Dorothy Lamour
Dorothy Lamour | |
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Dorothy Lamour no trailer do filme The Hurricane de 1937. | |
Nome completo | Mary Leta Dorothy Slaton |
Nascimento | 10 de dezembro de 1914 Nova Orleans, Luisiana, Estados Unidos |
Nacionalidade | Estadunidense |
Morte | 22 de setembro de 1996 (81 anos) Los Angeles, Califórnia, Estados Unidos |
Ocupação | Atriz, cantora |
Atividade | 1933 - 1995 |
Cônjuge | Herbie Kay (1935-1939 divorciada) William Ross Howard III (1943-1978 sua morte) |
IMDb: (inglês) |
Dorothy Lamour, pseudônimo de Mary Leta Dorothy Slaton (Nova Orleans, 10 de dezembro de 1914 — Los Angeles 22 de setembro de 1996), foi uma actriz de cinema norte-americana.
Índice
1 Biografia
1.1 Cinema
2 Filmografia
3 O "mito" na literatura e poesia
4 Ligações externas
Biografia |
Nascida na Louisiana, Lamour possuía o sonho de ser cantora. Foi Miss Nova Orleans no ano de 1931. Chegou a trabalhar como ascensorista até que veio a se tornar vocalista na banda de Herbie Kay, seu primeiro marido (1935). Logo se separa, dando vazão ao sonho de conquistar Hollywood: aos 22 anos consegue seu primeiro papel num filme - uma "ponta" em The Stars Can't Be Wrong, de 1936.
Ainda neste mesmo ano participa de outra película - justamente o papel que veio a construir sua imagem - como uma "garota das selvas", num filme ao estilo de Tarzan, célebre personagem de Edgar Rice Burroughs, como a selvagem Ulah, vestida em trajes mínimos e sensuais. Este papel alavancou-lhe a carreira, tornando-a por muitos anos uma das actrizes mais cobiçadas, sex-symbol do cinema norte-americano.
Cinema |
A partir de 36 seu nome passa a figurar dentres as divas das telas. A figura sensual, minimamente vestida para os padrões da época, despertaram a fantasia dos adolescentes de todo o mundo.
Mas não apenas nas selvas atuou Lamour: realizou sete comédias globe-trotters com a dupla Bing Crosby e Bob Hope, entre os anos de 1940 e 1962.
Sua extensa filmografia aprensenta mais de sessenta filmes no cinema e, na fase final da carreira, com a idade, inúmeras aparições na televisão. Atuou até 1987, ano de seu último trabalho no cinema.
Morreu aos 81 anos, de ataque cardíaco.
Filmografia |
Com destaque para "Road to Rio", de 1947, onde Lamour faz o papel de uma brasileira - Lucia Maria de Andrade - seus principais filmes foram:
Título | Ano | Personagem |
---|---|---|
Creepshow 2 | 1987 | Martha Spruce |
Death at Love House | 1976 | Denise Christian |
Won Ton Ton, the Dog Who Saved Hollywood | 1976 | estrela de cinema entrevistada |
Pajama Party | 1964 | vendedora-chefe |
Donovan’s Reef | 1963 | Senhorita Lafleur |
Road to Bali | 1952 | Princesa Lala |
The Greatest Show on Earth | 1952 | Phyllis |
Manhandled | 1949 | Merl Kramer |
Slightly French | 1949 | Mary O'Leary |
The Lucky Stiff | 1949 | Anna Marie St Claire |
The Girl from Manhattan | 1948 | Carol Maynard |
Lulu Belle | 1948 | papel-título |
On Our Merry Way | 1948 | Gloria Manners |
Road to Rio | 1947 | Lucia Maria de Andrade |
Wild Harvest | 1947 | Fay Rankin |
My Favorite Brunette | 1947 | Baronesa Carlotta Montay |
Road to Utopia | 1946 | Sal Van Hoyden |
Masquerade in Mexico | 1945 | Angel O'Reilly |
A Medal for Benny | 1945 | Lolita Sierra |
Duffy's Tavern | 1945 | Ela mesma |
Rainbow Island | 1944 | Lona |
And the Angels Sing | 1944 | Nancy Angel |
Riding High | 1943 | Ann Castle |
Dixie | 1943 | Millie Cook |
They Got Me Covered | 1943 | Christina Hill |
Road to Morocco | 1942 | Princesa Shalmar |
Beyond the Blue Horizon | 1942 | Tama |
The Fleet's In | 1942 | A Condessa |
Aloma of the South Seas | 1941 | Aloma |
Caught in the Draft | 1941 | Antoinette 'Tony' Fairbanks |
Road to Zanzibar | 1941 | Donna Latour |
Chad Hanna | 1940 | Albany Yates - Lady Lillian |
Moon Over Burma | 1940 | Arla Dean |
Typhoon | 1940 | Dea |
Johnny Apollo | 1940 | Mabel 'Lucky' DuBarry |
Road to Singapore | 1940 | Mima |
Disputed Passage | 1939 | Audrey, Hilton |
Man About Town | 1939 | Diana Wilson |
St. Louis Blues | 1939 | Norma Malone |
Spawn of the North | 1938 | Nicky Duval |
Tropic Holiday | 1938 | Manuela |
Her Jungle Love | 1938 | Tura |
The Big Broadcast of 1938 | 1938 | Dorothy Wyndham |
Thrill of a Lifetime | 1937 | Specialty |
The Hurricane | 1937 | Marama |
High, Wide and Handsome | 1937 | Molly Fuller |
The Last Train from Madrid | 1937 | Carmelita Castillo |
Swing High, Swing Low | 1937 | Anita Alvarez |
The Jungle Princess | 1936 | Ulah |
College Holiday | 1936 | sem crédito |
The Stars Can't Be Wrong | 1936 | — |
Footlight Parade | 1933 | corista (sem crédito) |
O "mito" na literatura e poesia |
A escritora brasileira Rachel de Queiroz, no conto "Tangerine Girl", traz o ideal de beleza latina, no imaginário americano da primeira metade do século XX, personificado por Dorothy Lamour. No excerto abaixo, a percuciente análise do efeito quase genérico, então provocado pelo cinema, entre os jovens marinheiros que, durante a II Guerra Mundial, aportavam na costa do Nordeste do país:
- "No posto de dirigíveis criava-se aquela tradição da menina do laranjal. Os marinheiros puseram-lhe o apelido de "Tangerine-Girl". Talvez por causa do filme de Dorothy Lamour, pois Dorothy Lamour é, para todas as forças armadas norte-americanas, o modelo do que devem ser as moças morenas da América do Sul e das ilhas do Pacífico. Talvez porque ela os esperava sempre entre as laranjeiras. E talvez porque o cabelo ruivo da pequena, quando brilhava á luz da manhã, tinha um brilho acobreadao de tangerina madura. Um a um, sucessivamente, como um bem de todos, partilhavam eles o namoro com a garota Tangerine. O piloto da aeronave dava voltas, obediente, voando o mais baixo que lhe permitiam os regulamentos, enquanto 0 outro, da janelinha, olhava e dava adeus."[1]
- "No posto de dirigíveis criava-se aquela tradição da menina do laranjal. Os marinheiros puseram-lhe o apelido de "Tangerine-Girl". Talvez por causa do filme de Dorothy Lamour, pois Dorothy Lamour é, para todas as forças armadas norte-americanas, o modelo do que devem ser as moças morenas da América do Sul e das ilhas do Pacífico. Talvez porque ela os esperava sempre entre as laranjeiras. E talvez porque o cabelo ruivo da pequena, quando brilhava á luz da manhã, tinha um brilho acobreadao de tangerina madura. Um a um, sucessivamente, como um bem de todos, partilhavam eles o namoro com a garota Tangerine. O piloto da aeronave dava voltas, obediente, voando o mais baixo que lhe permitiam os regulamentos, enquanto 0 outro, da janelinha, olhava e dava adeus."[1]
(in: "O Melhor da Crônica Brasileira", José Olympio Editora – Rio de Janeiro, 1997, pág. 47 - coletânea).
Também a música traz referência à sua figura sensual. O choro "Dorothy Lamour"[2], de Fausto Nilo e Petrúcio Maia deixa claro que não apenas nos jovens americanos a bela actriz despertava emoções, mas por todo o mundo:
- "A tua cor, o teu nome
- Mentira azul
- Tudo passou, teu veneno,
- Teu sorriso blue
- Hoje eu sou
- Água-viva dos mares do sul
- Não quero mais chorar
- Te rever, Dorothy Lamour"
- "A tua cor, o teu nome
Ligações externas |
- Resumo biográfico
Lamour no IMDB (em inglês)