Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) | |
---|---|
Sede da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa | |
Lema | "Por boas causas" |
Tipo | Irmandade religiosa |
Fundação | 15 de agosto de 1498 (520 anos) |
Sede | Igreja de São Roque, Lisboa |
Sítio oficial | www.scml.pt |
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa MHIH é uma organização secular católica portuguesa sem fins lucrativos. Ela tem o direito para manter e operar lotarias e apostas em todo o território português. Foi fundada em 15 de agosto de 1498 (520 anos), sendo a primeira das Santas Casas de Misericórdia de Portugal. Nessa data a Rainha D. Leonor instituiu a Irmandade de Invocação a Nossa Senhora da Misericórdia, na Sé de Lisboa.[1] Com uma obra e experiência ímpares, adquiridas ao longo de séculos, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa é hoje uma instituição de referência na sociedade portuguesa.
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) é uma pessoa coletiva de direito privado e utilidade pública administrativa, nos termos dos respetivos Estatutos, aprovados pelo Decreto-Lei n.º 235/2008, de 3 de dezembro.
A tutela da SCML é exercida pelo membro do Governo que superintende a área da Segurança Social. Abrange, além dos poderes previstos nos Estatutos, a definição das orientações gerais de gestão, a fiscalização da atividade da Misericórdia de Lisboa e a sua coordenação com os organismos do Estado ou dele dependentes.
Índice
1 História
2 Áreas de Intervenção
3 Referências
4 Ver também
5 Ligações externas
História |
Desde a sua fundação, em 1498, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa assume como desafios melhorar a qualidade de vida da população e contribuir para o seu bem-estar, sobretudo dos mais desfavorecidos. Apesar de ser mais conhecida pela vertente social, a Misericórdia de Lisboa desenvolve também um importante trabalho nas áreas da Saúde, Educação, Ensino e Investigação, Cultura, Empreendedorismo e Economia Social. As receitas provenientes dos Jogos Sociais que a Santa Casa explora em nome do Estado, bem como a valorização e a administração do seu património, grande parte da qual resultante de benemerências, revertem para as Boas Causas que apoia.
A Misericórdia de Lisboa – a primeira misericórdia portuguesa – surgiu na regência da Rainha D. Leonor, viúva de D. João II de Portugal. Com o apoio do Rei D. Manuel I de Portugal, a Rainha instituiu uma Irmandade de Invocação a Nossa Senhora da Misericórdia. Esta Irmandade de “cem homens de boa fama e sã consciência e honesta vida” assumia, então, o compromisso de apoiar os mais desfavorecidos, levando a cabo 14 obras de Misericórdia, sete delas espirituais e as restantes materiais.
Durante vários séculos, muito dependente de benemerências e doações, a Santa Casa atravessou períodos de grande dificuldade financeira. Para dar continuidade à realização das boas obras, em 1783 a Rainha D. Maria I concedeu à instituição a exploração de uma lotaria anual, que passou a ser uma das suas principais fontes de rendimento.
Em 22 de Agosto de 1785, serão escolhidos 12 irmãos desta instituição para assistir à primeira extracção deste jogo da sorte que se iniciava no dia 1 de Setembro de 1785[2].
Já no século XX, em 1961, surgia um novo jogo social, o Totobola, que passou a ser organizado pelo Departamento de Apostas Mútuas Desportivas. As receitas líquidas eram repartidas, em partes iguais, pela assistência de reabilitação e pelo fomento da educação física e desporto. Tais receitas permitiram à Misericórdia de Lisboa criar o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão, inaugurado em 1966 e o primeiro em Portugal inteiramente vocacionado para a Reabilitação.
Ao longo do século XX, para captar novas receitas e de forma a dar respostas cada vez mais abrangentes às necessidades da população, instituíram-se novos jogos sociais, que a Santa Casa hoje gere e cujas receitas distribui por diversas entidades beneficiárias em todo o território nacional, sempre por boas causas: o Totoloto, o Joker, a Lotaria Instantânea ou Raspadinha, a Lotaria Popular e o Euromilhões.
Para dar resposta aos desafios do Séc.XXI, mantendo-se como uma instituição de referência, a Santa Casa anda a fazer uma aposta estratégica em áreas como a reabilitação urbana para rentabilizar o seu vasto património, ou a promoção do envelhecimento ativo através de uma política de intergeracionalidade transversal a todas as suas áreas de atuação, dando resposta a um grande número de idosos que são utentes da instituição, ao mesmo tempo que envolve os jovens nessas respostas.
".}}</ref>
Áreas de Intervenção |
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tem como missão a promoção do Bem Comum e atua principalmente junto das pessoas mais desfavorecidas. Mais conhecida pela área da Ação Social, a SCML tem também uma intervenção significativa nas áreas da Saúde, Educação e Ensino, Cultura, Inovação e iniciativas relacionadas com o setor da Economia social[3].
Referências
↑ Maria Luiza Marcílio. Família, mulher, sexualidade e Igreja na história do Brasil. Edicoes Loyola; 1993. ISBN 978-85-15-00724-0. p. 152.
↑ Seriam eles: José da Cunha Grã Ataíde e Melo, conde de Povolide, provedor; Antão de Almada; João Saldanha de Oliveira e Sousa; Manuel da Cunha de Meneses; Jerónimo José de Castilho; doutor Miguel Serrão Dinis, conselheiro do Ultramar; Anselmo José da Cruz Sobral; Policarpo José Machado; João Teixeira de Barros; Clemente Gonçalves, tosquiador; José Gomes Leitão, peneireiro, e José Bernardes, carpinteiro. - Catálogo de Decretos, Avisos e Ordens (séc. XVI e XIX), Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Arquivo Histórico, 2011
↑ «Áreas de Intervenção». SCML. Consultado em 31 de março de 2016
Ver também |
- Provedores da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
Ligações externas |
- Pagina principal da SCML