e mais escassas na costa do Pacifico.



Hidrografia |





Lago Nicarágua, o maior da América Central.


A maior parte dos rios da região segue a direção oeste-leste, desaguando no mar das Antilhas; os mais extensos são o Motagua, Ulúa, Aguán, Patuca, Coco, Grande de Matagalpa, Escondido e San Juan. Dos que desembocam no Pacífico, destaca-se apenas o rio Lempa. O quadro hidrográfico da região é completado por uma série de lagos, como o Nicarágua, o Manágua e o de Izabal.



Vegetação |




O Pinus oocarpa é a árvore-símbolo de Honduras.


Nas áreas montanhosas mais elevadas, além de uma vegetação herbácea gigante, dominam ciprestes, juníperos e pinheiros (araucária). A floresta subtropical, muito rica em formações arbóreas, onde predominam as lianas, bromeliáceas e orquideas, é típica das terras situadas a altitudes médias (1000 a 1800m). Nas regiões de transição entre a floresta tropical e a subtropical crescem associações vegetais dos dois tipos, enquanto nos planaltos áridos da Guatemala, Honduras e El Salvador a cobertura florística compõe-se principalmente de arbustos raquíticos, plantas xerófitas e cactos. Finalmente, nas áreas localizadas abaixo de 600 m surgem as formações tropicais, ricas em palmáceas (especialmente a Attalea cohune), além do caucho (Castilloa elastica) e do acaju (Swietenia mahogany).



Fauna |




O cariacu é o animal-símbolo de Honduras.


No Grande Intercâmbio Americano, a fauna das Américas do Norte e do Sul migrou de um subcontinente para o outro, utilizando a América Central como passagem. As reservas faunisticas da região refletem uma situação transicional entre as faunas sul-americana (neotropical) e norte-americana (neo-ártica), sendo, porém, mais neotropical do que neo-ártica no que diz respeito aos vertebrados (exceto os répteis). As formas de transição entre os anfíbios envolvem numerosas famílias, muitas das quais se estendem para norte e sul da América Central. Ds répteis apresentam uma distribuição complexa, que inclui espécies e gêneros do norte e do sul e alguns endêmicos. Quanto à fauna ornitológica, é representada por grupos neo-árticos e neotropicais. No que se refere aos mamíferos encontram-se na América Central espécies comuns a todo o continente americano.



Demografia |


A população da América Central cresce rapidamente, apresentando uma taxa anual superior a 3,5%. Em 1970 e 1975, o índice de crescimento demográfico da região foi da ordem de 3,2%, devido à contínua queda das taxas de mortalidade e à manutenção dos elevados índices de natalidade.


A população centro-americana concentra-se principalmente nos vales e escarpas montanhosas que margeiam o Pacífico. Particularmente elevada é a densidade demográfica ao longo da cadeia de vulcões ativos e extintos que se estende através da porção central de El Salvador, nos planaltos da Guatemala, na planície em tornou de Manágua (Nicarágua), na Meseta Central (Costa Rica), próxima à Zona do Canal e em áreas de Honduras.



Grupos étnicos |




A maioria da população de Honduras é mestiça.


A composição racial da região é variada. A maioria dos habitantes da El Salvador, Honduras, Nicarágua, Panamá e Guatemala é constituída de mestiços (mistura de índio com branco), sendo reduzido o contingente branco. Os índios vivem atualmente em comunidades muito isoladas e das minorias, mas unicamente na Guatemala é um forte componente da população. Os negros e mulatos representam uma porcentagem da extensa e pouco habitada planície costeira atlântica de Honduras e Nicarágua - a chamada costa do Mosquito - e de Belize. O único país da América Central de população quase exclusivamente branca é Costa Rica.
































































































































Distribuição Étnica na América Latina 2005[5]
País
População

Ameríndios

Brancos

Caboclos

Mulatos

Negros

Zambos

Asiáticos

 Guatemala
14.202.000[6]
53.0% 4.0% 42.0% 0.0% 0.0% 0.2% 0.8%

 Panamá
3.481.000[6]
8.0% 10.0% 32.0% 27.0% 5.0% 14.0% 4.0%

 Haiti
10.111.000[6]
0.0% 0.8% 0.0% 9.0% 90.0% 0.0% 0.2%

 Cuba
11.204.000[6]
0.0% 37.0% 0.0% 51.0% 11.0% 0.0% 1.0%

 Porto Rico
3.990.000[6]
0.0% 74.8% 0.0% 10.0% 15.0% 0.0% 0.2%

 República Dominicana
10.158.000[6]
0.0% 7.7% 0.0% 14.6% 75.0% 2.3% 0.4%

 El Salvador
6.179.000[6]
8.0% 1.0% 91.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0%

 Honduras
7.541.000[6]
7.7% 1.0% 85.6% 1.7% 0.0% 3.3% 0.7%

 Nicarágua
5.783.000[6]
6.9% 14.0% 78.3% 0.0% 0.0% 0.6% 0.2%

 Costa Rica
4.610.000[6]
0.8% 82.0% 15.0% 0.0% 0% 2.0% 0.2%


Línguas |




Línguas da América Latina: Verde-Espanhol; Laranja-Português; Azul-Francês.


Além do espanhol, idioma oficial de vários países na América Central, outros idiomas também são falados, como o inglês em Belize, o neerlandês e o papiamento em Aruba, o francês no Haiti, além de outros numerosos dialetos que são falados na América Central. As duas famílias indígenas dominantes são: a macropenutiana, que abrange as línguas de origem maia, como o mame, chol, lacadon, itza, jacalteco, chuj, aguacateco, ixil, quiche, pokoman (na Guatemala), cholti e chorti (Guatemala e Honduras), achi e poton (em El Salvador) e o utoasteca, que inclui o pipil, alaguilac, micarao, bagas e sigua; e o macrochibcha, ao qual pertencem o grupo misumalpan (mosquitoan, sumoan e matagalpan), e o chibcha (ocidental e oriental).



Religiões |


A grande maioria da população filia-se ao catolicismo, herdado do colonizador espanhol, mas cada vez mais pessoas se unem às igrejas protestantes. Embora existam ainda grupos esparsos que conservam crenças nativas.
























































Afiliação religiosa na América Central 2010 [7]

países

% Católicos

% Protestantes

% Ateus

% Outras crenças

 Panamá
68
20
10
2

Costa Rica
64
21
12
3

Nicarágua
54
31
13
2

Honduras
47
39
11
3

 Guatemala
46
36
15
3

El Salvador
46
26
25
3



Economia |



Agricultura e pecuária |




A iúca é uma planta nativa da América Central.


A agricultura de subsistência é a atividade predominante das populações centro-americanas, embora as culturas comerciais sejam de importância fundamental para as economias nacionais. Os principais produtos da agricultura de subsistência são o milho, feijão, abóbora, frutas, iúca e batata-doce. O café e a banana representam quatro quintos do total das exportações da região. O café é cultivado nas terras altas, especialmente nas escarpas guatemaltecas e salvadorenhas do Pacífico, no planalto central da Costa Rica e nas áreas elevadas ao norte e ao sul do lago Manágua. As maiores plantações de banana estendem-se pelas planícies tropicais tanto do Atlântico quanto do Pacífico. Outras culturas de exportação das planícies são: algodão, henequém (Agave rigida) abacá (ou cânhamo-de-manila), plantas oleaginosas, coco e cacau. A cana-de-açúcar é cultivada em escala considerável em diversas áreas da região, enquanto o fumo e o trigo são produzidos em pequenas quantidades. Nas porções setentrionais e centrais, tem certa importância econômica a criação de gado bovino; na vertente atlântica, de ovino; e de caprino, nas áreas mais elevadas.



Mineração |





Pepita de ouro.


Os recursos minerais da América Central são relativamente modestos, embora a região produza ouro, prata, zinco, chumbo e alguns metais não-ferrosos. O ouro, por exemplo, tem constituído uma importante fonte de renda para a Guatemala, onde o metal, geralmente encontrado em minério de quartzo, é produzido em Siuna, Pis Pis e outros lugares. El Salvador, Honduras e Costa Rica e Nicarágua também exploram aluviões e veios auríferos. A prata é minerada principalmente em Honduras e em menor escala na Guatemala, Nicarágua e El Salvador. A maior parte do zinco e do chumbo provém sobretudo das minas próximo a León na Nicarágua, mas Honduras e El Salvador são também pequenos produtores. A região é pobre em reservas de petróleo e carvão, o que obriga os países centro-americanos e despenderem somas substanciais com a importação de combustíveis.



Extrativismo vegetal |





Manilkara zapota.


Com exceção de El Salvador, mais da metade do território de todos os países centro-americanos é coberta de florestas, sendo por isso, e amplos e variados os recursos extrativos da região. Madeiras (principalmente mogno, cedro espanhol e pau-campeche), gomas (notadamente o chicle), resinas, taninos e produtos medicinais são algumas das riquezas vegetais da América Central.



Indústria |





Centro de San Salvador.


As atividades industriais da região restringem-se ao beneficiamento de produtos agrícolas para a exportação e a produção de bens de consumo e materiais de construção destinados ao uso doméstico. O beneficiamento de café, algodão e outras fibras têxteis, de couros e madeiras está ligado à economia de todos os países. Já a indústria de transformação é representada por fábricas de produtos alimentícios, bebidas, cigarros, tecidos, sapatos, produtos químicos e farmacêuticos.


O país mais industrializado da região é Nicarágua. As indústrias se concentram nas capitais, sendo o parque manufatureiro de Manágua o mais importante.



Indicadores de desenvolvimento, pobreza e qualidade de vida |



















































































































Pais

Desigualdade
de renda[8]
Coef. Gini
(2001-04)

Índice de
Pobreza[9]
HPI-1 %
(2013)

Desenv.
Humano
[10]IDH
(2015)

Desempenho
Ambiental[11]
EPI
(2008)

Qualidade
de vida[12]
índice
(2005)

Veículos
automot.[13]
/1000 hab
(2000-05)(3)

Usuários
Internet[14]
/1000 hab
(2005)

Telefones
fixos[14]
/1000 hab
(2005)

Telefones
celulares[14]
/1000 hab
(2005)

Cons. elect.
per capita[15]
kilowatt-hr
(2004)

Emissões
per capita[16]
ton CO2
(2004)


 Belize
N/D 39,3 0,710 elevado
71.7 N/D 159 130 114 319 686
2,9

Costa Rica
49,8 20,7
0,766 elevado
90,5 6,624 193 254 321 254 1876 1,5

El Salvador
52,4 36,5 0,666 médio
77,2 6,164 64 93 141 350 732 0,9

 Guatemala
55,1 54,0 0,627 médio
76,7 5,321 108 79 99 358 532 1,0

Honduras
53,8 60,0
0,606 médio
75,4 5,250 14 36 69 178 730 1,1

Nicarágua
43,1 47,9 0,632 médio
79,4 6,563 158 627 543 417 3525 1,7

 Panamá
56.1 22,3
0,780 elevado
83,1 6,361 102 64 136 418 1807 1,8

  • Nota (1): A cor laranja indica o pais com o melhor índice e a cor amarela denota o pais com o indicador mais baixo ou impacto ambiental maior


Ver também |




























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  • História da descolonização das Américas

  • Guerras das Bananas

  • Conflitos armados na América Central



Referências




  1. P A Í S E S D O M U N D O - A M É R I C A S


  2. Population: Latin America & Caribbean


  3. Sua Pesquisa.com. «América Central». Consultado em 20 de setembro de 2010 


  4. Página 3 Pedagogia & Comunicação/UOL. «América Central (2)». Consultado em 20 de setembro 2010 


  5. «Ethnic distribution in Latin America». books.google.cl 


  6. abcdefghij Erro de citação: Código <ref> inválido; não foi fornecido texto para as refs de nome paises


  7. [1] Cid-Gallup


  8. Human Development Report, UNDP


  9. POPULATION BELOW POVERTY LINE(%) CIA - THE WORLD - FACTBOOK


  10. Informe sobre Desarrollo Humano 2015 PNUD


  11. Yale Center for Environmental Law & Policy / Center for International Earth Science Information Network at Columbia University. «Environmental Performance Index 2008». Consultado em 13 de março de 2008 


  12. The Economist Pocket World in Figures 2008. «Quality-of-life index The World in 2005» (PDF). Consultado em 13 de março de 2008 


  13. United Nations. «UNData. Country profiles (1999-2005)». Consultado em 23 de março de 2008  Búsqueda para cada país


  14. abc UNDP Human Development Report 2007/2008. «Table 13: Technology: diffusion and creation» (PDF). Consultado em 20 de março de 2008  page 273-276


  15. UNDP Human Development Report 2007/2008. «Table 22: Energy and the environment» (PDF). Consultado em 23 de março de 2008  page 302-305


  16. UNDP Human Development Report 2007/2008. «Table 24: Carbon dioxide emissions and stocks» (PDF). Consultado em 23 de março de 2008  page 310-313



Ligações externas |


  • Para ver mapa político da região contendo as ilhas




























































  • Portal da América Central
  • Portal da América
  • Portal da geografia



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