Digestão







Sistema digestivo humano.


A digestão é o conjunto das transformações químicas e físicas que os alimentos orgânicos sofrem ao longo de um sistema digestivo, para se converterem em compostos menores hidrossolúveis e absorvíveis. Ela tem a função de manter o suprimento de água, eletrólitos e nutrientes do organismo, num fluxo contínuo.[1] A digestão é uma forma de catabolismo que pode ser dividida em dois processos de como o alimento é quebrado: a digestão mecânica e digestão química. A digestão mecânica se refere ao processo físico, em quebrar em pedaços menores, para facilitar a ação das enzimas na digestão química, que divide o alimento, em moléculas para que as células do nosso corpo, possam usar.[2]




Índice






  • 1 Tipos de digestão


  • 2 Tipos de tubos digestivos


  • 3 Digestão em seres humanos


    • 3.1 Fases da secreção gástrica


    • 3.2 Cavidade oral




  • 4 Referências


  • 5 Ligações externas





Tipos de digestão |


De acordo com o local da ocorrência, temos 3 tipos de digestão:[3]



  • Digestão intracelular: ocorre somente no interior da célula. A partícula é englobada, por pinocitose ou fagocitose, sendo então digerida no interior de vacúolos através das enzimas lisossômicas. Esse tipo de digestão é encontrado em protozoários e poríferos.

  • Digestão extracelular e extracorporal: ocorre totalmente fora das células, em cavidades do organismo (tubo digestivo). A partir de nematódeos, seres heterotróficos multicelulares, a digestão é exclusivamente fora das células, podendo ocorrer fora do organismo, esta é chamada de digestão extracorporal, como os fungos. As que ocorrem no interior do organismo, digestão intracorporal, como acontece nos animais.

  • Digestão extra e intracelular: inicia-se no tubo digestivo e completa-se no interior da célula. É o que acontece nos celenterados, onde a digestão inicialmente se processa no interior da cavidade gastrovascular, e em seguida, as partículas parcialmente digeridas são captadas por células da gastroderme, onde a digestão se completa intracelularmente.



Tipos de tubos digestivos |



  • Tubo incompleto: possui apenas uma abertura. Exemplos: hidra e planária.
    Nos animais mais simples o tubo digestivo tem apenas uma abertura que funciona simultaneamente como boca e como ânus, designando-se por tubo digestivo incompleto, protostomados.


  • Tubo completo: possui duas aberturas - uma boca e um ânus. Exemplos: minhoca e o ser humano.
    Nos animais, o tubo digestivo pode apresentar diferentes graus de complexidade, em certos organismos o tubo digestivo possui duas aberturas, uma para entrada dos alimentos, a boca, e outra por onde saem os resíduos alimentares, o ânus. Nesta situação trata-se de um tubo digestivo completo, deuterostomados.




Digestão em seres humanos |



Ver artigo principal: Aparelho digestivo

No homem, todo o sistema digestivo mede cerca de nove metros de comprimento. Em uma pessoa adulta saudável este processo pode levar entre 24 e 72 horas. A fisiologia da digestão varia entre indivíduos, e é influenciada por diversos outros fatores tais como as características dos alimentos e o tamanho da refeição.



Fases da secreção gástrica |




  • Fases cefálicas - esta fase ocorre antes que a comida chegue ao estômago, e envolve a preparação do organismo para a alimentação e a digestão. A visão e o pensamento estimulam o córtex cerebral. O estímulo do sabor e do cheiro é enviados para o hipotálamo e o bulbo. Em seguida, ele é encaminhado através do nervo vago e há liberação de acetilcolina. A secreção gástrica, nesta fase, aumenta em até 40%. A acidez no estômago não é tamponada pela comida neste ponto e, assim, atua para inibir as células parietais (secretoras de ácido), e as células G (secretoras de gastrina), inibidas pela secreção de somatostatina pelas células delta.


  • Fases gástricas - Esta fase dura de três a quatro horas. Ela é estimulada pela distensão do estômago devido à presença de alimento e à diminuição do pH no interior do órgão. A distensão ativa reflexos longos e mioentéricos. Isso propicia a liberação de acetilcolina, que estimula a secreção de mais suco gástrico. Como as proteína que estão no interior do estômago se ligam aos íons hidrogênios, há uma elevação do pH. A inibição da gastrina e da secreção ácido gástrico é suspensa. Isso faz com que as células G libertem gastrina, a qual, por sua vez, estimula as células parietais a secretar ácido gástrico. Este ácido é composto de cerca de 0,5% de ácido clorídrico (HCl), o que reduz o pH para o valor alvo de 1 a 3. A liberação de ácido também é desencadeada pela acetilcolina e histamina.


  • Fases intestinais - Esta fase tem duas etapas: a excitatória e a inibitória. A comida parcialmente digerida enche o duodeno. Isso desencadeia a liberação intestinal de gastrina. O reflexo vagal enterogástrica inibe núcleos, ativa fibras simpáticas e faz com que o esfíncter pilórico se contraia e impeça a entrada de mais alimentos.



Cavidade oral |


Em seres humanos, a digestão começa na boca, também conhecida como cavidade bucal ou oral, na qual o alimento é mastigado. A saliva é secretada em grandes quantidades (1 a 1,5 litros/dia) por três pares de grandes glândulas exócrinas salivares (parótidas, submandibulares e sublinguais) e por muitas outras menores na cavidade oral, onde é misturada, com a ajuda da língua, ao alimento mastigado. A saliva tem a função de limpar a cavidade oral, umedecer a comida e iniciar a digestão, pois contém enzimas como a amilase, que ajuda na decomposição química de polissacarídeos tais como o amido (quebrando-o em maltose e outros tipos de dissacarídeos). Ela também contém muco, uma glicoproteína que ajuda a amaciar a comida. Uma enzima adicional, a lipase lingual, hidrolisa triglicerídeos de cadeia longa em glicerídeos parciais e ácidos graxos livres.


A ato de deglutir transporta os alimentos mastigados para o esôfago, passando pela orofaringe e hipofaringe. O mecanismo para engolir é coordenado pelo centro de deglutição no bulbo e na ponte. O reflexo é iniciado por receptores de toque na faringe, e daí o bolo alimentar é empurrado para a parte posterior da boca.


O bolo alimentar passa da faringe para o estômago, através dos movimentos peristálticos (tecido muscular liso) no esôfago, continuando a sofrer a acção da saliva. Ao chegar ao estômago, o bolo alimentar passará a sofrer a acção química do suco gástrico (que contem pepsina), transformando-se em quimo.


O quimo segue então para a região pilórica, atravessa o duodeno onde recebe os sucos intestinais e o suco pancreático que, com a ajuda de enzimas, decomporão ainda mais a massa alimentar, transformando-a em quilo, que entra no intestino delgado.


Aqui, pelo efeito dos movimentos peristálticos do intestino, o quilo vai sendo empurrado em direcção ao intestino grosso, enquanto vai ocorrendo a absorção dos nutrientes, com a ajuda das vilosidades intestinais. A parte que não é aproveitada do quilo é, finalmente, evacuada pelo ânus sob a forma de fezes.


Fenômenos físicos



  • mastigação

  • deglutição(engolir)

  • movimentos peristálticos (contração e relaxamento da musculatura)


Fenômenos químicos



  • insalivação

  • quimificação (processo de formação do quimo)

  • quilificação (processo de formação do quilo)

  • absorção (nutrientes e água: intestino delgado; apenas água: intestino grosso)



Referências




  1. Fabiana Santos Gonçalves. «Sistema Digestivo». InfoEscola. Consultado em 17 de agosto de 2013 


  2. «Digestion». Wikipedia (em inglês). 20 de abril de 2018 


  3. «Tipos de Digestão». Colégio Web. 31 de maio de 2012. Consultado em 17 de agosto de 2013 



Ligações externas |



  • Sistema digestório (em português) maiores detalhes sobre o sistema digestivo



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