Theatro da Paz
Theatro da Paz | |
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Fachada do teatro | |
Estilo dominante | Neoclássico |
Engenheiro | José Tibúrcio Pereira Magalhães |
Construção | 1869 |
Inauguração | 1878 (141 anos) |
Capacidade | 880 (atual) |
Geografia | |
País | Brasil |
Cidade | Belém, Pará |
O Theatro da Paz, nome dado pelo Bispo da época Dom Macedo Costa, em homenagem ao fim da guerra do Paraguai, porém sua nomenclatura foi modificada a pedido do próprio Bispo,[1] ao ver que o nome de "Nossa Senhora" seria indigno figurar na cidade um espaço onde se tinha apresentações mundanas e sem representação eclesiástica alguma, localiza-se na cidade de Belém, no estado do Pará, no Brasil, construído com recursos auferidos da exportação de látex, no Ciclo da Borracha. Mantinha o status de maior teatro da Região Norte, até ser ultrapassado pelo Teatro Estadual Palácio das Artes Rondônia, e um dos mais luxuosos do Brasil, com cerca de 140 anos de história, além de também ser considerado um dos teatros-monumentos do país, segundo o IPHAN.[1]
Inaugurado em 15 de fevereiro de 1878, o teatro possui linhas neoclássicas e foi construído no período áureo da exploração da borracha na Amazônia. O seu nome foi sugerido pelo bispo D. Macedo Costa, o qual também lançou a pedra fundamental do edifício, em 3 de março de 1869. Para o lançamento oficial do teatro, foi encenada a produção do dramaturgo francês Adolphe d'Ennery, As duas órfãs, pela companhia do pernambucano Vicente Pontes de Oliveira.[2]
Índice
1 Histórico
2 Referências
3 Ver também
4 Ligações externas
Histórico |
O autor do projeto foi o engenheiro pernambucano José Tibúrcio Pereira Magalhães. Foi construído por Calandrine de Chermont com pequenas alterações introduzidas pela repartição de Obras Públicas. Ficou pronto em 1874 mas, devido a denúncias contra os construtores, um inquérito foi aberto e o teatro só foi inaugurado após a sua conclusão.
Com o drama de Adolphe d'Ennery, As duas órfãs, no dia 15 de fevereiro de 1878, o Teatro da Paz foi aberto ao público, ao som da orquestra sinfônica do maestro Francisco Libânio Collas. O espetáculo foi organizado pela companhia de Vicente Pontes de Oliveira. O contrato durou cinco anos e fez de Vicente Oliveira o encarregado pela iluminação, decoração, coreografia e acessórios de cena no teatro, além de organizador das apresentações que se seguiram.
O teatro sofreu alterações na sua fachada, após a grande reforma de 1904. Foi retirada uma coluna do pátio frontal superior do Teatro, que era em número de 7, o que feria os preceitos arquitetônicos do período neoclássico, que pede número par de colunas em frontarias. Cobrado pela Sociedade Artística Internacional, que mantinha o Teatro, o Governador da época Augusto Montenegro mandou demolir a fachada, que era um pátio coberto, e reconstruí-la recuando a fachada e retirando uma coluna, e no vácuo que ficou a mostra, antes preenchido por pequenas janelas, mandou botar bustos simbolizando as artes: Dança, Poesia, Música e Tragédia, e ao centro o brasão de armas do estado do Pará, para fortalecer a simbologia republicana que estava enfim instaurada. Entretanto, suas linhas arquitetônicas gerais foram mantidas.
O Teatro da Paz, no dizer de Leandro Tocantins, "é um monumento neoclássico por excelência". Nas laterais, pátios cercados de colunas, escadas que dão acesso à Praça da República. Poltronas de palhinhas, (não de almofada), seguindo o formato de ferradura. No saguão, há dois bustos talhados em mármore de carrara: José de Alencar e Gonçalves Dias, introdutores do indianismo no Brasil. No salão nobre, ao lado de espelhos de cristal, estão os bustos dos maestros Carlos Gomes e Henrique Gurjão.
Ali Carlos Gomes encenou sua mais famosa ópera, O Guarani, e a bailarina russa, Ana Pavlova, passou com suas sapatilhas. O decorador desse cenário privilegiado foi o italiano Domenico de Angelis que, posteriormente, decorou o Teatro Amazonas, de Manaus. Ele foi também o autor do belo painel representando os deuses gregos, Apolo e Diana, no cenário amazônico que fica no teto da sala de espetáculos. Dele também era o teto de jover, perdido por causa de uma infiltração. Esse teto foi repintado em 1960 por outro artista italiano, Armando Baloni.
Durante a Ciclo da Borracha, as mais famosas companhias líricas se apresentaram ali. Com o declínio da borracha, o Teatro da Paz passou por grandes dificuldades. Sem apresentações, estava quase sempre fechado, e as restaurações não eram suficientes para lhe garantir um bom funcionamento.
Referências
↑ ab Rose Silveira. «O Theatro da Paz e sua história». Internet Movie Database. Consultado em 14 de maio de 2012
↑ Vicente Sales. «Theatro da Paz - Tempo e Gente». Theatro da Paz. Consultado em 14 de maio de 2012
Ver também |
- Lista de teatros do Brasil
- Teatro Estadual Palácio das Artes Rondônia
Ligações externas |
Página do Teatro da Paz www.theatrodapaz.com.br