Reino da Ibéria
Nota: Este artigo é sobre reino do Cáucaso. Para outros significados, veja Ibéria (desambiguação).
იბერია Reino da Ibéria | ||||
Reino | ||||
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Cáucaso em 290 a.C. O Reino da Ibéria está em marrom. | ||||
Continente | Eurásia | |||
Região | Cáucaso | |||
Capital | Armazi Mtsqueta Tbilisi | |||
Língua oficial | Georgiano | |||
Religião | Paganismo (até 337) Cristianismo | |||
Governo | Monarquia | |||
Rei | ||||
• 302-237 a.C. | Farnabazo I | |||
• 547 – 580 | Bacúrio III | |||
Período histórico | Antiguidade/Idade Média | |||
• 302 a.C. | Fundação | |||
• 580 d.C. | Dissolução |
Ibéria (em georgiano: იბერია; em latim: Iberia/Iberi; em grego: Ἰβηρία) foi o nome dado pelos antigos gregos e romanos ao reino georgiano de Ibéria, que existiu entre os séculos IV a.C. e V d.C. e que correspondia aproximadamente ao leste e ao sul da atual República da Geórgia.
Índice
1 Iberos do leste e do oeste
2 História
2.1 Primórdios
2.2 Queda do Reino
3 Reis da Ibéria
4 Referências
4.1 Bibliografia
5 Ligações externas
Iberos do leste e do oeste |
A similaridade do termo Ibéria para a Península Ibérica (oeste da Europa) e para a região do Cáucaso (leste), que se verifica em todas as denominações em línguas indo-europeias e mesmo em outras, sempre suscitou a ideia de alguma relação de parentesco entre os povos ditos "iberos" do oeste e do leste. Vários autores da Antiguidade e da Idade Média levantaram essa hipótese de uma origem comum, mas não souberam explicar isso diante da grande distância geográfica entre os dois grupos, nem definiram de onde teriam se originado ambas etnias. Essa teoria da origem próxima comum teria sido bem aceita na Geórgia medieval, tendo o proeminente escritor religioso do país, Giorgi Mthatzmindeli (1009-1065) se referido a alguns nobres georgianos que teriam pretendido viajar até o extremo sudoeste da Europa para visitar os Georgianos do Oeste.
História |
Primórdios |
A área era habitada por várias tribos relacionadas entre si, conhecidas como "iberos" por antigos autores. O reino local, Cártlia, deve seu nome a um mítico chefe de nome Cartlos.
Os povos Moschi (Tubal e Mesech) que muitos historiadores clássicos mencionam (também a Bíblia) e seus prováveis descendentes os Sasper, citados por Heródoto, teriam sido os responsáveis pela consolidação das diversas tribos nessa região. A provável origem etimológica de Ibéria derivaria de Sasper via Sasper >Speri >Hberi >Iberi. Os Moschi teriam se deslocado para o nordeste em migração, sendo que sua principal tribo, os Mtsqueta, originaram o nome da capital. Seu primeiro assentamento teve o nome dado por autores medievais georgianos, Arrian-Kartli, sob o domínio do Império Aquemênida. Foram governados por um príncipe de nome mamasakhlisi.
A obra medieval Moktsevai Kartlisai («Conversão de Ibéria») fala de um certo Azo e seu povo, os quais se assentaram na futura capital Mtsqueta ( declarada Patrimônio da Humanidade, fica perto de Tbilisi). Outras antigas crônicas, as Kartlis Tskhovreba ("História de Ibéria"), informam que Azo seria um oficial de Alexandro Magno, que derrotou uma dinastia local e conquistou o território, tendo sido depois expulso por Parnabazo I da Ibéria.
Queda do Reino |
A contínua rivalidade entre o Império Bizantino e o Império Sassânida pela supremacia no Cáucaso e a fracassada insurreição do ano 526 dos georgianos, liderada por Gurgenes, foi de consequências danosas ao país. Desde então, o rei da Ibéria teve um poder apenas simbólico, pois o país estava sob domínio persa. Em 580, Hormisda IV (r. 578–590) aboliu a monarquia depois da morte do rei Bacúrio III. A Ibéria passou a ser uma província persa administrada por um governador (marzobam). Em 582, nobres georgianos solicitaram ajuda ao imperador Maurício I (r. 582–602) de Constantinopla para fazer renascer o Reino da Ibéria, mas, em 591, os bizantinos e os persas preferiram fazer um acordo para dividir a região, ficando Tbilisi com os persas e Mtsqueta com os bizantinos.
Reis da Ibéria |
- Samara de Mtsqueta (355-322 a.C.)
- Azon de Mtsqueta (322-302 a.C.)
Dinastia farnabázida
Farnabazo I [1] (302-237 a.C.)
Saurmague I [1] (237-162 a.C.)
Miriam I [2] (162-112 a.C.)
Farnadjom ou Parnajom [2] (112-93 a.C.)
Dinastia Arsácida
Ársaces I[2] (93-81 a.C.)
Artoces [2] (81-63 a.C.)
Dinastia nimrodida ou farnabázida (restaurada)
Farnabazo II [2] (63-32 a.C.)
Miriam II [2] (32-23 a.C.)
Ársaces II [2] (23 a.C.-2 d.C.)
Dinastia arsácida (restaurada)
Farasmanes I [2] (2-58)
Mitrídates I [2] (58-106)- Amazaspo I (106-116)
- Farasmanes II Kvéli, o Bom (116-132)
- Radamisto I (132-135)
- Farasmanes III (135-185)
- Amazaspo II (185-189)
Dinastia Arsácida
- Rev I o Justo (189-216)
- Vacé I (216-234)
- Bacúrio I (234-249)
- Mitrídates II (249-265)
Amazaspo III, anti-rei (260-265)- Aspagur (265-284)
Dinastia cosroida
Meribanes III, introduziu o Cristianismo na Geórgia (284-361)- Rev II, co-rei c/ Miriam (345-361)
- Saurmague II (361-363)
- Varaz-Bacúrio I
- Mitrídates III (365-380)
- Varaz-Bacúrio II
- Tirídates (394-406)
Farasmanes IV (406-409)- Mitrídates IV (409-411)
- Archil (411-435)
- Mitrídates V (435-447)
Vactangue I (447-502)- Vache II, ou Dachi II, ou Darchi II, ou Darchil II (502-514)
- Bacúrio II (514-528)
- Farasmanes V (528-542)
- Farasmanes VI (542-547)
Bacúrio III (547-580)
Referências
↑ ab Kartlis Tskhovreba, Capítulo 3 [em linha]
↑ abcdefghi Kartlis Tskhovreba, Capítulo 4 [em linha]
Bibliografia |
- Thomson, Robert W. Rewriting Caucasian History (1996) ISBN 0-19-826373-2
- Braund, David. Georgia in Antiquity: A History of Colchis and Transcaucasian Iberia, 550 BC-AD 562 (New York: Oxford University Press, 1994) ISBN 0-19-814473-3
- Lang, David Marshall. The Georgians (London: Thames & Hudson, 1966)
Toumanoff, Cyril. Studies in Christian Caucasian History. Washington D.C.: Georgetown University Press, 1963.
Ligações externas |
História das relações Irã-Geórgia - artigo da Encyclopaedia Iranica
Iberia em www.amarcord.be (em neerlandês)- Iberia no Web Site da Associação Ibérica
- Iberia: história, arqueologia
- Strabo em Iberia