Academia Paulista de Letras
Academia Paulista de Letras (APL) | |
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Símbolo oficial da APL | |
A sede da Academia Paulista de Letras em São Paulo | |
Tipo | Associação literária |
Fundação | 27 de novembro de 1909 (109 anos) |
Sede | São Paulo |
Línguas oficiais | Português |
Presidente | Gabriel Chalita |
Sítio oficial | www.academiapaulistadeletras.org.br/ |
A Academia Paulista de Letras é uma instituição sem fins lucrativos que tem como objetivo a difusão da literatura brasileira. Em seu convívio, surgem ideias para disseminar a cultura, principalmente entre crianças e jovens. Foi fundada em 27 de novembro de 1909 por José Joaquim de Carvalho, que foi o seu secretário-geral e primeiro titular da cadeira nº 4.[1]
A instituição conta com 40 membros, entre eles Lygia Fagundes Telles e Ignácio de Loyola Brandão, escolhidos de maneira heterogênea prezando as ideias das três espécies que devem integrar uma academia propostas por Machado de Assis: para ele, uma academia é composta por literatos, personalidades (que conferem visibilidade à instituição) e jovens, que trazem a alegria. Além disso, no mínimo vinte e cinco desses membros devem residir obrigatoriamente em São Paulo (cidade).[2]
O papa Bento XVI foi nomeado mais um membro dos da Academia ("honoris causa") durante sua visita a São Paulo em maio de 2007. Título entregue pelos acadêmicos Ives Gandra da Silva Martins e Antônio Ermírio de Moraes, junto com outros[3].
A sede da Academia foi fundada no ano de 1955 e se encontra no Largo do Arouche, no centro da cidade de São Paulo.[4]
Ela utiliza como símbolo a "rosa de cinco pétalas"[5].
Índice
1 História
2 Sede da APL
3 Características arquitetônicas
4 Significado histórico e cultural
5 Estado atual
6 Acadêmicos
6.1 Presidentes
6.2 Membros fundadores em 1909 e primeiros titulares
6.3 Membros atuais
6.4 Patronos das Cadeiras
7 Revista da APL
8 Galeria
9 Referências
10 Ligações externas
História |
A Academia Paulista de Letras teve sua festa de inauguração no dia 27 de novembro de 1909 promovida por seu idealizador Dr. Joaquim José de Carvalho realizada no palacete do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo[6]; entretanto, a academia teve pouca atividade nos anos que se seguiram.[7]
Estes anos foram conturbados, até chegar 1929 e ocorrer a reforma Gomes Cardim, que leva o nome do acadêmico que a propôs. Dentre as propostas, teve a proposição do número de membros fixos, criou-se a ideia de "membro ausente", ou seja, aquele membro que não reside mais no estado de São Paulo, e propôs a maneira de sucessão dos membros que falecessem.[7]
Após a reforma, que fez grandes melhorias estatutárias, outro ponto importante na história da APL foi o surgimento da revista, em 1939, que ajudou – e muito – a divulgar a Academia e seu trabalho na literatura brasileira, além de ir ao encontro de sua missão.[8]
Posteriormente, na década de 1950, a Academia passou a ter sua própria sede, facilitando o arquivamento dos documentos produzidos pela Academia. Além disso, a sede conta com uma biblioteca[9] que, às quintas à tarde, está disponível apenas para o uso dos acadêmicos; porém, funciona todos os dias com acesso permitido a todos e uma das intenções do atual presidente Gabriel Chalita é de ampliar o acesso a toda a população[10].
Sede da APL |
Quando surgiu, em 1909, a APL não tinha sede; o sonho do acadêmico Alcântara Machado era, justamente, de ter um prédio para a instituição localizado no Largo do Arouche, no centro de São Paulo, o que não viu em sua vida.[11]
Entretanto, no ano de 1943, durante a posse do acadêmico Guilherme de Almeida, os acadêmicos Dr. Altino Arantes e René Thiollier pediram para o interventor Fernando Costa a doação do local onde seria a sede da Academia; com os problemas políticos da época, porém, eles não conseguiram e as reuniões continuaram nas casas dos acadêmicos.[11]
Fernando Costa, após ver as dificuldades da Academia, tanto com a sede quanto financeiras, doou o prédio no Arouche, onde hoje funciona a APL, e prometeu transformá-lo em um palácio da cultura paulistana.[11]
Características arquitetônicas |
Com projeto do arquiteto Jacques Pilon, responsável também pelos projetos da Biblioteca Mário de Andrade e do Viaduto do Pacaembu, o prédio tem características da arte déco já em transição para o modernismo, com traços que mostram absorção das linhas geométricas e racionalização das construções, como característico do período.[12]
As áreas tombadas incluem a fachada de 5,5 mil metros quadrados, sua volumetria, toda a distribuição interna do térreo e dos três pisos iniciais (excluindo os outros 12 andares do total de 16 que tem no prédio), onde está a área usada pela academia. Desta área, inclui o Átrio Fernando Costa de recepção e acesso ao auditório Altino Arantes, o auditório em si (com capacidade para 330 ocupantes)[13], o acesso aos elevadores, a Sala Cláudio de Souza (salão nobre), a Sala de Música, a sala Amadeu Amaral (antessala do balcão superior), a Galeria dos Presidentes, a Sala de sessões Godofredo Silva Telles, o Salão de Chá, a cozinha, o terraço, a Biblioteca José Carlos de Macedo Soares, a Sala de Leitura Antonio Ermírio de Moraes, a Sala Acadêmica Ernesto Leme, a Sala de Periódicos e a Sala Dr. Juarez Ferreira Lopes.[12]
Significado histórico e cultural |
O prédio da Academia Paulista de Letras foi tombado no dia 22 de março de 2010 a partir de processo iniciado no ano anterior. A justificativa publicada no Diário Oficial se divide em cinco partes: é um marco cultural da história de São Paulo, é um exemplo de transição entre os modelos arquitetônicos da arte déco e da arquitetura moderna, é parte histórica do Largo do Arouche e é fruto de uma política cultural pública da gestão de Fernando Costa.[14][4]
Estado atual |
Em 2007, o prédio passou por uma reforma que trouxe maior acessibilidade a deficientes físicos, com a instalação de elevadores e a reforma total do teatro, cujo teto ruiu no ano anterior. Além disso, a entrada, o subsolo e os banheiros passaram pela reforma, que foi a primeira desde a inauguração do prédio.[15][16]
O prédio está em reforma aprovada em 2015 pelo governador Geraldo Alckimin, com a ideia de restaurar a lateral e a fachada, modernizar a cabine de força e impermeabilizar a laje da escada de emergência.[17]
Acadêmicos |
Presidentes |
O primeiro presidente da Academia Paulista de Letras foi Brasílio Machado, no ano de 1909. Entre os presidentes mais notáveis, a APL teve Alcântara Machado (nos anos de 1929 e 1941) e Ives Gandra Martins (entre os anos de 2005 e 2006). O presidente atual é Gabriel Chalita, cujo primeiro mandato iniciou em 2015 e terminou em 2016.[18]
Ao final do seu mandato, em dezembro de 2016, Gabriel Chalita foi reeleito presidente da Academia Paulista de Letras e agradeceu a confiança dos colegas acadêmicos por tê-lo elegido a mais um ano.[19]
Membros fundadores em 1909 e primeiros titulares |
- Brasilio Machado
- Antônio Dino da Costa Bueno
- José Mindlin
- Luís Pereira Barreto
- Joaquim José de Carvalho
- Ulisses Paranhos
- João Vampré
- Milton Vargas
- Freitas Guimarães
- Prisciliana de Almeida
- Venceslau de Queirós
- Eduardo A. R. Guimarães
- Mons. Francisco de Paula Rodrigues
- Alberto Seabra
- Erasmo Braga
- Martim Francisco Filho
- Alberto Faria
- Carlos de Campos
- Silvio de Almeida
- Benedito Otavio
- Claudio de Souza
- Reinaldo Porchat
- Almeida Nogueira
- Estevam de Almeida
- Monsenhor Manfredo Leite
- Carlos Augusto Ferreira
- Antônio de Oliveira
- Gomes Cardim
- Gama Cerqueira
- Rubião Meira
- Valdomiro Silveira
- Eugênio Egas
- Hipólito da Silva
- Ezequiel Ramos Júnior
- Amadeu Amaral
- Basílio de Magalhães
- José Vicente Sobrinho
- Raul Soares de Moura
- Rafael Correia
- Adolfo Pinto
- Pedro Manuel de Toledo
- José Feliciano
Membros atuais |
- Raul Marino Júnior
- Miguel Reale Júnior
- Júlio Medaglia
- Célio Debes
- Gabriel Chalita
- Luiz Carlos Lisboa
- Anna Maria Martins
- Juca de Oliveira
- Marcio Scavone
- Paulo Nogueira Neto
- Eros Grau
- Paulo Nathanael Pereira de Souza
- João Carlos Martins
Walcyr Carrasco[20]
- José Gregori
- Bolívar Lamounier
- Zuza Homem de Mello
- Jorge Caldeira
- Synesio Sampaio Goes Filho
- Renata Pallotini
- Roberto Duailibi
- José de Souza Martins
- Celso Lafer
- Mauricio de Sousa
- José Goldemberg
- José Fernando Mafra Carbonieri
- Fábio Lucas
- Lygia Fagundes Telles
- José Pastore
- Raul Cutait
- Ives Gandra Martins
- Antônio Penteado Mendonça
Jô Soares[21]
- Tércio Sampaio Ferraz Júnior
- Paulo Bomfim
- Dom Fernando Figueiredo
- Ignácio de Loyola Brandão
Ruth Rocha[22]
- Benedito Lima de Toledo
- José Renato Nalini
Patronos das Cadeiras |
- Brigadeiro José Joaquim Machado de Oliveira
Visconde de São Leopoldo (José Feliciano Fernandes Pinheiro)- Matias Aires Ramos da Silva de Éça
- José de Anchieta
- Eduardo Paulo da Silva Prado
- Brigadeiro José Vieira Couto de Magalhães
- José Bonifácio de Andrada e Silva
- Bárbara Eliodora Guilhermina da Silveira Bueno
- Manuel Antônio Álvares de Azevedo
- Cesário Mota Júnior
- Bartolomeu Lourenço de Gusmão
- Paulo Egydio de Oliveira Carvalho
- Alexandre de Gusmão
- Martim Francisco Ribeiro de Andrada
- Luiz Gonzaga Pinto da Gama
- Américo Brasílio de Campos
- Júlio César Ribeiro
- Antônio de Toledo Piza e Almeida
Barão de Piratininga (Antônio Joaquim da Rosa
- José Ezequiel Freire de Lima
- Antonio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e Silva
- João Pereira Monteiro Júnior
- Monsenhor Manuel Vicente Montepoliciano da Silva
- Francisco Quirino dos Santos
Visconde de Porto Seguro (Francisco Adolfo de Varnhagem
- José Martins Fontes
Conselheiro Ramalho (Joaquim Inácio Ramalho)- Antônio Caetano de Campos
- Paulo Francisco de Sales Eiró
- Padre Diogo Antônio Feijó
- Francisco Rangel Pestana
- Ezequiel de Paula Ramos
- Teófilo Odorico de Mesquita Dias
- Pedro Taques de Almeida Pais Leme
- Antônio de Godói Moreira e Costa
- Euclides da Cunha
João Mendes de Almeida, o Velho- Clemente Falcão de Souza Filho
- Gabriel José Rodrigues dos Santos
- José Bonifácio de Andrada e Silva
Revista da APL |
A Academia Paulista de Letras, no ano de 1939, criou uma revista de periodicidade irregular de nome "Revista da Academia Paulista de Letras". A revista se propunha a ser uma publicação de cunho plenamente cultural. A revista teve suas atividades encerradas no ano de 1984.[8]
Galeria |
Busto de Basílio Machado na sede da APL.
Entrada da APL
Átrio Fernando Costa
Vista da Academia Paulista de Letras do Largo do Arouche
Estátua localizada no Átrio Fernando Costa
Referências
↑ «Centros Culturais Academia Paulista de Letras»
↑ Estatuto da Academia Paulista de Letras.
↑ O Estado de S. Paulo
↑ ab «Diário Oficial: Tombamento do prédio da APL» (PDF)
↑ «Academia Paulista de Letras.». Guia da Semana. 5 de fevereiro de 2014. Consultado em 25 de abril de 2017
↑ «Data da Fundação»
↑ ab «Reforma Gomes Cardim»
↑ ab «Revista da Academia Paulista de Letras»
↑ «Academia Paulista de Letras». Catraca Livre
↑ «Chalita assume a presidência da Academia Paulista de Letras»
↑ abc «A sede própria»
↑ ab «Tombamento da Academia Paulista de Letras»
↑ «Locação dos espaços da APL»
↑ «APL completa 100 anos em obras»
↑ «Reforma de 2007»
↑ «Reforma de 2007»
↑ «Academia Paulista de Letras Será Restaurada»
↑ «Presidentes da APL»
↑ «Academia Paulista de Letras reelege Gabriel Chalita como presidente.». Folha de S.Paulo. 2 de dezembro de 2016. Consultado em 25 de abril de 2017
↑ Walcyr Carrasco passa a ocupar uma cadeira na Academia Paulista de Letras ("Contigo", 23/08/2008)
↑ Jô é o novo imortal paulista ("O Estado de S. Paulo", 04/08/2016)
↑ Ruth Rocha é imortal da Academia Paulista ("O Estado de S. Paulo", 26/10/2007)
Ligações externas |
«Site oficial da Academia Paulista de Letras»
«Memória da Academia Paulista de Letras»
«Publicações dos membros da Academia Paulista de Letras»
«Agenda Oficial da Academia Paulista de Letras»