Almirante (compositor)
Almirante | |
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Almirante em 1955 | |
Informação geral | |
Nome completo | Henrique Foréis Domingues |
Também conhecido(a) como | A Maior Patente do Rádio |
Nascimento | 19 de fevereiro de 1908 |
Origem | Rio de Janeiro |
País | Brasil |
Morte | 22 de dezembro de 1980 (72 anos) |
Gênero(s) | Marcha Samba |
Período em atividade | 1929-1978 |
Gravadora(s) | Odeon Parlophon Victor Todamérica Continental Sinter Fontana Imperial MEC |
Afiliação(ões) | Bando de Tangarás |
Henrique Foréis Domingues (Rio de Janeiro, 19 de fevereiro de 1908[1] — Rio de Janeiro, 22 de dezembro de 1980[1]) foi um cantor, compositor e radialista brasileiro, também conhecido por Almirante. Seu codinome na Era de Ouro do Rádio era: "a mais alta patente do Rádio".
Pioneiro da música popular no país, começou sua carreira musical em 1928 no grupo amador "Flor do Tempo" formado por alunos do Colégio Batista, do bairro da Tijuca, Rio de Janeiro. Compunham o grupo, além de Almirante (cantor e pandeirista) os violonistas Braguinha (João de Barro) Alvinho e Henrique Brito.
Em 1929, convidados a gravar um disco na Parlophon (subsidiária da Odeon) admitem mais um violonista, do bairro vizinho de Vila Isabel, um jovem talento chamado Noel Rosa. O grupo então é rebatizado para Bando de Tangarás, nome inspirado numa lenda do litoral paranaense, a "dança dos tangarás" qua conta a história de um grupo de passáros (os tangarás) que se reúne para dançar e cantar alegremente.
O "bando" se desfez em 1933 mas Almirante continuou sua carreira como cantor, interpretando sambas e músicas de carnaval, muitas de grande sucesso e hoje clássicos da música popular brasileira, como "O Orvalho Vem Caindo" (Noel Rosa / Kid Pepe), "Yes, Nós Temos Bananas" e "Touradas em Madri" (João de Barro/Alberto Ribeiro), entre outras.
Autor de uma das mais famosas músicas carnavalescas, "Na Pavuna", possuía enorme biblioteca e discoteca sobre música brasileira.
Em 1951, tornou-se o primeiro biógrafo do Poeta da Vila, ao produzir para a Rádio Tupi do Rio de Janeiro a série de programas semanais No Tempo de Noel Rosa, com histórias, depoimentos e interpretações de suas músicas, muitas delas inéditas. Entre 18 de outubro de 1952 e 3 de janeiro de 1953 publicou na Revista da Semana, em capítulos, A Vida de Noel Rosa. Em 1963, com o mesmo título da série radiofônica, a editora Francisco Alves lançou seu livro sobre o ex-companheiro do Bando de Tangarás. Durante todo o tempo em que se manteve ativo, cuidou de formar o arquivo de música popular adquirido pelo Museu da Imagem e do Som, do Rio de Janeiro, em 1965. Almirante morreu de aneurisma cerebral.[2]
Seus maiores sucessos como cantor e/ou compositor:
- 1930 Na Pavuna
- 1931 Eu Vou Pra Vila
- 1931 Já Não Posso Mais
- 1933 Prato Fundo
- 1933 Moreninha da Praia
- 1933 Contraste
- 1933 O Orvalho Vem Caindo
- 1934 Menina Oxigenê
- 1934 Ninguém Fura o Balão
- 1935 Deixa a Lua Sossegada (Braguinha e Alberto Ribeiro)
- 1935 Pensei Que Pudesse Te Amar
- 1936 Amor em Excesso
- 1936 Marchinha do Grande Galo
- 1936 Levei Um Bolo
- 1936 Tarzan (O Filho do Alfaiate)
- 1937 Vida Marvada
- 1937 Apanhei Um Resfriado
- 1938 Yes, Nós Temos Bananas
- 1938 Touradas em Madrid
- 1939 Hino do Carnaval Brasileiro
- 1939 Vivo Cantando
- 1939 O Que é Que Me Acontecia
- 1940 Minha Fantasia
- 1941 Não Sei Dizer Adeus
- 1941 Qual Será o Score Meu Bem?
- 1951 Marchinha do Poeta
Referências
↑ ab Dicionário Cravo Albin de MPB
↑ Veja, edição 643, de 31 de dezembro de 1980