Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos | |
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Sede dos Correios em Brasília. | |
Razão social | Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos CorreiosPar |
Tipo | Empresa de capital fechado |
Slogan | Soluções que aproximam |
Atividade | Correio |
Gênero | Empresa pública |
Fundação | Correio-Mor: 25 de janeiro de 1663 (355 anos) ECT: 20 de março de 1969 (49 anos) |
Sede | Brasília, Brasil |
Proprietário(s) | Governo federal do Brasil |
Presidente | Carlos Roberto Fortner[1] |
Empregados | 109.271[2] |
Produtos |
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Lucro | R$ 667 milhões (2017)[3] |
Faturamento | R$ 18,310 bilhões (2017)[4] |
Website oficial | www.correios.com.br |
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) ou simplesmente Correios, é uma empresa pública federal responsável pela execução do sistema de envio e entrega de correspondências no Brasil. A Constituição Federal do Brasil prevê a exclusividade da união sobre a entrega de correspondências de interesse específico do destinatário e esse serviço reservado só pode ser prestado, exclusivamente, pelo operador encarregado pela sua universalização, a ECT, como forma de financiar a prestação dos serviços deficitários aos cidadãos. A legislação brasileira prevê o monopólio somente nos serviços de: carta; cartão postal; correspondência agrupada e telegrama.[5]
A ECT tem origem com a criação do cargo de Correio-mor das cartas do mar em 1663. Em 1980, a empresa criou em Brasília o Museu Postal e Telegráfico da ECT. Atualmente denomina-se Museu Nacional dos Correios[6] e de acordo com a página oficial[7] tem mais de um milhão de peças da história postal, telegráfica e filatélica brasileira. Em 25 de janeiro de 2013, o serviço postal oficial brasileiro fez 350 anos e, para celebrar a data, lançou selos e logomarca alusivas ao evento.[8]
O Instituto de Seguridade Social dos Correios e Telégrafos (Postalis) é um fundo de pensão que gerencia a previdência complementar dos funcionários dos Correios. É o maior fundo de pensão do país, em número de participantes.[9]
A empresa fechou quatro anos com prejuízo: 2013, 2014, 2015, e 2016; o que levou a privatização a ser cogitada.[10] Entretanto, o lucro obtido em 2017, após medidas de contenção de despesas, fez com que a ideia fosse abandonada temporariamente.[10] Em seis anos (2010 a 2016), o total de perdas de encomendas aumentou mais de 1000%, revelando queda na qualidade do serviço devido à falta de materiais e de infraestrutura adequados, tendo por causa anos de má-gestão, corrupção, e uso político da companhia.[11]
Índice
1 Histórico
1.1 Modernização
1.2 Logotipos
2 Produtos e serviços postais e filatélicos
2.1 Produtos e serviços de conveniência
3 Ver também
4 Referências
5 Ligações externas
Histórico |
Os Correios tiveram sua origem no Brasil em 25 de janeiro de 1663, com a criação do Correio-Mor no Rio de Janeiro, embora a capital da colônia fosse então Salvador. Em 1931 o decreto 20.859, de 26 de dezembro de 1931[12] funde a Diretoria Geral dos Correios com a Repartição Geral dos Telégrafos e cria o Departamento dos Correios e Telégrafos.[13] A ECT foi criada a 20 de março de 1969, como empresa pública vinculada ao Ministério das Comunicações mediante a transformação da autarquia federal que era, então, Departamento de Correios e Telégrafos (DCT). A mudança não representou apenas uma troca de sigla, foi seguida por uma transformação profunda no modelo de gestão do setor postal brasileiro, tornando-o mais eficiente.[14]
Nos anos que se seguiram, vários serviços foram sendo incorporados ao portfólio da empresa. Além dos tradicionais serviços de cartas, malotes, selos e telegramas, entre os novos serviços podem ser destacados os pertencentes à família SEDEX, serviço de encomendas expressas. Ao todo são mais de cem produtos e serviços oferecidos pela maior empregadora do Brasil (no início de 2008 com mais de 109 mil empregados próprios, além dos terceirizados), sendo a única empresa a estar presente em todos os municípios do país, com uma vasta rede de unidades próprias e franqueadas.[14]
Diversos dos produtos e serviços da ECT podem ainda ser adquiridos pela internet.
Modernização |
Durante a década de 1990, discutiu-se a possibilidade de uma modernização da empresa. A proposta do novo sistema postal estava baseada no aumento da oferta de serviços, na modernização tecnológica e na consolidação e ampliação do papel social dos Correios como agente prestador de serviços públicos. Para isso, o Ministério das Comunicações do Governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso desenvolveu um projeto para o setor postal brasileiro que foi implantado a partir de 1997, denominado Reforma Estrutural do Setor Postal Brasileiro (RESP). As diretrizes acionadas na elaboração da reestruturação postal abarcavam os seguintes aspectos[15]:
- Reforma Regulamentar do Setor Postal: definição de um novo modelo de exploração dos serviços postais no Brasil, envolvendo questões fundamentais como serviços universais, monopólio, controle da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT, órgão regulador, etc.;
- Reforma comercial e organizacional da ECT: modernização da empresa, (...) preparando-a para atuar em um novo contexto regulamentar a ser implantado no setor;
- Serviços Financeiros Postais: a utilização da infraestrutura de atendimento da ECT para que, em parceria com o Sistema Financeiro Nacional, sejam prestados serviços financeiros básicos à parcela da sociedade atualmente não atendida pela rede bancária, isto é, a população rural e a população urbana de baixa renda.
As propostas foram apresentadas na Nova Lei Postal, que tramitou, sem ser aprovada, até o início de 2003, quando foi arquivada. Durante os anos 2000, novamente os Correios foram alvo de propostas de mudanças e modernização, retomando, em alguns aspectos, o que fora planejado na década de 1990. A empresa, ao longo dos anos 2000, esteve no epicentro do escândalo do "Mensalão" e apresentou problemas operacionais que foram divulgados como a "crise dos Correios". Apesar disso, a estatal foi palco de diversas inovações em seus processos gerenciais e comerciais[1][16].
Logotipos |
Emblema do Correio do Império
Brasão do Departamento dos Correios e Telégrafos em 1932
Logo 1969-1990
Logo 1990-2014
Logo 2014-atualmente
Produtos e serviços postais e filatélicos |
- Aerograma
Aviso de recebimento (A/R)- Caixa postal
- Carimbo comemorativo
- Carta
Cartão-resposta e carta-resposta
- Carta via internet
- Cecograma
- Devolução garantida
- Disque coleta
- Encomenda customizada
- Encomenda PAC
- Entrega direta
- EMS: Serviço de entrega expressa internacional
- Exporta Fácil
FAC: Franqueamento Autorizado de Cartas- Fax-post
- Importa fácil
- Impresso
- Logística Integrada
- Mala Direta Postal
- Posta restante
- Rastreamento
- Rastreamento de Encomendas
- Reembolso postal
- Registro
SEDEX: Serviço de Entrega Expressa- SEDEX 10
- SEDEX 12
- SEDEX Hoje
SEDEX Mundi: Serviço Especial de Entrega Expressa Internacional
SEED: Serviço Especial de Entrega de Documentos- Selo postal
- Selo personalizado
SERCA: Serviço de Correspondência Agrupada (Malotes)- Telegrama
- Telegrama via internet
- Vale postal
- Correios Celular
Produtos e serviços de conveniência |
- Achados e Perdidos
- Agenda
- Caixas para embalagens
- Camisas da Griffe Via Postal
- Canal virtual de compras CorreiosNet Shopping
- Cartão telefônico
- Certificado digital
- Consulta de proteção ao crédito
- Envelope
- Emissão, regularização e atualização de CPF
- Quebra-cabeças
- Recebimento de Contas
- Serviços bancários (Banco postal)
- Seguro DPVAT
- Venda de consórcio
Ver também |
- Sistema endereçamento postal no Brasil
- Carta
- Carteiro
Correio (substantivo)- Filatelia
- Revista COFI
- Palácio dos Correios
Referências
↑ «Diretoria Executiva». Correios. Consultado em 17 de julho de 2018
↑ «Principais números». Correios. Consultado em 29 de agosto de 2018
↑ «Correios têm lucro de R$ 667 milhões em 2017 após quatro anos». Agência Brasil. 9 de maio de 2018. Consultado em 9 de maio de 2018
↑ «Demonstrações financeiras 2017» (PDF). Correios. 2017. Consultado em 29 de agosto de 2018
↑ Decreto-Lei nº 509/69, ratificado pela Lei nº 6.538/78
↑ PEREIRA, Margareth da Silva. Os Correios e Telégrafos no Brasil - um patrimônio histórico e arquitetônico: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, 1999.
↑ Correios (ed.). «Sobre o Museu». Consultado em 5 de novembro de 2017
↑ Correios, ed. (2013). «Revista especial Correios 350 anos». Consultado em 5 de novembro de 2017
↑ Postalis (ed.). «Sobre». Consultado em 5 de novembro de 2017
↑ ab Fernando Nakagawa (9 de maio de 2018). «Depois de quatro anos no vermelho, Correios têm lucro de R$ 667 milhões em 2017». O Estado de São Paulo. Consultado em 1 de dezembro de 2018
↑ «Após 3 anos de prejuízos bilionários, Correios perdem fôlego para sair da crise». Época Negócios. 18 de março de 2018. Consultado em 1 de dezembro de 2018
↑ Decreto nº 20.859, de 26 de Dezembro de 1931 Cria o Departamento dos Correios e Telégrafos pela fusão da Diretoria Geral dos Correios com a Repartição Geral dos Telégrafos e aprova o regulamento da nova organização administrativa. Acesso em 16/03/2013. Disponível em http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1930-1939/decreto-20859-26-dezembro-1931-503678-publicacaooriginal-1-pe.html
↑ BARROS NETO, João Pinheiro de.Administração Pública no Brasil: uma breve história dos correios. São Paulo; annablume, 2004. ISBN 8574194476
↑ ab Correios (ed.). «História». Consultado em 5 de novembro de 2017
↑ Teixeira, Tadeu Gomes (Dezembro de 2014). «O sistema postal brasileiro em transformação: propostas e mudanças na regulação do mercado e na reestruturação do modelo organizacional da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (1994-2011». Revista de Administração Pública. 48 (6): 1355–1380. ISSN 0034-7612. doi:10.1590/0034-76121470. Consultado em 3 de novembro de 2017
↑ TEIXEIRA, Tadeu Gomes (2016). Os Correios e as Políticas Governamentais: mudanças e permanências (PDF). Salvador: UFBA. 280 páginas. Consultado em 3 de novembro de 2017
Ligações externas |
- Commons
Sítio oficial (em português)
Correios no Facebook
- Link de Rastreamento