Rio Douro
Nota: Para outros significados, veja Douro (desambiguação).
Duero
Continente | Europa |
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Países | Espanha Portugal |
Localização | Castela e Leão, Distrito de Bragança, Distrito da Guarda, Distrito de Vila Real, Distrito de Viseu, Distrito do Porto |
Coordenadas | 41° 08′ 43″ N, 8° 39′ 24″ O |
Comprimento | 850 km |
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Tipo | Rio |
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Bacia hidrográfica | Região Hidrográfica do Douro |
Área da bacia | 97 290 km2 |
Nascente | Serra de Urbião em Duruelo de la Sierra, Castela e Leão, Espanha |
Altitude da nascente | 2160 m |
Afluentes principais | Rio Águeda (Douro), Rio Távora, Rio Tormes, Rio Adaja, Rio Corgo, Rio Esla, Rio Pisuerga, Rio Tâmega, Rio Tua, Rio Arda, rio Bajoz (d), Rio Trabancos, Arandilla (en), Arroyo Jaramiel (d), Arroyo Valcorba (d), Bañuelos (d), Q6114891, Froya River (d), Q6115189, Q6115406, Rio Uces, Rio Cega, Rio Bestança, Q9071710, Rio Riaza, Rio Rituerto, Ribeiro de Carcavelos, Rio Cabrum, Rio Febros, Rio Frio (Porto), Rio Sousa, Rio Teixeira (Douro), Rio Torto (Douro), Rio Uíma, Rio Varosa, Guareña River (d), Rio Pinhão, Q20018950, Q19858865, Ucero River (d), Q24088954, Rio Paiva, Rio Sabor, Rio Coa, Rio Zapardiel, Rio Duratón, Rio Valderaduey, Rio Huebra |
Caudal médio | 710 m³/s |
Foz | Oceano Atlântico em Canidelo, Vila Nova de Gaia e na Foz do Douro, Porto, Portugal |
O rio Douro (em espanhol: Duero) é um rio que nasce em Espanha na província de Sória, nos picos da Serra de Urbião, GPS (42.007121, -2.879944), (Sierra de Urbión), a 2160 metros de altitude e atravessa o norte de Portugal. A foz do Douro é junto às cidades do Porto e Vila Nova de Gaia. Tem 897 km de comprimento e é o terceiro rio mais extenso da península Ibérica.
A UNESCO incluiu, em 14 de Dezembro de 2001, a Região Vinhateira do Alto Douro (45°68' N, 5°93' W) na lista dos locais que são Património da Humanidade, na categoria de paisagem cultural.
Índice
1 Nome
2 Características
3 Principais afluentes em território espanhol
4 Principais afluentes em território português
5 Barragens no rio Douro
6 Localidades portuguesas na margem do rio Douro
7 Topónimos associados ao rio Douro
8 Turismo fluvial
9 Ver também
10 Referências
11 Ligações externas
Nome |
As versões populares para a origem do seu nome são muitas. A mais provável aponta para o antigo celta dur ou dubr (água, rio)[1]. Outra diz que, nas encostas escarpadas, um rio banhava margens secas e inóspitas. Nele rolavam, noutros tempos, brilhantes pedrinhas que se descobriu serem de ouro. Daí o nome dado a este rio: Douro (de + ouro). Já outra versão diz que o nome do rio deriva do latim duris, ou seja, 'duro', atestando bem a dureza dos seus contornos tortuosos, e das paisagens que atravessa, nomeadamente as altas escarpas das Arribas do Douro, no trecho Internacional do rio, entre Miranda do Douro e Barca d'Alva (Figueira de Castelo Rodrigo). A derivação por via popular do seu nome sugere romanticamente uma ligação a "Rio de Ouro (D'ouro)", mas tal não tem qualquer aderência histórica. A forma escrita em latim: Durius, arabe: Duwiro, em castelhano: Duero e em português: Douro
Características |
O Douro tem como bacia hidrográfica uma superfície de aproximadamente 18 643 km² em território português o que corresponde a cerca de 19,1% da sua área total que é de 97 603 km².
Nasce na Espanha, nos picos da serra de Urbión, (Sória), a 2160 metros de altitude e tem a sua foz na costa atlântica, na cidade do Porto. O seu curso tem o comprimento total de 897 km. Desenvolve-se ao longo de 112 km de fronteira portuguesa e espanhola e de seguida 213 km em território nacional. A sua altitude média é de 700 metros. No início do seu curso é um rio largo e pouco caudaloso. De Zamora à sua foz, corre entre fraguedos em canais profundos. O forte declive do rio, as curvas apertadas, as rochas salientes, os caudais violentos, as múltiplas irregularidades, os rápidos e os inúmeros "saltos" ou "pontos" tornavam este rio indomável.
Aproveitando o elevado desnível, sobretudo na zona do Douro Internacional, onde o desnível médio é de 3m/km, a partir de 1961, foi levado a cabo o aproveitamento hidroeléctrico do Douro. Com a construção das barragens, criaram-se grandes albufeiras de águas tranquilas, que vieram incentivar a navegação turística e recreativa, assim como a pesca desportiva. Excluindo-se os períodos de grandes cheias, pode dizer-se que o rio ficou domado definitivamente.
No troço nacional do Douro, a instalação de eclusas em paralelo com as barragens hidroeléctricas permitiu a criação de um canal de navegação fluvio-marítima.
No seu curso, entre Bemposta e Picote, pode ser visto, nas suas águas espelhadas, tudo o que rodeia este ambiente: as nuvens, o sol, (que queima os olhos, reflectido na água), os montes, as fragas, as aves (patos, garças, águias, abutres, gaivotas). Nas fragas mais altas podem ser vistas aves de rapina, guardando os seus ninhos.
Por outro lado, no rio, espécies indígenas, como o escalo, a enguia e a truta, têm sido dizimadas ou pela pesca à rede descontrolada e/ou pela modificação das condições ambientais (parte do ano estão perto do limite de resistência de algumas espécies). Após a construção da barragem, foi feita a introdução da carpa que, podendo atingir acima dos 20 kg, tem a propriedade de se alimentar de tudo, fazendo a limpeza das barragens mesmo em condições precárias de oxigenação das águas. Mais recentemente, surgiram o achigã, a perca, o lúcio e o lagostim-vermelho. Pode ainda encontrar-se, com abundância, a boga e o barbo[desambiguação necessária] e até mexilhão (idêntico ao do mar).
Porém, passar junto a fragas gigantes, tingidas de várias tonalidades, pela separação de fragmentos de rocha, causadas por dilatações e contracções bruscas, motivadas pelo clima, é esmagador.
Viajando até junto do Douro, que serpenteia entre as arribas, pode ver-se onde vivem e/ou nidificam abutres, grifos, águias, pombos bravos, andorinhas, etc., e nas ladeiras do mesmo, a perdiz, a rola, o estorninho, o melro, o papa figo, etc.
Dentro das matas de zimbros, estevas, carvalhos, sobreiros e pinheiros e outras variedades de vegetação das encostas do Douro, podem ainda encontrar-se espécies cinegéticas, que são uma das maiores riquezas naturais da região: a corça, o javali, o coelho, a lebre, o lobo, a raposa, o texugo, a gineta, etc.
O rio Douro foi e é uma fonte de riqueza para a região e para a aldeia. Antigamente, fazia mover as azenhas que se espalhavam nas suas margens, tais como as azenhas do Sr. António Luís, dos Fróis, dos Melgos e dos Velhos, permitia a pesca, irrigava campos ou enchia os poços das melhores hortas de Bemposta, existentes perto deles, onde se cultivavam as novidades e as árvores de fruta, base de sustento das populações. Mais tarde, com o aproveitamento hidroeléctrico, Bemposta passa a contribuir para a riqueza nacional, distribuindo energia eléctrica ao país. Proporcionou também maior abundância de peixe, através das albufeiras, criando alguns postos de trabalho com a pesca profissional, a que se dedicaram algumas famílias.
Principais afluentes em território espanhol |
Rio Rituerto (esq.)
Rio Riaza (esq.)
Rio Duratón (esq.)
Rio Cega (esq.)
Rio Pisuerga (esq.)
Rio Adaja (esq.)
Rio Zapardiel (esq.)
Rio Trabancos (esq.)
Rio Valderaduey (dir.)
Rio Esla (dir.)
Rio Tormes (esq.)
Rio Huebra (esq.)
Principais afluentes em território português |
Rio Arda (esq.)
Rio Inha (esq.)
Rio Águeda (esq.) - compartilha fronteira Portugal/Espanha (distrito da Guarda/província de Salamanca)
Ribeira de Aguiar (esq.)
Rio Côa (esq.)
Ribeira de Teja (esq.)
Rio Sabor (dir.)
Rio Tua (dir.)
Rio Pinhão (dir.)
Rio Torto (esq.)
Rio Távora (esq.)
Rio Tedo (esq.)
Rio Corgo (dir.)
Rio Varosa (esq.)
Rio Teixeira (dir.)
Rio Cabrum (esq.)
Rio Bestança (esq.)
Rio Paiva (esq.)
Rio Tâmega (dir.)
Rio Sousa (dir.)
Rio Tinto (dir.)[desambiguação necessária]
Barragens no rio Douro |
Cuerda del Pozo - Espanha[2]
San José - Espanha[3]
Villalcampo - Espanha[4]
Castro - Espanha[5]
Miranda - Portugal (Troço Internacional)
Picote - Portugal (Troço Internacional)
Bemposta - Portugal (Troço Internacional)
Aldeiadávila - Espanha (Troço Internacional)[6]
Saucelle - Espanha (Troço Internacional)[7]
Pocinho - Portugal
Valeira - Portugal
Régua (Bagaúste) - Portugal
Carrapatelo - Portugal
Crestuma-Lever - Portugal
Localidades portuguesas na margem do rio Douro |
- Miranda do Douro
- Vila Nova de Foz Côa
- São João da Pesqueira
- Lamego
- Peso da Régua
- Pinhão
- Gondomar
- Vila Nova de Gaia
- Porto
Topónimos associados ao rio Douro |
Margem direita:
- São Lourenço do Douro
- Ribadouro
- Santa Cruz do Douro
- Covas do Douro
- Guiães do Douro
- São Cristóvão do Douro
- Sanfins do Douro
- Celeirós do Douro
Margem esquerda:
- Oliveira do Douro (Vila Nova de Gaia)
- Cinfães (do Douro)
- Oliveira do Douro (Cinfães)
- Valença do Douro
- Ervedosa do Douro
- Soutelo do Douro
- Nagozelo do Douro
Turismo fluvial |
A Via Navegável do Douro foi inaugurada em toda a sua extensão em 1990. São 210 quilómetros desde Barca d’Alva até ao Porto.
Em 2014 passaram pela via navegável 600 mil passageiros. Os cruzeiros na mesma albufeira representam 64% da totalidade de passageiros, movimentando cerca de 400 mil pessoas em 2014. Trata-se de viagens com duração variável, de meia ou uma hora, e que se concentram principalmente nas zonas do Porto-Gaia, e depois também, em menor escala, em Entre-os-Rios, Régua, Pinhão, Foz do Sabor e Pocinho.
O barco hotel alcançou 55 mil passageiros nos 13 barcos a operar.
Os cruzeiros de um dia ultrapassaram os 160 mil passageiros. Estes barcos navegam principalmente nos trajectos Porto-Régua-Porto, Régua-Pinhão-Régua e Régua-Barca d’Alva-Régua.[8]
Ver também |
- Canal de Castela
- Canal de navegação do Douro
Referências
↑ The origin of language and nations por Rowland Jones
↑ Cuerda del Pozo {{es} Embalse_de_Los_Rábanos Los Rábanos ]
↑ San José (em castelhano)
↑ Villalcampo (em castelhano)
↑ Castro (em castelhano)
↑ Aldeadávila (em castelhano)
↑ Saucelle (em castelhano)
↑ «Turismo fluvial no Douro alcança os 600 mil passageiros em 2014»
Ligações externas |
- Douro Valley - Portal turístico sobre a região do Douro
- DouroNet - Portal turístico do Douro
- inDOURO - guia turístico do Douro em língua inglesa
Roteiro do Douro - Guia Turístico do Douro- Lontras regressam à bacia do Douro
- Agência Portuguesa do Ambiente
- SNIRH - Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos
Confederación Hidrográfica del Duero (em castelhano)
Características da via navegável no Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos- Observação de aves no estuário do Douro
- Mapa Sonoro do Rio Douro
- Altodouro
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