Recife





Disambig grey.svg Nota: Para a formação rochosa, veja arrecife.













































































































Município do Recife

"Veneza Brasileira"
"Mauriceia"
"Florença dos Trópicos"
"Capital dos Naufrágios"


Do topo, em sentido horário: Assembleia Legislativa de Pernambuco na Rua da Aurora; vista aérea do bairro de Boa Viagem; "Torre de Cristal" no Parque das Esculturas Francisco Brennand; Praça Rio Branco, local do Marco Zero do Recife; Castelo do Instituto Ricardo Brennand e Ilha de Antônio Vaz com as pontes do Centro Histórico.

Do topo, em sentido horário: Assembleia Legislativa de Pernambuco na Rua da Aurora; vista aérea do bairro de Boa Viagem; "Torre de Cristal" no Parque das Esculturas Francisco Brennand; Praça Rio Branco, local do Marco Zero do Recife; Castelo do Instituto Ricardo Brennand e Ilha de Antônio Vaz com as pontes do Centro Histórico.











Bandeira do Recife


Brasão do Recife


Bandeira

Brasão


Hino

Aniversário

12 de março
Fundação

12 de março de 1537 (481 anos)

Gentílico

recifense

Lema

Ut luceat omnibus
"Que a luz brilhe para todos"

Padroeiro(a)

Santo Antônio e Nossa Senhora do Carmo

Prefeito(a)

Geraldo Júlio (PSB)
(2017 – 2020)
Localização

Localização do Recife

Localização do Recife em Pernambuco


Recife está localizado em: Brasil


Recife


Localização do Recife no Brasil

08° 03' 14" S 34° 52' 51" O08° 03' 14" S 34° 52' 51" O

Unidade federativa

Pernambuco

Região
intermediária

Recife IBGE/2017[1]



Região
imediata

Recife IBGE/2017[1]



Região metropolitana

Recife
Municípios limítrofes

Jaboatão dos Guararapes, São Lourenço da Mata, Camaragibe, Paulista e Olinda.
Distância até a capital
2 220 km[2]
Características geográficas

Área
218,435 km² [3]

População
1 637 834 hab. (PE: 1º; BR: 9º) –  IBGE/2017[4]

Densidade
7 498,04 hab./km²

Altitude
4 m

Clima

tropical As'

Fuso horário

UTC−3
Indicadores

IDH-M
0,772 elevado PNUD/2010[5]

Gini
0,68 PNUD/2010[5]

PIB

R$ 49 544 088 mil (BR: 13º) – IBGE/2016[6]

PIB per capita

R$ 30 477,73 IBGE/2016[6]
Página oficial

Prefeitura

www.recife.pe.gov.br

Câmara

www.recife.pe.leg.br

Recife é um município brasileiro, capital do estado de Pernambuco, localizado na Região Nordeste do país. Com área territorial de aproximadamente 218 km², é formado por uma planície aluvial, tendo as ilhas, penínsulas e manguezais como suas principais características geográficas.[3][7] Cidade nordestina com o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M), o Recife é a quarta capital brasileira na hierarquia da gestão federal, após Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, e possui o quarto aglomerado urbano mais populoso do Brasil, com 4 milhões de habitantes em 2017, superado apenas pelas concentrações urbanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.[5][8][9] A capital pernambucana tem, num raio de 300 km, três capitais estaduais sob sua influência direta: João Pessoa (122 km), Maceió (257 km) e Natal (286 km).[10][11]


O Recife é sede do aglomerado urbano mais rico do Norte-Nordeste e oitavo mais rico do Brasil, além de ter o décimo quarto maior PIB do país e o maior PIB per capita entre as capitais nordestinas.[12][13][14] A cidade é a nona mais populosa do país, e sua região metropolitana é a sétima do Brasil em população, além de ser a terceira área metropolitana mais densamente habitada do país, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro.[4][15] A metrópole pernambucana desempenha um forte papel centralizador em seu estado e região: abriga sedes de instituições como a Sudene, a Eletrobras Chesf, o Comando Militar do Nordeste, o TRF da 5ª Região, a Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional na 5.ª região, dentre muitas outras, e o maior número de consulados estrangeiros fora do eixo Rio-São Paulo, sediando Consulados-Gerais de países como Estados Unidos, China, Alemanha, França e Reino Unido.[8][16] O município foi eleito por pesquisa da MasterCard Worldwide como uma das 65 cidades com economia mais desenvolvida dos mercados emergentes no mundo: apenas cinco cidades brasileiras entraram na lista, tendo o Recife recebido a quarta posição, após São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, e à frente de Curitiba.[17]


Mais antiga entre as capitais estaduais brasileiras, o Recife surgiu como "Ribeira de Mar dos Arrecifes dos Navios" no ano de 1537, na principal área portuária da Capitania de Pernambuco, a mais rica capitania do Brasil Colônia, conhecida em todo o mundo comercial da época graças à cultura da cana-de-açúcar e ao pau-brasil (ou pau-de-pernambuco).[18][19][20] No século XVII, a cidade foi por vinte e quatro anos a sede da colônia de Nova Holanda, que teve como um dos administradores o conde Maurício de Nassau.[18] Após a expulsão dos neerlandeses, feita na Insurreição Pernambucana, o Recife emerge como a cidade mais importante de Pernambuco, tendo uma grande vocação comercial influenciada principalmente pelos comerciantes portugueses, os chamados "mascates".[18] O Centro Histórico do Recife — em que pesem as demolições e descaracterizações — representa em conjunto com os sítios históricos de Olinda, Igarassu e dos Guararapes um dos mais valiosos patrimônios barrocos do Brasil.[18]


Dentre as suas muitas alcunhas atribuídas, "Veneza Brasileira" é a mais conhecida. O romancista francês Albert Camus esteve no Recife em 1949 e comparou a capital pernambucana a outra cidade italiana ao descrevê-la, em seu livro Diário de Viagem, como a "Florença dos Trópicos".[21]




Índice






  • 1 Etimologia


  • 2 História


    • 2.1 Primeiros povos e colonização portuguesa


    • 2.2 Captura do Recife (1595)


    • 2.3 Invasão holandesa (1630-1654)


      • 2.3.1 Insurreição Pernambucana (1645-1654)




    • 2.4 Segunda metade do século XVII ao século XIX


      • 2.4.1 Conjuração de "Nosso Pai" (1666)


      • 2.4.2 Guerra dos Mascates (1710-1711)


      • 2.4.3 Revolução Pernambucana (1817)


      • 2.4.4 Convenção de Beberibe (1821)


      • 2.4.5 Confederação do Equador (1824)


      • 2.4.6 Revolução Praieira (1848-1850)




    • 2.5 Início do século XX até os dias atuais




  • 3 Geografia


    • 3.1 Geologia e relevo


    • 3.2 Hidrografia


    • 3.3 Clima


    • 3.4 Parques


    • 3.5 Problemas ambientais


    • 3.6 Incidentes com tubarão




  • 4 Demografia


    • 4.1 Região Metropolitana do Recife


    • 4.2 Religião


    • 4.3 Criminalidade




  • 5 Governo e política


  • 6 Subdivisões


  • 7 Economia


    • 7.1 Turismo




  • 8 Infraestrutura


    • 8.1 Educação


    • 8.2 Saúde


    • 8.3 Transportes


    • 8.4 Mídia


    • 8.5 Planejamento urbano


    • 8.6 Ciência e tecnologia




  • 9 Cultura


    • 9.1 Literatura, arquitetura e gastronomia


    • 9.2 Dança, música e cinema


    • 9.3 Espaços culturais


    • 9.4 Esportes




  • 10 Ver também


  • 11 Notas


  • 12 Referências


  • 13 Ligações externas




Etimologia


Arrecife é a forma antiga do vocábulo recife, ambos originários do árabe ár-raçif, que significa calçada, caminho pavimentado, linha de escolhos, dique, paredão, cais, molhe. Em sua forma arcaica, “arracefe”, o vocábulo já era utilizado em 1258, segundo registra o dicionarista José Pedro Machado. Assim, o topônimo da atual cidade do Recife resulta do acidente geográfico, cuja designação é registrada pela primeira vez no Diário de Pero Lopes de Souza, que denominou o seu porto natural de “Barra dos Arrecifes” (1532), e no chamado Foral de Olinda (1537), no qual o primeiro donatário, Duarte Coelho, nomeia-o “ribeiro do mar dos Arrecifes dos Navios”.[22] No mapa do cartógrafo João Teixeira Albernaz (1618) o local encontra-se registrado como “Lugar do Recife”, menção certa aos primórdios da antiga povoação, depois chamada Vila de Santo Antônio do Recife (1709) e, finalmente, cidade do Recife (1823).[23]


Geralmente, o nome do município dentro de frases é antecedido de artigo masculino, como acontece com os municípios do Rio de Janeiro, do Crato, do Cabo de Santo Agostinho e outros. A esse respeito, muitos intelectuais recifenses e pernambucanos já se pronunciaram,[24][25] entre eles Gilberto Freyre, em seu livro "O Recife, sim! Recife, não!", em 1960.[26][27] Por outro lado, o gramático Napoleão Mendes de Almeida afirma, em longo arrazoado, que não se deve usar o artigo definido para fazer referência à cidade, mas apenas ao bairro homônimo: "o bairro do Recife na cidade de Recife".[28]



História



Ver artigo principal: História do Recife


Primeiros povos e colonização portuguesa



Veja também: Povos indígenas do Brasil, Brasil Colônia e Ciclo da cana-de-açúcar




Olinda foi o local mais rico do Brasil Colônia da sua criação até a Invasão Holandesa, quando foi devastada. O Recife sobrepôs então a vila que o originou.[29] Na foto, Olinda e Recife.


Por volta do ano 1000, os índios tapuias que ocupavam a região da atual cidade do Recife foram expulsos para o interior do continente por povos tupis procedentes da Amazônia. Quando os europeus chegaram à região, no século XVI, ela era ocupada pelo povo tupi dos caetés.[30]


A atual área metropolitana do Recife foi palco de muitos dos primeiros fatos históricos do Novo Mundo: no Cabo de Santo Agostinho ocorreu, possivelmente, o descobrimento pré-cabralino do Brasil pelo navegador espanhol Vicente Yáñez Pinzón, no dia 26 de janeiro de 1500; e na Ilha de Itamaracá estabeleceu-se, em 1516, o primeiro "Governador das Partes do Brasil", Pero Capico, que ali construiu o primeiro engenho de açúcar de que se tem notícia na América portuguesa.[31][32] O atual município do Recife tem sua origem intimamente ligada ao município de Olinda. No foral (carta de direitos feudais) de Olinda, concedido por Duarte Coelho em 1537, há uma referência ao "Arrecife dos navios", um lugarejo habitado por mareantes e pescadores.[33] O Recife permaneceu português até a independência do Brasil, com a exceção de um período de ocupação holandesa.[29]


Durante os anos anteriores à invasão da Companhia das Índias Ocidentais, o povoado do Recife existiu apenas em função do porto e à sombra da sede Olinda, local que a aristocracia escolheu para residir devido à sua localização elevada, que facilitava a defesa. Ergueram-se fortificações e paliçadas em defesa do povoado e do porto do Recife, todas elas voltadas para o mar. Os temores voltavam-se para o oceano por conta dos constantes ataques ao litoral da América Portuguesa pela navegação de corso e pirataria, uma vez que Pernambuco era o centro da economia colonial.[29]



Captura do Recife (1595)



Veja também: Captura do Recife, União Ibérica e Guerra anglo-espanhola

A "Captura do Recife", também conhecida como "Expedição Pernambucana de Lancaster", foi um episódio da Guerra Anglo-Espanhola ocorrido em 1595 no porto do Recife. Liderada pelo almirante inglês James Lancaster, foi a única expedição de corso da Inglaterra que teve como objetivo principal o Brasil e representou o mais rico butim da história da navegação de corso do período elisabetano.[34]




O célebre corsário inglês James Lancaster arrebatou no Recife, com o auxílio de holandeses, o mais rico butim da história da navegação de corso da Inglaterra elisabetana, durante a Guerra Anglo-Espanhola.[34]


A União Ibérica, união dinástica entre as monarquias de Portugal e da Espanha, colocou o Brasil em conflito com potências europeias que eram amigas de Portugal mas inimigas da Espanha, como a Inglaterra e a Holanda. A Capitania de Pernambuco, mais rica de todas as possessões portuguesas, se tornou então um alvo cobiçado.[34]


Poucos anos após derrotarem a Invencível Armada espanhola, em 1588, os ingleses tiveram acesso a manuscritos portugueses e espanhóis que detalhavam a costa do Brasil. Um deles, de autoria do mercador português Lopes Vaz, veio a ser publicado em inglês e enfatizava as qualidades da rica vila de Olinda ao dizer que "Pernambuco é a mais importante cidade de toda aquela costa". A opulência pernambucana impressionara o padre Fernão Cardim, que surpreendeu-se com "as fazendas maiores e mais ricas que as da Bahia, os banquetes de extraordinárias iguarias, os leitos de damasco carmesim, franjados de ouro e as ricas colchas da Índia", e resumiu suas impressões numa frase antológica: "Enfim, em Pernambuco acha-se mais vaidade que em Lisboa". Logo a capitania seria vista pelos ingleses como um "macio e suculento" pedaço do Império de Filipe II.[34]


A expedição de James Lancaster saiu de Blackwall, na Grande Londres, em outubro de 1594, e navegou através do Atlântico capturando numerosos navios antes de atingir Pernambuco. Ao chegar, Lancaster tomou o porto do Recife e nele permaneceu por quase um mês, derrotando uma série de contra-ataques portugueses antes de sair. O montante de açúcar, pau-brasil, algodão e mercadorias de alto preço saqueado foi robusto, obrigando-o a fretar navios holandeses e franceses que lá estavam para levar as mercadorias para a Inglaterra. Dos navios que partiram do Recife, apenas uma pequena nau não chegou ao seu destino. O lucro dos investidores, entre eles Thomas Cordell, então prefeito de Londres, e o vereador da cidade de Londres John Watts, foi assombroso, estimado em mais de 51 mil libras esterlinas. Do total, 6.100 libras ficaram com Lancaster e 3.050 foram para a Rainha. Com tal desfecho, a expedição foi considerada um absoluto sucesso militar e financeiro.[34]


Após a visita de Lancaster, a Capitania de Pernambuco organizou duas companhias armadas para a defesa da região, cada uma delas com 220 mosqueteiros e arcabuzeiros, uma sediada em Olinda e outra no Recife. Anos mais tarde, até meados de 1626, o então governador Matias de Albuquerque procurou estabelecer posições fortificadas no porto do Recife a fim de que se pudesse dissuadir a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais da ideia empreendida na Bahia em 1624.[34][35]



Invasão holandesa (1630-1654)





O conde alemão (a serviço dos Países Baixos) Maurício de Nassau.




O Recife foi a mais cosmopolita cidade da América durante o governo de Nassau.[36] Na gravura a antiga sede da Nova Holanda, o Palácio de Friburgo, demolido no século XVIII.[37]




A Kahal Zur Israel, primeira sinagoga do continente americano, está situada na Rua do Bom Jesus (foto), no Recife Antigo.[38]




Ver artigos principais: Invasões holandesas no Brasil, Nova Holanda e Guerra Luso-Holandesa

Em 1630, a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais invade a Capitania de Pernambuco, então a mais rica capitania do Brasil Colônia e maior produtora de açúcar do mundo.[39][40] No Recife, foi iniciada a construção de Mauritsstad (Cidade Maurícia, ou Mauriceia), a capital do Brasil Holandês durante 24 anos, que foi governada de 1637 a 1644 pelo conde alemão (a serviço da coroa holandesa) Maurício de Nassau. O império holandês na América era composto na época por uma cadeia de fortalezas que iam do Ceará à embocadura do rio São Francisco, ao sul de Alagoas. Os holandeses também possuíam uma série de feitorias na Costa da Mina e em Angola, situadas no outro lado do Atlântico, o que lhes dava controle sobre o açúcar e o tráfico negreiro, administradas pela Companhia das Índias Ocidentais.[41][42]


O conde desembarcou na Nieuw Holland, a Nova Holanda, em 1637, acompanhado por uma equipe de arquitetos e engenheiros. Nesse ponto, começa a construção de Mauritsstad, que foi dotada de pontes, diques e canais para vencer as condições geográficas locais. O arquiteto Pieter Post foi o responsável pelo traçado da nova cidade e de edifícios como o Palácio de Friburgo, sede do poder de Nassau na Nova Holanda, que tinha um observatório astronômico — o primeiro do Hemisfério Sul —, e abrigou o primeiro farol e o primeiro jardim zoobotânico do continente americano.[43][37][44]


Maurício de Nassau realizou uma política de tolerância religiosa frente aos católicos e calvinistas. Além disso, permitiu a migração de judeus ao Recife e a criação de uma sinagoga, a Kahal Zur Israel, inaugurada em 1642 e considerada o primeiro templo judaico da América.[38] Nassau era também um entusiasta da ciência e das belas-artes. Ao embarcar para o Brasil, trouxe uma plêiade de naturalistas e pintores para retratar e estudar a novo continente. Entre estes, merecem destaque os pintores Frans Post e Albert Eckhout, que retrataram as paisagens e os habitantes locais; e o médico Willem Piso e o naturalista Georg Marggraf, que estudaram a fauna e a flora, a farmacopeia local e as doenças tropicais.[45] Durante o seu governo, o Recife foi a mais cosmopolita cidade de toda a América.[36] Ele retornou à Holanda em 1644, demitido devido a desentendimentos com as autoridades da Companhia, que não se contentaram com o nível de lucros das possessões brasileiras.[46]


Durante a ocupação holandesa foram cunhadas, no Recife, as primeiras moedas em solo brasileiro: os florins (ouro) e os soldos (prata), que continham a palavra Brasil.[47]



Insurreição Pernambucana (1645-1654)



Ver artigo principal: Insurreição Pernambucana

Os novos governantes holandeses, que vieram depois da Nassau, entraram em conflito com a população local. Descontentes com a situação, 18 líderes insurretos pernambucanos assinaram compromisso para lutar contra o domínio holandês na capitania, depois de uma reunião no Engenho de São João, em 15 de maio de 1645. Com o acordo assinado, foi iniciado o contra-ataque à invasão holandesa, que durava mais de dez anos naquela altura. A primeira vitória importante dos insurgentes aconteceu no Monte das Tabocas (hoje localizado no município de Vitória de Santo Antão), onde 1.200 insurretos mazombos armados de armas de fogo, foices, paus e flechas derrotaram numa emboscada 1.900 holandeses bem armados e bem treinados. O sucesso deu ao líder do movimento, Antônio Dias Cardoso, o apelido de Mestre das Emboscadas.[48]


Os holandeses que sobreviveram seguiram para Casa Forte, sendo novamente derrotados pela aliança dos mazombos, índios nativos e escravos negros. Recuaram novamente para as fortificações em Cabo de Santo Agostinho, Pontal de Nazaré, Sirinhaém, Rio Formoso, Porto Calvo e Forte Maurício, sendo sucessivamente derrotados pelos insurretos.[48]


Com a chegada gradativa de reforços portugueses, os holandeses por fim foram expulsos em 1654, na segunda Batalha dos Guararapes. A data da primeira das Batalhas dos Guararapes é considerada a origem do Exército Brasileiro.[49]




As Batalhas dos Guararapes, episódios decisivos na Insurreição Pernambucana, são consideradas a origem do Exército Brasileiro.


Tomada a colônia holandesa, os judeus receberam um prazo de três meses para partir ou se converter ao catolicismo. Com medo da fogueira da Inquisição, quase todos venderam o que tinham e deixaram o Recife em 16 navios. Parte da comunidade judaica expulsa de Pernambuco fugiu para Amsterdã, e outra parte se estabeleceu em Nova Iorque. Através deste último grupo a ilha de Manhattan, atual centro financeiro dos Estados Unidos, conheceu grande desenvolvimento econômico; e descendentes de judeus egressos do Recife tiveram participação ativa na história estadunidense: Gershom Mendes Seixas, aliado de George Washington na Guerra da Independência dos Estados Unidos; seu filho Benjamin Mendes Seixas, fundador da Bolsa de Valores de Nova Iorque; Benjamin Cardozo, juiz da Suprema Corte dos Estados Unidos ligado a Franklin Delano Roosevelt; entre outros. A economia açucareira local passou então a enfrentar a competição das Antilhas Holandesas, para onde os holandeses levaram a tecnologia da produção de açúcar.[50][51][52]


Devido à Primeira Guerra Anglo-Neerlandesa, a República Holandesa não conseguiu auxiliar os holandeses em território brasileiro. Com o fim da guerra contra os ingleses, a Holanda exige a devolução da colônia em maio de 1654. Sob ameaça de uma nova invasão do Nordeste brasileiro, Portugal firma acordo com os holandeses e os indeniza com 4 milhões de cruzados e duas colônias: o Ceilão (atual Sri Lanka) e as ilhas Molucas (parte da atual Indonésia). Em 6 de agosto de 1661, a Holanda cede formalmente a região ao Império Português através da Paz de Haia.[48][53]



Segunda metade do século XVII ao século XIX





A cabeça de Zumbi dos Palmares ficou exposta até completa decomposição no pátio da Basílica do Carmo, no Centro do Recife.[54]





Revolução Pernambucana, único movimento separatista colonial que ultrapassou a fase conspiratória.[55]





Frei Caneca, que esteve implicado na Revolução Pernambucana, foi líder e mártir da Confederação do Equador.




Ver artigos principais: Conjuração de "Nosso Pai", Guerra dos Mascates, Revolução Pernambucana, Convenção de Beberibe, Confederação do Equador e Revolução Praieira

Com o término da Insurreição Pernambucana, a Capitania de Pernambuco lutava por reconstruir Recife e Olinda, ambas destruídas com as lutas contra os invasores holandeses. É nesse cenário que inicia-se uma outra etapa da história recifense, marcada por diversos episódios de relevo na história do Brasil. Entre a segunda metade do período de dominação portuguesa e o período imperial, a cabeça de Zumbi dos Palmares (cortada após sua morte) foi exposta em praça pública no Recife e ocorreram importantes movimentos na atual capital pernambucana como a Conjuração de "Nosso Pai", a Guerra dos Mascates, a Revolução Pernambucana, a Confederação do Equador e a Revolução Praieira.[54]



Conjuração de "Nosso Pai" (1666)


Em 1666, os senhores de engenho, radicados em Olinda e com reservas quanto ao porto do Recife, acreditavam merecer maiores reconhecimentos da Coroa Portuguesa, pelo contributo na expulsão dos neerlandeses. Portugal, entretanto, mandou para governar a Capitania Jerônimo de Mendonça Furtado, um estranho, contrariando assim os interesses de muitos pernambucanos, que se julgavam merecedores de ocupar a função, e não um estrangeiro. O estopim da Conjuração de "Nosso Pai", que culminou com a prisão e deposição do governador, foi a estada, no porto do Recife, de uma esquadra francesa, que por ordem da Corte, foram bem tratados. Os insurgentes fizeram divulgar a notícia de que o governador estaria a serviço dos estrangeiros, que preparavam um ataque à província, e seu consequente saque.[56]



Guerra dos Mascates (1710-1711)


Após a invasão holandesa, muitos comerciantes vindos de Portugal — chamados pejorativamente de "mascates" — estabelecem-se no Recife, trazendo prosperidade à vila. O desenvolvimento do Recife foi visto com desconfiança pelos olindenses, em grande parte formada por senhores de engenho em dificuldades econômicas. O conflito de interesses políticos e econômicos entre a nobreza açucareira pernambucana e os novos burgueses deu origem à Guerra dos Mascates, entre os anos de 1710 e 1711, durante a qual o Recife foi palco de combates e cercos.[57][58][59] A Guerra dos Mascates é considerada como um movimento nativista, precursor da Independência do Brasil, pela historiografia em história do Brasil.[60]



Revolução Pernambucana (1817)


Em 6 de março de 1817 eclodiu no Recife a chamada Revolução Pernambucana, também conhecida como "Revolução dos Padres". Dentre as suas causas, destacam-se a influência das ideias iluministas propagadas pelas sociedades maçônicas, o absolutismo monárquico português e os enormes gastos da Família Real e seu séquito recém-chegados ao Brasil — o Governo de Pernambuco era obrigado a enviar para o Rio de Janeiro grandes somas de dinheiro para custear salários, comidas, roupas e festas da Corte, o que dificultava o enfrentamento de problemas locais (como a seca ocorrida em 1816) e ocasionava o atraso no pagamento dos soldados, gerando grande descontentamento do povo pernambucano e brasileiro. A insurreição foi liderada por Domingos José Martins, com o apoio dos religiosos Padre João Ribeiro, Padre Miguelinho, Padre Roma, Vigário Tenório, Frei Caneca e mais Antônio Carlos de Andrada e Silva (irmão de José Bonifácio), José de Barros Lima, Cruz Cabugá, José Luiz de Mendonça e Gervásio Pires, entre outros. Tendo conseguido dominar o Governo Provincial, se apossaram do tesouro da província, instalaram um governo provisório e proclamaram a República. A repressão ao movimento foi sangrenta: muitos revoltosos foram enforcados e/ou arcabuzados, com seus corpos esquartejados depois de mortos, enquanto outros morreram na prisão. Também em retaliação, foi desmembrada de Pernambuco, com sanção de Dom João VI, a Comarca das Alagoas, cujos proprietários rurais haviam se mantido fiéis à Coroa, e como recompensa, puderam formar uma capitania independente.[61][62]



Convenção de Beberibe (1821)


Pernambuco foi a primeira província brasileira a se separar do Reino de Portugal, onze meses antes da proclamação da Independência do Brasil pelo Príncipe Dom Pedro de Orleans e Bragança. No dia 29 de agosto de 1821, teve início um movimento armado contra o governo do capitão general Luís do Rego Barreto — o algoz da Revolução Pernambucana —, culminando com a formação da Junta de Goiana, tornando-se vitorioso com a rendição das tropas portuguesas em capitulação assinada a 5 de outubro do mesmo ano, quando da Convenção de Beberibe, responsável pela expulsão dos exércitos portugueses do território pernambucano. O Movimento Constitucionalista de 1821 é considerado o primeiro episódio da Independência do Brasil.[63]




Exército do Império do Brasil ataca as forças confederadas no Recife, em 1824, no contexto da Confederação do Equador.



Confederação do Equador (1824)


Em 1824, a Confederação do Equador, um movimento revolucionário, de caráter emancipacionista (ou autonomista) e republicano, surgiu em Pernambuco e representou a principal reação contra a tendência absolutista e a política centralizadora do governo de Dom Pedro I (1822-1831), esboçada na Carta Outorgada de 1824, a primeira Constituição do país. Pernambuco esperava que a primeira Constituição do Império seria do tipo federalista, e daria autonomia para as províncias resolverem suas questões. Como punição a Pernambuco, Dom Pedro I determinou, através de decreto de 7 de julho de 1824, o desligamento do extenso território da Comarca do Rio de São Francisco (atual Oeste Baiano), passando-o, inicialmente, para Minas Gerais e, depois, para a Bahia.[64]



Revolução Praieira (1848-1850)


Em 1848, a chamada "Revolução Praieira", um movimento de caráter liberal e separatista, surgiu durante o Segundo Reinado, em Pernambuco. A última das revoltas provinciais está ligada às lutas político-partidárias que marcaram o Período Regencial e o início do Segundo Reinado. A monarquia brasileira era duramente contestada pelas novas ideias liberais da época. Para além do descontentamento com o governo imperial, grande parte da população pernambucana mostrava-se insatisfeita com a concentração fundiária e do poder político na província, a mais importante do Nordeste. Foi nesse contexto que surgiu o Partido da Praia, criado para opor-se ao Partido Liberal e ao Partido Conservador, ambos dominados por duas famílias poderosas que viviam fazendo acordos políticos entre si. Houve uma série de disputas pelo poder, até que, em 7 de novembro de 1848, iniciou-se a luta armada. Em Olinda, os líderes praieiros lançaram o “Manifesto ao Mundo”, e, no Recife, iniciaram os ataques contra as tropas do governo imperial, que interveio e pôs fim à maior insurreição ocorrida no Segundo Reinado. A derrota do movimento representou uma demonstração de força do governo de Dom Pedro II (1840-1889).[65]





Panorama do Recife em 1855, por Friedrich Hagedorn.




Início do século XX até os dias atuais




Ficheiro:Cinejornal Informativo n. 14-54 - Agência Nacional - A Veneza Brasileira - sobre a cidade de Recife, Pernambuco.webmReproduzir conteúdo

Recife, 1954. Arquivo Nacional.



No início do século XX, o Recife era ainda uma cidade muito influente: só perdia em importância político-econômica para o Rio de Janeiro.[66] Nos anos 1910, a cidade pretendia tornar-se moderna, tal como Paris, através da reforma do porto e construção de largas avenidas, sem preocupação com a preservação dos edifícios históricos, muitos dos quais completamente demolidos. Como em todo o Brasil, o modernismo não afetou as graves diferenças sociais. Iniciou-se então um período de agitação cultural, e a Belle Époque mostrou a busca de novas linguagens para traduzir as velozes mudanças trazidas pelas novas técnicas. Os recifenses tinham até os meados do século uma forte influência cultural francesa.[67]




Na década de 1970 o Recife era ainda a terceira maior metrópole do Brasil, e foi um dos principais centros de atuação da Ditadura Militar.[68][69] Na foto o Monumento Tortura Nunca Mais.


No dia 26 de julho de 1930, o advogado e político João Pessoa, que tinha sido naquele ano candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Getúlio Vargas — e derrotada por Júlio Prestes —, foi assassinado por João Duarte Dantas na Confeitaria Glória, na Rua Nova, Centro do Recife. O crime foi um dos estopins da Revolução de 1930.[70]


Em 1934, Pernambuco assumiu posição inovadora ao contratar o paisagista Burle Marx e o arquiteto Luiz Nunes. Burle Marx projetou no Recife os seus primeiros jardins públicos. No bairro de Boa Viagem a elite recifense possuía casas de veraneio.[71][72]


Na década de 1950, o Recife ganhou seu contorno urbano atual, com o crescimento populacional ocasionado pela migração de pessoas do interior nordestino e a extinção dos mocambos, obrigando a população pobre a viver nos morros. A cidade já buscava mostrar uma perspectiva positiva de si, escondendo as mazelas sociais.[73]


Em 1966, houve um atentado terrorista cujo alvo era o ditador militar e então presidente da República, Arthur da Costa e Silva, enquanto desembarcava no Aeroporto dos Guararapes. Houve mortos e feridos, mas o presidente escapou, chegando ao Recife de carro a partir de João Pessoa.[74] Um dos principais centros de atuação do Regime Militar no país, foi na metrópole pernambucana que se iniciou, em 1983, o movimento "Diretas Já", que se expandiu por todo o país e foi responsável por apressar o fim da ditadura no Brasil.[69][75]


Em 2009, o Cindacta III, sediado no Recife, coordenou a busca pelos destroços do voo Air France 447, considerado o pior acidente aéreo da história da aviação brasileira.[76]





Panorama do bairro de Santo Antônio em dezembro de 2014.



Geografia





Pontes centenárias no trecho de confluência dos rios Capibaribe e Beberibe.





Praia de Boa Viagem, Zona Sul.




A barreira de recifes paralela à orla, que dá nome à cidade do Recife, impressionou Charles Darwin.[77]




Pontes sobre a Bacia do Pina, que ligam a Zona Sul ao Centro e Zona Norte do Recife.



O Recife é a capital do sétimo estado mais populoso do Brasil, Pernambuco, situando-se próximo ao paralelo 8º04'03'' sul e do meridiano 34º55'00'' oeste. Ocupa uma área de 218,435 quilômetros quadrados,[3] e se limita com os municípios de Jaboatão dos Guararapes, São Lourenço da Mata, Camaragibe, Paulista e Olinda.[78] Sede da Região Metropolitana do Recife (RMR), a capital pernambucana possui a quarta maior rede urbana do Brasil em população, com área de influência direta que abrange os estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte (este último junto com Fortaleza), avançando ainda sobre o norte da Bahia (junto com Salvador).[79]


De acordo com a divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística vigente desde 2017,[80] o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária e Imediata do Recife.[1] Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, o município fazia parte da microrregião do Recife, que por sua vez estava incluída na mesorregião Metropolitana do Recife.[81]


Geologia e relevo


A cidade do Recife está situada sobre uma planície aluvional (fluviomarinha), constituída por ilhas, penínsulas, alagados e manguezais envolvidos por cinco rios: Beberibe, Capibaribe, Tejipió e braços do Jaboatão e do Pirapama, conferindo-lhe características peculiares. Essa planície é circundada por colinas em arco que se estendem do norte ao sul, de Olinda até Jaboatão.[82]


A altitude média em relação ao nível do mar é de quatro metros, porém há algumas áreas do município que se localizam até dois metros abaixo do nível do mar, segundo o estudioso Fernando Bruce. O município se localiza na latitude de 8º 04' 03'' S e longitude de 34º 55' 00''.[83]


Os limites da cidade são: ao sul, morros com altitudes variadas, a exemplo do Morro dos Guararapes, que se prolongam desde Jaboatão dos Guararapes até Olinda; a leste, o litoral, que é guarnecido por extensos cordões de arenito (arrecifes); e a oeste, os municípios de Camaragibe e São Lourenço da Mata.[82]


Hidrografia


O Recife é conhecido como "Veneza Brasileira" graças à semelhança fluvial com a cidade europeia de Veneza. Cercado por rios e cortado por pontes, é cheio de ilhas e mangues. Na cidade acontece o encontro dos rios Beberibe e Capibaribe que deságuam no Oceano Atlântico. O município conta com dezenas de pontes, entre elas a mais antiga da América Latina, a Ponte Maurício de Nassau.[84]


Na vasta rede de rios e canais da metrópole pernambucana se destacam as bacias dos rios
Capibaribe, Beberibe, Tejipió e um sistema de drenagem composto por uma série de cursos d’água secundários ou canais, afluentes ou interligados à drenagem principal. Sua malha hídrica é composta por cursos d’água como os rios Moxotó, Jangadinha, Jiquiá e Jordão, além de diversos canais, e recebe ainda a contribuição do rio Capibaribe pelo seu "braço morto", e também de corpos d’água de expressão em áreas como a Lagoa do Araçá, o Açude da Várzea e o Açude Jangadinha.[85]


Clima


O Recife tem um clima tropical úmido (tipo As' na classificação climática de Köppen-Geiger), típico do litoral leste nordestino, com temperaturas médias mensais sempre superiores a 18 °C, elevada umidade relativa do ar, baixas amplitudes térmicas e precipitações abundantes ao longo do ano.[86] A temperatura média compensada anual é de aproximadamente 26 °C, chegando a 30 °C no verão.[87] Tendo em conta o grande número de arranha-céus no Recife, a formação de ilhas de calor é comum, o que contribui para uma diferença de temperatura entre diferentes regiões da cidade. Segundo uma pesquisa da UFPE, em uma mesma ilha de calor no Recife a temperatura pode variar em até 13 °C,[88] sendo que o bairro mais afetado por este fenômeno é Boa Viagem.[89] O tempo médio de insolação é superior a 2 500 horas/ano.[87]




























































Maiores acumulados de precipitação em 24 horas registrados
no Recife (Curado, INMET) por meses (03/1961-presente)[90]
Mês
Acumulado
Data
Mês
Acumulado
Data
Janeiro
117 mm
07/01/2000
Julho
176,4 mm
29/07/1990
Fevereiro
123,1 mm
16/02/1983
Agosto
335,8 mm
11/08/1970
Março
145,7 mm
19/03/2003
Setembro
108,9 mm
17/09/2000
Abril
165,3 mm
22/04/1973
Outubro
86,8 mm
14/10/1976
Maio
235 mm
24/05/1986
Novembro
48,2 mm
24/11/1980
Junho
176,4 mm
12/06/1965
Dezembro
141,1 mm
06/12/2005

O índice pluviométrico é superior a 2 000 milímetros (mm) anuais, concentrados entre abril e julho.[87] As precipitações acontecem sob a forma de chuvas, que podem vir acompanhadas de raios e trovoadas e serem de forte intensidade,[91] muitas vezes ocasionando em alagamentos.[92] A maior enchente da história do Recife foi registrada em julho de 1975.[93]Nevoeiros são mais comuns nos meses mais úmidos, sendo que um dos mais densos deles ocorreu no dia 30 de outubro de 1998, quando a cidade amanheceu cinzenta devido a uma inversão térmica.[94] Embora bastante raras, chegadas de frentes frias também podem acontecer.[95]Ventanias também são pouco comuns, sendo que uma das mais fortes aconteceu em 18 de fevereiro de 2010, quando uma rajada de 86 km/h destelhou casas.[96]


Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde 1961 a menor temperatura registrada na capital pernambucana (estação meteorológica de Curado) foi de 15 °C nos dias 2 de setembro de 1965 e 4 de agosto de 1999,[97] e a maior atingiu 35,1 °C em 21 de março de 1988.[98] O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 335,8 mm em 11 de agosto de 1970. Alguns outros grandes acumulados foram 235 mm em 24 de maio de 1986, 185,9 mm em 1º de agosto de 2000, 176,4 mm em 29 de julho de 1990 e 12 de junho de 1965, 165,3 mm em 22 de abril de 1973, 162,8 mm em 29 de junho de 1990, 162 mm em 21 de julho de 1973, 159,7 mm em 10 de junho de 1980 e 154,2 mm em 8 de abril de 1986.[90] O mês de maior precipitação foi abril de 1973, quando foram registrados 770,4 mm.[99] O menor índice de umidade do ar foi registrado em 17 de janeiro de 1998, de 41%.[100]






































































































































































Dados climatológicos para Recife (Curado)
Mês

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez
Ano
Temperatura máxima recorde (°C)
34,7
34,3
35,1
33,5
33,2
31,9
33,1
32,2
32,7
33,1
33,2
34,5
35,1
Temperatura máxima média (°C)
30,6
30,7
30,7
30,1
29,4
28,3
27,7
27,8
28,4
29,4
30,1
30,5
29,5
Temperatura média (°C)
26,9
27,1
27,1
26,5
25,7
24,7
24,1
24,2
25,1
25,9
26,6
26,9
25,9
Temperatura mínima média (°C)
23
23,2
23,1
22,9
22,3
21,7
21,1
20,9
21,5
22,2
22,7
22,9
22,3
Temperatura mínima recorde (°C)
16,8
17,8
17,9
17,1
16,9
17,1
16
15
15
16
16,7
16,4
15

Precipitação (mm)
106,1
132,4
210,6
290,5
311,8
391,1
353,7
217,8
100,2
55,2
38,7
55,3
2 263,4
Dias com precipitação (≥ 1 mm)
10
11
15
18
19
22
23
19
12
8
7
7
171

Umidade relativa (%)
74,4
75,1
77,2
81,3
83,7
84,8
84,2
81,3
77,5
74,1
72,7
73,3
78,3

Horas de sol
233
210,5
227,6
198,3
186
161,1
175,2
195,2
215,6
242,6
245,4
246
2 536,5

Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) (normal climatológica de 1981-2010;[87] recordes de temperatura: 03/1961-07/2018)[97][98]

Parques





A cidade do Recife foi erguida sobre uma planície estuarina.[101]





Parque 13 de Maio, no bairro da Boa Vista, Centro.




A Praça de Casa Forte, na Zona Norte, foi o primeiro jardim público concebido por Burle Marx e um dos sete jardins de autoria do paisagista tombados pelo IPHAN no Recife.[71]



O Recife possui remanescentes de Mata Atlântica no seu território.[102]


Várias áreas do município são de manguezal, sendo que as principais encontram-se próximas ao rio Capibaribe, na Zona Sul e na fronteira com Olinda. Com 215 hectares de área, o Parque dos Manguezais, pertencente à Marinha do Brasil, está situado entre os bairros do Pina, Boa Viagem e Imbiribeira, e é banhado pelos rios Jordão e Pina. Trata-se da maior reserva de mangue em área urbana da América e uma das maiores do mundo, da qual fazem parte a Ilha de Deus, a Ilha de São Simão e a Ilha das Cabras.[103]


O Parque Dois Irmãos é o maior parque do município. Além de parque, é horto, jardim botânico, zoológico e reserva ambiental. Como um parque, Dois Irmãos oferece uma variedade de diversões e lazer para adultos e crianças incentivando o interesse em conservação do ambiente. De seus 384,42 hectares, 350,10 são de reserva ambiental. O parque e a reserva são separados por arames, e os animais da reserva não podem ser mantidos em cativeiro pelo zoológico.[104]


A Mata do Engenho Uchôa, na Zona Sul, refúgio de vida silvestre de 20 hectares, no nível estadual, e Área de Proteção Ambiental de 192 hectares, no municipal, é protegida por lei pelo estado de Pernambuco. Dos 192 hectares, 60 são de manguezal, que pertencem à União. É considerada a mais abrangente unidade de conservação do Recife. Decretada de utilidade pública em 2002, a área da Mata do Engenho Uchoa nunca foi desapropriada porque os proprietários contestaram o valor da indenização. É a única área em Pernambuco que possui os três biomas: mangue, restinga e Mata Atlântica.[105][106][107]


O Parque da Jaqueira, localizado no bairro homônimo, área nobre e residencial do Recife, foi inaugurado em 1985, e reúne dois espaços distintos: o do sítio histórico, onde se localiza a Capela de Nossa Senhora da Conceição (Capelinha da Jaqueira), e a parte destinada à prática de esportes, às atividades culturais e contemplativas. A capela foi tombada e restaurada na década de 1970, sendo emoldurada por um jardim de Burle Marx. O parque possui pistas de cooper (1.000 m), patinação (600 m) e bicicross (400 m), ciclovia (1.100 m) e instalações de apoio aos usuários.[108]


O Parque 13 de Maio, localizado entre as ruas da Saudade, João Lira, Princesa Isabel e do Hospício, na Boa Vista, possui pista de cooper, pequeno zoológico, parque infantil e vários monumentos. Em seu entorno estão alguns prédios centenários, como o da Faculdade de Direito do Recife (a primeira do país) e a sede da Câmara de Vereadores. Teve sua construção iniciada em 1892, na gestão do governador Alexandre José Barbosa Lima. Em 1939, foi transformado em parque pelo então prefeito Antônio Novaes Filho.[109]


O Parque das Esculturas Francisco Brennand, situado no molhe do bairro do Recife, de frente à Praça do Marco Zero, foi inaugurado em dezembro de 2000. O espaço foi criado em comemoração aos 500 anos do descobrimento do Brasil, em realização ao projeto da prefeitura do Recife "Eu vi o Mundo... Ele começava no Recife". O museu ao ar livre abriga 90 obras que retratam mistérios do artista plástico pernambucano Francisco Brennand. No local, podem-se observar diversos monumentos de cerâmica, como as sereias, e várias esculturas em bronze, como os pelicanos. O destaque do ambiente é a "Torre de Cristal", uma torre de 32 metros de altura composta por argila e bronze.[110]


Outros parques muito frequentados são o Jardim Botânico do Recife, o Parque Santana, o Sítio Trindade e o Parque Dona Lindu.[102]


Problemas ambientais




O rio Capibaribe, considerado o sétimo rio mais poluído do Brasil, é receptor de grande quantidade de esgoto doméstico in natura e efluentes industriais.[111]


O Recife foi a terceira cidade da América do Sul a ter rede coletora de esgoto sanitário, após Montevidéu e Rio de Janeiro, porém, nos dias atuais, parte significativa de sua população vive em condições ambientais insalubres, o que repercute na qualidade de vida, sobretudo para aqueles que habitam as áreas pobres da cidade.[112] Em 2010, a proporção de domicílios com saneamento básico adequado, ou seja, o percentual de domicílios do Recife com abastecimento de água por rede geral, esgotamento sanitário por rede geral ou fossa séptica e lixo coletado diretamente ou indiretamente era de 59,8%; um aumento de exatos 10% em comparação ao percentual registrado em 2000. Já a proporção de domicílios com saneamento semiadequado (entende-se por saneamento básico semiadequado a presença de pelo menos uma forma de saneamento considerada adequada) era de 39,9%; contra 49,3% registrados em 2000. O percentual de domicílios em que todas as formas de saneamento foram consideradas inadequadas foi de 0,4%, ante 0,9% em 2000.[113]


As características peculiares da cidade quanto à sua geomorfologia, aliadas a um processo de urbanização realizado às custas da ocupação do espaço natural das águas apontam para uma crescente dificuldade de escoamento das águas pluviais no território municipal. Esta circunstância sobrecarrega as estruturas do sistema de drenagem e provoca, em muitos casos, inundações indesejáveis, às vezes permanentes, nas áreas mais baixas.[114] Além do mais, a efetividade desse sistema de macrodrenagem ainda é diminuída pela deficiência do sistema de microdrenagem a montante, pelos problemas de assoreamento e deslizamento dos morros e pelas naturais condições da cidade situada ao nível do mar. No caso das encostas dos morros, a ocupação desordenada e realizada à revelia dos princípios básicos da drenagem, contribui para agravar os problemas relativos à macrodrenagem, além de torná-las áreas de risco, sujeitas a desmoronamentos, ameaçando, dessa forma, as vidas de seus moradores.[115]


Destaca-se na reciclagem, estando na quinta posição no ranking das cidades brasileiras com o melhor índice de arrecadação de resíduos sólidos urbanos para a coleta seletiva, com uma média de 1.350 toneladas recolhidas por mês.[116] Os principais elementos da problemática dos resíduos sólidos no Recife ainda são o alto custo da coleta e do destino finale o destino final dos resíduos que fica fora do território municipal no bairro de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes, em aterro cuja gestão é compartilhada, ficando sob a responsabilidade do Recife as tarefas operacionais; o destino final de resíduos sólidos especiais; os cadáveres de animais recolhidos no Recife ou sacrificados no Centro de Vigilância Animal da Secretaria Municipal de Saúde que atende também ao Município de Olinda; os resíduos hospitalares provenientes das unidades de saúde municipais, estaduais, federais e privadas localizadas no município.[115]



Incidentes com tubarão



Veja também: Praia de Boa Viagem e Praia do Pina



Placas de sinalização sobre o risco de ataque de tubarão na Praia de Boa Viagem.


A maior parte da Praia de Boa Viagem é protegida por uma barreira de recifes naturais, e as autoridades não recomendam o banho além dos recifes, para evitar ataques de tubarões. Além disso, o surfe atualmente é proibido, embora o antigo governador do estado tenha autorizado, no início do ano de 2006, a instalação de uma rede de proteção contra os tubarões. Em 2007, o Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit) iniciou o processo de instalação, nos tubarões capturados, de sensores que possibilitam a monitoração via satélite, visando identificar o momento de aproximação dos animais da costa, numa área que compreende a Praia do Paiva até a Praia do Pina, para então retirar os tubarões da localização de risco. Hoje em dia os ataques são mais raros, porém as restrições permanecem.[117]


Segundo especialistas, os ataques de tubarão no litoral recifense são resultado do impacto ambiental provocado pela construção do porto de Suape, que exigiu o aterramento de dois estuários onde os tubarões-touro davam à luz.[118] Outros fatos contribuem para o aparecimento de tubarões na área da Praia de Boa Viagem: as correntes marinhas direcionam os animais para esse trecho de 20 quilômetros; e nesse ponto os animais encontram dois canais de águas profundas, e quando o tubarão se desvia da rota migratória comum e entra nesses canais, há grande risco de contato com pessoas. Como o ser humano não faz parte do cardápio alimentar dos tubarões, a maior parte dos ataques acontece por engano: quando a água está turva, o tubarão que está à caça por alimento não consegue perceber a diferença entre uma pessoa e um peixe grande.[118]


Demografia
























































































Crescimento populacional
Censo Pop.

1872 116 671
1890 111 556 -4,4%
1900 113 106 1,4%
1920 238 843 111,2%
1940 348 424 45,9%
1950 524 682 50,6%
1960 797 234 51,9%
1970 1 084 459 36,0%
1980 1 240 937 14,4%
1991 1 296 995 4,5%
2000 1 421 993 9,6%
2010 1 537 704 8,1%
Est. 2017 1 633 697 [4] 6,2%

Fonte: IBGE[119]

O Recife foi a quarta cidade brasileira a atingir um milhão de habitantes no censo de 1970, após São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, sendo que a capital mineira ultrapassou a capital pernambucana em população ainda durante a década de 1960. No decorrer dos anos 1970, Recife viu sua taxa de crescimento populacional cair vertiginosamente pelo fato de possuir uma pequena extensão territorial em comparação a outras capitais, perdendo, deste modo, população para municípios de sua região metropolitana, como Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Paulista.[120]


No censo demográfico de 2010, a população do Recife era de 1 537 704 habitantes, todos residentes na zona urbana, sendo o terceiro município mais populoso da região Nordeste e o nono do país, concentrado 17,5% da população estadual e apresentando densidade populacional de 7 037,61 hab./km², a quarta maior dentre as capitais brasileiras, depois de Fortaleza, São Paulo e Rio de Janeiro.[119][121] Desse total, 827 885 habitantes eram mulheres (53,84%) e 709 819 homens (46,16%).[122] Quanto à faixa etária, 1 089 774 tinham entre 15 e 64 anos (70,87%), 322 831 menos de quinze anos (20,99%) e 125 099 mais de 65 anos (8,14%).[123] Para 2018, a estimativa populacional é de 1 637 834 habitantes.[4]


Ainda segundo o mesmo censo, 764 884 habitantes eram pardos (49,74%), 628 735 brancos (40,89%), 125 580 pretos (8,17%), 15 300 amarelos (0,99%) e 3 187 indígenas (0,21%), além de dezoito sem declaração (0,00%).[124] A maioria dos brancos do município é de ascendência portuguesa, com possível contribuição holandesa.[125] Levando-se em conta a nacionalidade da população, 1 534 231 eram brasileiros natos (99,77%), 2 415 estrangeiros (0,16%) e 1 057 naturalizados brasileiros (0,07%).[126] Ao mesmo tempo, 1 419 873 eram naturais de Pernambuco (92,34%), sendo que 1 160 929 haviam nascido no município (75,5%).[127] Dos naturais de outras unidades da federação, os estados com mais habitantes residentes no Recife eram Paraíba, São Paulo, Alagoas, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte.[128]



Região Metropolitana do Recife




Imagem parcial da Região Metropolitana do Recife a partir da ISS.



Ver artigo principal: Região Metropolitana do Recife

A Região Metropolitana do Recife (RMR) foi criada no dia 8 de junho de 1973.[129] Naquele ano era o terceiro maior aglomerado urbano do Brasil, após as regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, com 1 755 083 habitantes recenseados em 1970.[68] No censo de 1980 foi ultrapassada pela Região Metropolitana de Belo Horizonte, e no censo de 1991 perdeu mais uma posição para a Região Metropolitana de Porto Alegre, passando a ocupar a quinta colocação entre as regiões metropolitanas do país.[68] No censo de 2010 (última contagem oficial) se manteve como a quinta região metropolitana mais populosa do Brasil, com 3 688 428 habitantes recenseados; porém, considerando as regiões integradas de desenvolvimento, perdeu uma posição para a RIDE Distrito Federal e Entorno.[122][130]


Atualmente é constituída por quinze municípios: Abreu e Lima, Araçoiaba, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Goiana, Igarassu, Ilha de Itamaracá, Ipojuca, Itapissuma, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Moreno, Paulista, Recife e São Lourenço da Mata.[131]



Religião


De acordo com os dados do censo de 2010 do IBGE, 840 407 habitantes eram católicos (54,65%), nos quais 835 337 católicos apostólicos romanos (54,32%), 4 078 católicos apostólicos brasileiros (0,27%) e 992 católicos ortodoxos (0,06%); 384 303 evangélicos (24,99%), sendo 195 765 pentecostais (12,73%), 106 899 de missão (6,95%); e 54 788 espíritas (3,56%). Outros 224 401 não tinham religião (14,59%), dentre os quais 4 462 ateus (0,29%) e 2 840 agnósticos (0,18%); 32 443 seguiam outras religiões (2,13%) e 1 262 não souberam (0,08%).[132]


Cristianismo




















Fachada da Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento de Santo Antônio.




Concatedral de São Pedro dos Clérigos, cossede da Arquidiocese de Olinda e Recife.




A Igreja Católica inclui o território do município do Recife na Arquidiocese de Olinda e Recife, criada como diocese sufragânea da Arquidiocese de São Salvador da Bahia em 16 de novembro de 1676 e elevada à atual categoria de arquidiocese em 5 de dezembro de 1910, cuja sé arquiepiscopal está na Catedral Sé de Olinda e tendo como cossede a Concatedral de São Pedro dos Clérigos, possuindo nove dioceses sufragâneas e mais de cem paróquias.[133]


Os colégios tradicionais recifenses, em sua maioria, são ou eram católicos, como o Colégio Damas da Instrução Cristã, o Colégio Marista São Luís e o Colégio Nóbrega pertencente a congregação dos Jesuítas.[134][135] Os templos maiores, mais antigos, mais conhecidos e mais visitados pelos turistas são da Igreja Católica, como a Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento de Santo Antônio, a Concatedral de São Pedro dos Clérigos, a Igreja de Santo Antônio, Capela Dourada e Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, a Basílica do Carmo e Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, a Igreja Madre de Deus, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Militares, a Igreja de Nossa Senhora do Livramento dos Homens Pardos, a Basílica da Penha, entre outras, o que se trata de um sinal de que o catolicismo romano é a religião mais professada entre os recifenses. Recife está dentro da Arquidiocese de Olinda e Recife, comandada atualmente pelo arcebispo Dom Antônio Fernando Saburido.[136]





Capela Dourada


A maior minoria religiosa do Recife é a evangélica. Os evangélicos do município são, em sua maioria, pentecostais, que por seguinte, são em sua maioria da denominação Assembleia de Deus. Outras denominações pentecostais e neopentecostais presentes são a Igreja Universal do Reino de Deus, a Igreja do Evangelho Quadrangular, a Igreja O Brasil Para Cristo, a Congregação Cristã no Brasil, a Igreja Deus é Amor, a Igreja Cristã Maranata, entre outras.[132] Entre as denominações evangélicas tradicionais, possuem templos na cidade as igrejas de orientação batista (que respondem pela maior parte dos evangélicos de missão no município), a Igreja Adventista do Sétimo Dia, a Igreja Presbiteriana, a Luterana, a Anglicana, a Metodista e a Congregacional.[132]


Outras religiões

Destacam-se os espíritas. Também existem as Testemunhas de Jeová e os Santos dos Últimos Dias (mais conhecidos como mórmons). Os praticantes de Candomblé e Umbanda também são uma minoria relevante, sendo o Terreiro Obá Ogunté, no bairro de Água Fria, o templo afro-brasileiro mais conhecido.[137] Os judeus também estão presentes: algumas das personalidades judias que moraram no Recife foram a escritora Clarice Lispector, o filósofo Luiz Felipe Pondé, o físico Mário Schenberg, o matemático Leopoldo Nachbin, o paisagista Roberto Burle Marx, entre outros.[132][138] Os budistas, hinduístas e muçulmanos não possuem relevância na população local.[132]


Criminalidade





Quartel do Derby, antigo Mercado Modelo Coelho Cintra, hoje sede da Polícia Militar de Pernambuco.[139]


Segundo o "Mapa da Violência 2013", Recife e Aracaju foram as únicas capitais nordestinas que obtiveram uma redução de homicídios em 2011.[140] Segundo a mesma pesquisa Recife tinha, naquele ano, uma taxa de 57,1 homicídios por 100 mil habitantes, ou seja, quase 6 vezes a taxa de homicídios considerada aceitável pela ONU (10 homicídios por 100 mil habitantes).[141][142]


Em 2013, a capital pernambucana registrou taxa de 36,82 homicídios para um grupo de 100 mil habitantes, sendo naquele ano a 12ª capital estadual mais violenta do Brasil, após Maceió, Fortaleza, João Pessoa, Natal, Salvador, Vitória, São Luís, Belém, Goiânia, Cuiabá e Manaus.[143]


Em 2014, Recife viu sua taxa de homicídios voltar a crescer, pondo fim a uma sequência de anos de redução. A metrópole pernambucana registrou taxa de 39,05 homicídios para um grupo de 100 mil habitantes naquele ano, subindo para a 29ª posição entre as cidades mais violentas do mundo que não estão em guerra, embora tenha mantido a 12ª posição entre as capitais estaduais brasileiras.[144]



Governo e política





Prefeitura do Recife




Palácio do Campo das Princesas




Comando Militar do Nordeste




O Consulado-Geral dos Estados Unidos no Recife, de 1815, é o mais antigo do Hemisfério Sul.[145]



Gestão municipal


O poder executivo do município do Recife, com sede no Palácio Capibaribe Antônio Farias, é representado pelo prefeito, auxiliado pelo seu gabinete de secretários, em conformidade ao modelo proposto pela Constituição Federal.[146] O primeiro prefeito eleito do Recife foi Manoel Pinto Damaso, entre 1891 e 1893,[147] e o atual é Geraldo Júlio de Mello Filho, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), eleito no primeiro turno das eleições municipais de 2012 e reeleito no segundo turno das eleições de 2016, tendo como vice Luciano Roberto Rosas de Siqueira, do Partido Comunista do Brasil (PC do B).[148]


O poder legislativo é constituído pela Câmara Municipal,[146] composta por 39 vereadores.[149] Cabe à casa elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao executivo, especialmente o orçamento participativo (Lei de Diretrizes Orçamentárias).[146]


O município se rege por sua lei orgânica, promulgada no dia 3 de abril de 1990,[146] e é sede de uma comarca do poder judiciário estadual, instalada no Fórum do Recife.[150]


Gestão estadual


O estado de Pernambuco é governado a partir do Recife por três poderes: o Executivo, representado pelo governador do estado e cuja sede está situada no Palácio do Campo das Princesas; o Legislativo, representado pela Assembleia Legislativa; e o Judiciário, representado pelo Tribunal de Justiça.[151]


Gestão federal


O Recife desempenha um forte papel centralizador em sua região: é a quarta capital brasileira na hierarquia da gestão federal, atrás somente de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, abrigando grande número de sedes regionais e nacionais de instituições públicas da União, como a Sudene, o Comando Militar do Nordeste, o Cindacta III, a Eletrobras Chesf, o TRF da 5ª Região, o II COMAR, a SRNE da Infraero, a SRNE do INSS, entre outras.[8]


O Cindacta III, unidade do DECEA/Força Aérea Brasileira sediada na capital pernambucana, controla o tráfego aéreo comercial e militar de uma vasta área do Oceano Atlântico partindo das proximidades de toda a costa brasileira, além do Nordeste do Brasil, e coordenou operações como a busca pelos destroços do voo Air France 447, acidente aéreo de grande repercussão.[152][153]


Relações internacionais


Ver também: Lista de consulados no Recife

O Recife tem o maior número de consulados estrangeiros fora do eixo Rio-São Paulo, sendo inclusive a única cidade, com exceção de São Paulo e do Rio de Janeiro, que tem Consulados-Gerais de países como Estados Unidos, China, França e Reino Unido, além de ser uma das quatro cidades que abrigam os Consulados-Gerais da Alemanha no Brasil.[16][154] O Consulado dos Estados Unidos no Recife, fundado em 1815, é o mais antigo do Hemisfério Sul e um dos mais antigos do mundo.[145]


Cidades-irmãs





  • Países Baixos Amsterdã, Países Baixos[155]


  • Portugal Aveiro, Portugal[155]


  • China Cantão (Guangzhou), China[155][156]


  • Espanha Corunha, Espanha[157]


  • França Nantes, França[155][156]


  • Portugal Porto, Portugal[155][156]


  • Itália Veneza, Itália[155][156]


  • Brasil Vitória, Brasil[155]




Subdivisões


Ver também: Lista de bairros do Recife

Conforme a lei municipal nº 16 293, de 22 de janeiro de 1997, Recife se divide em seis regiões político-administrativas (RPAs): Centro, Norte, Noroeste, Oeste, Sudoeste e Sul. As RPAs, por sua vez, dividem-se em microrregiões, que agrupam os bairros. Ao todo, são 94 bairros, instituídos pelo decreto municipal 14 452, de 26 de outubro de 1988.[158] Conforme censo de 2010, a RPA Sul era a mais populosa, com 382 650 habitantes, enquanto a RPA Centro era a menos populosa, com uma população de 78 114 pessoas. No mesmo censo, o bairro mais populoso do Recife era Boa Viagem, localizada na RPA Sul, com 122 922 habitantes, e o menos populoso, situado na RPA Noroeste, era Pau-Ferro, com apenas 72 pessoas residentes.[159]




























































































Subdivisões do Recife[158]
RPA Microrregião Bairros
RPAs de Recife, Pernambuco, Brasil.svg

  Centro (1)
1.1
Recife e Santo Amaro
1.2
Boa Vista, Cabanga, Ilha do Leite, Paissandu, Santo Antônio, São José e Soledade
1.3
Coelhos e Ilha Joana Bezerra

  Norte (2)
2.1
Arruda, Campina do Barreto, Campo Grande, Encruzilhada, Hipódromo, Peixinhos, Ponto de Parada, Rosarinho e Torreão
2.2
Água Fria, Alto Santa Terezinha, Bomba do Hemetério, Cajueiro, Fundão e Porto da Madeira
2.3
Beberibe, Dois Unidos e Linha do Tiro

  Noroeste (3)
3.1
Aflitos, Alto do Mandu, Apipucos, Casa Amarela, Casa Forte, Derby, Dois Irmãos, Espinheiro, Graças, Jaqueira, Monteiro, Parnamirim, Poço da Panela, Santana, Tamarineira e Sítio dos Pintos
3.2
Alto José Bonifácio, Alto José do Pinho, Mangabeira, Morro da Conceição e Vasco da Gama
3.3
Brejo da Guabiraba, Brejo do Beberibe, Córrego do Jenipapo, Guabiraba, Macaxeira, Nova Descoberta, Passarinho e Pau Ferro

  Oeste (4)
4.1
Cordeiro, Ilha do Retiro, Iputinga, Madalena, Prado, Torre e Zumbi
4.2
Engenho do Meio e Torrões
4.3
Caxangá, Cidade Universitária e Várzea

  Sudoeste (5)
5.1
Afogados, Bongi, Mangueira, Mustardinha e San Martin
5.2
Areias, Caçote, Estância e Jiquiá
5.3
Barro, Coqueiral, Curado, Jardim São Paulo, Sancho, Tejipió e Totó

  Sul (6)
6.1
Boa Viagem, Brasília Teimosa, Imbiribeira, Ipsep e Pina
6.2
Ibura e Jordão
6.3
Cohab


Economia



Ver artigo principal: Economia do Recife



Atividades econômicas do município do Recife - 2012


O Recife registrou PIB nominal de 50,688 bilhões de reais e PIB nominal per capita de 31.513,07 reais em 2014.[14] Cerca de dois terços do PIB são provenientes de comércio e serviços. No mesmo ano, a Concentração Urbana do Recife atingiu um PIB nominal de 97,589 bilhões de reais, o maior entre as concentrações urbanas do Norte-Nordeste. Considerando todas as cidades situadas a até 65 km de distância rodoviária,[nota 1] o que inclui municípios muito próximos da capital como Vitória de Santo Antão (52,8 km do Recife) e Goiana (62,9 km), o PIB perfaz o valor de 105,526 bilhões de reais, que corresponde a mais de dois terços do produto interno bruto total do estado de Pernambuco.[13] Existem na metrópole pernambucana áreas industriais como o Polo Automotivo Fiat Chrysler Automobiles e o Complexo Industrial e Portuário de Suape (que abriga dentre muitos empreendimentos a Refinaria Abreu e Lima e o Estaleiro Atlântico Sul — maior estaleiro do Hemisfério Sul).[160][161][162] O Recife pertence ao Mercado Comum de Cidades do Mercosul.[163]





Edifícios empresariais na região do Shopping Recife.





RioMar Shopping. O Recife tem a maior concentração de grifes de alto luxo do Norte-Nordeste, abarcando lojas Prada, Gucci, Burberry, Dolce & Gabbana, Valentino, dentre outras.[164]



Também merece destaque a indústria da construção civil na cidade. O Recife possui centenas de arranha-céus residenciais e comerciais, sendo superada neste indicador no país apenas por São Paulo e Rio de Janeiro, que têm áreas municipais mais de cinco vezes superiores à da capital pernambucana.[165]


O Recife foi eleito por pesquisa encomendada pela MasterCard Worldwide em 2008 como uma das 65 cidades com economia mais desenvolvida dos mercados emergentes no mundo.[166] Apenas cinco capitais brasileiras entraram na lista: São Paulo, que foi a cidade brasileira mais bem colocada, na 12ª posição; Rio de Janeiro (36ª posição); Brasília (42ª); Recife (47ª); e por último Curitiba (49ª). Xangai e Pequim, na China, ocuparam as duas primeiras posições. Para compor o índice que elegeu as cidades com economia mais avançada nos mercados emergentes, foram considerados o ambiente econômico e comercial, o crescimento e desenvolvimento econômico, o ambiente de negócios, o ambiente de serviços financeiros e conectividade comercial, a conectividade de educação e TI, a qualidade de vida urbana e o risco e segurança.[17]


O RioMar Shopping, localizado na Zona Sul do Recife, é o maior centro de compras do Norte-Nordeste e o terceiro maior do Brasil.[167] Pertence ao Grupo JCPM, conglomerado sediado no Recife, que é proprietário, dentre outros centros comerciais, do Shopping Recife (também localizado na capital pernambucana e sétimo maior do Brasil). Há ainda outros centros de compra importantes no Recife e região metropolitana, como o Shopping Tacaruna, o Plaza Shopping Casa Forte, o Shopping Paço Alfândega, o Shopping Boa Vista e o Shopping Guararapes.[168]


O Recife é a cidade com a maior concentração de grifes de alto luxo do Norte-Nordeste, abarcando lojas Prada, Gucci, Burberry, Dolce & Gabbana, Valentino, Emporio Armani, Versace Collection, Hugo Boss, Coach, Diesel, Daslu, Ricardo Almeida, entre outras, além da multimarcas pernambucana Dona Santa/Santo Homem, apelidada pela imprensa nacional de "Daslu do Nordeste" e que trabalha com grifes de alta-costura como Balmain.[169][170][171]


Turismo





O Palácio da Justiça, na Praça da República.




O galo na Ponte Duarte Coelho, símbolo do bloco Galo da Madrugada do Carnaval Recife–Olinda.




Ver artigos principais: Turismo no Recife e Carnaval Recife–Olinda

O Recife atrai turistas de todo o mundo. Destacam-se entre os motivos desta atração as manifestações culturais e as festividades bem como os parques e museus e as igrejas barrocas e construções históricas diversas. O Recife é o portão de entrada do litoral de Pernambuco, de onde partem os turistas que chegam de avião.[172]


O Centro do Recife é o principal conjunto arquitetônico e cultural do município: os bairros do Recife, de Santo Antônio, de São José, da Boa Vista e de Santo Amaro abrigam galerias, museus e outros espaços culturais. Outras áreas de interesse são Jaqueira, Casa Forte, Poço da Panela, Espinheiro, Ponte d'Uchoa, Graças, Derby, dentre outros bairros.[173][174]


O Carnaval Recife–Olinda, considerado a folia de momo mais democrática e culturalmente diversa do país, é conhecido por seus característicos bonecos de olinda e pelos ritmos do frevo e do maracatu, como também pelo maior bloco carnavalesco do mundo segundo o Guinness Book 1995, o Galo da Madrugada.[175]


Recife é conhecida como a "Capital Brasileira dos Naufrágios", e atrai mergulhadores de todo o mundo por sua rica vida marinha e suas águas calmas e cristalinas com temperaturas próximas dos 30 graus.[176][177]


A capital pernambucana é também conhecida como a "Capital das Assombrações", e possui um roteiro turístico chamado "Recife Mal Assombrado", no qual se visita monumentos como a Cruz do Patrão, que segundo a tradição é o local mais mal-assombrado do Recife.[178][179] Outro dentre os muitos roteiros turísticos da cidade é o "Passeio de Catamarã pelo Rio Capibaribe", no qual se pode visualizar pontos de interesse como o Parque das Esculturas Francisco Brennand, pontes e edifícios históricos do Recife.[180][181]


Infraestrutura



Educação


Ver também: Lista de instituições de ensino superior de Pernambuco




A Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco, nascida da transferência da Faculdade de Direito de Olinda, é a mais antiga faculdade de Direito do Brasil ao lado do curso de Direito da USP.[182]




A Universidade Federal de Pernambuco é a melhor universidade do Norte-Nordeste.[183][184][185]



O Recife conta com importantes universidades públicas e privadas, a exemplo da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), classificada pelo QS World University Rankings em 2013 como a melhor universidade do Norte-Nordeste e a 8ª melhor universidade federal do Brasil, bem como a 15ª melhor universidade do país, tendo ocupado a 43ª posição entre as instituições da América Latina; e embora tenha sido ultrapassada pela Universidade Federal do Paraná com relação ao ano anterior, continuou à frente de instituições como a Universidade Federal de Santa Catarina e a Universidade Federal da Bahia.[183][184][185]


A Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco obteve aproveitamento de 78,57% no Exame de Ordem (2011.1), sendo o segundo maior percentual do país, após o curso de Direito da Universidade Federal do Espírito Santo.[186] Nela importantes nomes da história brasileira estudaram, destacando expoentes como Barão do Rio Branco, Castro Alves, Clóvis Bevilaqua, Tobias Barreto, Ruy Barbosa, Joaquim Nabuco, Eusébio de Queirós, Teixeira de Freitas, Raul Pompeia, Nilo Peçanha, Augusto dos Anjos, Marquês de Paranaguá, Epitácio Pessoa, Assis Chateaubriand, José Lins do Rego, Graça Aranha, Pontes de Miranda, dentre inúmeros outros.


Conta também a cidade do Recife com a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), instituição criada em 1912 pelos monges beneditinos no Mosteiro de São Bento em Olinda, tendo medicina veterinária como seu primeiro curso.[187] A Universidade Católica de Pernambuco é um dos maiores complexos de ensino jesuíta do Brasil.[188] Também se destacam o Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), que pertence à Rede Federal de Educação Tecnológica, está situada na Cidade Universitária; a ETEPAM (Escola Técnica Estadual); o Ginásio Pernambucano, que funciona como um centro de ensino experimental; o Colégio de Aplicação da UFPE; o Colégio Militar do Recife; o Colégio da Polícia Militar de Pernambuco e o Liceu de Artes e Ofícios de Pernambuco, que funciona no Complexo Nóbrega, localizado no Campus Universitário da UNICAP. O Colégio de Aplicação da UFPE foi três vezes eleito a melhor escola pública do Brasil.[189]


Mais de 144 mil estudantes estão matriculados nas escolas municipais do Recife. No ensino fundamental municipal a matrícula é de quase cem mil crianças, e as duas escolas do Ensino Médio municipais contam com aproximadamente 2 mil estudantes. A Educação de Jovens e Adultos (EJA) possui mais de 25 mil estudantes, a maioria em horário noturno.[190] Apesar de ter havido uma redução, a taxa de analfabetismo de pessoas com mais de 15 anos de idade ainda é alta em comparação com algumas capitais brasileiras. Em 2003, 10,6% das pessoas com mais de 15 anos ainda era analfabeta.[191] Em 2010, esse índice era de 7,13% o que indica uma queda significativa, porém insuficiente para ser considerada uma cidade livre do analfabetismo segundo o MEC.[192][193]


Embora existam no Recife importantes instituições de ensino, tanto públicas como privadas, há uma falta de infraestrutura evidente. Na cidade só existem três bibliotecas públicas: a Biblioteca Popular de Afogados, a Biblioteca Popular de Casa Amarela e a Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco. Em comparação, a cidade de Montreal, no Canadá, cuja população é bastante semelhante à da capital pernambucana, tem 36 bibliotecas públicas.[194]



Saúde




O Recife é o segundo maior polo médico do Brasil, depois de São Paulo.[195][196] Na foto a Avenida Agamenon Magalhães, onde está situado o Polo Médico do Recife.


A metrópole pernambucana tem grande tradição na área da medicina. O primeiro hospital do Brasil foi a Santa Casa de Misericórdia de Olinda, fundada no ano de 1540 e extinta em 1860 com a criação da Santa Casa de Misericórdia do Recife.[197] E foi no Recife que se realizou a primeira operação cesariana do país, em 1817, pelas mãos do médico pernambucano Correia Picanço — fundador das primeiras faculdades de medicina do Brasil e aclamado "Patriarca da Medicina Brasileira".[198]


O Recife é hoje o mais importante polo médico do Norte-Nordeste e o segundo mais importante do Brasil, possuindo uma complexa rede de serviços no setor público — ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) — como também no setor privado. Existem 118 Unidades básicas de Saúde, estabelecidas na maioria dos bairros da cidade, que ofertam consultas médicas (Criança, Adulto, Idoso), vacinação, pré-natal, planejamento familiar e exame ginecológico. Cerca de metade destas unidades também oferecem consultas odontológicas.[195][199]


Os principais hospitais estão localizados nos bairros do Derby e da Ilha do Leite.[200] Por sua vez, os serviços públicos de urgência 24 horas, que realizam atendimento nas áreas de clínica geral, ortopedia e pediatria, estão localizadas em pontos de fácil acesso da região metropolitana: são treze Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), além de cinco policlínicas 24h que realizam atendimento semelhante e estão localizadas nos bairros de Casa Amarela, Afogados, Parnamirim (apenas pediatria), Campina do Barreto e Ibura.[201] Pessoas com suspeita de infarto ou outro problema cardiovascular também podem se dirigir ao Pronto-Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco (Procape), unidade de atendimento do SUS e segundo maior hospital público de cardiologia do Brasil. O Procape integra, ao lado do Hospital Universitário Oswaldo Cruz e do CISAM, o Complexo Hospitalar da Universidade de Pernambuco.[202]


Outros hospitais importantes são o IMIP, o Hospital da Restauração, o Hospital Getúlio Vargas, o Hospital Agamenon Magalhães, o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, o Hospital Barão de Lucena e o Hospital Ulysses Pernambucano.[203] Este último, conhecido popularmente como Tamarineira, é o segundo hospital psiquiátrico mais antigo do Brasil.[204] Há ainda hospitais particulares destacados, como o Real Hospital Português de Beneficência, o Hospital Memorial São José e o Hospital Santa Joana, que contam com máquinas de última geração e fazem do Recife a única cidade fora do eixo Sul-Sudeste com centros de excelência certificados pela Joint Commission International (JCI).[205][206]


Em 2013 o Recife possuía o segundo maior número de médicos por grupo de mil habitantes do país de acordo com o Conselho Federal de Medicina.[207] E em 2007 a taxa de mortalidade infantil no município era de treze por mil nascidos vivos segundo dados da prefeitura.[208]



Transportes






Metrô do Recife, terceiro sistema metroviário mais antigo do Brasil, além de segundo mais extenso do país.[212]




O Aeroporto Internacional do Recife é o melhor aeroporto do Brasil e um dos cinco melhores do mundo segundo a Revista TAM.[213]




Ver artigo principal: Transportes no Recife

O Recife foi a primeira cidade do mundo a operar locomotivas a vapor construídas especialmente para rodar nas ruas: a chamada "maxambomba" (do inglês machine pump), sistema inaugurado no ano de 1867.[214] Foi também a primeira cidade da América do Sul com conexão direita (non-stop) para a Europa, especialmente para a Alemanha, por meio de dirigíveis.[215] A capital pernambucana tem a única estação de atracação de dirigíveis do mundo preservada em sua estrutura original, a Torre do Zeppelin.[215]


Atualmente o município possui uma frota de aproximadamente 2.800 ônibus coletivos, que transportam diariamente 2 milhões de pessoas;[216] um sistema de metrô, que transporta 400 mil passageiros por dia;[217] e um sistema BRT, desenvolvido para transportar 335 mil pessoas diariamente.[218]


A cidade tem sofrido um forte aumento no número de automóveis em circulação, o que tem causado problemas para estacionar aos habitantes.[219] De acordo com o relatório do Detran-PE de março de 2015, o Grande Recife tinha uma frota de 1.246.107 veículos.[220] Destes, 43% eram emplacados em outras cidades da RMR, mas circulavam pelo município.


O porto do Recife, situado no Recife Antigo, foi um dos principais portos do Brasil Colônia. Atualmente, tem sua base operacional centrada na movimentação de granéis sólidos, compreendendo grãos, clínquer, barrilha e carga geral. Diferencia-se dos demais portos por situar-se num centro urbano e conseguir operar sem interferir no município. Além do transporte de cargas e matérias-primas, o porto do Recife vem consolidando-se como local de atracação de importantes cruzeiros marítimos, impulsionando o turismo.[221]


O Aeroporto Internacional do Recife, com capacidade anual superior a 16 milhões de passageiros,[222] conta com 64 balcões de check-in, 21 posições para aeronaves, sendo 11 dotadas de jetways (conectores climatizados), além de 2.120 vagas de estacionamento e área de compras e lazer com 165 pontos comerciais, seguindo o conceito de "aeroshopping". Segundo a ANAC, é o maior e mais movimentado complexo aeroportuário do Norte-Nordeste do Brasil.[223] O aeroporto foi citado pela Revista TAM como um dos cinco melhores do mundo juntamente com terminais de Madri, Munique, Singapura e Londres, e foi eleito o melhor terminal aeroportuário do Brasil em 2014.[213][224]



Mídia




A TV Globo Nordeste, situada no Recife, é a única emissora própria da Rede Globo no Norte-Nordeste.


O Recife possui três grandes jornais: o Diario de Pernambuco, o jornal mais antigo em circulação na América Latina, fundado em 7 de novembro de 1825, que atualmente faz parte do grupo Diários Associados, fundado pelo empreendedor Assis Chateubriand;[225] o Jornal do Commercio, líder em circulação de exemplares no Norte-Nordeste, com o maior número de assinantes do Estado de Pernambuco, que faz parte do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, pertencente ao Grupo JCPM;[226] e a Folha de Pernambuco, fundada em 3 de abril de 1998, pertencente ao grupo Empresarial EQM, do empresário Eduardo de Queiroz Monteiro.[227] Também se destaca o AquiPE, jornal de formato tabloide com notícias de cunho popular.[228]


A metrópole possui diversas emissoras de rádio, algumas delas de difusão nacional, como a NovaBrasil FM, a Transamérica Pop, a Jovem Pan FM, a CBN Recife, a Rádio Jornal, a Rádio Clube, a Recife FM, dentre outras. Possui ainda várias emissoras de televisão aberta: TV Globo Nordeste (emissora própria da Rede Globo); TV Jornal (afiliada do SBT); TV Clube (afiliada da RecordTV); RedeTV! Recife (emissora própria da RedeTV!); TV Tribuna (afiliada da Rede Bandeirantes); TV Universitária (primeira emissora de televisão educativa do Brasil, fundada em 1968, afiliada da TV Brasil); TV Nova Nordeste (afiliada da TV Cultura); e Rede Estação.[229]


Planejamento urbano


Ver também: Cais José Estelita





Parque da Jaqueira. A Zona Norte abriga bairros nobres tradicionais do Recife, como Jaqueira, Casa Forte, Espinheiro, Aflitos, dentre outros.[108]




Protesto contra verticalização no Cais José Estelita.




Viela no Morro da Conceição. O Recife é a capital mais desigual do Brasil de acordo com o coeficiente de Gini.[5]



O espaço público tem sido tratado, muitas vezes, com desatenção. Dessa desatenção resultam espaços qualitativamente pouco expressivos, pobres do ponto de vista urbanístico e, frequentemente, pouco atraentes.[230][231] Some-se a esses problemas, a poluição visual e sonora.[232][233][234] É nos bairros de renda alta e média que estão localizadas as praças em bom e regular estado de conservação.[235][236]


O processo de verticalização intensificou-se em determinadas áreas da cidade, como na Zona Sul, na margem esquerda do Rio Capibaribe, em parte da margem direita e em parte do Centro Expandido. O grande problema do processo de verticalização e de adensamento construtivo da cidade é que este vem se realizando de forma indiscriminada em parte do território da cidade sem, muitas vezes, ocorrer de forma compatível com a paisagem urbana e com a capacidade das estruturas urbanas.[237][238]


A dinâmica de localização das atividades comerciais, de serviços e industriais, conheceu, ao longo do tempo, profundas transformações. Até a década de 70, o centro abrigava as principais atividades econômicas e institucionais. Com a emergência de um dinâmico mercado imobiliário direcionado às classes médias, alguns bairros da Zona Sul e da Zona Norte tornaram-se áreas privilegiadas para esses investimentos imobiliários. Tal processo significou a migração do terciário “nobre”, que se localizava na área central, para esses bairros, particularmente para os seus principais eixos viários. Ao mesmo tempo, contribuiu para a expansão, na área central e seu entorno, das atividades comerciais e terciárias direcionadas para os segmentos populares. Porém algumas pessoas não observam isso como um problema, e sim, como um sinal de progresso. As pessoas que defendem a teoria da decadência do Centro do Recife dizem que o distrito-sede tornou-se bastante desvalorizado e abandonado, fenômeno que também é observado em outras capitais históricas brasileiras, como Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo. Portanto, não existe um consenso sobre a atual situação do centro.[115][239]


Toda a extensão territorial do município do Recife é considerada zona urbana, entretanto ainda existem muitos imóveis rurais cadastrados pelo INCRA, alguns já loteados, outros que ainda resistem ao parcelamento para fins urbanos, localizados nas proximidades das rodovias BR-101, BR-232 e BR-408 e nos limites com Jaboatão, Camaragibe e Paulista. Algumas dessas áreas rurais estão protegidas por legislação estadual de proteção de mananciais e reservas ecológicas. Outras, entretanto, integram a fronteira de conurbação e de transbordamento do tecido viário do município do Recife.[240]


Nas décadas anteriores existia a omissão do Estado — em relação a uma necessária regulação das propriedades urbanas e à ação direta por meio de políticas de desenvolvimento urbano e habitacional —, que rebatia numa distribuição seletiva dos investimentos públicos, incentivando a retenção especulativa da terra e restringindo o acesso ao solo urbano e à moradia para a população de baixa renda. Esta população só vem tendo, historicamente, acesso à terra urbana e a alternativas habitacionais mediante ações informais e irregulares de ocupação da terra, com padrões de baixíssima qualidade na construção da habitação em áreas pouco infraestruturadas e ambientalmente frágeis, com as piores condições de habitabilidade (margens de córregos, áreas de risco geotécnico, entre outras). Porém, desde a década de 2000 a prefeitura vem fazendo investimentos significativos no setor habitacional.[241]



Ciência e tecnologia


Em 1895 foi criada no Recife a Escola de Engenharia de Pernambuco, primeira escola de engenharia fora da região Sudeste.[242] Nela, que logo se destacou como uma das principais instituições científicas do país, surgiu uma leva de grandes cientistas brasileiros, como Mário Schenberg, José Leite Lopes e Leopoldo Nachbin, graças à ação catalisadora do professor Luís Freire, conhecido por participar ativamente de movimentos em favor da criação de escolas aptas a formar pesquisadores em matemática e física. Reconhecida como berço de cientistas destacados e nomes notórios das ciências exatas, a metrópole pernambucana deu origem ainda a nomes como Paulo Ribenboim, Josué de Castro, Joaquim Cardoso, Samuel MacDowell, Aron Simis, Gauss Moutinho Cordeiro, Israel Vainsencher, Luciano Coutinho, Cristovam Buarque, Fernando de Souza Barros, Ricardo de Carvalho Ferreira, Leandro do Santíssimo Sacramento, dentre muitos.[243]




O Porto Digital, no Recife Antigo, é o maior parque tecnológico do Brasil e referência mundial na produção de softwares.[244][245]


Seguindo a sua tradição nas ciências exatas, o Recife é atualmente um dos mais importantes polos de tecnologia da informação do país. O Porto Digital, ambiente de negócios da área de TI criado no ano 2000 no centro histórico da cidade, abriga mais de duzentas empresas, entre elas multinacionais como Accenture, Oracle, ThoughtWorks, Ogilvy, IBM e Microsoft, e é reconhecido pela A. T. Kearny como o maior parque tecnológico do Brasil em faturamento e número de empresas.[244][245][246] Devido à sua relevância no setor, a capital pernambucana é a única cidade brasileira com exceção de São Paulo que abriga edições do evento de tecnologia Campus Party, que é realizado desde o ano de 2012 nesta metrópole.[247]


A capital de Pernambuco também se destaca no ensino tecnológico. O Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (CIn-UFPE), considerado um dos principais centros acadêmicos em informática da América Latina e responsável pelos cursos de Ciência da Computação, Sistemas de Informação e Engenharia da Computação, é grande fornecedor de mão de obra especializada em tecnologia para o Porto Digital e para diversas multinacionais do setor de tecnologia, além de gerar sete mil empregos e contribuir com 3,5% do PIB pernambucano.[248][249] A Universidade Federal de Pernambuco foi uma das cinco instituições de ensino selecionadas em todo o mundo para o programa mundial de pesquisas da Microsoft, o que permitiu o seu acesso ao código-fonte dos componentes do Visual Studio. As outras quatro universidades selecionadas foram a Yale University - Estados Unidos; a Monash University - Austrália; a University of Hull - Inglaterra; além da UNESP, sendo o Brasil o único país que teve duas universidades escolhidas.[250]


Cultura



Veja também: Cultura do Recife

A cultura recifense é bastante diversificada, uma vez que foi influenciada por indígenas, africanos e europeus.



Literatura, arquitetura e gastronomia



Veja também: Centro Histórico do Recife e Culinária de Pernambuco




No passado, o Recife tinha como marcante característica os seus altos sobrados coloniais, porém a cidade barroca foi quase totalmente demolida e descaracterizada.[251][18] Na foto o porto do Recife em 1865.




São do Recife os primeiros registros da feijoada à brasileira, considerada o prato nacional do Brasil.[252][253]



O abolicionista recifense Joaquim Nabuco escreveu Minha Formação, obra clássica da literatura brasileira.[254] Anos mais tarde é lido, na Semana de Arte Moderna, em São Paulo, o poema Os Sapos do também recifense Manuel Bandeira, considerado o abre-alas do movimento.[255]Gilberto Freyre, natural do Recife e um dos mais importantes sociólogos do século XX, representa um marco na história do Brasil devido ao seu livro Casa-Grande & Senzala, que demonstra a importância dos escravos para a formação do país e que brancos e negros são absolutamente iguais.[256] Outro recifense, Paulo Freire, é um dos pensadores mais notáveis da história da pedagogia mundial e o mais aclamado educador crítico, e foi o brasileiro mais homenageado de todos os tempos, ganhando 41 títulos de Doutor Honoris Causa de universidades como Harvard, Cambridge e Oxford.[257][258][259]João Cabral de Melo Neto, poeta nascido na capital pernambucana, foi o único escritor brasileiro a ser galardoado com o Prêmio Neustadt, tido como o "Nobel Americano", e quando morreu, em 1999, especulava-se que era um forte candidato ao Prêmio Nobel de Literatura.[260][261]Clarice Lispector, ucraniana naturalizada brasileira que escreveu clássicos como A Hora da Estrela, se declarava pernambucana por ter vivido a maior parte de sua infância e adolescência no Recife.[262] Já o recifense Nelson Rodrigues, uma das personalidades mais marcantes da cultura nacional, é considerado o maior dramaturgo do país.[263]


O Recife é um dos cinco patrimônios barrocos do Brasil, porém, diferentemente de sua vizinha Olinda, não possui o título de Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO.[251] Em que pese o fato — atribuído à demolição e descaracterização da maior parte do seu centro histórico —, a capital pernambucana possui exemplares barrocos de excepcional importância, tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).[18] Embora tenham ocorrido grandes destruições do patrimônio histórico recifense em diferentes períodos — a exemplo dos largos do Paraíso e do Corpo Santo (Pelourinho do Recife), dentre muitas construções históricas demolidas para a modernização da área central e construção de avenidas como a Guararapes e a Dantas Barreto —, a cidade barroca resiste na sua parte mais pobre e comercial.[264]


O Recife é o terceiro maior polo gastronômico do Brasil segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), com cerca de 10 mil estabelecimentos, entre eles o Restaurante Leite, mais antigo restaurante do país.[265][266] A Rua da Hora, no bairro do Espinheiro, Zona Norte, e a Rua Capitão Rebelinho, no bairro do Pina, Zona Sul, são os principais redutos gastronômicos recifenses.[267] A cidade é também a terceira do país em número de restaurantes estrelados pelo Guia Quatro Rodas de 2013, atrás somente de São Paulo e do Rio de Janeiro. Onze estabelecimentos do município, que contam com chefs renomados e que vão da cozinha regional às cozinhas lusitana, italiana, francesa, japonesa e peruana, foram agraciados.[268]



Dança, música e cinema





O Maracatu é o mais antigo ritmo afro-brasileiro.[269]




O Frevo foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO.[270]




A produção cinematográfica do Recife é muito respeitada pela crítica, e recordista de premiações em diversos festivais.[271] Na foto, Cinema São Luiz.



O Maracatu Nação, também conhecido como "Maracatu de Baque Virado", é uma manifestação cultural da música tradicional pernambucana afro-brasileira. O registro mais antigo que se tem sobre o Maracatu Nação data de 1711, mas o ano de sua origem é incerto. O que se sabe é que ele surgiu em Pernambuco e vem se transformando desde então.[269] Um dos maracatus mais antigos é o Maracatu Elefante, fundado em 15 de novembro de 1800 no Recife pelo escravo Manuel Santiago após sua insurreição contra a direção do Maracatu Brilhante. A escolha do elefante como nome e símbolo da agremiação deveu-se ao fato deste animal ser protegido por Oxalá, um dos muitos orixás do candomblé. Uma das peculiaridades deste maracatu é o costume de conduzir três calungas (bonecas negras) ao invés de duas como é comum aos outros maracatus. São elas: Dona Leopoldina, Dom Luís e Dona Emília, que representam os orixás Iansã, Xangô e Oxum, respectivamente. Outra característica singular do Nação Elefante é o fato de ter sido o primeiro a ser conduzido por uma matriarca, pois até então os maracatus sempre tinham sido regidos por uma figura masculina.[272]


O Frevo, um dos principais gêneros musicais e danças do Recife e símbolo do Carnaval Recife–Olinda, se caracteriza pelo ritmo acelerado e pelos passos que lembram a capoeira, expressão cultural que tem em Pernambuco um de seus berços.[273] Esse gênero já revelou e influenciou grandes músicos. Antes da criação da axé music na década de 1980 o frevo era utilizado também no Carnaval de Salvador. Em cerimônia realizada na cidade de Paris, França, no ano de 2012, a UNESCO anuncia que, aprovado com unanimidade pelos votantes, o frevo foi eleito Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.[270]


Nos anos 1990 surgiu na capital pernambucana o Manguebeat, movimento da contracultura que mistura ritmos regionais, como o maracatu, com rock, hip hop, funk e música eletrônica. Tem como principais críticas o abandono econômico-social do mangue e a desigualdade do Recife.[274] Apesar de ter bases já na década de 1970 com o guitarrista Robertinho do Recife e seus álbuns "Jardim da Infância" (1977), "Robertinho no Passo" (1978) e "E Agora pra Vocês... Suingues Tropicais" (1979), o manguebeat tem como ícone o músico Chico Science, ex-vocalista, já falecido, da banda Chico Science e Nação Zumbi, que foi o idealizador do rótulo mangue e principal divulgador das ideias, ritmos e contestações do movimento. Outro grande responsável pelo crescimento do gênero foi Fred Zero Quatro, vocalista da banda Mundo Livre S/A, que criou em 1992 o primeiro manifesto sobre o ritmo, intitulado "Caranguejos com cérebro".[274]


O Cinema do Recife é muito respeitado pela crítica: já recebeu vários prêmios nacionais e internacionais e é recordista de indicações e premiações em diversas edições de festivais. Filmes de cineastas e roteiristas pernambucanos como os dramas Baile Perfumado (1996), Amarelo Manga (2002), Cinema, Aspirinas e Urubus (2005), Febre do Rato (2012), O Som ao Redor (2013), Aquarius (2016), ou mesmo romances e comédias como O Auto da Compadecida (1999), Caramuru - A Invenção do Brasil (2001), Lisbela e o Prisioneiro (2003), A Máquina (2005), Fica Comigo Esta Noite (2006), O Bem Amado (2010), entre muitas outras produções, alcançaram grande projeção. Cineastas como Marcelo Gomes, Kleber Mendonça Filho, Cláudio Assis, Heitor Dhalia, Lírio Ferreira, Gabriel Mascaro, Hilton Lacerda, Daniel Aragão, dentre outros tantos realizadores oriundos do estado, atingiram notoriedade internacional.[275] Entre 2012 e 2013, o Recife conquistou os principais prêmios dos três maiores festivais nacionais: os filmes Era Uma Vez Eu, Verônica, de Marcelo Gomes, e Eles Voltam, de Marcelo Lordello, dividiram o Candango de Melhor Filme no Festival de Brasília; O Som ao Redor, de Kleber Mendonça Filho, conquistou o Troféu Redentor de Melhor Filme no Festival do Rio; e Tatuagem, de Hilton Lacerda, ganhou o Kikito de Melhor Filme no Festival de Gramado.[271]



Espaços culturais




O Teatro de Santa Isabel, projetado por Louis Léger Vauthier, recebeu o imperador Dom Pedro II, foi palco da campanha abolicionista de Joaquim Nabuco, e nele Castro Alves conheceu o seu grande amor Eugénia Câmara.


O município abriga vários museus, centros culturais e instituições voltadas para a promoção de ações artísticas.[276]


No Centro da cidade estão localizados alguns dos mais importantes espaços voltados à cultura. O Museu da Cidade do Recife, instalado no Forte das Cinco Pontas, destaca-se por conter em seu acervo documentos iconográficos para preservação da história urbana e social do Recife.[277] O Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, mais antigo instituto histórico regional do país, detém o mais importante fundo arquivístico sobre o Brasil Holandês.[278] O Cais do Sertão, museu interativo e de objetos considerado um dos mais modernos equipamentos culturais do país, foi eleito o 18º melhor museu da América do Sul pelos usuários do site de viagens TripAdvisor.[279] O Paço do Frevo, dedicado à difusão, pesquisa, lazer e formação nas áreas da dança e música do frevo, é um dos espaços culturais mais visitados de Pernambuco.[280] O Teatro de Santa Isabel é um teatro-monumento do Brasil, e compõe importante conjunto arquitetônico e paisagístico na Praça da República com o Palácio do Campo das Princesas, o Palácio da Justiça e o Liceu de Pernambuco.[281] Destaque ainda para o Gabinete Português de Leitura de Pernambuco, o Arquivo Público de Pernambuco, o Museu Franciscano de Arte Sacra, o Museu Militar do Forte do Brum, o Museu do Trem, o Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães, a Caixa Cultural, o Centro Cultural dos Correios, o Museu Judaico de Pernambuco, dentre outros.[276]


Nos tradicionais bairros da Zona Norte também estão situados importantes centros culturais do município. No bairro das Graças está localizado o Museu do Estado de Pernambuco, criado em 24 de agosto de 1928, que possui um grande acervo eclético, com cerca de 12 mil itens abrangendo as áreas de arte, antropologia, história e etnografia.[282] Em Casa Forte se encontra o Museu do Homem do Nordeste, vinculado à Fundação Joaquim Nabuco/Ministério da Educação, importante museu antropológico que reúne acervo com cerca de 15 mil peças de heranças culturais da formação do povo nordestino. Conta ainda com uma sala de projeção, o Cinema do Museu, onde são exibidos filmes alternativos, cuja exibição não chega nas grandes salas.[283] Em Apipucos, a Fundação Gilberto Freyre, instituída em 11 de março de 1987, funciona na casa onde viveu o escritor, sociólogo e pensador Gilberto Freyre, e tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento político-social, científico-tecnológico e cultural da sociedade brasileira tendo como referencial a obra freyriana.[284] No bairro da Madalena, o Museu da Abolição, vinculado ao Instituto Brasileiro de Museus, se dedica à preservação e divulgação do patrimônio material e imaterial dos afrodescendentes.[285] Também merecem menção espaços como a Academia Pernambucana de Letras e a Fundação Joaquim Nabuco.[276]





















Museu Cais do Sertão



Museu da Abolição




Há ainda mercados públicos tradicionais espalhados pelo Recife, como o famoso Mercado de São José (mais antigo edifício pré-fabricado em ferro no Brasil), o Mercado da Boa Vista, o Mercado da Madalena, o Mercado de Casa Amarela e o Mercado da Encruzilhada, que constituem importante roteiro cultural da cidade. A Casa da Cultura, maior polo de artesanato do município, é outro relevante centro de compras populares.[286]


No bairro da Várzea estão duas das atrações turísticas mais procuradas da capital pernambucana. A Oficina Cerâmica Francisco Brennand, um complexo monumental com 15 km² de área construída — museu de arte e ateliê — criado pelo artista plástico Francisco Brennand, possui acervo com mais de 2 mil peças entre esculturas e pinturas.[287] O Instituto Ricardo Brennand (IRB), fundado pelo colecionador e empresário Ricardo Brennand, está sediado em um complexo arquitetônico em estilo medieval, composto por três prédios: Museu Castelo São João, pinacoteca e galeria, circundados por um vasto parque. Abriga um dos maiores acervos de armas brancas do mundo, além de uma coleção permanente de objetos histórico-artísticos de diversas procedências, abrangendo o período que vai da Baixa Idade Média ao século XXI, com forte ênfase na documentação histórica e iconográfica relacionada ao período colonial e ao Brasil Holandês.[288][289]



Esportes





O Náutico é o mandante da Arena de Pernambuco, estádio construído para a Copa do Mundo em 2014, e é proprietário do Estádio dos Aflitos.





Ilha do Retiro, do Sport, uma das sedes da Copa do Mundo de 1950.



O esporte mais popular no Recife é o futebol. Pernambuco é líder entre os estados do Norte-Nordeste no ranking das federações da CBF, e o desempenho dos clubes da capital está diretamente ligado ao bom ranqueamento do estado entre as federações.[291] O Recife foi uma das seis sedes da Copa do Mundo de 1950 (única do Norte-Nordeste), abrigando uma partida no Estádio da Ilha do Retiro entre Chile e Estados Unidos, com vitória dos chilenos por 5 a 2.[292] Recife também foi uma das sedes da Copa do Mundo de 2014.[293]


Graças aos clubes locais, Pernambuco é também o estado do Norte-Nordeste que mais se destaca em outras modalidades esportivas: é o segundo estado brasileiro em número de títulos nacionais de hóquei, tanto no campeonato masculino quanto no feminino, atrás somente de São Paulo, e o Sport Club do Recife um dos dois únicos clubes brasileiros a conquistar um Campeonato Sul-Americano de Hóquei; e é o único estado fora do Centro-Sul com títulos Brasileiro e Sul-Americano de basquete, obtidos pela equipe feminina do Sport entre 2013 e 2014.[294][295][296]


O Campeonato Pernambucano de Futebol, um dos principais torneios estaduais do país, é disputado desde 1915, tendo como campeão sempre um time da capital. Os principais times da cidade são: o Sport Club do Recife, o que mais títulos estaduais possui (41 em 2017); o Santa Cruz Futebol Clube, com 29 títulos pernambucanos; e o Clube Náutico Capibaribe, que detém a marca de mais títulos estaduais consecutivos (hexacampeão) de um total de 21 conquistas.[297]


Outros clubes esportivos importantes no município são o Clube Português e o América Futebol Clube, este último com seis títulos estaduais de futebol.[298][299]


Os maiores times do Recife possuem estádios próprios. O maior estádio construído é o Estádio do Arruda, pertencente ao Santa Cruz. Destaque ainda para o Estádio Ilha do Retiro, pertencente ao Sport, e para o Estádio dos Aflitos, que pertence ao Náutico, sendo que o Náutico manda os seus jogos atualmente na Arena de Pernambuco, um novo e moderno estádio construído em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife, para a Copa das Confederações de 2013 e para a Copa do Mundo FIFA de 2014, e que terá em seu entorno a Cidade da Copa, primeira cidade inteligente da América Latina.[300] Os quatro estádios da metrópole pernambucana estão entre os cinquenta maiores do Brasil.[301]





O Estádio José do Rego Maciel, popularmente conhecido como Arruda, pertencente ao Santa Cruz Futebol Clube, é o sexto maior estádio de futebol do país, com capacidade para 60 044 pessoas.[301]




Ver também



  • Prefeitos do Recife

  • Câmara Municipal do Recife

  • Bairros do Recife




Notas




  1. 22 municípios estão situados a até 65 km de distância rodoviária do Recife: Araçoiaba, Abreu e Lima, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Carpina, Chã de Alegria, Escada, Glória do Goitá, Goiana, Igarassu, Ilha de Itamaracá, Ipojuca, Itapissuma, Jaboatão dos Guararapes, Lagoa de Itaenga, Lagoa do Carro, Moreno, Olinda, Paudalho, Paulista, São Lourenço da Mata e Vitória de Santo Antão.



Referências




  1. abc Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2017). «Base de dados por municípios das Regiões Geográficas Imediatas e Intermediárias do Brasil». Consultado em 10 de fevereiro de 2018 


  2. Atlas Geográfico do Brasil. «Capitais dos estados». Consultado em 1 de janeiro de 2011. Cópia arquivada em 10 de fevereiro de 2018 


  3. abc Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (15 de janeiro de 2013). «Áreas dos Municípios». Consultado em 15 de maio de 2014. Cópia arquivada em 10 de fevereiro de 2018 


  4. abcd Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de agosto de 2018). «Estimativas da população residente no Brasil e unidades da federação com data de referência em 1º de julho de 2018». Consultado em 29 de agosto de 2018 


  5. abcd Atlas do Desenvolvimento Humano (2013). «Perfil - Recife, PE». Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Consultado em 31 de julho de 2013 


  6. ab Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2016). «Produto Interno Bruto dos Municípios - 2016». Consultado em 27 de dezembro de 2018. Cópia arquivada em 10 de fevereiro de 2018 


  7. Universidade Federal do Rio de Janeiro. «Como anda a Região Metropolitana do Recife» (PDF). Consultado em 3 de março de 2014. Cópia arquivada em 3 de março de 2014 


  8. abc «Gestão do Território - 2014» (PDF). IBGE. p. 67. Consultado em 3 de março de 2015 


  9. «Após São Paulo, maiores concentrações são Rio, BH e Recife». Estadão.com.br. Consultado em 29 de março de 2015 


  10. «Regiões de Influência das Cidades - 2007». IBGE. Consultado em 31 de agosto de 2015 


  11. «Distância rodoviária entre Recife e importantes cidades brasileiras». São Paulo Sem Segredos. Consultado em 31 de agosto de 2015 


  12. «Global Metro Monitor 2014». Brookings Institution. Consultado em 16 de maio de 2015 


  13. ab «Produto Interno Bruto dos Municípios 2014». IBGE. Consultado em 14 de dezembro de 2016 


  14. ab «Recife - IBGE Cidades». IBGE. Consultado em 14 de dezembro de 2016 


  15. «Densidade demográfica - Brasil, Região Metropolitana e Região Integrada de Desenvolvimento». IBGE. Consultado em 24 de maio de 2015 


  16. ab «Relações bilaterais». Ministério das Relações Exteriores. Consultado em 18 de junho de 2015 


  17. ab O Globo. «Brasil tem 5 cidades entre as emergentes mais desenvolvidas». Consultado em 3 de março de 2014. Cópia arquivada em 3 de março de 2014 


  18. abcdef «Recife (PE)». IPHAN. Consultado em 29 de novembro de 2014 


  19. «A fundação do Recife». Brasiliana Fotográfica. Consultado em 12 de março de 2017 


  20. «Etimologia de "Pernambuco" teria origem no português, e não no tupi, diz pesquisador da UFRPE em livro». UFRPE. Consultado em 12 de março de 2017 


  21. «Há 64 anos, Albert Camus desembarcava no Recife». 6 de novembro de 2013. Consultado em 3 de março de 2014. Cópia arquivada em 3 de março de 2014 


  22. «Foral de Olinda». Consultado em 1 de março de 2015. Cópia arquivada em 1 de março de 2015 


  23. FONSECA, Homero. Pernambucânia: o que há nos nomes das nossas cidades. Recife: CEPE, 2009.


  24. *Luiz Berto - Besta Fubana


  25. *O Recife, nossa capital


  26. Sobre a posição correta do artigo masculino antes do topônimo "Recife". Sobre o tema, se pronunciou o historiador pernambucano José Antônio Gonsalves de Mello: "Porque se originou de um acidente geográfico - o recife ou o arrecife - a designação do Recife não prescinde do artigo definido masculino: o Recife e nunca Recife.


  27. José Antônio Gonsalves de Mello, em O Recife e os arrecifes.


  28. MENDES DE ALMEIDA, Napoleão - Dicionário de Questões Vernáculas. São Paulo: Editora Ática, 1996. (p. 464, 465 e 466) ISBN 8508059558


  29. abc Luiz Geraldo Silva. «A Faina, a Festa e o Rito. Uma etnografia histórica sobre as gentes do mar (sécs XVII ao XIX)». Google Books. p. 122. Consultado em 1 de julho de 2016 


  30. BUENO, E. Brasil: uma história. 2ª edição. São Paulo. Ática. 2003. p. 19.


  31. «Pinzón ou Cabral: quem chegou primeiro ao Brasil?». G1. Consultado em 1 de maio de 2017 


  32. «Biografia de Cristóvão Jacques». Ebiografia.com. Consultado em 1 de maio de 2017 


  33. Prefeitura de Olinda. «Foral de Olinda». Consultado em 2 de março de 2015 


  34. abcdef Jean Marcel Carvalho França, Sheila Hue. «Piratas no Brasil: As incríveis histórias dos ladrões dos mares que pilharam nosso litoral». Issuu. p. 92. Consultado em 1 de julho de 2016 


  35. Universidade Federal de Campina Grande. «Mathias de Albuquerque». Consultado em 23 de junho de 2012 


  36. ab «Maurício de Nassau, o brasileiro». Guia do Estudante. Consultado em 5 de abril de 2015 


  37. ab «Palácio de Friburgo, Recife, PE». Fundaj. Consultado em 8 de junho de 2015 


  38. ab «Recife também tem Muro das Lamentações». Estadão. Consultado em 2 de março de 2015 


  39. Despertai! (ed.). «Recife — cidade que surgiu do açúcar». Consultado em 24 de maio de 2015 


  40. «A escravidão que fez e explica o Brasil». Consultado em 2 de março de 2015 


  41. InfoEscola (ed.). «Invasões Holandesas no Brasil». Consultado em 24 de maio de 2015 


  42. José Antônio Gonsalves de Mello. Tempo dos flamengos: influência da ocupação holandesa na vida e na cultura do norte do Brasil. Topbooks, 2001. ISBN 85-7475-035-2


  43. «Prelúdio para uma história: ciência e tecnologia no Brasil». Google Books. Consultado em 15 de novembro de 2016 


  44. Sociedade Astronômica do Recife. «Padre Polman:Os 60 importantes momentos». Consultado em 2 de março de 2015 


  45. História Brasileria. «Brasil Holandês». Consultado em 16 de março de 2012 


  46. UOL Educação. «Biografias-Maurício de Nassau». Consultado em 16 de março de 2012 


  47. «Conheça a história das cédulas e moedas nacionais». Portal Brasil. Consultado em 15 de novembro de 2016 


  48. abc José Gerardo Barbosa Pereira. Instituto Camões, ed. «A Insurreição pernambucana de 1645» (PDF). Consultado em 1 de março de 2015 


  49. «Batalha dos Guararapes». História Brasileira. Consultado em 28 de julho de 2015 


  50. «Do Recife a Manhattan». ISTOÉ Independente. Consultado em 24 de maio de 2015 


  51. «Conexão Recife - Manhattan». Revista Época. Consultado em 24 de maio de 2015 


  52. «Cemitério de NY guarda história de judeus do Brasil». Estadão. Consultado em 24 de maio de 2015 


  53. «Insurreição Pernambucana». História Brasileira. Consultado em 17 de novembro de 2016 


  54. ab «Afro-descendente recebe medalha». UOL. Consultado em 7 de março de 2015 


  55. «Revolução pernambucana: República em Pernambuco durou 75 dias». UOL. Consultado em 12 de maio de 2015 


  56. Souto Maior, A. «Unidade X: O Sentimento Nativista». In: Companhia Editora Nacional. História do Brasil. 1968 6ª ed. São Paulo: [s.n.] pp. 181–200 


  57. Brasil Escola. «Guerra dos Mascates». Consultado em 2 de fevereiro de 2017 


  58. História Brasileira (ed.). «Guerra dos Mascates». Consultado em 24 de maio de 2015 


  59. Só História (ed.). «Mascates». Consultado em 24 de maio de 2015 


  60. História Mais (ed.). «Guerra dos Mascates». Consultado em 24 de maio de 2015 


  61. «Os personagens que fizeram a Revolução de 1817». Jornal do Commercio. Consultado em 27 de abril de 2017 


  62. «Revolução Pernambucana de 1817». InfoEscola. Consultado em 14 de julho de 2015 


  63. «A Convenção de Beberibe; o primeiro episódio da independência do Brasil». Google Livros. Consultado em 1 de maio de 2017 


  64. «Confederação do Equador». Britannica Escola. Consultado em 31 de janeiro de 2017 


  65. «Revolução Praieira». Britannica Escola Online. Consultado em 22 de outubro de 2016 


  66. ASFORA, João Sales - Palestinos - A saga de seus descendentes(http://www.anba.com.br/noticia_artes.kmf?cod=7415375&indice=90)


  67. Intg. «Recife,A Paris do Nordeste» (PDF). Consultado em 17 de março de 2012 


  68. abc Fausto Brito. «O deslocamento da população brasileira para as metrópoles». SciELO Brasil. Consultado em 13 de julho de 2014 


  69. ab «Forças Armadas vão investigar casos de tortura durante o regime militar». G1. Consultado em 19 de julho de 2014 


  70. «Getúlio (1882-1930): Dos anos de formação à conquista do poder». Google Books. Consultado em 12 de janeiro de 2017 


  71. ab «Jardins e praças projetados por Burle Marx em Recife são tombados». Portal Brasil. Consultado em 29 de março de 2015 


  72. Fundação Joaquim Nabuco. «Arruando por Boa Viagem» 


  73. REZENDE, Antônio Paulo (2002). O Recife:Histórias de uma Cidade. [S.l.]: Prefeitura do Recife. pp. 123 a 135. 85-7044-111-8 


  74. Brasil 247. «Comissão resgata verdade sobre atentado a bomba». Consultado em 2 de março de 2015 


  75. «Votação da emenda da Diretas Já completa 30 anos». G1. Consultado em 27 de julho de 2014 


  76. «Os piores acidentes aéreos na história da aviação brasileira». iG. Consultado em 12 de maio de 2015 


  77. «A Viagem do Beagle» (PDF) (em inglês). PinkMonkey.com. p. 719. Consultado em 13 de junho de 2016 


  78. «Localização de Recife PE». Ache Tudo e Região. Consultado em 12 de maio de 2012 


  79. «Regiões de Influência das Cidades - 2007». IBGE. Consultado em 3 de março de 2015 


  80. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2017). «Divisão Regional do Brasil». Consultado em 10 de fevereiro de 2018. Cópia arquivada em 10 de fevereiro de 2018 


  81. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1990). «Divisão regional do Brasil em mesorregiões e microrregiões geográficas» (PDF). Biblioteca IBGE. 1: 52–55. Consultado em 10 de fevereiro de 2018. Cópia arquivada (PDF) em 10 de fevereiro de 2018 


  82. ab «O Recife - Histórias de uma cidade». Prefeitura Municipal do Recife. Consultado em 26 de março de 2015 


  83. «Mapas do Recife». Prefeitura Municipal do Recife. Consultado em 2 de março de 2015 


  84. Brasil Channel. «Hidrografia do Recife». Consultado em 21 de abril de 2012 


  85. Caruso Jr Estudos Ambientais e Engenharia. «Projeto de Navegabilidade dos rios Capibaribe e Beberibe» (PDF). Agência Estadual de Meio Ambiente - Pernambuco. Consultado em 26 de março de 2015 


  86. «OS MORROS DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE». Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (CONDEPE/FIDEM). Consultado em 2 de fevereiro de 2017. Cópia arquivada em 8 de março de 2015 


  87. abcd «NORMAIS CLIMATOLÓGICAS DO BRASIL». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 24 de março de 2018 


  88. «Temperatura pode variar 13 graus em ilhas de calor no Recife, aponta UFPE». G1. Consultado em 2 de fevereiro de 2017 


  89. «Pesquisa inédita mede temperatura em 11 pontos da capital e cria um ranking do calor». Diário de Pernambuco. Consultado em 25 de junho de 2015 


  90. ab «BDMEP - Série Histórica - Dados Diários - Precipitação (mm) - Recife (Curado)». Banco de Dados Meteorológicos para Ensino e Pesquisa. Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 24 de março de 2014 


  91. «Chuva, raios e trovoadas em Recife - PE». Climatempo. Consultado em 13 de setembro de 2014 


  92. «Chuva alaga principais avenidas do Recife e dificulta acesso de torcedores». UOL. Consultado em 4 de março de 2015 


  93. «Cobertura da cheia de 1975 no Recife foi marcante nos últimos 40 anos». G1. Consultado em 13 de dezembro de 2012 


  94. «Nevoeiro faz Grande Recife ficar cinzento». JC Online. 30 de outubro de 1998. Consultado em 10 de setembro de 2012 


  95. «Frente fria chega a Pernambuco. Nordeste continua em alerta». Climatempo. Consultado em 11 de setembro de 2012 


  96. «Ventania assusta Grande Recife». Consultado em 13 de dezembro de 2012. Cópia arquivada em 29 de abril de 2013 


  97. ab «BDMEP - Série Histórica - Dados Diários - Temperatura Mínima (°C) - Recife (Curado)». Banco de Dados Meteorológicos para Ensino e Pesquisa. Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 24 de março de 2014 


  98. ab «BDMEP - Série Histórica - Dados Diários - Temperatura Máxima (°C) - Recife (Curado)». Banco de Dados Meteorológicos para Ensino e Pesquisa. Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 24 de março de 2014 


  99. «BDMEP - Série Histórica - Dados Mensais - Precipitação Total (mm) - Recife (Curado)». Banco de Dados Meteorológicos para Ensino e Pesquisa. Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 4 de abril de 2014 


  100. «BDMEP - Série Histórica - Dados Horários - Umidade Relativa (%) - Recife (Curado)». Banco de Dados Meteorológicos para Ensino e Pesquisa. Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 4 de abril de 2014 


  101. «Estudos hidrodinâmicos e hidroquímicos do estuário do Rio Capibaribe e Bacia do Pina, Recife-PE» (PDF). IOUSP. Consultado em 29 de março de 2015 


  102. ab «Parques e praças». Prefeitura do Recife. Consultado em 3 de junho de 2015 


  103. «Patrimônio do Recife, Parque dos Manguezais está esquecido». iG. Consultado em 28 de abril de 2015 


  104. Governo de Pernambuco (ed.). «Parque Dois Irmãos». Consultado em 24 de maio de 2015 


  105. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. «Mata do Engenho Uchôa» (PDF). Consultado em 14 de abril de 2012 


  106. Jornal do Comércio, ed. (13 de julho de 2014). «Luta de 35 anos em defesa de parque no Engenho Uchoa». Consultado em 24 de maio de 2015 


  107. Josemary Santos e Silva Oliveira; Jacicleide Ramos de Souza; Tiago Henrique de Oliveira; Josiclêda Domiciano Galvíncio; Maria Fernanda Abrantes Torres (5 de maio de 2011). Universidade Federal de Pernambuco, ed. «Análise multitemporal de um fragmento de Mata Atlântica como gerador de ilha de amenidade em área urbana através do IVAS e a Temperatura da superfície, estudo de caso: Mata do Engenho Uchôa, Recife - PE» (PDF). Consultado em 24 de maio de 2015  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)


  108. ab Fundação Joaquim Nabuco. «Parque da Jaqueira - Fundaj». Consultado em 18 de março de 2015 


  109. Fundação Joaquim Nabuco (ed.). «Parque 13 de Maio, Recife». Consultado em 1 de março de 2015 


  110. «Obras de Brennand serão recuperadas e Parque das Esculturas ganhará reforço na segurança». Prefeitura do Recife. Consultado em 30 de agosto de 2014 


  111. Yahoo! Notícias, ed. (29 de agosto de 2011). «Top 10: os rios mais poluídos do Brasil». Consultado em 24 de maio de 2015 


  112. «Evolução dos Sistemas de Esgotamento». UFCG. Consultado em 14 de julho de 2015 


  113. IBGE. «Indicadores sociais municipais» (PDF). Consultado em 6 de abril de 2012 


  114. PE 360 Graus. «Géologa alerta para causas de alagamentos nos grandes centros urbanos». Consultado em 15 de maio de 2012 


  115. abc Prefeitura do Recife (2001). «Plano Diretor do Recife». Consultado em 20 de abril de 2012 


  116. «Recife é uma das melhores em coleta seletiva». Pernambuco.com. Consultado em 2 de março de 2015 


  117. «Cemit vai monitorar tubarões no litoral do estado». Pernambuco.com. Consultado em 31 de agosto de 2015 


  118. ab «Construção de porto em Recife (PE) pode ter relação direta com ataques de tubarões». R7. Consultado em 25 de julho de 2013 


  119. ab «Tabela 1287 - População dos municípios das capitais e Percentual da população dos municípios das capitais em relação aos das unidades da federação nos Censos Demográficos». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 14 de março de 2015. Cópia arquivada em 14 de março de 2015 


  120. «População residente - total». Ipeadata. Consultado em 27 de abril de 2014 


  121. «Tabela 2.1 - População residente, total, urbana total e urbana na sede municipal, em números absolutos e relativos, com indicação da área total e densidade demográfica, segundo as Unidades da Federação e os municípios – 2010». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2010. Consultado em 7 de julho de 2015 


  122. ab «Tabela 608 - População residente, por situação do domicílio e sexo - Sinopse». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2010. Consultado em 7 de julho de 2015 


  123. «Recife, PE». Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. 2013. Consultado em 7 de julho de 2015 


  124. «Tabela 2093 - População residente por cor ou raça, sexo, situação do domicílio e grupos de idade - Amostra - Características Gerais da População». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2010. Consultado em 7 de julho de 2015 


  125. Pena, Sérgio D. J. et ali (2000). Retrato Molecular do Brasil. Revista Ciência Hoje, nº 156, abril de 2000[1]. Salvo em 21 de dezembro de 2006.


  126. «Tabela 1497 - População residente, por nacionalidade - Resultados Gerais da Amostra». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2010. Consultado em 7 de julho de 2015 


  127. «Tabela 1505 - População residente, por naturalidade em relação ao município e à unidade da federação - Resultados Gerais da Amostra». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2010. Consultado em 7 de julho de 2015 


  128. «Tabela 631 - População residente, por sexo e lugar de nascimento». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2010. Consultado em 7 de julho de 2015 


  129. «Lei Complementar nº 14, de 8 de junho de 1973 - Presidência da República». Diário Oficial da União. Consultado em 13 de julho de 2014 


  130. «Ranking das maiores regiões metropolitanas do Brasil - 2010». G1. Consultado em 4 de março de 2014 


  131. «Governador sanciona lei, e Goiana passa a integrar a Região Metropolitana do Recife». Folha PE. Consultado em 21 de janeiro de 2018 


  132. abcde «Tabela 2094 - População residente por cor ou raça e religião». IBGE. Consultado em 14 de março de 2015 


  133. «História». Arquidiocese de Olinda e Recife. Consultado em 7 de julho de 2015 


  134. «Colégio Damas» 


  135. «Colégio Marista São Luís» 


  136. «A Padroeira do Recife». CNBB. Consultado em 14 de março de 2015 


  137. Fundação Joaquim Nabuco. «Sítio de Pai Adão / Terreiro de Ilê Obá Ogunté». Consultado em 2 de março de 2015 


  138. Genealogia Freire. «Judeus em Pernambuco». Consultado em 20 de abril de 2012 


  139. «Derby (bairro, Recife)». Fundação Joaquim Nabuco. Consultado em 8 de maio de 2015 


  140. «Mapa da Violência: Pernambuco é o único estado do Nordeste a apresentar redução». Diário de Pernambuco. Consultado em 19 de julho de 2013 


  141. «As 300 cidades mais perigosas do Brasil». Exame (Brasil). Consultado em 19 de julho de 2013 


  142. «Violência urbana: Homicídios no Brasil superam números de países em guerra». Vestibular UOL. Consultado em 19 de julho de 2013 


  143. «Por tercer año consecutivo, San Pedro Sula es la ciudad más violenta del mundo» (em espanhol). Seguridad, Justicia y Paz. Consultado em 30 de março de 2014 


  144. «Por cuarto año consecutivo, San Pedro Sula es la ciudad más violenta del mundo». Seguridad, Justicia y Paz. Consultado em 19 de julho de 2013 


  145. ab Roberta Jungmann. «Bicentenário». Folha de Pernambuco. Consultado em 1 de fevereiro de 2015 


  146. abcd «LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DO RECIFE». Câmara Municipal do Recife. Consultado em 13 de junho de 2014 


  147. «Galeria dos ex-prefeitos». Prefeitura do Recife. Consultado em 13 de junho de 2014 


  148. «Geraldo Júlio é reeleito prefeito do Recife». 30 de outubro de 2016. Consultado em 5 de junho de 2017 


  149. «Recife terá 39 vereadores a partir de 2013». Câmara Municipal do Recife. 2012. Consultado em 13 de junho de 2014 


  150. «Comarca de Recife». Tribunal de Justiça de Pernambuco. Consultado em 13 de junho de 2014 


  151. «Constituição do Estado de Pernambuco» (PDF). Governo do Estado de Pernambuco. Consultado em 19 de março de 2017 


  152. «3º Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo». DECEA.gov.br. Consultado em 6 de abril de 2015 


  153. «Aeronáutica mantém buscas durante a noite por avião desaparecido». Folha de S.Paulo. Consultado em 6 de abril de 2015 


  154. Férias Brasil. «Turismo no Recife». Consultado em 20 de abril de 2012 


  155. abcdefg «Geminação de cidades Brasileiras». Consultado em 15 de março de 2013. Cópia arquivada em 20 de julho de 2012 


  156. abcd Prefeitura do Recife. «Secretaria de Gestão Estratégica e Comunicação Social-Coordenadoria de Relações Internacionais». Consultado em 29 de novembro de 2010. Cópia arquivada em 5 de agosto de 2012 


  157. «Os irmanamentos dos concellos en Galicia» (em espanhol). Consultado em 2 de fevereiro de 2017. Cópia arquivada em 1 de agosto de 2012 


  158. ab «Perfil dos bairros». Prefeitura do Recife. Consultado em 13 de junho de 2014 


  159. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2010). «População de Recife - PE». Brasil Sabido. Consultado em 13 de junho de 2014 


  160. «Melhor porto, Suape teve investimento de R$ 7 bilhões». Estadão.com.br. Consultado em 8 de março de 2015 


  161. «Suape poderá triplicar PIB de Pernambuco». iG. Consultado em 8 de março de 2015 


  162. «Polo Automotivo Jeep». FCA. Consultado em 21 de janeiro de 2018 


  163. «Mapa de Mercociudades». Mercociudades.org. Consultado em 8 de março de 2015 


  164. «Grifes internacionais se estabelecem também fora do eixo São Paulo-Rio — e estão se dando muito bem». VEJA.com. Consultado em 7 de março de 2015 


  165. Emporis (ed.). «Recife». Consultado em 24 de maio de 2015 


  166. O Globo, ed. (23 de outubro de 2008). «Brasil tem 5 cidades entre as emergentes mais desenvolvidas». Consultado em 24 de maio de 2015 


  167. «ne10.uol.com.br». ne10.uol.com.br. Consultado em 19 setembro de 2011 


  168. «Confira o abre e fecha desta quarta-feira de cinzas». Diario de Pernambuco. Consultado em 8 de março de 2015 


  169. Alto luxo - Maior shopping da região Nordeste será inaugurado na próxima semana no Recife


  170. «Made in Italy». LeiaJá. Consultado em 16 de setembro de 2013 


  171. «O mapa do luxo». Folha de S.Paulo. Consultado em 5 de novembro de 2013 


  172. «Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre». Infraero.gov.br. Consultado em 8 de maio de 2015 


  173. «Roteiro pelo centro histórico do Recife mostra riqueza cultural de Pernambuco». UOL. Consultado em 8 de maio de 2015 


  174. «Uma semana no Recife e arredores». Diario de Pernambuco. Consultado em 8 de maio de 2015 


  175. «O Galo da Madrugada». Fundação Joaquim Nabuco. Consultado em 8 de maio de 2015 


  176. «Recife, a capital brasileira de naufrágios». Diario de Pernambuco. Consultado em 8 de maio de 2015 


  177. «Ep 09 - Taurus e Mercurius». Globo.com. Consultado em 8 de maio de 2015 


  178. «Recife é considerada a 'Capital das Assombrações'». Globo.com. Consultado em 8 de maio de 2015 


  179. «Cruz do Patrão - Fundaj». Fundação Joaquim Nabuco. Consultado em 8 de maio de 2015 


  180. «Inscrição para passeios turísticos gratuitos no Recife começa sexta-feira». G1. Consultado em 8 de maio de 2015 


  181. «Recife Mal Assombrado volta a ser tema de passeio gratuito». Diario de Pernambuco. Consultado em 8 de maio de 2015 


  182. «Olinda comemora 184 anos de curso de Direito no Brasil». Prefeitura de Olinda. Consultado em 8 de março de 2015 


  183. ab «As 18 melhores universidades brasileiras em 2014». EXAME.com. Consultado em 8 de março de 2015 


  184. ab «Pela 3ª vez, USP lidera ranking das melhores universidades da América Latina». Consultado em 28 de maio de 2013 


  185. ab «QS Latin University Rankings 2013». Consultado em 28 de maio de 2013 


  186. «OAB lista faculdades de direito com maior aprovação no exame de ordem». G1. Consultado em 8 de março de 2015 


  187. Universidade Federal Rural de Pernambuco (ed.). «Memória». Consultado em 24 de maio de 2015 


  188. Universidade Católica de Pernambuco (ed.). «Nossa História». Consultado em 24 de maio de 2015 


  189. «Excelência e qualidade: CAp da UFPE é a melhor escola pública do país». Consultado em 3 de julho de 2013 


  190. Prefeitura do Recife. «Rede Municipal de Ensino». Consultado em 16 de março de 2012 


  191. Pernambuco.com. «MEC faz mapa do analfabetismo». Consultado em 14 de abril de 2012 


  192. O Globo (20 de junho de 2007). «Governo vai premiar 64 cidades que erradicaram o analfabetismo». Brasil. Consultado em 21 de abril de 2012 


  193. Observatório do Recife. [2]. Acesso data: 03 de dezembro de 2011.


  194. «Bibliothèques de Montréal». Consultado em 25 de junho de 2015 


  195. ab «Polo médico». Jornal do Commercio. Consultado em 8 de março de 2015 


  196. «Polo médico é referência no país». Diario de Pernambuco. Consultado em 3 de junho de 2018 


  197. «Catálogo - ID: 44158». IBGE. Consultado em 8 de junho de 2018 


  198. «Correia Picanço». Fundaj. Consultado em 31 de maio de 2015 


  199. «Unidades Básicas de Saúde (UBS)». Prefeitura do Recife. Consultado em 3 de junho de 2018 


  200. «Mudanças à vista no trânsito da Ilha do Leite». Diario de Pernambuco. Consultado em 8 de março de 2015 


  201. «UPAs». SES-PE. Consultado em 3 de abril de 2016 


  202. «Inaugurado o primeiro pronto-socorro cardiológico de Pernambuco». Cremepe. Consultado em 4 de junho de 2018 


  203. «Hospitais». SES-PE. Consultado em 14 de julho de 2015 


  204. «Hospital Psiquiátrico Ulysses Pernambucano». SES-PE. Consultado em 16 de julho de 2017 


  205. Diario de Pernambuco, ed. (2003). «Construção de hospitais, clínicas, e laboratórios consumiu R$ 200 mi». Consultado em 24 de maio de 2015 


  206. «Hospital Português tem reconhecimento internacional pelo cuidado com a segurança do paciente». G1. Consultado em 16 de julho de 2017 


  207. «Demografia Médica no Brasil 2» (PDF). Conselho Federal de Medicina. Consultado em 9 de março de 2013 


  208. Prefeitura do Recife, ed. (2 de setembro de 2008). «Recife reduz mortalidade infantil e atinge meta da ONU». Consultado em 24 de maio de 2015 


  209. «Hospital Português tem reconhecimento internacional pelo cuidado com a segurança do paciente». G1. Consultado em 6 de junho de 2018 


  210. «Números». IMIP. Consultado em 6 de junho de 2018 


  211. «Governo anuncia plano de ações para a saúde». SES-PE. Consultado em 6 de junho de 2018 


  212. Superinteressante, ed. (dezembro de 2011). «Qual é o maior metrô do Brasil?». Consultado em 24 de maio de 2015 


  213. ab «Aeroporto do Recife entre os 5 melhores». Diario de Pernambuco. Consultado em 1 de março de 2015 


  214. Allen Morrison. «Tramway Pioneers in Latin America» (em inglês). Tramway pioneers. Consultado em 14 de julho de 2015 


  215. ab «Zepelim». Fundaj. Consultado em 14 de julho de 2015 


  216. «Empresas de ônibus pedem à Justiça que 70% da frota circule durante greve». G1. Consultado em 24 de maio de 2015 


  217. «Falhas no metrô do Recife deixaram população sem transporte 30 vezes este ano». Jornal do Commercio. Consultado em 8 de junho de 2016 


  218. «BRT Via Livre». Granderecife.pe.gov.br. Consultado em 8 de junho de 2016 


  219. G1. «Estacionamento é problema crítico em bairros comerciais do Recife». Consultado em 2 de março de 2015 


  220. DETRAN-PE. «Frota na Região Metropolitana do Recife» (PDF). Consultado em 14 de julho de 2015 


  221. Diário de Pernambuco (ed.). «Em operação inédita, Porto do Recife recebe três transatlânticos simultaneamente». Consultado em 24 de maio de 2015 


  222. «Aeroporto de Recife está pronto para receber a Copa». Portal da Copa. Consultado em 8 de junho de 2014 


  223. «Dados Estatísticos». ANAC. 2017. Consultado em 27 de dezembro de 2018 


  224. «Aeroporto do Recife ganha título de melhor do Brasil em 2014». EXAME.com. Consultado em 14 de julho de 2015 


  225. La Insignia (agosto de 2005). «O mais antigo dos jornais». Cultura. Consultado em 2 de julho de 2012 


  226. Meio e Mensagem-Anuário de Mídia. «Jornal do Commercio». Consultado em 2 de julho de 2012 


  227. Rolling Stone Brasil. «O Verdadeiro Preço do Etanol». Consultado em 11 de novembro de 2013 


  228. Aqui PE. «Página oficial». Consultado em 2 de julho de 2012 


  229. Musik City (ed.). «Rádios de Recife». Consultado em 24 de maio de 2015 


  230. PE 360 Graus. «Abandono do Parque Santana preocupa moradores de Casa Forte». Consultado em 6 de abril de 2012 


  231. PE 360 Graus. «Terreno que deveria abrigar o Parque do Caiara abandonado». Consultado em 6 de abril de 2012 


  232. «Prefeitura inicia fiscalização de combate à poluição visual». Prefeitura do Recife. Consultado em 6 de abril de 2012 


  233. Prefeitura do Recife. «Dircon intensifica controle á poluição sonora no Recife». Serviços Públicos. Consultado em 2 de fevereiro de 2017 


  234. PE 360 Graus. «Poluição sonora motiva fechamento de estabelecimentos no Recife». Consultado em 11 de abril de 2012 


  235. Fundaj. «Parque da Jaqueira» 


  236. Fundaj. «Sítio da Trindade» 


  237. JC Online (24 de junho de 2001). «Verticalização excessiva descaracteriza o Recife». Cidades. Consultado em 14 de abril de 2012 


  238. «A verticalização do Recife: uma análise do bairro do Prado». UFPE. Consultado em 2 de março de 2015 


  239. PE 360 Graus. «Abandono de prédios históricos está piorando a paidagem do Centro do Recife». Consultado em 22 de abril de 2012 


  240. JC Online. «Pau Ferro, o último reduto rural do Recife». Consultado em 14 de abril de 2012 


  241. Prefeitura do Recife. «O Recife sem palafitas» 


  242. «Observatório da educação em engenharia» (PDF). UFJF. Consultado em 6 de junho de 2015 


  243. «Por uma universidade no Rio de Janeiro — Apresentação — Luís Freire». Website de Simon Schwartzman. Consultado em 6 de junho de 2015 


  244. ab «Maior parque tecnológico do país, Recife vira a 'Índia brasileira'». Folha de S.Paulo. Consultado em 21 de junho de 2015 


  245. ab «A cidade do Recife é a capital do conhecimento tecnológico do Brasil». Globo.com. Consultado em 21 de junho de 2015 


  246. «Méritos e reconhecimento». Porto Digital. Consultado em 21 de junho de 2015 


  247. «Marcada para julho, Campus Party Recife foca em cidades inteligentes». G1. Consultado em 6 de junho de 2015 


  248. «Centro de Informática (CIn) da UFPE: 37 anos de inovação tecnológica». Globo Universidade. Consultado em 6 de junho de 2015 


  249. «Mais quatro alunos do Centro de Informática da UFPE são selecionados para Microsoft». UFPE. Consultado em 17 de abril de 2015 


  250. «Unesp e UFPE são escolhidas para fazer pesquisas da Microsoft». UOL. Consultado em 17 de abril de 2015 


  251. ab «Arquiteto espanhol expõe desenhos de monumentos barrocos no Recife». G1. Consultado em 19 de abril de 2015 


  252. «A feijoada não é invenção brasileira». Superinteressante. Consultado em 25 de junho de 2017 


  253. «O Carapuceiro (jornal)». Fundaj. Consultado em 27 de junho de 2017 


  254. «Joaquim Nabuco e os abolicionistas britânicos — Correspondência, 1880-1905» (PDF). SciELO. Consultado em 8 de junho de 2015 


  255. «PGM 102 - Madrigal Melancólica». TV Cultura. Consultado em 8 de junho de 2015 


  256. «Gilberto Freyre digital». ISTOÉ Independente. Consultado em 18 de abril de 2015 


  257. «Paulo Freire, o mentor da educação para a consciência». Nova Escola. Consultado em 18 de abril de 2015 


  258. «Entrevista Mario Sergio Cortella». Educar para Crescer. Consultado em 18 de abril de 2015 


  259. «Lei declara Paulo Freire patrono da educação brasileira». G1. Consultado em 18 de abril de 2015 


  260. «Mia Couto distinguido com prémio internacional de literatura Neustadt». Público.pt. Consultado em 18 de abril de 2015 


  261. "Reportagem sobre João Cabral de Melo Neto." O Estado de S. Paulo, São Paulo, 10 de outubro de 1999.


  262. «Há 36 anos, a literatura brasileira perdia Clarice Lispector». EBC. Consultado em 18 de abril de 2015 


  263. «Nelson Rodrigues, o maior dramaturgo brasileiro». TV Brasil. Consultado em 8 de junho de 2015 


  264. «O Recife do século XVIII como cidade barroca». CECI/UFPE. Consultado em 19 de abril de 2015 


  265. «Aos 130 anos, restaurante mais velho do País adere ao micro-ondas». Estadão. Consultado em 23 de janeiro de 2017 


  266. Terra (2011). «Terceiro pólo gastronômico do País, Recife agrada a todos». Terra. Consultado em 23 de janeiro de 2017 


  267. «Duelo de polos gastronômicos no Recife». Diario de Pernambuco. Consultado em 23 de janeiro de 2017 


  268. «Chegou o novo Guia Brasil 2013 do Guia Quatro Rodas». Abril.com. Consultado em 29 de maio de 2015 


  269. ab «O maracatu». Nova Escola. Consultado em 22 de fevereiro de 2017 


  270. ab «Frevo é declarado Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco». O Globo. Consultado em 14 de julho de 2015 


  271. ab «Pernambuco conquista Grand Slam do cinema brasileiro». Consultado em 21 de agosto de 2013 


  272. «Maracatu Nação Elefante». Dicionário Cravo Albin. Consultado em 27 de fevereiro de 2017 


  273. «Roda de Capoeira». IPHAN. Consultado em 19 de abril de 2015 


  274. ab Reinado Caruso. «Recife - O 'mangue beat'». Folha de S.Paulo 


  275. «Dez filmes marcantes do cinema pernambucano». SaraivaConteúdo. Consultado em 17 de julho de 2015 


  276. abc «Museus - Recife, Olinda e interior de Pernambuco». Pernambuco.com. Consultado em 31 de maio de 2015 


  277. Prefeitura de Recife (ed.). «Museu da Cidade». Consultado em 1 de março de 2015 


  278. «Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano». Fundaj. Consultado em 25 de janeiro de 2017 


  279. «Brasil tem 12 dos 25 melhores museus da América do Sul, diz pesquisa». UOL. Consultado em 31 de maio de 2016 


  280. «Com 120 mil visitas em um ano, Paço do Frevo tem semana dedicada à folia». G1. Consultado em 31 de maio de 2016 


  281. «Teatro de Santa Isabel: 165 anos de história». Teatrosantaisabel.com.br. Consultado em 12 de janeiro de 2017 


  282. Governo de Pernambuco (ed.). «Museu do Estado de Pernambuco». Consultado em 1 de março de 2015 


  283. «Museu do Homem do Nordeste». Fundaj. Consultado em 31 de maio de 2015 


  284. Eva Joory. Casa Vogue, ed. «Casa-grande e Museu Gilberto Freyre». Consultado em 1 de março de 2015 


  285. «Museu da Abolição». MuseudaAbolição.Museus.gov.br. Consultado em 31 de maio de 2015 


  286. «Hoje é dia de...mercado popular». Rede Globo. Consultado em 23 de dezembro de 2016 


  287. «Oficina Cerâmica Francisco Brennand». TV Brasil. Consultado em 31 de maio de 2016 


  288. «Instituto Ricardo Brennand - Um passeio pelo melhor museu do Brasil». Wall Street International. Consultado em 20 de março de 2017 


  289. «Castelo São João». Instituto Ricardo Brennand. Consultado em 28 de julho de 2014 


  290. «Brasil tem dois museus entre os melhores do mundo segundo turistas». G1. Consultado em 21 de setembro de 2014 


  291. «Ranking Oficial das Federações da CBF 2014». Campeões do Futebol. Consultado em 28 de maio de 2015 


  292. «O Recife e a Copa do Mundo: 1950 - 2014». Consultado em 7 de agosto de 2015 


  293. «Copa 2014 - Cidades-sede: Recife=». Consultado em 7 de agosto de 2015 


  294. «Sport é campeão sul-americano de hóquei». Consultado em 6 de maio de 2013 


  295. «De virada como na primeira partida, Sport bate Americana e é campeão». Consultado em 6 de maio de 2013 


  296. «"Leoas" dão bote no fim, e Sport conquista o Sul-Americano feminino». Consultado em 13 de junho de 2014 


  297. «Federação Pernambucana de Futebol». FPF. Consultado em 18 de julho de 2016 


  298. América de Recife. «Página oficial do clube». Consultado em 4 de março de 2012 


  299. Clube Português do Recife (ed.). «Clube Português do Recife». Consultado em 24 de maio de 2015 


  300. NE10, ed. (27 de dezembro de 2011). «Vídeo: A 900 dias do Mundial, maquete da Cidade da Copa é divulgada». Consultado em 24 de maio de 2015 


  301. ab CBF (24 de outubro de 2014). «CNEF - Cadastro Nacional de Estádios de Futebol» (PDF). CBF Website. Consultado em 28 de maio de 2015 



Ligações externas




















Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:

Wikcionário

Definições no Wikcionário

Wikiquote

Citações no Wikiquote

Commons

Categoria no Commons

Wikivoyage

Guia turístico no Wikivoyage



  • Commons

  • Wikiquote

  • Wikcionário

  • Wikivoyage



Prefeitura


  • Sítio oficial


  • Prefeitura no Facebook


  • Prefeitura no Twitter


  • Prefeitura no Instagram


  • Prefeitura no YouTube


  • Prefeitura no Flickr


Câmara


  • Sítio oficial


  • Câmara no Facebook


  • Câmara no Twitter


  • Câmara no Instagram


  • Câmara no YouTube


  • Câmara no Flickr


Outros



  • Recife no TripAdvisor

  • Cidade e números












  • Portal do Brasil
  • Portal de Pernambuco








Popular posts from this blog

404 Error Contact Form 7 ajax form submitting

How to know if a Active Directory user can login interactively

TypeError: fit_transform() missing 1 required positional argument: 'X'