Escola pitagórica









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O pentagrama era o símbolo da Escola Pitagórica.‎






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A Escola Pitagórica, fundada por Pitágoras, foi uma influente corrente da filosofia grega, pertencendo a ela alguns dos mais antigos filósofos pré-socráticos.[1]Temistocléia foi a mestre de Pitágoras; ela era alta profetisa, filósofa e matemática.[2][3] Outros pensadores importantes dessa escola: Filolau, Arquitas, Alcmeão; a matemática e física Teano, que foi, possivelmente, casada com Pitágoras, a filósofa Melissa.


Esses pensadores manifestam ao mesmo tempo tendências místico-religiosas e tendências científico-racionais. A influência estende-se até nossos dias.


A escola teve como ponto de partida a cidade de Crotona, sul da Itália, e difundiu-se vastamente. Trata-se da escola filosófica grega mais influenciada exteriormente pelas religiões orientais, e que por isso mais se aproximou das filosofias dogmáticas regidas pela ideia de autoridade. O pitagorismo influenciou o futuro platonismo, o cristianismo e ainda foi invocado por sociedades secretas que atravessaram o tempo até alcançarem os dias de hoje. O símbolo da Escola Pitagórica era o pentagrama, uma estrela de cinco pontas.


Pitágoras ficou conhecido também como o "filósofo feminista", visto que na escola havia muitas mulheres discípulas e mestres, tais como Teano.



Os pitagóricos e a matemática |


Os pitagóricos foram muito importantes no desenvolvimento da matemática grega. A sua vez, a matemática influenciou sua posição filosófica concebendo que os números são os princípios de todas as coisas. Aristóteles afirma na Metafísica:


os denominados pitagóricos captaram por vez primeiro as matemáticas e, além de desenvolvê-las, educados por elas, acreditaram que os princípios delas eram os princípios de todas as coisas. Como os números eram, por natureza, os princípios delas [...] e apareciam os números como primeiros em toda a natureza, pensaram que os elementos dos números eram os elementos de todas as coisas.[4]

Com relação à metafísica, Zeller afirma que a característica distintiva dos pitagóricos é a afirmação de que o número é a essência de todas as coisas e que toda coisa é, na sua essência, número.[5] Para a epistemologia pitagórica, o fragmento 4 de Filolau, DK44B4, é frequentemente citado, pois nele Filolau afirma que "todas as coisas que podemos conhecer contêm número".[6]



Referências




  1. Kirk-Raven [1977] , p. 236.


  2. LA ÉPOCA DEL PUNTO


  3. The delay of the clock of the Universe: Isaac Newton and the knowledege of the ancients


  4. Aristóteles, Metafísica, A5, 985b23–986a2.


  5. Zeller [1881] , pp. 369–370.


  6. Ver Huffman [1993] , pp. 172–177.



Bibliografia |




  • ARISTOTLE (1924). Metaphysics (em grego). Greek text by W. D. Ross. Oxford: Clarendon Press 


  • Huffman, Carl A (1993). Philolaus of Croton: Pythagorean and presocratic. A commentary on the fragments and testimonia with interpretive essays (em inglês). Cambridge: Cambridge University Press 


  • JAEGER, Werner (1952). La teología de los primeiros filósofos griegos (em espanhol). México: Fondo de Cultura Económica 


  • Kirk, G.S.; Raven, J.S. (1977). The Presocratic Philosophers (em inglês). Cambridge: Cambridge University Press  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)

  • SPINELLI, Miguel. Filósofos Pré-Socráticos. Primeiros Mestres da Filosofia e da Ciência Grega. 2ª edição. Porto Alegre: Edipucrs, 2003, pp. 93–272.


  • E. Zeller (1881). History of Greek philosophy. vol I (em inglês). London: Longmans, Green and Co 









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