Mortágua





Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Mortágua (desambiguação).

Coordenadas: 40° 23' 35" N 8° 14' O










































































Mortágua

Brasão de Mortágua

Bandeira de Mortágua




Mortágua tarde.JPG
Vista de Mortágua e da sua várzea


Localização de Mortágua

Gentílico

Mortaguense

Área
251,18 km²

População
9 607 hab. (2011)

Densidade populacional
38,2  hab./km²

N.º de freguesias
7

Presidente da
câmara municipal
José Júlio Norte (PSD)

Fundação do município
(ou foral)


1192

Região (NUTS II)

Norte (Região das Beiras)

Sub-região (NUTS III)

Dão-Lafões

Distrito

Viseu

Província

Beira Alta

Orago

Nossa Senhora da Assunção

Feriado municipal

Quinta-feira de Ascensão

Código postal
3450

Sítio oficial

http://www.cm-mortagua.pt
Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg

Mortágua é uma vila portuguesa do distrito de Viseu, situada na província da Beira Alta, região do Centro (Região das Beiras) e sub-região do Baixo Mondego, com 1 153 habitantes.[1]


É sede de um município com 251,18 km² de área[2] e 9 607 habitantes (2011),[3][4] subdividido em 7 freguesias.[5] O município é limitado a norte pelo município de Águeda, a nordeste por Tondela, a leste por Santa Comba Dão, a sul por Penacova e a oeste pela Mealhada e por Anadia. Está integrado na Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra.




Índice






  • 1 História


  • 2 População


  • 3 Freguesias


  • 4 Património


  • 5 Geminações


  • 6 Figuras Ilustres


  • 7 Lista de Presidentes da Câmara Municipal (desde 1937)


  • 8 Notas


  • 9 Referências


  • 10 Ligações externas





História |


Considera-se que, as primeiras comunidades de humanos, se instalaram no actual território de Portugal, há cerca de 1 500 000 anos, assim como no actual território do concelho de Mortágua. A comprová-lo, está o facto de se terem encontrado, em alguns concelhos vizinhos ao de Mortágua, vestígios arqueológicos datados do Paleolítico, principalmente nos concelhos de Anadia e da Mealhada. Para além disso, mesmo no próprio concelho de Mortágua, crê-se que existam vestígios de arte rupestre, na zona norte do concelho, perto da aldeia de Mortazel, na freguesia do Sobral.


Por volta do ano 218 a.C., os Romanos invadem a Península Ibérica, travando na região do concelho de Mortágua, numerosas lutas com o povo Lusitano, que aqui habitava anteriormente. Após a conquista da Península Ibérica pelos Romanos, e a posterior "romanização", acredita-se que tenha atravessado o território do actual município, uma estrada romana que fazia a ligação entre o litoral e o interior da região ibérica.


Na localidade da Quinta do Vau existe um brasão romano.


Alguns séculos mais tarde, durante a Reconquista Cristã, após a invasão dos árabes à Península Ibérica, pressupõe-se que Mortágua tenha sido reconquistada algures entre 1058 e 1064 que são respectivamente, os anos da reconquista de Viseu e de Coimbra.


Após a fundação do reino de Portugal (em 1143), inicia-se uma reorganização administrativa, da qual nascem os concelhos. Mortágua recebe o seu primeiro foral em 1192, concedido pela rainha Dulce de Aragão, esposa do rei D. Sancho I. O foral que viria a ser confirmado em 1514, por D. Manuel I, estabelecia todo o modelo administrativo do concelho, como os impostos que os moradores deviam pagar, a forma de aplicação da justiça, etc…


O território do então concelho de Mortágua, não tinha todo o actual município, mas apenas a sede do concelho e algumas localidades adjacentes. O restante território, continuou dividido entre terras pertencentes ao rei (os reguengos), aos clérigos (os coutos) e aos nobres (as honras), uma situação que só seria resolvida nas reformas da administração pública no século XIX.


Em 1810, liderada pelo General Massena, a 3ª Invasão Francesa a Portugal atravessa o actual território do concelho de Mortágua, marcando-o muito negativamente, devido aos saques, pilhagens e incêndios provocados pelos soldados franceses, que aqui pernoitaram e preparam a batalha do Buçaco, na qual seriam derrotados, pelas tropas anglo-lusas.


Até ao século XIX, quem trabalhava a terra não era o seu dono, mas os moradores, que eram apenas arrendários vitalícios, e que podiam ser expulsos das suas terras e casas se não cumprissem os contratos estipulados com os donatários das terras. No entanto, os donatários sempre foram pessoas de outros locais, e eram muitas vezes desconhecidos pelos próprios trabalhadores, a quem estes sempre foram obrigados, desde a Idade Média, a entregar as suas rendas pela exploração das terras.


Com as reformas da administração, feitas pelos governos liberais, no século XIX, este regime é extinto, assim como as ordens religiosas, cujos bens se tornam património nacional.


Também nesta altura, com a extinção de vários concelhos, o município de Mortágua passa a ter o seu actual território, com a inclusão da freguesia de Almaça, após a sua desagregação do concelho de Óvoa tendo as freguesias restantes deste concelho, sido repartidas pelos municípios de Santa Comba Dão e Penacova.


Na segunda metade do século XIX, o concelho de Mortágua conhece um grande desenvolvimento, com a instalação de numerosas indústrias no concelho, e a abertura de novas vias de comunicação como a estrada entre Mealhada e Viseu (em 1854), e a Linha da Beira Alta entre Figueira da Foz e a fronteira de Vilar Formoso (em 1882).


No século XX, é inaugurada, na década de 1980, a Barragem da Aguieira, que permite o início do desenvolvimento turístico da albufeira e de parte do concelho. Na mesma década, assim como na década de 1990, a economia industrial do concelho de Mortágua, sofre uma grave crise, com o encerramento e deslocalização de algumas das suas fábricas.


No início da década de 1990, é inaugurado o IP3, uma via rápida que ligava Coimbra a Viseu, atravessando o concelho no seu extremo sudoeste. Em meados desta década, é renovada e electrificada a Linha da Beira Alta, passando o concelho a estar servido por uma linha ferroviária moderna e segura.


Já no século XXI, durante o Inverno de 2003, o concelho de Mortágua é alvo da atenção nacional pelos piores motivos. Neste ano, uma barragem do concelho, a Barragem do Lapão, construída poucos anos antes, para permitir a irrigação da várzea de Mortágua, ameaça rebentar durante o seu primeiro enchimento, e se tal viesse a acontecer, algumas das localidades do município, e até a própria vila de Mortágua, poderiam sofrer graves inudações. Conseguiu-se esvaziar a tempo e com segurança, toda a água da barragem, apesar de ter sido necessário demolir algumas das suas estruturas, para que a albufeira esvaziasse mais depressa. Nunca foram apuradas as responsabilidades deste caso, estando a Barragem do Lapão actualmente desactivada e degradada, e o projecto da irrigação da várzea de Mortágua foi suspenso.


Em 2008, o concelho de Mortágua é visitado pelo primeiro-ministro português, José Sócrates, que aqui vem para lançar a adjudicação da concessão rodoviária Auto-estradas do Centro. Esta concessão, incluía, entre outros troços, a construção da A24, uma auto-estrada entre Coimbra e Viseu para substituir o IP3 (uma das mais perigosas vias rodoviárias de Portugal), e a A35, uma auto-estrada entre Mira e Mangualde, mas que para já, seria apenas construída entre a Mealhada e Mangualde, para ligar duas das mais importantes vias rodoviárias de Portugal, a A1 (entre Lisboa e Porto) e a A25 (entre Aveiro e Vilar Formoso), mas que, em qualquer caso, atravessaria o concelho de Mortágua. Apesar do início das obras estar previsto para 2009, até agora, ainda não foi iniciada a sua construção, devido a problemas no concurso público.


Em 2008, a Câmara Municipal de Mortágua, anunciou a construção de uma nova zona industrial no concelho, que se localizará junto à futura ligação de Mortágua à nova auto-estrada.


Portanto, actualmente, Mortágua é um concelho que procura um desenvolvimento próspero e equilibrado.



População |






































Número de habitantes [6]

1864

1878

1890

1900

1911

1920

1930

1940

1950

1960

1970

1981

1991

2001

2011
8 313
9 109
9 004
8 834
9 210
9 498
10 268
11 202
12 616
13 024
11 625
11 291
10 662
10 379
9 607

(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)























































































Número de habitantes por Grupo Etário [7]


1900

1911

1920

1930

1940

1950

1960

1970

1981

1991

2001

2011

0-14 Anos
2 564
3 249
3 341
3 074
3 778
4 082
4 231
3 235
2 747
2 097
1 246
1 012

15-24 Anos
1 437
1 401
1 434
1 967
1 848
2 062
2 151
2 045
1 880
1 479
1 522
902

25-64 Anos
3 712
3 852
3 741
4 193
4 597
5 260
5 573
5 275
5 117
5 317
5 416
5 018

= ou > 65 Anos
612
682
667
729
854
975
1 069
1 070
1 547
1 769
2 195
2 675
> Id. desconh
16
15
34
30
43

(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no concelho à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)



Freguesias |




Freguesias do concelho de Mortágua.


























































Freguesias de Mortágua
Brasão
Freguesia
População[3][4]
Área[2]
(km²)

?

Cercosa
303
8,72

MRT-espinho.png

Espinho
1 105
41,34

Marmeleira.gif

Marmeleira
503
18,51
?

Mortágua, Vale de Remígio, Cortegaça e Almaça
3 992[8]
52,10

MRT-pala.png

Pala
1 016
48,86

MRT-sobral.png

Sobral
2 311
64,15

?



Trezói
377
17,51


Património |



Ver artigo principal: Lista de património edificado em Mortágua

  • Pelourinho de Mortágua


Geminações |


Mortágua está geminada com:




  • Portugal Figueira da Foz, Coimbra, Portugal (desde 1995)


  • Luxemburgo Wormeldange, Grevenmacher, Luxemburgo (desde 5 de Junho de 2004).



Figuras Ilustres |




  • Tomás da Fonseca (1877–1968), escritor.


  • Branquinho da Fonseca (1905–1974), escritor e fundador do Serviço de Bibliotecas Itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian.



Lista de Presidentes da Câmara Municipal (desde 1937) |



  •  ?–1937: Manuel dos Santos Condeixa[nota 1][9]


  • 1937–1944: António Lopes Fernandes de Abreu[9]


  • 1944–1958: José de Abreu[9]


  • 1958–1965: Artur de Gouveia Leitão[9]


  • 1965–1973: António Monteiro Freire Beirão[9]


  • 1973–1974: Políbio Carvalho[9][10]


  • 1974–1974: Victor Hugo Miragaia[nota 1][9]


  • 1974–1975: Albano Morais Lobo[nota 1][9]


  • 1975–1976: José Augusto de Paiva Tomás[nota 1][9]


  • 1977–1990: Bráulio Afonso Sousa (PPD-PSD)


  • 1990–2013: Afonso Sequeira Abrantes (PS)


  • 2013– : José Júlio Norte (Independente, eleito pelas listas do PPD-PSD)


Notas




  1. abcd Foi Presidente de uma Comissão Administrativa, em vez da Câmara Municipal propriamente dita.



Referências




  1. «Mortágua». Município de Mortágua. Consultado em 6 de dezembro de 2014 


  2. ab Instituto Geográfico Português (2013). «Áreas das freguesias, municípios e distritos/ilhas da CAOP 2013» (XLS-ZIP). Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), versão 2013. Direção-Geral do Território. Consultado em 28 de novembro de 2013 


  3. ab INE (2012). Censos 2011 Resultados Definitivos – Região Centro. Lisboa: Instituto Nacional de Estatística. p. 104. ISBN 978-989-25-0184-0. ISSN 0872-6493. Consultado em 27 de julho de 2013 


  4. ab INE (2012). «Quadros de apuramento por freguesia» (XLSX-ZIP). Censos 2011 (resultados definitivos). Tabelas anexas à publicação oficial; informação no separador "Q101_CENTRO". Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 27 de julho de 2013 


  5. Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro: Reorganização administrativa do território das freguesias. Anexo I. Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Suplemento, de 28/01/2013.


  6. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes


  7. INE - http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos_quadros


  8. Valor obtido somando as populações das antigas freguesias que lhe deram origem


  9. abcdefghi Pires de Almeida, Maria Antónia (2013). O Poder Local do Estado Novo à Democracia: Presidentes de câmara e governadores civis, 1936-2012 (PDF). [S.l.: s.n.] p. 318. ISBN 978-989-20-3663-2 


  10. «Edital n.º 63/2015» (pdf). Câmara Municipal de Mortágua. 9 de novembro de 2015. Consultado em 9 de setembro de 2016 



Ligações externas |



  • www.cm-mortagua.pt Câmara Municipal de Mortágua

  • Fotos e videos de Portugal




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