Nancy Reagan
Nancy Reagan | |
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42.ª Primeira-dama dos Estados Unidos | |
Período | 20 de janeiro de 1981 até 20 de janeiro de 1989 |
Presidente | Ronald Reagan |
Antecessor | Rosalynn Carter |
Sucessor | Barbara Pierce Bush |
Primeira-dama da Califórnia | |
Período | 3 de janeiro de 1967 até 6 de janeiro de 1975 |
Governador | Ronald Reagan |
Antecessor | Bernice Layne Brown |
Sucessor | Gloria Deukmejian |
Dados pessoais | |
Nascimento | 6 de julho de 1921 Nova Iorque, NY |
Morte | 6 de março de 2016 (94 anos) Los Angeles, CA |
Progenitores | Mãe: Edith Luckett Davis Pai: Kenneth Seymour Robbins |
Cônjuge | Ronald Reagan (1952-2004) |
Filhos | 2 (Patti e Ron) |
Profissão | Atriz |
Nancy Davis Reagan[1] nascida, Anne Frances Robbins (Nova Iorque, 6 de julho de 1921 — Los Angeles, 6 de março de 2016) foi primeira-dama dos Estados Unidos entre 1981 e 1989. Antes do casamento com Ronald Reagan, atuou em vários filmes de Hollywood nas décadas de 1940 e 1950 sob o nome artístico de Nancy Davis.
Índice
1 Primeiros Anos
2 Carreira
3 Romance e casamento
4 Primeira-dama dos Estados Unidos
4.1 Casa Branca
4.2 Estilo
4.3 Combate às drogas
4.4 Vida após a Casa Branca
5 Morte e funeral de Ronald Reagan
6 Viuvez e morte
7 Referências
Primeiros Anos |
Anne Frances Robbins nasceu em 6 de julho de 1921 no Sloane Hospital em Manhattan, Nova Iorque; Filha única de Kenneth Seymour Robbins (1894–1972) e Edith Luckett (1888–1987), que se divorciaram pouco tempo após o nascimento da filha. Nancy passou parte da sua infância no bairro do Queens e após a separação de seus pais, passou a residir na cidade de Bethesda, Maryland.
Em 1929, a mãe de Nancy casou-se com o político Loyal Davis e a nova família se mudou para Chicago, onde Nancy e Loyal mantiveram uma boa relação familiar. A relação entre Nancy e seu padrasto era como de pai e filha e ele resolveu adotá-la em 1935, alterando-lhe o nome de Anne Frances Robbins para Nancy Davis, nome que a colocaria em maio as elites hollywoodianas. Nancy concluiu seus estudos em 1943.[2]
Carreira |
Após sua graduação no Smith College, Nancy trabalhou como balconista na Marshall Field's e como auxiliar de enfermagem. Com o apoio dos colegas de sua mãe, incluindo Walter Huston e Spencer Tracy, Nancy iniciou sua carreira de atriz profissional. Nancy seguiu para Nova Iorque e se consagrou na Broadway.
Após o sucesso num teste, Nancy foi para a Califórnia e em 1949 fechou contrato com os estúdios da Metro-Goldwyn-Mayer. Pela MGM, Nancy atuou em 11 produções, fazendo o tipo "mãe responsável" e "mãe jovem". Sua carreira cinematográfica começou com algumas figurações em The Doctor and the Girl, estrelando Glenn Ford e em East Side, West Side, estrelado por Barbara Stanwyck.
Durante sua carreira, Nancy também atuou no Screen Actors Guild por cerca de 10 anos, mas deixou o sindicato para dedicar-se melhor ao marido.
Romance e casamento |
Juntamente com o status social de Hollywood, Nancy também teve vários namoros e romances com atores famosos da indústria cinematográfica, dentre eles o ator Clark Gable, mas foi em novembro de 1949 que Nancy conheceu o grande amor de sua vida, Ronald Reagan, o então presidente do Screen Actors Guild.
Os dois atores passaram a se encontrar mais frequentemente e a relação entre os dois tornou-se motivo de polêmica nas colunas de jornais de Los Angeles. Ronald Reagan estava obcecado pela ideia de casar-se com Nancy Davis, mas após o fim do casamento com a também atriz Jane Wyman, Reagan ainda se envolveu com outras mulheres. Após três anos de namoro, Ronald pediu a mão de Nancy em casamento.
O casamento ocorreu em 4 de março de 1952 com uma cerimônia formal distante dos olhares da mídia no Vale de São Fernando. Os únicos convidados do casamento foram William Holden e sua esposa. Os frutos do casamento vieram logo: Patricia Reagan Davis (nascida em 21 de outubro de 1952) e Ronald Prescott Reagan (nascido em 20 de maio de 1958). Nancy Reagan tornou-se madrasta de Maureen Reagan e Michael Reagan, filhos do primeiro casamento de Ronald.
Primeira-dama dos Estados Unidos |
Casa Branca |
Nancy tornou-se a Primeira-dama dos Estados Unidos após a vitória de seu esposo, Ronald Reagan, nas eleições de 1980. Nancy assumiu como primeira-dama em Janeiro de 1981. Desde sua chegada a Casa Branca, Nancy demonstrou seu interesse em reformar algumas partes da residência presidencial, que há anos encontrava-se descuidada e sem alguma manutenção. O próprio assessor da Casa Branca, Michael Deaver descreveu os segundo e terceiro andar da residência como "com paredes rachadas, pintura descascada e pisos quebrados". Ao contrário do esperado na época, Nancy não recorreu ao governo, mas levantou fundos através de doações privadas para a reforma da casa. A primeira-dama promoveu uma grande reforma em praticamente todas as salas dos segundo e terceiro andares da residência além das salas adjacentes ao Salão Oval. As reformas incluíram a pintura das paredes, o retoque dos pisos, a reparação das lareiras e a substituição de algumas janelas e tubulações antigas.
Nancy também encomendou uma nova Louça da Casa Branca. que não era trocada desde o governo de Harry Truman. Alguns jornais e revistas da época chegaram divulgar matérias sobre o suposta falta de louça da Casa Branca e o estado desesperador em que a residência mais importante do planeta se encontrava. Em parceria com a Lenox, o maior fabricante de porcelana da América, a primeira-dama optou por pratos fundos com as bordas em vermelho e no centro o Selo Presidencial gravado em dourado. O projeto de restauração da louça foi concluído com cerca de 4.370 peças remodeladas e gasto de 209.508 dólares. Apesar de ter sido paga por doações privadas, os investimentos na compra da louça geraram várias controvérsias na época, pois o país estava passando por uma profunda crise econômica.
Estilo |
Outra das características marcantes de Nancy era o seu estilo de moda. Enquanto o seu marido era o presidente ianque, foi Nancy quem atraiu a atenção da mídia por causa das suas roupas elegantes. A mídia argumentava que o guarda-roupa de Nancy era lotado de peças desenhadas por vários estilistas famosos como James Galanos, Bill Blass, Adolfo, e Oscar de la Renta.
Entretanto, o vestuário de Nancy também foi alvo de críticas pela mídia. Em 1982, a primeira-dama revelou que havia ganho milhares de dólares em roupas e joias e disse também que estava apenas promovendo grandes nomes da indústria de moda. Com o passar do tempo as críticas ficaram mais pesadas e irritantes para Nancy e ela declarou oficialmente que não iria mais aceitar roupas pagas pelo governo norte-americano. Apesar das controvérsias acerca das roupas, muitos estilistas continuaram a realizar as peças encomendadas pela primeira-dama.
A compra da nova louça, as reformas da Casa Branca, o vestuário caríssimo e até mesmo sua presença no Casamento de Diana Spencer e Charles, Príncipe de Gales provocaram questionamentos acerca de sua aparente indiferença quanto a situação econômica do país naquele período. Mas, Nancy também foi de trazer um pouco de "glamour" para a residência ianque. A primeira-dama organizou cerca de 56 jantares de estado em um período de apenas oito anos e demonstrou grande facilidade para fazê-los.
Em 1987, Mikhail Gorbachev tornou-se o primeiro líder soviético a visitar Washington, D.C desde 1959 e Nancy ficou incumbida de planejar a rotina estatal do presidente e organizar o jantar de estado em hora de Gorbachev. O jantar foi um verdadeiro sucesso e Nancy tornou-se uma das mais populares primeiras-damas dos Estados Unidos.
Combate às drogas |
Em 1982 Nancy organizou a campanha Just Say No, que tornou-se a principal ocupação da primeira-dama. Nancy sentiu a necessidade de educar as crianças americanas sobre o uso de drogas e os seus efeitos negativos. A primeira-dama organizou várias viagens pelos estados norte-americanos para promover o combate às drogas. A campanha teve parada em Daytop Village, Nova Iorque. A campanha foi um sucesso e teve o apoio de vários líderes mundiais.
Durante uma das aulas sobre o abuso de drogas, Nancy foi questionada por um aluna que não sabia o que dizer caso drogas lhe fossem oferecidas. Ao que Nancy respondeu: "Just Say No" (Basta dizer Não). A citação ficou muito famosa e é considerada até hoje uma das citações mais famosas da década de 1980. Os Reagans viajaram mais de 400 mil km por todo o território nacional para educar para a rejeição às drogas.
A partir de 1985, Nancy expandiu a campanha a nível internacional, convidando as primeiras-damas de várias nações para uma conferência na Casa Branca sobre o abuso de drogas. Em 27 de outubro de 1986, o presidente Reagan assinou uma lei que concedia cerca de 1,7 bilhão de dólares em financiamentos para combater, garantindo uma pena mínima obrigatória por delitos de drogas. Em 1988, Nancy tornou-se a primeira primeira-dama a participar da Assembleia Geral das Nações Unidas, perante a qual ela falou sobre o narcotráfico.
Vida após a Casa Branca |
O mandato de Ronald expirou em 1989 e o casal retornou a Califórnia, estabelecendo-se em Bel Air, um luxuoso bairro da cidade de Los Angeles. Os dois também passavam algumas temporadas no Rancho del Cielo, em Santa Bárbara e frequentavam regularmente a Igreja Presbiteriana de Bel Air. Ainda em 1989, a ex-primeira-dama criou a Nancy Reagan Foundation. A fundação que leva o seu nome tem como objetivo principal o combate ao uso de drogas. Nancy continuou viajando pelo país em suas turnês de combate as drogas.
Ela continuou a viajar pelo país, falando contra o abuso de drogas e álcool. Em 1994, Ronald foi diagnosticado com Mal de Alzheimer e Nancy esteve ao seu lado durante os momentos mais difíceis.
Em 16 de maio de 2002, Ronald e Nancy foram agraciados com a Medalha de Ouro do Congresso, tornando-se a terceira primeira-dama a receber tal condecoração. Em Julho do mesmo ano, Nancy recebeu das mãos de George W. Bush a Medalha Presidencial da Liberdade.
Morte e funeral de Ronald Reagan |
Ronald faleceu em sua residência em Bel Air no dia 5 de junho de 2004. O ex-presidente recebeu um funeral de estado de sete dias. Nancy viajou para a Ronald Reagan Presidential Library para um serviço memorial e depois seguiu para a capital federal. Em Washington, D.C., Nancy assistiu ao serviço funerário na Catedral Nacional ao lado de outros líderes mundiais e depois retornou à Califórnia para o sepultamento de seu marido. Alguns presentes no momento do sepultamento afirmaram que Nancy ficou triste e angustiada como nunca visto antes. Ao lado do ataúde de Reagan, Nancy teria dito "Eu te Amo".
O funeral causou um impacto na imagem de Nancy. Depois de ser criticada durante o seu mandato como primeira-dama, ela foi vista como uma heroína nacional por apoiar e cuidar de seu marido enquanto ele sofria nos seus últimos momentos.[carece de fontes]
Viuvez e morte |
Mesmo após a morte de Reagan, Nancy continuou ativa na política nacional e internacional e assumiu algumas posições que para muitos seriam de um Democrata. Em 2004, a ex-primeira-dama declarou seu apoio as pesquisas com células-tronco, pedindo ao então presidente George W. Bush financiamento federal para avanços nas pesquisas. Nancy tem um interesse pessoal nas pesquisas com células-tronco relativas a possível descoberta da cura do Mal de Alzheimer, doença que levou Ronald a morte.
Em 2005, Nancy foi homenageada em jantar formal no Ronald Reagan Building, oferecido por Richard Cheney, Harry Reid e a então secretária de estado Condoleezza Rice. O jantar foi bem recebido pela ex-primeira-dama e é considerado a sua maior aparição pública desde o funeral de seu marido. Dois anos depois, em 2006, Nancy esteve presente no funeral de Gerald Ford na Catedral Nacional e no ano seguinte comandou o Debate Presidencial Republicano na Ronald Reagan Library.
Nancy Davis Reagan morreu em 6 de março de 2016 de insuficiência cardíaca na sua casa, em Bel-Air, na cidade de Los Angeles, na Califórnia.[3]
Referências
↑ «Perfil de Nancy Reagan». Consultado em 14 de janeiro de 2010. Arquivado do original em 1 de agosto de 2014
↑ Reagan, Nancy (1989), p. 82
↑ Fieldstadt, Elisha; Gittens, Hasani. «Former First Lady Nancy Reagan Dead at 94». NBC. Consultado em 6 de março de 2016 A referência emprega parâmetros obsoletos|coautor=
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