Brumado
Município de Brumado | |||||
"Capital do Minério" "Brumas" "BDO" | |||||
Vista parcial da cidade | |||||
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Hino | |||||
Aniversário | 11 de junho | ||||
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Fundação | 11 de junho de 1877 (141 anos) | ||||
Gentílico | brumadense[1] | ||||
Lema | In omnibus primus "Em primeiro lugar"[2] | ||||
Padroeiro(a) | Senhor Bom Jesus | ||||
CEP | 46100-000 a 46109-999 | ||||
Prefeito(a) | Eduardo Vasconcelos (PSB) (2017 – 2020) | ||||
Localização | |||||
Localização de Brumado na Bahia Brumado | |||||
Unidade federativa | Bahia | ||||
Região intermediária | Vitória da Conquista IBGE/2017[3] | ||||
Região imediata | Brumado IBGE/2017[3] | ||||
Municípios limítrofes | Norte: Livramento de Nossa Senhora e Dom Basílio; Nordeste: Rio de Contas, Tanhaçu e Ituaçu; Leste: Aracatu; Oeste: Rio do Antônio e Lagoa Real; Sudoeste: Malhada de Pedras; Sul: Caraíbas[4] | ||||
Distância até a capital | 555 km | ||||
Características geográficas | |||||
Área | 2 207,612 km² [1] | ||||
Distritos | Brumado (sede), Cristalândia, Itaquaraí e Ubiraçaba[5] | ||||
População | 67 048 hab. (BA: 31°) – estatísticas IBGE/2018[1] | ||||
Densidade | 30,37 hab./km² | ||||
Altitude | 454 m | ||||
Clima | semiárido BSh | ||||
Fuso horário | UTC−3 | ||||
Indicadores | |||||
IDH-M | 0,656 médio PNUD/2010[6] | ||||
Gini | 0,52 PNUD/2010[7] | ||||
PIB | R$ 1 370 329 mil IBGE/2016[8] | ||||
PIB per capita | R$ 19 724,63 IBGE/2016[8] | ||||
Página oficial | |||||
Prefeitura | www.brumado.ba.gov.br | ||||
Câmara | www.cmbrumado.ba.gov.br |
Brumado é um município brasileiro no interior do estado da Bahia, Região Nordeste do país. Encontra-se localizado no centro-sul baiano, a 555 quilômetros da capital estadual, Salvador. Sua população estimada em 2018 era de 67 048 habitantes.[1]
Sua área territorial é de 2 207,612 km² quilômetros quadrados, sendo a área da sede de 2 174 km², a uma altitude de 454 metros.[9] O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é 0,656 (médio).[10]
Um levantamento feito pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN) constatou que Brumado é considerado o sexto município mais desenvolvido da Bahia, baseado no Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM 2013), publicado em 2015.[11] Uma consulta feita com exclusividade pela consultoria Urban Systems, em janeiro de 2016, para a Revista Exame concluiu que a cidade está entre as 100 melhores do Brasil para se investir, ocupando o 84° lugar no ranking, somando 2.306 pontos.[12] Um estudo realizado pelo IBGE, em 2012, concluiu que dos 64.602 habitantes, 50.899 eram alfabetizados, 31.747 eram homens e 32.855 eram mulheres. A renda per capta era R$ 275,17, e em distribuição entre a zona rural e a zona urbana, nos domicílios particulares da zona rural, era de R$ 217,00, e na zona urbana era R$ 333,33. A frota de veículos motorizados, como transporte de passeios, incluindo motocicletas, além de tratores e caminhões somaram 31.000.[10][13]
A cidade é conhecida como a "Capital do Minério" por possuir em seu subsolo variados tipos de minerais, que é a base de sua economia e acolher empresas de mineração que realizam suas atividades extrativistas na Serra das Éguas, onde se localiza a terceira mina de magnesita do mundo (entre as minas a céu aberto); é também um dos pontos turísticos do município, por formar paisagens montanhosas.[14]
Brumado tem como municípios limítrofes Livramento de Nossa Senhora, Dom Basílio, Aracatu, Rio de Contas, Malhada de Pedras, Tanhaçu, Ituaçu, Rio do Antônio, Lagoa Real e Caraíbas.[15] Por fazer divisa com a cidade de Rio de Contas por meio do rio que tem esse mesmo nome, consequentemente faz também divisa com a Chapada Diamantina. A cidade se beneficia de um considerável entroncamento rodoviário, como BA-262, BA-148 e BR-030, contando também com a Ferrovia Centro-Atlântica S.A. (FCA).[16] Futuramente, o município poderá contar também com a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), ainda em construção.[17] O município faz parte do Polígono das Secas.[18]
Índice
1 História
1.1 Origens e povoamento
1.2 Expansão econômica
2 História recente
3 Geografia
3.1 Relevo e hidrografia
3.2 Geomorfologia
3.3 Clima
3.4 Ecologia e meio ambiente
4 Demografia
4.1 Religião
5 Política e administração
6 Subdivisões
7 Economia
7.1 Setor primário
7.2 Setor secundário
7.3 Setor terciário
8 Infraestrutura
8.1 Saúde
8.2 Educação
8.3 Segurança pública
8.4 Serviços e comunicações
8.5 Transportes
9 Cultura e lazer
9.1 Turismo e eventos
9.2 Esportes
9.3 Feriados
10 Ver também
11 Referências
12 Ligações externas
História |
Origens e povoamento |
- Etimologia
Não há uma versão definida sobre a origem do nome Brumado. Segundo Teodoro Fernandes Sampaio, o nome "Brumado" tem origem numa expressão tupi: Itimbopira (Y – timbó – pyra), que significa enevoado, coberto de bruma. Já na versão de José Dias, um antigo padre da região, o nome origina-se da Serra Geral e da Chapada Diamantina, que ao norte, ao amanhecer, desce das serras brumas, cobrindo a cidade. Em outra versão, a origem do nome Brumado ou o seu étimo é atribuída à palavra bromo; palavra essa que, à época do garimpo no Rio Brumado, era empregada pelos mineiros e bandeirantes para distinguir perda ou engano, mistificação ou desaparecimento do ouro na lavra ou córrego que se supunha rico desse minério.[19][20][21]
De acordo com a ortografia antiga, denominava-se "bromado" qualquer lugar onde a formação do ouro era aparentemente boa, enganando os mineiros que, decepcionados, deixavam o local à procura de outro, mais promissor. Segundo o dicionarista Bluteau, o termo "bromado" tem sua origem no Castelhano: "broma". "Bromar" e "embromar" eram verbos do dialeto regional. Segundo o escritor mineiro Nélson de Serra, '"Bromado" é o que virou ogó — mineral formado por grânulos de zirconita misturados com monazita, de uma coloração amarela semelhante à do ouro, ou pouco ouro no meio de material mineiro sem valor —, por ter sumido da mina, do córrego ou do rio'.[22] Outra versão explica que à época da mineração, no então Rio Bromado, usava-se o bromo, metal de cor vermelho-escuro que tingia dessa cor a água do rio. Ao notar que a água mudava de cor, geralmente em época de estiagem, os habitantes ribeirinhos diziam: "O rio bromou!" Essa expressão também teria dado origem ao nome do Rio Brumado. Ou simplesmente, o nome Brumado seria apenas uma alusão ao Rio Brumado, que descendo da cidade de Rio de Contas forma uma cachoeira no território de Livramento de Nossa Senhora, depois passando em território brumadense.[19][20][21][23]
- Povoamento
No século XVIII, o bandeirante Francisco de Souza Meira e sua equipe partiam do atual município de Livramento de Nossa Senhora, atravessando o Rio Brumado, avançando pela margem direita até atingirem a foz do Rio do Antônio, chegando em território indígena, a saber, Tupinambás ferozes, e entre eles travou-se um grande combate, próximo à área onde hoje é a sede do município de Brumado.[24] Foi a primeira parte tomada e recebeu o nome de "Conquista", depois, fundaram uma fazenda denominada Serra das Éguas. Embora esses índios resistissem fortemente às investidas do capitão e seu grupo foram se dispersando aos poucos, incomodados com a presença dos homens brancos.[10][21]
Futuramente, a Fazenda Serra das Éguas foi adquirida por João Antunes Moreira, que por sua vez, deixou para seu filho, o padre André Antunes da Maia; que por fim, a vendeu em 30 de junho de 1749 a José de Souza Meira, filho de Francisco de Souza Meira, por 1$462 700 (1 milhão, 462 mil e 700 réis),[25] com 232 cabeças de gado vacum, 105 cabeças de gado equino e um negro chamado Manuel. Dessa forma, as terras voltaram para as mãos dos Meiras. Em 1755, a Fazenda Campo Seco foi comprada pelo português Miguel Lourenço de Almeida (familiar do Santo Ofício), clã da família Canguçu no município. A Fazenda Serra das Éguas era próxima à área que é hoje a cidade de Brumado. Situava-se ao lado sul, parte baixa da Serra das Éguas, conhecida pelas jazidas de magnesita e talco.[26]
Com o decorrer dos anos, criou-se mais abaixo, a aproximadamente dez quilômetros — pela mesma margem do rio —, um pequeno povoado que foi crescendo aos poucos, graças aos êxitos obtidos pelos esforços dos aventureiros que se dedicavam às explorações agrícolas e à pecuária, dando vida à povoação que seria mais tarde a sede do município.[21]
- Emancipação
No princípio, a área do atual município de Brumado estava subordinada à Vila Nova de Nossa Senhora do Livramento de Minas do Rio de Contas. Em 1810, quando Caetité se emancipou politicamente de Rio de Contas, essa mesma área integrava à então Vila Nova do Príncipe e Santana do Caetité. Em 19 de junho de 1869, foi criado formalmente o distrito de Bom Jesus dos Meiras, pelo decreto-lei provincial n° 1.091 subordinado-o a Caetité. A emancipação política se deu em 11 de junho de 1877, com a criação da lei provincial n° 1.756.[27] Criou-se a primeira Câmara de Vereadores de Bom Jesus dos Meiras em 13 de fevereiro de 1878, composta das seguintes pessoas relacionadas abaixo e seus respectivos cargos: presidente: coronel Exupério Pinheiro Canguçu; secretário: Belarmino Jacundes Lobo; procurador: Rufiniano de Moura Amorim; fiscal: Plácido Guedes d’Oliveira; porteiro: Francisco Alves Piranha. Logo depois, Antônio Pinheiro Pinto Canguçu, o segundo senhor do Sobrado do Brejo, contribuiu financeiramente e com mão de obra para construção da Capela do Bom Jesus, atendendo aos pedidos dos habitantes; hoje, a antiga capela é a igreja matriz de Brumado, que naquela época fora chamada de Igreja Senhor do Bonfim, em homenagem ao padroeiro da cidade, Bom Jesus, e teve como primeiro vigário o padre José Mariano Meira Rocha.[21] Bom Jesus dos Meiras separou-se de Caetité em 1877, recebendo o título de vila. O autor do projeto foi o deputado provincial Marcolino Moura. O líder político naquela época era o coronel Exupério Pinheiro Canguçu, o quarto e último senhor do Sobrado do Brejo.[21][28][27]
Até 1930, Bom Jesus dos Meiras compunha-se de apenas um distrito: o de mesmo nome. Entre 1930 e 1933, foi nomeado como intendente o padre José Dias Ribeiro da Costa. Na sua gestão, durante a Era Vargas, Bom Jesus dos Meiras finalmente teve seu nome mudado para Brumado, em cumprimento dos decretos estaduais n° 7.455, de 23 de junho de 1931 e pela lei estadual nº 7.479, de 8 de julho do mesmo ano. A iniciativa para a mudança do nome não passou por consulta popular, foi uma decisão do vice-presidente provincial do Estado, Antônio Ledeslau de Figueiredo Rocha.[21]
Em 1935, foi criada a Comarca de Brumado, que abrangia também o município de Ituaçu, então chamado Vila do Brejo Grande. Em 1938, mais quatro distritos foram anexados ao território brumadense: Cristais, Olhos d'Água, Santa Bárbara dos Casados e São Pedro (atual município de Aracatu). No dia 2 de março do mesmo ano, foi assinado o decreto-lei federal n° 311, e em 30 de março de 1939, o decreto-lei federal n° 1.724, possibilitando assim, a criação do município de Brumado. O intendente naquela época era Marcolino Rizério de Moura. Sendo assim, Brumado passou a compor-se de cinco distritos. Em 16 de junho de 1945, Duarte Barreto de Aragão Moniz tornou-se o primeiro juiz do município.
Em 1948, Armindo dos Santos Azevedo tomou posse como o primeiro prefeito eleito por voto direto. O comerciante e pecuarista se elegeu em três mandatos: 1948 – 1950, 1955 – 1958 e 1963 – 1966. Em suas gestões, o município atingiu grandes avanços, como abastecimento de água, energia elétrica e pavimentação de muitas ruas e praças do centro da cidade. A energia em Brumado nas décadas de 1940 a 1970 funcionava apenas até às 21h30min. Foi a partir de então que a energia começou a funcionar de forma integral.[29]Em 1962, os distritos de Santa Bárbara dos Casados, Olhos d'Água e São Pedro teriam seus topônimos mudados para Ubiraçaba, Itaquaraí e Aracatu, respectivamente.[10][21] De 1967 a 1970, foi eleito a prefeito o médico Juracy Pires Gomes, com apoio do parceiro Armindo dos Santos Azevedo. Em seu mandato foram realizadas obras importantes, como a nova sede da prefeitura, o novo mercado municipal, a primeira biblioteca pública da cidade; a principal delas foi a barragem do Rio do Antônio que viria abastecer a cidade até o ano de 2010.[29][30]
Expansão econômica |
No início do século XX, a economia era baseada na agropecuária: plantio de algodão em larga escala, café e cereais e criação de gados caprinos, ovinos e bovinos, que favoreciam a exportação de peles cruas ou curtidas, de cabras e ovelhas; couro seco e salgado, além do algodão em pluma e em caroço e do gado em vida. O algodão foi a cultura que mais contribuiu para desenvolvimento econômico do município. Entre 1930 e 1955, a produção foi tão grande que os produtores passaram a beneficiá-lo no campo mesmo, usando máquinas artesanais. Diante do sucesso da cotonicultura, foram instaladas na cidade usinas modernas para beneficiamento do algodão. O município chegou a ter seis usinas em operação. A partir de 1980, a cultura entrou em declínio, devido a vários fatores, como corte de subsídios agrícolas (como seguro safra), ataque do bicudo-do-algodoeiro (peste que destrói a lavoura), altos juros cobrados pelo financiamento da produção e do beneficiamento.[31][32][33] Atualmente, tem se destacado a produção de maracujá, no distrito de Itaquaraí, uma das localidades de maior produção no Brasil.[34]
Em 1930, dois importantes acontecimentos marcaram a história econômica do município: a chegada da mineradora Magnesita S.A., fundada por dois amigos franceses naturalizados brasileiros e residentes no Brasil, Miguel Pierre Cahen e Georges Louis Minviele — em parceria com Antônio Mourão Guimarães, um político da época — e a construção da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), que facilitaria o transporte do minério recém-descoberto para o porto de Aratu, em Salvador. Ambos acontecimentos ocorreram em 1939. A empresa Magnesita foi autorizada a funcionar em 1940 através do decreto n° 6.220 e desde então, explora a maior parte das reservas de magnesita e talco contidas na Serra das Éguas. Na década de 1970, chegou a Brumado a mineradora Indústrias Brasileiras de Artigos Refratários (IBAR S.A.). A empresa interessada em extrair magnesita fixou suas instalações na parte norte da Serra das Éguas.[14] Nos anos seguintes, o município presenciou grandes mudanças, como crescimento populacional em grande escala, construção de casas e estabelecimentos comerciais. Diante desse atrativo, pessoas de outras cidades foram chegando, o comércio se fortaleceu, e a cidade de Brumado foi ficando conhecida pelos acontecimentos recentes. Ao lado sul da antiga Fazenda Serra das Éguas, formou-se uma espécie de condomínio fechado: a vila Catiboaba; também se formou ao redor da empresa a vila Presidente Vargas, frutos do fluxo de operários que vinham dos mais variados lugares para trabalhar nas minas de magnesita e talco.[29][35][36] Em 1969, foi a vez da Xilolite S.A., que também se fixou no lado norte da serra e, desde então, explora magnesita e talco, com aquisição de uma das minas, em 1973.[37] Em 1993, chegou a empresa Matsulfur, uma fábrica de cimento, posteriormente adquirida pela Lafarge, com o nome de Cimento Brumado, hoje Cimpor (Cimento de Portugal), que pertence InterCement (Grupo Camargo Corrêa).[38][39][40]
História recente |
Em 1994, o ex-prefeito de Brumado, Edmundo Pereira Santos, que governou a cidade de 1989 a 1992, foi eleito deputado estadual pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), mas renunciou em 1996 para novamente concorrer ao cargo de prefeito da cidade de Brumado, sendo eleito para o período de 1997 a 2000.[41] Em 1998, o município sofreu uma grande seca e a barragem do Rio do Antônio secou completamente, interrompendo o abastecimento de água na cidade, que passou a ser abastecida através de carros-pipas. Foi a maior seca da história recente do município. Em 2013, a mesma barragem também sofreu um colapso similar, porém sem afetar o abastecimento, pois a barragem de Cristalândia já estava funcionando.[42] Também em 1998, em 28 de novembro, foi inaugurada a primeira rádio FM, a Alternativa 97,9, voltada para os interesses comuns da população. Em 2001, a cidade ganhou o primeiro campus de uma universidade pública: a Universidade do Estado da Bahia (Uneb), inicialmente com cursos de licenciatura em letras e pedagogia.[43][44] Finalmente, outro acontecimento importante e positivo aconteceu em 2005: a construção da barragem de Cristalândia no Rio de Contas, que entrou em operação em 2010.[30] Em 2004, Eduardo Lima Vasconcelos foi eleito prefeito de Brumado pela primeira vez, quebrando a hegemonia do PMDB, que já durava 16 anos. Foi durante seu mandato que a Barragem de Cristalândia foi construída.[45] Em 2010, o Governo Federal, através da VALEC e Grupo Andrade Gutierrez, iniciou a construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, e o município de Brumado foi beneficiado com o lote de número 3.[46][47] Em abril de 2016, o Governo Federal, através da Enel Green Power, deu início às obras de um parque eólico, no distrito de Cristalândia, o sexto a ser construído no Estado.[48]
Geografia |
De acordo com a divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística vigente desde 2017,[49] o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária de Vitória da Conquista e Imediata de Brumado.[3] Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, o município fazia parte da microrregião de Brumado, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Centro-Sul Baiano.[50]
O município de Brumado localiza-se na região Centro-Sul (ou Sudoeste) da Bahia, na região geograficamente conhecida como Polígono das Secas, na Serra Geral, sob as coordenadas: 14° 12’ 13”, latitude sul; 41° 39' 55" longitude oeste, a 454 metros de altitude e está a 555 quilômetros a sudoeste de Salvador. A área urbana tem extensão de 2.174 quilômetros quadrados.[9] Não há informações se existe um ponto mais alto do que o pico da Serra das Éguas, considera-se este como o mais alto do município, com 1 100 metros.[16][51][52] O município faz limites com Livramento de Nossa Senhora e Dom Basílio, a norte; Rio de Contas, Ituaçu e Tanhaçu, a nordeste; Aracatu, a leste; Rio do Antônio e Lagoa Real, a oeste; Malhada de Pedras a sudoeste e Caraíbas, a sul. A taxa de urbanização é de 69,86%, densidade demográfica de 29,01 habitantes por quilômetro quadrado.[10][15]
Relevo e hidrografia |
O município de Brumado é caracterizado por formações montanhosas típicas da Serra do Espinhaço, que é a cadeia montanhosa que ocupa boa parte do sudoeste do Estado e a qual pertence o relevo do município. O relevo de Brumado é muito acidentado, apresentando áreas montanhosas denominadas montanas e/ou altomontanas, como a Serra das Éguas e o Morro da Pedra Preta.[53] Ocorrem também áreas de patamares, que são formas planas e/ou onduladas, que fazem transição entre as áreas mais elevadas e áreas mais baixas, formando assim, espécies de degraus. Apresenta também predplanos, formas de relevo aplainado.[54] De modo geral, o relevo brumadense é bastante acidentado, levemente ondulado e apresenta erosões por conta das enxurradas. Essas características favorecem a biodiversidade regional, contribuindo para uma ampla variedade de espécies, tanto na flora como na fauna.[55]
O município de Brumado está inserido na bacia do Rio de Contas e na microbacia do Rio do Antônio, que abrange ainda os municípios de Caculé, Rio do Antônio, Licínio de Almeida, Guajeru e Malhada de Pedras. As principais drenagens da bacia do Rio de Contas são: Rio Brumado, Rio São João, Riacho Santa Maria, Rio do Antônio e Rio Gavião; os principais afluentes do Rio do Antônio são: Rio do Paiol, Rio do Salto e o Riacho do Quirino. A Microbacia do Rio do Antônio tem uma área de 6.540 quilômetros quadrados.[56][57] Dois dos maiores afluentes nascem em localidades muito distintas: o Rio Brumado, afluente do Contas, nasce na Serra das Almas, e o Rio do Antônio na Serra Geral, no município de Licínio de Almeida.[56][58] No Rio de Contas está inserida a barragem de Cristalândia, que abastece a cidade, e no Rio do Antônio, a barragem do Rio do Antônio, que abasteceu a população urbana até 2010.[30] Os rios, em sua maioria, são temporários, a exemplo do Rio do Antônio e São João. A Bacia do Rio de Contas tem precipitação anual entre 700 e 800 mm, com pouca possibilidade de grandes enchentes. A temperatura média é 22 °C. É caracterizada por dois biomas: Caatinga e Mata Atlântica, que vêm sofrendo desmatamento para dar lugar à agropecuária e à urbanização. Abrange uma área de 4 477,62 quilômetros quadrados.[59] A microbacia do Rio do Antônio vem sofrendo, ao longo do tempo, com a degradação hídrica, por conta da poluição intensa das suas águas, desmatamento das matas ciliares e o excesso de barragens que são construídas. A principal drenagem da microbacia, o Rio de mesmo nome, tem como função principal abastecimento humano, com uso mínimo para irrigação.[56]
Geomorfologia |
Geologicamente, Brumado está situado no Cráton São Francisco, precisamente no Bloco Geológico do Gavião, no Greenstone Belts Umburanas.[54][60][61] Nessas áreas, as rochas são formadas por sequências metavulcânicas, ou seja, de ações vulcânicas muito antigas, o que favoreceu a formação de rochas metamórficas de uma considerável quantidade de minerais, metais e ametais, como ferro, manganês, esmeraldas, quartzo, granitos e diversos outros tipos de pedras ornamentais.[60] O gráfico ao lado mostra as principais ocorrências de minerais no subsolo brumadense e seus correspondentes percentuais.
Em estudos de geocronologia verificou-se que as formações rochosas mais antigas da América do Sul, com a idade de 3,4 a 3,5 bilhões de anos, estão entre os municípios de Brumado e Vitória da Conquista. Na escala geológica, o solo brumadense é da Era do Paleoproterozoico ou do Proterozoico Inferior, equivalente a 1,6 e 2,5 Gigaannum. Foi nesta intervalo que se formaram as rochas mais antigas e os solos mais ricos em todo e qualquer tipo de minério. Isso explica por que a Serra das Éguas é tão rica em minerais.[62] Além de magnesita, o solo brumadense contém todos esses minerais já citados acima, o que faz concluir que seja um dos mais ricos solos do Brasil e um dos mais antigos do mundo, o que lhe faz ser um dos mais estudados pelos geólogos.[60][61]
Clima |
O clima predominante em Brumado é o estepe tropical, fazendo transição com o clima semiárido, classificado como BSh (quente e seco), Segundo Wladimir Köppen e Rudolf Geiger, entretanto, existindo temperaturas bem menos elevadas no cume dos montes, citando sempre como exemplo a Serra das Éguas e Morro da Pedra Preta, um dos pontos mais altos do município. O tempo chuvoso concentra-se entre outubro e janeiro, existindo uma diferença de 128 mm entre a precipitação do mês mais seco, agosto e do mês mais chuvoso, dezembro. No resto do ano, as chuvas são escassas. A temperatura média é 23,8 °C, com precipitação média anual de 590 a 600 mm.[14][63] Mesmo com a escassez de chuvas, a cidade já sofreu com excesso delas, como em 1968, quando o Rio do Antônio sofreu uma grande enchente ao ponto da água alcançar o centro da cidade, após passar por cima da ponte do bairro São Félix, que ficou ilhado. Outras enchentes ocorreram em 1982 e 1992. Sofreu também grandes secas, como a do ano de 1998.[30][56][64][65] Os meses de janeiro dos anos de 2015 e 2016 foram considerados "bons de chuva", registrando 350 mm e 530 mm, respectivamente, este último quase chegando à média anual. O maior acumulado do referido mês aconteceu em 1985, quando foi registrado mais de 1.100 mm.[66] Na tabela abaixo, pode-se entender com mais precisão os efeitos climáticos no município em um ano normal.
Dados climatológicos para Brumado | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima média (°C) | 30,2 | 30,6 | 30,2 | 29,5 | 28,5 | 28,8 | 22,4 | 28,7 | 30,7 | 31,6 | 30,9 | 29,9 | 29,6 |
Temperatura mínima média (°C) | 19,4 | 19,4 | 19,5 | 18,8 | 17,2 | 15,8 | 15,1 | 15,7 | 17,4 | 19,0 | 19,4 | 19,5 | 16,4 |
Chuva (mm) | 78 | 72 | 73 | 42 | 07 | 04 | 03 | 13 | 08 | 43 | 122 | 131 | 590 |
Fonte: Climate [67] |
Ecologia e meio ambiente |
- Flora e fauna
Ao longo do município, encontram-se quatro tipos de vegetação existentes em toda extensão territorial brasileira: Mata Ciliar, Cerrado, Campo Rupestre e Caatinga, que é a vegetação predominante. Nos cumes dos montes e serras, como Serra das Éguas e Morro da Pedra Preta e às margens dos rios encontram-se florestas tropicais fechadas e de pequeno porte, denominadas "gerais". Os Campos Rupestres, vegetação típica de ambientes montanos e altomontanos, ocorrem em altitudes acima dos 900 m, como é o caso novamente da Serra das Éguas e Morro da Pedra Preta; é caracterizado pela predominância de plantas arbustivas e/ou herbáceas, precisamente nos cumes litólicos das serras.[53][54][55]
As espécies ocorrentes na Caatinga são muito diversificadas, algumas com importante valor comercial e ecológico, como aroeira (Astronium urundeuva) e braúna, ou baraúna (Schinopsis brasiliensis), angico-preto (Anadenanthera macrocarpa) e o umbuzeiro (Spondias tuberosa), uma das árvores mais queridas e de muito valor ecológico que é protegida pela lei municipal nº 1.030 de 1992. Outras espécies, também notáveis, são o juazeiro e o jatobá e ainda outras espécies: cassutinga (Caesalpinia microphylla), maria-preta (Vitex sp.), umburana ou cumaru-nordestino (Amburana cearensis), jurema-branca (Mimosa sp.) e jurema-preta (Mimosa hostilis) dentre muitas outras plantas rasteiras e arbustivas.[55]
Embora o município possua pequenas ilhas de floresta de pequeno porte denominadas Matas Ciliares, localizadas frequentemente às margens dos rios e córregos da região, a fauna é composta de animais adaptados à Caatinga. A biodiversidade animal acaba muitas vezes tendo seu habitat natural ameaçado por mineradoras, fazendeiros e caçadores, que visam expansão territorial, exploração das riquezas naturais e também o comércio ilegal de animais; consequentemente, acaba acarretando uma atividade predatória desenfreada e sem controle algum com relação ao desequilíbrio ecológico que essa ação pode causar.[54][55]
Brumado tem uma biodiversidade muito ampla, tanto vegetal como animal que vai de pequenos exemplares até animais de médio porte ameaçados de extinção. Na fauna, prevalece uma razoável quantidade de mamíferos; foram catalogadas pelo menos 148 espécies no interior do município e nas regiões circunvizinhas, praticamente todas ameaçadas de extinção. Estão distribuídas entre Cerrado e Caatinga; como destaque tem-se a onça parda, conhecida como suçuarana ou puma concolor), por ser uma das espécies mais ameaçadas de extinção e o mocó (Kerodon rupestris), por ser endêmico (exclusivo da região). Outros exemplos são: veado-da-caatinga, tatu-peba ou tatupeba (Euphractus), paca (Agouti paca), gambá (Conepatus semistriata), raposa ou guaxaim (Dusicyon thous), gato-mourisco ou puma yagouaroundi (Herpailurus yaguaroundi), furão (Galictis vittatus), quati (Nasua nassua) dentre outros. A caça desordenada desses animais para consumo alimentar é o fator que mais contribui para colocar animais na lista de extinção.[55]
Há também uma infinidade de aves que faz parte da fauna; a maioria delas é visada por criadores e colecionadores, favorecendo o tráfico desses animais. Dentre as mais comuns e conhecidas estão: canário, codorna, perdiz, cardeal-do-nordeste (Paroaria dominicana), bacuruzinho-da-caatinga (Chordeiles pusillus), gralha-cancã (Cyanocorax cyanopogon), bigodinho (Sporophila lineola), garça-vaqueira (Bubulcus ibis), garça-branca-grande (Casmerdius albus), garrincha-de-bigode (Thryothorus genibarbis), seriema (Cariama cristata), sanhaço-de-fogo (Piranga flava), pássaro-preto ou coqui (Gnorimopsar chopi), anu-branco (Guira guira), anu-preto (Crotophaga ani), pica-pau (Dryocopus lineatus), trinca-ferro (Saltador simillis), vi-vi ou fim-fim (Euphonia clorotica), periquito-da-caatinga (Aratinga cactorum), corrupião ou sofrê (Icterus jamacaii), canário-do-reino, canário-da-terra, sabiá e muitos outros. Devido ao porte, as codornas e as perdizes são caçadas constantemente no interior do município.[55]As espécies de anfíbios e répteis presentes na fauna local são animais pequenos, como calango (Tropidurus torquatus). Dessas espécies, o calango-verde (Ameiva ameiva), é o que mais se vê por não ter valor comercial, não ser comestível, nem ser peçonhento. Já o teiú (Tupinambis merianae) e o tatu são animais bastante caçados. As espécies de cobra mais conhecidas são: cascavel (Crotalus durissus) e jararaca (Bothrops jararaca), ambas são peçonhentas.[55]
Demografia |
No censo demográfico de 2010, a população era de 64 602 habitantes, sendo 31.747 homens e 32.855 mulheres. A população residente urbana era de 45.131 habitantes e na zona rural, 19.471. Com área de 2.207,612 quilômetros quadrados, sendo a área da sede ocupando 2.174 quilômetros quadrados, sua densidade demográfica é de 29,01 habitantes por quilômetro quadrado. Veja abaixo a evolução do crescimento populacional, segundo a prefeitura.[13]
Crescimento populacional | ||||||||
Ano | População masculina | População feminina | Urbana | Rural | Total | Taxa de urbanização | Taxa de ruralização | Ref. |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1970 | 18 808 | 19 496 | 16 586 | 21 718 | 38 304 | 43,30 | 56,70 | [68] |
1980 | 22 857 | 23 900 | 25 728 | 21 029 | 46 757 | 55,02 | 44,98 | [68] |
1990 | 28 062 | 29 114 | 36 013 | 21 163 | 57 176 | 65,99 | 37,01 | [68] |
2000 | 30 398 | 31 236 | 40 673 | 20 961 | 61 634 | 65,99 | 34,01 | [68] |
2007 | 30 587 | 31 794 | 42 984 | 18 921 | 62 281 | 68,91 | 30,33 | [68] |
2010 | 31 747 | 32 855 | 45 131 | 19 471 | 64 602 | 69,87 | 30,13 | [68] |
Entre 1970 e 2016, a população teve um aumento de 31 169 habitantes.
Religião |
A Bahia é um estado muito diversificado culturalmente e quando o assunto é religião não poderia ser diferente. Não obstante, muitos que frequentam os cultos católicos também frequentam cultos de religiões de matrizes africanas, como umbanda e candomblé.[69] Na verdade, todos que se batizam na Igreja Católica são considerados católicos, mesmo que pratiquem outra religião.[70]
Em Brumado, no ano de 2012, segundo dados do IBGE, 50.869 pessoas professavam o catolicismo, 7.422 se identificaram como evangélicas e 994 pessoas se identificaram como espíritas. Das que professavam umbanda ou candomblé, sequer foram citadas;[10] mas isso não quer dizer que religiões de matrizes africanas não se fazem presentes. Não se têm números sobre essas religiões em Brumado, mas elas existem, inclusive há informações que na cidade localiza-se o maior centro de candomblé do mundo, em forma de castelo.[71][72]
Para os católicos, têm-se as tradicionais procissões, como a procissão de São Sebastião, patrono da cidade. Desde 1960, todo dia 20 de janeiro, os fiéis católicos comemoram o Dia de São Sebastião, quando os fiéis percorrem várias ruas do centro da cidade.[73] É comemorado também o Dia de Santa Rita, com procissões.[74] Muitas outras manifestações religiosas são realizadas, a maioria por católicos e simpatizantes. Para os evangélicos, o maior evento religioso festivo é a Marcha para Jesus, que geralmente acontece em setembro. Muitos evangélicos se reúnem no centro da cidade para se confraternizarem com seus irmãos ao som de música gospel. Também no Dia do Evangélico, 11 de junho, que coincide com a data do aniversário de Brumado, os adeptos comemoram em dose dupla, conciliando as datas às duas comemorações, com realização de espetáculos musicais.[75][76]
Política e administração |
Ver artigo principal: Lista de prefeitos de Brumado
A administração municipal está a cargo do Poder Executivo e do Poder Legislativo. Até 1930, os municípios brasileiros eram governados pelo presidente da câmara municipal correspondente, chamados de intendentes ou agentes executivos. Após a Revolução de 1930, os poderes municipais foram divididos entre executivo e legislativo.[77][78][79] Em 1877, o deputado provincial Marcolino Moura elaborou um projeto pedindo a emancipação política de Brumado, então chamado de Bom Jesus dos Meiras. Brumado, então, emancipou-se de Caetité à época do coronelismo, no dia 11 de junho do referido ano. A câmara de vereadores foi criada no dia 13 de janeiro do ano seguinte, quando o coronel Exupério Pinheiro Canguçu, o quarto e último senhor do Sobrado do Brejo, se tornou o primeiro intendente.[21]
Atualmente, Brumado faz parte da 90º zona eleitoral da Bahia com mais de 66.061 eleitores, contando com os eleitores dos municípios de Aracatu e Malhada de Pedras, sendo que 47.845 estão em Brumado.[80][81][82]
A câmara legislativa é composta por 13 vereadores eleitos entre os 68 candidatos que disputaram vagas nas eleições de 2016.[83][84]
Para atender melhor ao eleitorado, foi inaugurada em 2013, a nova sede do fórum eleitoral.[81]
Em 2016, na última eleição para prefeito, quatro candidatos disputaram o poder público municipal: Eduardo Vasconcelos, Partido Socialista Brasileiro (PSB), Alessandro Lobo, Partido Republicano Brasileiro (PRB), Genivaldo Azevedo, Avante (antigo PT do B) e Emanuel Araújo, o Manelão, Movimento Democrático Brasileiro. O candidato Eduardo Vasconcelos venceu, obtendo 22.370 votos, equivalente a 69,17% dos votos válidos. O segundo colocado, Alessandro Lobo, obteve 9 689 votos, representando 29,96% dos votos válidos. O terceiro colocado, Genivaldo Azevedo, obteve apenas 282 votos, representando 0,87% dos votos válidos. Não foi informado números para Emanuel Araújo (Manelão)[85]
Nas últimas eleições para presidente em 2014, a então candidata Dilma Rousseff (PT) obteve 25.214 votos, representando 70,34% dos votos válidos. Aécio Neves do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) obteve 10.663 votos, representando 29,66% dos votos válidos. O total de votos válidos foi de 35 844. Não há dados para votos nulos e brancos.[10]
A política brumadense é muito regionalizada, por isso, não se tem grandes destaques políticos em nível nacional, mas pode-se destacar personalidades como Newton Cardoso, ex-governador de Minas Gerais; Nelson Alves Aguiar, ex-deputado federal e estadual pelo estado do Espírito Santo e Edmundo Pereira Santos, ex-deputado estadual na Bahia e ex-vice-governador do Estado.
Subdivisões |
Ver artigo principal: Lista de bairros de Brumado
O município de Brumado é composto de três distritos: Ubiraçaba, Itaquaraí e Cristalândia; e mais de 30 bairros, como Apertado Morro I e II, Centro, Cidade das Esmeraldas, Feliciano Pereira Santos, Jardim de Alá, Malhada Branca, Santa Tereza, São Félix, São José, São Sebastião, Tanque do Abaeté, Baraúnas, Dr. Juracy, Esconso, Flores, Ginásio Industrial, Centenário, Jardim Brasil, Maria José Viana, Mercado, Nobre, Norberto Marinho, Novo Brumado, Olhos d'Água, Parque Alvorada, Rodoviário, Vila Presidente Vargas, Brisas I, II, III e IV e São Jorge, entre outros.[86][87][88]
Economia |
O comércio é uma das principais fontes de renda. A cidade conta com sete instituições bancárias: Itaú, Bradesco, Banco do Nordeste, Banco do Brasil, Caixa, Sicoob e Banco do Povo. A partir da descoberta das minas de magnesita e talco, a cidade começou a se desenvolver, e com isso o comércio se fortaleceu.[89][90] Em 2016 o PIB per capita era de R$ 19 724,63.[8]
Setor primário |
O setor primário, que engloba as atividades extrativistas e agropecuária, é o setor de menor participação no Produto interno bruto (PIB) do município. Não é uma base tão forte economicamente. em 2006, a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) divulgou dados, onde a agropecuária apareceu naquele ano com apenas 5,04% do PIB municipal. Embora esse setor tenha uma mínima contribuição, pode-se destacar algumas atividades importantes.[36]
Na agricultura, têm destaque cultivos como o de algodão, com 800 hectares plantadas e colhidas; feijão com 2.000 hectares plantadas e colhidas; mamona, 200 hectares plantadas e colhidas; mandioca, 200 hectares plantadas e colhidas; melancia, 350 hectares, plantadas e colhidas; e umbu, que se cultiva naturalmente, sem intervenção humana, por ser nativo, portanto, presente em toda extensão do município. Outros cultivos de pequena produtividade são: manga, com 25 hectares plantadas e colhidas e o coco-da-baía com 20 hectares plantadas e colhidas. Esses dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2014.[10]
Na pecuária, têm destaque os bovinos com 45.105 cabeças e os galináceos com efetivo total de 87.654 cabeças, sendo 37.657 cabeças de galinhas. Os caprinos somaram um total de 29.654 cabeças; ovino, 13.534 cabeças; suíno, 16.326 cabeças, segundo dados do IBGE em 2014.[10]
Segundo a SEI, em 2006 a indústria correspondeu por 52,31% do PIB do município. Esse percentual é obtido em função da transformação de recursos minerais extraídos no município em produto final ou intermediário, pelas empresas Magnesita S.A., Xilolite S.A., Ibar Nordeste S.A. e a cimenteira Cimpor. A mineração é a maior fonte de riqueza do município e gera emprego para a maioria da população.
Brumado conta com ricas jazidas de magnesita, talco e outros minerais, como vermiculita, dolomita, cristal de rocha e granitos dos mais variados tipos. O mineral magnesita é o principal produto da indústria de mineração, e de todas as minas deste minério a céu a aberto existentes no mundo, a de Brumado é a terceira maior. Possui também a segunda maior mina de talco do Brasil.[36]
Segundo a SEI, em 2006 a produção de magnesita em Brumado foi responsável por 94% da produção total no Brasil, e a produção de talco alcançou os 38% de todo o talco bruto produzido no País.[14][18]
Setor secundário |
O setor secundário está intimamente ligado ao setor primário. Visto que há poucas indústrias de transformação no município, grande parte do percentual do setor primário é, consequentemente, integrado ao setor secundário, por conta do extrativismo mineral — visto que as próprias indústrias de mineração fazem parte dos dois setores — uma vez que elas extraem minério e fabricam vários produtos advindos de sua própria extração, juntamente com outras pequenas indústrias, inclusive indústria de cimento e metalúrgicas, contribuindo para que este setor tenha muita capacidade. Portanto, o potencial de extrativismo mineral não é acrescentado aos 5,04% do setor primário, mas a transformação dessa matéria-prima é integrada ao setor secundário; caso contrário, o setor primário teria um percentual maior.
As mineradoras, além de extraírem os recursos primários, fabricam alguns produtos para consumo direto, como talco medicinal, talco cosmético e talco para fabricação de celulose e uma infinidade de produtos para consumo em agronegócio. Visto que os 52,31% do PIB municipal está mesclado à extração e transformação, subentende-se que esse percentual se divide, tecnicamente falando, entre o setor secundário e primário.[36][91][92]
Setor terciário |
O setor terciário é responsável por 46,24% do PIB, sendo o segundo setor que mais contribui para a economia do município.[36]
O comércio desempenha um papel importante para o desenvolvimento econômico da cidade. Muitos dos comércios são associados à Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da cidade. Existem em todo município mais de 1.800 empresas registradas, sendo que 1.775 são ativas; entre indústrias, lojas e prestadoras de serviços. Conforme os últimos dados, essas empresas empregavam 12.677 pessoas que somadas à todas as pessoas ocupadas, obtinham-se o valor de 14.913, em empresas ativas e com devido registro (IBGE/dados de 2012).[10][18]
As empresas de prestação de serviços que executavam obras federais e estaduais a partir de 2011 empregavam grande quantidade de pessoas, inclusive de outros municípios. As maiores empregadoras dessas empresas eram Grupo Andrade Gutierrez e VALEC, responsáveis pela construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL).[17] Até 2013 foram essas empresas e suas terceirizadas que desempenharam um papel importante para a economia local, além das mineradoras que entre 2011 e 2015 investiram em suas instalações, gerando emprego para a população da cidade e também para outras cidades vizinhas.[93]
Nos anos de 2014 e 2015, algumas empresas que prestavam serviços ao Estado tiveram várias vezes suas obras suspensas, o que causou insegurança financeira para funcionários e para o comércio.[94] A prestação de serviço tem uma maior parcela absorvida pela indústria de mineração, quer pelos serviços constantes, quer por serviços temporários resultantes de investimentos casuais. A construção civil também tem contribuído muito para o crescimento econômico, e desde 2009 empreendimentos vêm sendo executados e, embora tenham dado uma desacelerada em 2015, na cidade ainda se vê obras sendo realizadas, com expectativa de outros empreendimentos da construção civil a serem executados. A zona norte da cidade é a que mais tem contribuído para obras de pequeno porte, pela grande quantidade de casas construídas recentemente.[16]
Infraestrutura |
Saúde |
A principal instituição de saúde em Brumado é o Hospital Municipal Professor Magalhães Neto (HMPMN), o qual possui 20 leitos de Unidade de terapia intensiva (UTI), sendo dez leitos de UTI adulto e dez neonatais, o que possibilita a realização de procedimentos cirúrgicos de alta complexidade, beneficiando cerca de 160 mil pessoas da microregião.[95] A cidade possui apenas um hospital público, entretanto, contando com vários postos de saúde, distribuídos entre os bairros. Possui 23 unidades com cobertura do Sistema Único de Saúde (SUS) que realizam atendimentos de pequena à média complexidade. Por outro lado, a cidade pode-se considerar bem servida por clínicas que realizam os mais diversos tipos de exames e tratamentos específicos. Em 2012, o município apresentava um total de 122 estabelecimentos de saúde, sendo 2 estaduais, 34 municipais e 77 privados.[9][10]
- Saneamento
O saneamento na cidade é satisfatório, mas embora possua rede de esgoto, os resíduos são diretamente lançados no leito do Rio do Antônio, que corta a cidade. A Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) não faz o tratamento da rede de esgoto, e a prefeitura, há muito tempo, canaliza as galerias para o Rio do Antônio.[56] Em 2005, foi iniciada no Rio de Contas a construção da barragem de Cristalândia, no distrito de mesmo nome, após uma marcante seca entre os anos de 1998 e 1999. A população brumadense naquela ocasião teve o abastecimento de água comprometido em sua totalidade, passando a ser abastecida por caminhões-pipas. Antes da construção da barragem de Cristalândia, a cidade era abastecida pela antiga barragem do Rio do Antônio,[30] que foi analisada tardiamente e dada como imprópria para consumo humano, por conter excesso de minerais de vários tipos.[96] Atendendo ao apelo da população, o poder público, enfim, construiu o reservatório ainda incompleto e, desde então, a sede do município não tem passado por maiores problemas com abastecimento de água.[97][98]
Em 2012, o IBGE indicou que 17 159 domicílios possuíam água encanada e tratada.[10] A coleta de lixo na cidade é realizada diariamente, e, alternadamente, faz-se a coleta seletiva, porém ainda não se tem um aterro sanitário, e o lixo é descartado a céu aberto.[35][89] Para atender às exigências da Lei federal n° 11.445, de 5 de janeiro de 2007, regulamentada pelo Decreto federal 7.217, de 21 de junho de 2010 — que obriga os municípios a criarem meios eficientes para o destino do lixo e de outros resíduos produzidos —, discute-se a elaboração do novo plano de saneamento para a cidade.[99][100] Enquanto isso, algumas ruas, principalmente em bairros novos, continuam sem esgotamento por estarem também sem pavimentação; embora boa parte das ruas e avenidas são pavimentadas, porém ainda há muitas ruas com pavimentação precária.[35][101]
Na zona rural, o saneamento segue o que é comum nessas localidades: A água é armazenada em poços artesianos, cacimbas e lagos. Com o incentivo do Governo Federal, através do Programa Água para Todos, foram construídas cisternas no chão para consumo, e foram distribuídas caixas de fibra ou polietileno, para armazenamento de água para consumo humano.[102][103][104] O problema é que, algumas vezes, poços artesianos produzem água salobra, dificultando o abastecimento.[18][54]
Educação |
Brumado tem muitos problemas na área da educação, embora tenha obtido avanços. O ensino superior é realizado em boa parte por universidades particulares, com a maioria dos cursos à distância. Brumado conta com um campus da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), a única universidade pública na cidade; Instituto Federal Baiano (IFBA), que atualmente oferece um curso superior, o de engenharia de minas.[105] O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o antigo Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães (Ceep), também oferecem cursos técnicos e profissionalizantes, além de outras escolas técnicas particulares. Em 2010, segundo o censo do IBGE, 50.899 pessoas eram alfabetizadas.[106][107] Confira na tabela abaixo os dados da educação no município, em 2015.[108]
Educação de Brumado em números[108] | ||||||
---|---|---|---|---|---|---|
Nível | Matrículas | Docentes | Escolas (total) | |||
Ensino pré-escolar | 1 820 | 92 | 31 | |||
Ensino fundamental | 9 399 | 493 | 35 | |||
Ensino médio | 2 885 | 168 | 4 |
As instituições de ensino superior presentes no município, seja com educação à distância ou presencial, são: Universidade do Estado da Bahia; (Uneb);[109]Universidade Aberta do Brasil (Uab);[110]Universidade Norte do Paraná (Unopar);[111]Centro Universitário Internacional (Uninter);[112]Universidade Paulista (Unip);[113]Faculdade Pitágoras.[114] e Instituto Federal Baiano (Ifba).[105]
As instituições que oferecem o ensino técnico são: Instituto Federal da Bahia (Ifba)[115] Centro Estadual de Educação Profissional (Ceep);[116] Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai);[117] Colégio Objetivo de Brumado (Cob).[118]
- Escola de tempo integral
O Programa Municipal de Atendimento à Aprendizagem (PMAA), que foi financiado apenas com verbas municipais, começou a ser implantado entre 2009 e 2011, teve um alto investimento e ganhou o Prêmio Inovação em Gestão Educacional do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep). Seu objetivo foi implantar escolas de tempo integral no município. Aprovada por 80% dos pais de alunos, essa iniciativa, além de contribuir para o aprendizado intensivo dos estudantes, ainda ajuda a tirá-los de situação de risco, como contato com o tráfico de drogas, por ficarem o resto do dia desocupados pelas ruas.[119] As aulas por tempo integral têm período de nove horas e meia e concilia os turnos matutino e vespertino. As aulas de reforço escolar — principalmente em matemática — atividades diversificadas e reuniões constantes entre os professores foram responsáveis por boa parte do sucesso do projeto.[119] Foi aplicado um investimento alto no sentido de melhorar a qualidade da rede municipal de ensino. O número de salas de aula dobrou, e foi realizada reforma de outras escolas. Na ampliação da rede, também foram construídos auditórios, quadras poliesportivas com vestiários, salas de informática e cozinhas industriais. Além disso, essas escolas dispõem de quatro refeições por dia. Mesmo com certo investimento, a principal dificuldade, porém, é a falta de mão de obra qualificada. A inclusão social também é praticada nestas escolas, e os alunos com variados tipos de deficiências recebem tratamento especializado. Embora os incentivos do Governo Federal sejam mínimos e insuficientes, o governo municipal buscou, até o momento, parcerias e participações nos programas federais de educação, como o Programa Nacional Mais Educação e o Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa.[119]
Segurança pública |
A segurança pública em Brumado está a cargo das polícias civil e militar da Bahia, além da guarda municipal. A polícia civil possui uma sede denominada 20ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (20ª Coorpin), e a polícia militar dispõe da 34ª Companhia Independente de Polícia Militar (34ª CIPM).[120][121][122]
Embora não informado o percentual de criminalidade do município, constata-se que em Brumado há também problemas como o déficit policial e a falta de incentivos financeiros e sociais do Governo Estadual. Isso faz com que o número de assaltos à mão armada aumente significativamente. O ano de 2013 foi o mais violento dos últimos dez, registrando 20 homicídios.[123][124][125] Um presídio já pronto, com capacidade para 590 custodiados, visa melhorias, já que as autoridades alegam que a grande quantidade de criminosos soltos se deve, até então, à falta de um.[126]
Serviços e comunicações |
Os serviços de desenvolvimento humano e serviços públicos, como pavimentação, construção de galerias para esgotamento sanitário etc, estão sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Infraestrutura.[127] Os serviços essenciais como água encanada e energia elétrica são prestados por empresas estatais da Bahia. A Embasa é encarregada de oferecer os serviços de esgotamento sanitário e abastecimento de água, e a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) presta os serviços públicos de fornecimento de energia elétrica e manutenção da rede de energia.[128]
A população brumadense goza de meios de comunicação satisfatórios, como sinal de quatro operadoras de celular: Claro, Vivo, TIM e Oi;[129] diversos web sítios (sites) de notícias, os principais são: Achei Sudoeste, Agora Sudoeste, 97 News e Destaque Bahia; duas rádios FM: Alternativa 97,9 e Rádio Nova Vida 87,9;[130][131] e dois jornais em versões impressas e online: Tribuna do Sertão e Jornal do Sudoeste; e uma revista de circulação bimestral: Entrevip, também com versões impressas e online, voltada para o mundo da moda.[132][133][134]
Transportes |
Os serviços de transporte são satisfatórios. A cidade possui uma empresa de ônibus circular que faz linhas entre bairros e vilas e também realiza transporte de funcionários de empresas da cidade.[135]
Há uma empresa de ônibus sediada na cidade que faz transporte interurbano e interestadual e viagens turísticas.[136] A cidade conta com um pequeno aeroporto que atualmente opera apenas voos particulares.[137] Brumado possui um entroncamento rodoviário que dá acesso às cidades de Vitória da Conquista (BA-262); Caetité e Guanambi, (BR-030);[138][139] Livramento de Nossa Senhora e Rio de Contas (BA-148).[89][140][141] O transporte ferroviário é voltado para escoamento de minério e atualmente é realizado pela VLI Multimodal S.A. (VLI), através da antiga ferrovia RFFSA; e uma outra ferrovia, a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), está sendo construída com o mesmo objetivo.
A cidade dispõe de um anel rodoviário, extensão da BR-030, que possibilita o desvio de veículos pesados.[142] Conta também com as sub-sedes da Circunscrição Regional de Trânsito (18ª Ciretran) e Departamento Estadual de Trânsito (Detran)[143][144], além do Departamento de Trânsito e Transporte Urbano do município (DTTU).[145]
Cultura e lazer |
Turismo e eventos |
Pelo menos até 1998, o carnaval foi um dos eventos mais tradicionais. A história desse evento data de 1949, quando um grupo de amigos resolveu se juntar e sair às ruas para brincar a folia de momo. Em 1951, a festa passou a ser realizada em clubes, se revezando entre um e outro.[146] Porém em 1998, ano da grande seca, o carnaval passou a ser realizado esporadicamente, e uma das mais populares festas urbanas da cidade, já não é mais tão tradicional como antes.
Se fizermos uma pesquisa sobre o carnaval de Brumado, encontraremos mais notícias sobre a não realização da festa do que a realização dela. Autoridades alegam que os motivos são a falta de verbas ou os efeitos da seca.[147]
Brumado é carente de algumas culturas, como sala de cinema e de teatro, por exemplo, embora já possuíra três salas de cinema. O Cine Cairu foi a primeira, inaugurada em meados de 1950; seu dono era o senhor Eufrásio Torres. O cinema contava com apenas 203 cadeiras. Em 1964, outra sala foi inaugurada com o nome de Cine Teatro Fátima, que mais tarde, na década de 1980, teve seu nome mudado para Cine Teatro Regina. A nova sala era mais moderno, mais espaçosa e comportava até 500 pessoas sentadas. Além de exibir filmes, no espaço ainda eram realizados outros tipos de eventos, como competições musicais, entre outros. O Cine Teatro Fátima foi um marco importante na cultura brumadense. Foi inaugurado em 23 de dezembro de 1964, com a exibição do filme Ursus na Terra do Fogo; por fim, foi fechado em 1988 com o nome de Cine Teatro Regina.[29] Futuramente, em meados dos anos 2000, seria inaugurado o Cine Sophiplex, porém, a concorrência com as novas tecnologias audiovisuais, como DVDs e telões de plasma daquela época, aliadas à grande quantidade de locadoras, obrigariam o fechamento do cinema anos depois.[148][149]
A cidade tem certo potencial turístico desenvolvido pela realização de festas tradicionais, como São João e São Pedro.[150] Possui uma rede hoteleira estruturada.[151] Além desses atrativos, quem visita a cidade pode fazer passeios pela Serra das Éguas, com autorização das mineradoras que lá estão.[152][153] Embora a cidade não tenha tradição turística, uma pesquisa realizada em 2016 pela Expedia Brasil, empresa especializada em turismo e viagens, constatou que Brumado é uma das 40 cidades pequenas, no Brasil, que merecem ser visitadas, devido ao potencial turístico pouco explorado, com destaque para o distrito de Cristalândia.[154]
Dentro do território da empresa Magnesita Refratários há as ruínas do Sobrado do Brejo e a Fazenda Condado, este último ainda existente; ambos do início século XIX, possuem um rico valor histórico, mas não foram tombados por terem sido adquiridos pela empresa Magnesita.[155] As belezas naturais do município são pouco divulgadas, como as grutas na Serra das Éguas e suas nascentes. O povoado de Cristalândia é um dos atrativos.[152] Alguns pontos considerados turísticos são: Igreja matriz; Mercado de Artes; Memorial Municipal (Arquivo histórico do município); Fazenda Condado; Ruínas do Sobrado do Brejo; Minas de magnesita e talco; Rio de Contas; Serra das Éguas; Praça e anfiteatro Coronel Zeca Leite; Barragem de Cristalândia; A Ponte Pênsil.
A cultura brumadense é diversificada e está intimamente ligada às raízes sertanejas, que de certa forma, queira ou não, vem sofrendo decadência. Festas populares de cunho religioso, como São João, São Pedro e Folia de Reis, vêm perdendo força. A Folia de Reis é também uma festa muito tradicional no município, mas tem maior força na zona rural. O São Pedro, a festa de São Sebastião, do Bom Jesus e a festa de Nossa Senhora de Aparecida são festas religiosas muito tradicionais,[156] mas a festa que tem crescido muito é a cavalgada, que acontece de norte a sul do município, seja para se confraternizar com amigos e familiares, seja para curtir espetáculos de bandas e artistas sertanejos.[157][158]
Esportes |
As realizações esportivas na cidade são, em sua maioria, de nível amador, como a Maratoninha, para crianças de até 12 anos, que é realizada, anualmente, no dia 12 de outubro[159] e os torneios de futebol nos bairros e na zona rural. Os eventos esportivos mais importantes na cidade são os campeonatos de futsal e a Corrida Ecológica Brumado a Rio de Contas. Essa corrida é uma das mais importantes competições ciclísticas da Bahia e é disputada em várias categorias, contando com participação de atletas de toda parte do País. A competição é interestadual e é reconhecida pela Federação Baiana de Ciclismo e pela Confederação Brasileira de Ciclismo, e a pontuação serve para definição no ranking nacional.[160]
O futsal brumadense é um dos principais esportes praticado na cidade, esporte em que o Brumado futsal é tetracampeão baiano.[161] Outro evento esportivo muito comum são as rodas de capoeira. São realizados batizados, momento em que os atletas são graduados com cordões coloridos, respectivos à sua graduação.[162]
Feriados |
Há na cidade 15 feriados, sendo dez nacionais, três municipais, um estadual, e um ponto facultativo. Os feriados nacionais são: 1 de janeiro (Confraternização internacional); Paixão de Cristo; 21 de abril (Tiradentes); 1 de maio (Dia Mundial do Trabalho); Corpus Christi; 7 de setembro (Independência do Brasil); 12 de outubro (Dia de Nossa Senhora de Aparecida); 2 de novembro (Dia de Finados); 15 de novembro (Proclamação da República) e 25 de dezembro (Natal).[163] Os feriados municipais são: 11 de junho (emancipação do município); 20 de janeiro (Dia de São Sebastião, patrono da cidade) e 6 de agosto (Dia de Bom Jesus, padroeiro da cidade).[164] Feriado estadual, apenas um: 2 de julho (Independência da Bahia).[165] Ponto facultativo: a Quarta-feira de cinzas (até as 14h).[163]
Ver também |
- Lista de prefeitos de Brumado
- Lista de municípios da Bahia
- Lista de municípios do Brasil
Referências
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Ligações externas |
- Prefeitura de Brumado
- Câmara Municipal
- Estação de trem de Brumado
- Mapa de Brumado no OpenStreetMap
- Brumado no IBGE Cidades
- Obras relacionadas ao município
- Recordar é Viver - Agnelo Azevedo;
Uma Comunidade Rural do Brasil Antigo (Aspectos da Vida Patriarcal no Sertão da Bahia nos Séculos XVIII e XIX) - Licurgo Santos Filho;- O Idílio de Pórcia e Leolino - Dário Teixeira Cotrim;
ABC de Castro Alves - Jorge Amado;- O Idílio de Pórcia de Castro e Leolino Canguçu - José Walter Pires;
- O Bom Izu - Sebastião Cardoso (Tiãozito);
- O Jegue Treiteiro - Sebastião Cardoso (Tiãozito);
- Poeira no Ar - Mário Rizério Leite.