Natal (Rio Grande do Norte)
Nota: Para outros significados de Natal, veja Natal (desambiguação).
Município do Natal | |||||
"Cidade do Sol"[1] "Noiva do Sol"[2] "Capital Espacial do Brasil"[3] "Capital Mundial do Buggy"[4] "Terra do Camarão"[4] "Londres Nordestina [5]" | |||||
Do topo, da esquerda para a direita: Ponte Newton Navarro e Rio Potenji, com uma visão parcial do bairro Santos Reis ao fundo; Morro do Careca; Catedral Metropolitana de Natal; Fortaleza dos Reis Magos; Pórtico dos Reis Magos; Rua Chile e visão noturna da Praia de Ponta Negra e do bairro homônimo. | |||||
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Hino | |||||
Aniversário | 25 de dezembro | ||||
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Fundação | 25 de dezembro de 1599 (419 anos) | ||||
Gentílico | natalense | ||||
Padroeiro(a) | Nossa Senhora da Apresentação[6] | ||||
Prefeito(a) | Álvaro Dias (PMDB) (2018 – 2020) | ||||
Localização | |||||
Localização do Natal no Rio Grande do Norte Natal | |||||
Unidade federativa | Rio Grande do Norte | ||||
Região intermediária | Natal IBGE/2017[7] | ||||
Região imediata | Natal IBGE/2017[7] | ||||
Região metropolitana | Natal | ||||
Municípios limítrofes | Norte: Extremoz; Sul: Parnamirim; Leste: Oceano Atlântico; Oeste: Macaíba e São Gonçalo do Amarante. | ||||
Distância até a capital | 2 227 km[8] | ||||
Características geográficas | |||||
Área | 167,264 km² (RN: 104º)[9] | ||||
População | 877 640 hab. (RN: 1°; BR: 19º) – estatísticas IBGE/2018[10] | ||||
Densidade | 5 247,03 hab./km² | ||||
Altitude | 30 m[11] | ||||
Clima | Tropical úmido As | ||||
Fuso horário | UTC−3 | ||||
Indicadores | |||||
IDH-M | 0,763 (RN: 2°) – elevado PNUD/2010[12] | ||||
PIB | R$ 20 904 275,54 mil IBGE/2015[13] | ||||
PIB per capita | R$ 24 029,17 IBGE/2015[13] | ||||
Página oficial | |||||
Prefeitura | www.natal.rn.gov.br | ||||
Câmara | www.cmnat.rn.gov.br |
Natal é um município brasileiro, capital do estado do Rio Grande do Norte, na Região Nordeste do país. Com uma área de aproximadamente 167 km², é a segunda capital brasileira com a menor área territorial e a sexta maior capital do país em densidade populacional, distando 2 227 quilômetros de Brasília, a capital federal.
Fundada em 1599, às margens do Rio Potenji, conta com importantes monumentos, parques e museus e pontos turísticos, como o Teatro Alberto Maranhão e a Coluna Capitolina Del Pretti, no Centro Histórico, além de outras atrações, entre elas a Ponte Newton Navarro, o Museu Câmara Cascudo, o Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte, o Museu de Cultura Popular, o Parque das Dunas, a Catedral Metropolitana e praias como Ponta Negra e dos Artistas, e eventos de grande repercussão, tais como a Feira Internacional de Artesanato (FIART), o Carnatal, as festas juninas e as comemorações natalinas.
Historicamente, a cidade teve grande importância durante a Segunda Guerra Mundial em 1942 durante a Operação Tocha, já que os aviões da base aliada americana se abasteciam com combustível no lugar onde durante muito tempo foi o Aeroporto Internacional Augusto Severo, sendo classificada como "um dos quatro pontos mais estratégicos do mundo". Devido às operações da primeira base de foguetes da América do Sul, no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, hoje localizada no município limítrofe de Parnamirim, Natal também passou a ser conhecida como a "Capital Espacial do Brasil". A capital potiguar foi também uma das doze sedes da Copa do Mundo de 2014.
De acordo com a estimativa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2018, a população do município é de 877 640 habitantes, sendo o décimo nono município mais populoso do país e sua região metropolitana, formada por outros treze municípios do Rio Grande do Norte, possui uma população de pouco mais de 1,5 milhão de habitantes, formando a quinta maior aglomeração urbana do Nordeste e a décima nona do Brasil.[10]
Índice
1 Etimologia
2 História
2.1 Primeiros povos e colonização europeia
2.2 Séculos XIX e XX
3 Geografia
3.1 Clima
3.2 Meio ambiente
4 Demografia
4.1 Religião
4.2 Pobreza e desigualdade
5 Política
5.1 Cidades irmãs e consulados
6 Subdivisões
7 Economia
8 Infraestrutura
8.1 Saúde
8.2 Educação
8.3 Ciência e tecnologia
8.4 Segurança pública e criminalidade
8.5 Habitação, serviços e comunicação
8.6 Transporte
9 Cultura
9.1 Artesanato
9.2 Teatros, museus e espaços culturais
9.3 Atrações turísticas e eventos
9.4 Vida noturna, culinária e música
9.5 Esporte
9.6 Feriados municipais
10 Ver também
11 Referências citadas
12 Ligações externas
Etimologia |
Fundada em um dia de Natal, em 25 de dezembro de 1599, o nome do município tem origem no latim natale[14] (algo como "local de nascimento")[15] e, segundo escritores, tem ligação direta com a data de fundação da cidade. Há duas teses sobre a fundação da cidade: a primeira diz respeito ao sítio primitivo demarcado por Jerônimo de Albuquerque no dia 25 de dezembro de 1599, e a outra é que um capitão chamado Manuel Mascarenhas chegou ao local com a missão de construir um forte e uma cidade para assim fortalecer a posição de Portugal e afastar qualquer possibilidade de invasão.[16]
Algumas vezes, o nome do município dentro de frases é antecedido de artigo masculino, como acontece em "do Crato", "do Recife", "do Rio de Janeiro", entre outros. Em alguns sites e documentos oficiais, bem como no artigo 11 da constituição do Rio Grande do Norte, a cidade é referida com o artigo masculino: "A cidade do Natal é a Capital do Estado".[17]
História |
Primeiros povos e colonização europeia |
Até o ano 1000, aproximadamente, a região do atual município de Natal era habitada por povos indígenas tapuias. Nessa época, a região foi invadida por povos tupis procedentes da Amazônia, os quais expulsaram os tapuias para o interior do continente. No século XVI, a região era habitada por um desses povos tupis, os potiguaras.[19]
A história da Capitania do Rio Grande teve início a partir de 1535, com a chegada de uma frota comandada por Aires da Cunha, a serviço do donatário João de Barros e do Rei de Portugal. O objetivo era colonizar as terras da região, tarefa esta dificultada pela forte resistência dos indígenas potiguaras e dos piratas franceses que traficavam pau-brasil. Estava iniciada a trajetória histórica da área situada na esquina da América do Sul.[20]
Mais tarde, em 25 de dezembro de 1597, uma nova esquadra comandada por Manuel Mascarenhas Homem e Jerônimo de Albuquerque entrava na barra do Rio Potengi. A primeira providência adotada pelos expedicionários foi tomar precauções contra os ataques indígenas e dos corsários franceses. Doze dias depois da chegada, no dia 6 de janeiro de 1598, começaram a construção de um forte sobre os arrecifes situados nas redondezas da chamada Boca da Barra. A edificação foi chamada de Fortaleza da Barra do Rio Grande e foi concluída no dia 24 de junho do mesmo ano. Nas circunvizinhanças, logo se formou um povoado que, segundo alguns historiadores, foi chamado de "Cidade dos Reis". Tempos depois, o povoado mudou de nome, passando a se chamar "Cidade do Natal".[20]
Após a expulsão dos franceses e a construção de uma fortaleza, ainda restava fundar uma cidade. Devido à destruição de documentos por holandeses, a história de fundação da capital potiguar foi perdida. Há uma luta entre historiadores potiguares para reconstituir esse acontecimento, porém ela tem gerado controvérsias no que se refere aos tempos.[21] Por isso, não se sabe ao certo quem fundou Natal. Pesquisas comprovaram que Manuel Mascarenhas Homem não designou Jerônimo de Albuquerque para poder exercer a função de capitão-mor do Rio Grande e que ele não se encontrava presente na data da fundação da cidade, não podendo, portanto, ser considerado o fundador de Natal.[22] Porém, sabe-se que a data de fundação da cidade é 25 de dezembro de 1599. Outra hipótese ainda afirma que Natal foi fundada por João Rodrigues Colaço, e depois da fundação teria sido celebrada uma missa no local que corresponde à atual Praça André de Albuquerque.[18]
Com a presença neerlandesa da Companhia das Índias Ocidentais na região, a vida da cidade começou a evoluir. A fortaleza, que antes era de taipa, passou a ser de alvenaria e a se chamar Forte de Kenlen. Natal, então, virou Nova Amsterdã, durante o período da invasão holandesa, compreendida entre 1633 e 1654.[20]
Séculos XIX e XX |
Seu crescimento foi acentuadamente lento nos primeiros séculos de sua existência. Segundo o historiador Câmara Cascudo, Natal tinha apenas 6 393 habitantes no final de 1805, passando para mais de dezesseis mil pessoas no final do século XIX. Somente a partir de 1922 a cidade começou a se desenvolver em ritmo mais acelerado.[20] Além do crescimento, a cidade também começou a ter destaque na história da aviação: hidroaviões começaram a aterrissar sobre as águas do Rio Potenji. Mais tarde, foi a vez dos aviões, que pousavam em um campo de terra firme. A primeira esquadrilha a chegar em Natal e aterrissar sobre o rio Potenji foi a do exército dos Estados Unidos, comandada pelo major Herbert Dangue, em 1927.[23]
No dia de Ano-Novo, em 1931, o navio italiano "Lazeroto Malocello", comandado pelo capitão de fragata Carlo Alberto Coraggio, chegou a Natal, trazendo a Coluna Capitolina, doada pelo chefe do governo da Itália, o fascista Benito Mussolini, com o objetivo de comemorar o "raid" Roma-Natal, realizado pelos aviadores Del Prete e Ferrarin. Essa peça foi encontrada nas ruínas da Roma Antiga. Cinco dias mais tarde, no dia dos Reis Magos (6 de janeiro), a capital norte-riograndense foi visitada pela esquadrilha da Força Aérea italiana.[24]
Em 1935, a cidade foi alvo de rebelião e violência com a Intentona Comunista, liderada principalmente por comunistas. Essa rebelião foi gerada principalmente por setores da população descontentes com a atuação de Mário Câmara, governador do Rio Grande do Norte na época. Ela teve início no período noturno de 23 de novembro de 1935, quando, no atual Teatro Alberto Maranhão (antigo Teatro Carlos Gomes), ocorria a colação de grau do Colégio Marista. Dois dias depois, a cidade foi dominada por rebeldes, responsáveis pela organização de um Comitê Popular Revolucionário instalado na Vila Cinanto, a residência oficial do governador do estado na época. Durante esse movimento revolucionário, a população natalense passou por grandes dificuldades. Várias pessoas foram assassinadas e algumas das agências bancárias, armazéns e lojas saqueadas pelos rebeldes. Enquanto isso, nas cidades de Recife (capital de Pernambuco) e Rio de Janeiro (capital federal da época), o movimento saiu sem obter sucesso, provocando o abandono de Natal pelos rebeldes, que deslocaram rumo à região do Seridó.[25]
Com o advento da Segunda Guerra Mundial, a cidade continuou seu ritmo de crescimento e evoluiu com a presença de contingentes militares brasileiros e aliados (particularmente norte-americanos), consumando-se o seu progresso com a construção das bases aérea e naval, local de onde as tropas partiam para o patrulhamento e para a batalha na defesa do Atlântico Sul, e na realização das campanhas militares no norte da África.[26] Em 1942, durante a Operação Tocha, vários aviões de países aliados se abasteceram em Natal, no lugar em que foi o Aeroporto Internacional Augusto Severo. Ao mesmo tempo o Departamento de Guerra dos Estados Unidos classificou a cidade como "um dos quatro pontos mais estratégicos do mundo", juntamente com o Canal de Suez (Egito), o Estreito de Bósforo (Turquia) e o Estreito de Gibraltar (entre a África e a Europa).[27]
Em 28 de janeiro de 1943, foi a vez de Natal ser a sede de uma conferência, que contou com a participação de Getúlio Vargas (presidente do Brasil) e Franklin Delano Roosevelt (presidente dos Estados Unidos). Nessa mesma data, houve um acordo sobre a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial e, posteriormente, iniciou-se a construção de uma base aérea estadunidense, que mais tarde viria a receber o nome de "Trampolim da Vitória", atualmente localizada em Parnamirim. A partir daí, norte-americanos começaram a ocupar o território, culminando com a mudança de hábitos do município, fazendo, também, com que a população natalense crescesse e se multiplicasse, e a cidade perdesse todos os seus hábitos de "cidade provinciana". Uma maior relação entre natalenses e militares estadunidenses foi estabelecida, com a realização de inúmeros bailes, tendo como consequência uma espécie de "entrada" de vários ritmos vindos do exterior.[24][24][28][29]
Ao longo do século XX, Natal continuou seu ritmo de crescimento, chegando a uma população de mais de setecentos mil habitantes na década de 1990. Nos dias atuais, é uma cidade moderna, que apresenta alguns dos melhores índices socioeconômicos do Nordeste brasileiro, uma das menores desigualdades sociais do país e uma economia moderna e dinâmica. Atravessado pelo Rio Potenji, que separa a zona norte das demais zonas da cidade, Natal realçou sua beleza e se tornou cada vez mais moderna e diferente das demais capitais da região Nordeste, com as suas avenidas e ruas largas, especialmente nos bairros de Tirol e Petrópolis.[26]
Geografia |
Atlântico
do Amarante
De acordo com a divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística vigente desde 2017,[30] a capital potiguar pertence às regiões geográficas intermediária e imediata de Natal.[7] Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, o município fazia parte da microrregião de Natal, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Leste Potiguar.[31] Com uma área territorial de 167,264 km²,[9] Natal é a segunda menor capital brasileira em tamanho territorial, sendo maior apenas que Vitória, capital do Espírito Santo. Limita-se com os municípios de Extremoz ao norte, Parnamirim ao sul e Macaíba e São Gonçalo do Amarante a oeste, além do Oceano Atlântico a leste.[32]
O relevo do município, com altitudes inferiores a cem metros, é constituído pela planície costeira, que abrange uma série de terrenos planos de transição entre o mar e os tabuleiros costeiros, alterados pela presença de dunas. Natal situa-se em uma área de abrangência terrenos formados por sedimentos do Grupo Barreiras, oriundos da Idade Terciária, com a predominância variada de arenitos. Geomorfologicamente predominam os tabuleiros, formado por uma cobertura espessa de dois metros de areia, nas cores castanha ou vermelha, e borda coberta pelas dunas, que se estende por vinte quilômetros de comprimento, chegando em alguns pontos a atingir noventa metros de altura. Apenas no Parque das Dunas, elas são mais fixas e cobertas por vegetação nativa.[11][32]
O tipo de solo predominante é a areia quartzosa distrófica, com textura formada por areia, baixo nível de fertilidade e excessiva drenagem.[11][32] Há ainda os solos indiscriminados de mangue, nas margens do rio Potenji, e uma pequena porção do latossolo vermelho amarelo, no extremo sudoeste do município.[33]
O município possui seu território localizado dentro de um conjunto de quatro bacias hidrográficas, sendo a do Rio Potenji a maior delas, cobrindo 31,19% da área de Natal, seguido pela faixa litorânea oriental de escoamento difuso (30,9%) e pelas bacias dos rios Doce (23,43%) e Pirangi (15,3%).[11] Dois importantes rios de Natal são o Potenji, que nasce no agreste do Rio Grande do Norte e percorre 176 quilômetros, desembocando no Oceano Atlântico,[34] e o Jundiaí, afluente do Rio Potenji.[35] Também se destaca o rio Pitimbu, que nasce no município de Macaíba, corta o bairro natalense de Pitimbu, na Zona Sul, e deságua na Lagoa do Jiqui, no município de Parnamirim.[36] Outros rios que cortam a cidade são o Guariju e o Jaguaribe.[11]
Clima |
Natal possui clima tropical chuvoso com verão seco,[11] com amplitudes térmicas relativamente baixas e umidade do ar relativamente alta, devido à sua localização no litoral, fazendo o efeito da maritimidade bastante perceptível.[37] A capital potiguar ostenta o título de Cidade do Sol em função de sua elevada luminosidade solar,[38] a maior dentre as capitais brasileiras, que ultrapassa 2 900 horas anuais.[39] As precipitações acontecem sob a forma de chuva, que podem vir acompanhadas de raios e trovoadas, embora pouco comuns, e ainda serem de forte intensidade.[40] O índice pluviométrico anual é superior a 1 700 milímetros (mm),[39] concentrados entre os meses de março e julho.[41] De acordo com o Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o município apresenta uma densidade de descargas de 0,05 raios por km²/ano, estando na 163ª posição a nível estadual e na 5 544ª a nível nacional, sendo, portanto, um dos menores do país.[42]
Maiores acumulados de precipitação em 24 horas registrados em Natal (INMET) por meses[43] | |||||
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Mês | Acumulado | Data | Mês | Acumulado | Data |
Janeiro | 115,6 mm | 24/01/2011 | Julho | 253,2 mm | 30/07/1998 |
Fevereiro | 116,2 mm | 28/02/1963 | Agosto | 171,9 mm | 08/08/2008 |
Março | 111,4 mm | 14/03/2014 | Setembro | 125,6 mm | 04/09/2013 |
Abril | 128,9 mm | 30/04/2006 | Outubro | 47,3 mm | 25/10/1996 |
Maio | 168,4 mm | 05/05/1988 | Novembro | 51,9 mm | 30/11/2002 |
Junho | 222 mm | 15/06/2014 | Dezembro | 55,8 mm | 18/12/1963 |
Período: 01/01/1961 a 31/12/1970, 01/08/1983 a 31/12/1984 e a partir de 01/01/1986 |
Em algumas ocasiões pode ser registrada a formação de nevoeiro.[44] Chegadas de frentes frias, ainda mais raras, também podem acontecer.[45][46]Ventos mais fortes acontecem especialmente entre os meses de agosto e outubro, sendo que uma das rajadas mais fortes foi registrada em 18 de setembro de 2010, quando a velocidade do vento chegou a 70 km/h.[47]
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1961 a 1970, 1983 (a partir de 1° de agosto) a 1984 e desde 1986, a menor temperatura registrada em Natal foi de 15,4 °C em agosto de 1999, nos dias 5 e 6,[48] e a maior atingiu 33,8 °C em 9 de março de 1970.[49] O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 253,2 mm em 30 de julho de 1998. Outros grandes acumulados iguais ou superiores a 150 mm foram 222 mm em 15 de junho de 2014, 216,8 mm em 2 de julho de 2008, 210,4 mm em 9 de junho de 2008, 184,4 mm em 27 de junho de 2000, 171,9 mm em 8 de agosto de 2008, 168,4 mm em 5 de maio de 1988, 167,7 mm em 18 de junho de 1986, 163,5 mm em 16 de maio de 2005, 153,1 mm em 17 de junho de 2001 e 152,4 mm em 15 de julho de 2004.[43] Julho de 1998, com 791,8 mm, foi o mês de maior precipitação,[50] e o menor índice de umidade relativa do ar foi registrado na tarde do dia 9 de março de 1970, de 32%.[51]
Dados climatológicos para Natal | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima recorde (°C) | 33,4 | 33,2 | 33,8 | 33 | 32,4 | 32,2 | 30,8 | 31,2 | 30,8 | 32 | 32,1 | 32,4 | 33,8 |
Temperatura máxima média (°C) | 30,4 | 30,6 | 30,6 | 30,2 | 29,7 | 28,7 | 28,3 | 28,4 | 29 | 29,8 | 30 | 30,3 | 29,7 |
Temperatura média compensada (°C) | 27,3 | 27,5 | 27,4 | 27 | 26,5 | 25,2 | 24,7 | 24,9 | 25,7 | 26,5 | 26,9 | 27,3 | 26,4 |
Temperatura mínima média (°C) | 24,3 | 24,3 | 24 | 23,3 | 22,7 | 21,5 | 20,7 | 21 | 22 | 23,3 | 24 | 24,4 | 23 |
Temperatura mínima recorde (°C) | 18,4 | 19 | 18,2 | 18 | 18 | 17 | 16,4 | 15,4 | 16,6 | 17,4 | 17,9 | 18,4 | 15,4 |
Precipitação (mm) | 61,1 | 94,4 | 203,3 | 272,2 | 236,2 | 353,6 | 242,2 | 134,7 | 47,7 | 22,1 | 28,4 | 25,5 | 1 721,4 |
Dias com precipitação (≥ 1 mm) | 7 | 8 | 14 | 17 | 15 | 19 | 16 | 14 | 8 | 4 | 4 | 5 | 131 |
Umidade relativa compensada (%) | 78,2 | 78,5 | 80,1 | 82,8 | 82,7 | 84,5 | 82,8 | 80,5 | 78,6 | 76,9 | 77,8 | 78,4 | 80,2 |
Horas de sol | 259 | 226,4 | 234,4 | 208,7 | 224,8 | 198,6 | 215,4 | 245 | 264,4 | 291,9 | 279,2 | 284,3 | 2 932,1 |
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) (normal climatológica de 1981-2010;[39] recordes de temperatura: 01/01/1961 a 31/12/1970, 01/08/1983 a 31/12/1984 e 01/01/1986-presente)[48][49] |
Meio ambiente |
A cobertura vegetal do município é formada pela Mata Atlântica, mais especificamente a floresta subperenifólia, que está situada nas áreas em que solo é coberto por húmus, abrigando espécies com muitas folhas largas e troncos delgados.[11] Natal abriga uma das poucas remanescentes de Mata Atlântica preservadas no Rio Grande do Norte, o Parque Estadual das Dunas, a primeira unidade de conservação do estado com 1 172 hectares de área, instituída pelo decreto estadual nº 7 297, de 22 de novembro de 1977, e o segundo maior parque urbano do Brasil, reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Ambiental da Humanidade desde 1993.[52][53][54] Há ainda os manguezais, típicos de solos inundados pelas marés, e os tabuleiros litorâneos, nas áreas modificadas pela ação humana.[11]
Na fauna de Natal, destacam-se a presença de espécies como o anu-preto (Crotophaga ani), aranha-de-teia-em-funil (Atrax robustus), (Dinoponera quadriceps), a aratinga (Aratinga cactorum), o bico-chato-amarelo (Tolmomyias flaviventris), o cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), a caranguejeira-de-bromélia (Pachistopelma rufonigrum), o chorozinho-de-papo-preto (Herpsilochmus pectoralis), a cobra-coral verdadeira (Micrurus ibiboboca), a cobra-de-duas-cabeças (Amphisbaena heathi), a cobra-de-duas-cabeças grande (Amphisbaena alba), a cobra verde (Leptophis ahaetulla), a coruja-buraqueira (Athene cunicularia), quatro espécies de cupim (cujos nomes científicos são: Amitermes amifer, Heterotermes longiceps, Diversitermes sp. e Microcerotermes exiguus), o escorpião-de-bromélia (Tityus neglectus), o fungo-em-forma-de-flor (Aseroë floriformis), o fungo estrela-da-terra (Geastrum saccatum), a iguana ou camaleão (Iguana iguana), o lagartinho-de-folhiço (Coleodactylus natalensis), o lagarto-de-cauda-azul (Micrablepharus maximiliani), o lagarto-de-folhiço (Dryadosaura nordestina), a orelha-de-pau (Pycnoporus sanguineus), o pitiguari (Cyclarhis gujanensis), o rapazinho-dos-velhos (Nystalus maculatus), o sagui (Callithrix jacchus), o sapo-cururu (Rhinella jimi) e a tocandira (Dinoponera quadriceps).[55]
Já na flora estão a angélica (Guettarda angelica), a bromélia (Hohenbergia ramageana), o cajueiro (Anacardium occidentale), o capim (Gouinia virgata), a coroa-de-frade (Melocactus bahiensis), a erva-de-Santa-Luzia (Commelina erecta), o feijão-bravo (Centrosema brasilianum), o ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa), a jurubeba (Solanum paniculatum), a lundia (Lundia cf. cordata), a mangabeira (Hancornia speciosa), o maracujá-bravo (Passiflora cincinnata), a marizeira (Calliandra spinosa), a orquídea catleia (Cattleya granulosa), a orquídea laranjinha (Epidendrum cinnabarinum), a orquídea baunilha (Vanilla bahiana), o pau-brasil (Caesalpinia echinata) e a salsa (Ipomoea sp.).[55]
Demografia |
Crescimento populacional | |||
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Censo | Pop. | %± | |
1872 | 20 392 | ||
1890 | 13 725 | -32,7% | |
1900 | 16 056 | 17,0% | |
1920 | 30 696 | 91,2% | |
1940 | 54 836 | 78,6% | |
1950 | 103 215 | 88,2% | |
1960 | 160 253 | 55,3% | |
1970 | 264 379 | 65,0% | |
1980 | 416 898 | 57,7% | |
1991 | 606 887 | 45,6% | |
2000 | 712 317 | 17,4% | |
2010 | 803 739 | 12,8% | |
Est. 2016 | 877 662 | [10] | 9,2% |
Censos demográficos do IBGE (1872-2010)[56] |
A população do município de Natal, no censo demográfico de 2010, era de 803 739 habitantes, sendo o sétimo município mais populoso do Nordeste e o vigésimo do Brasil, concentrando 25,4% da população estadual.[56] Da população total, 425 792 eram do sexo feminino (52,98%) e 377 947 do sexo masculino (47,02%), o que resulta em razão sexual de 88,76, a menor entre os municípios do Rio Grande do Norte.[57][58] Todos os seus habitantes viviam na zona urbana, não possuindo, portanto, população rural.[57] Em relação à faixa etária, 176 182 possuíam menos de quinze anos (21,92%), 571 116 entre 15 e 64 anos (71,06%) e 56 441 acima dos 65 anos (7,02%).[59] A densidade populacional era 4 808,20 habitantes por quilômetro quadrado (hab./km²), a sexta maior dentre as capitais brasileiras.[60] A Região Metropolitana de Natal, formada por Natal e mais dez municípios do Rio Grande do Norte, possuía 1 351 004 habitantes, formando a quarta maior aglomeração urbana do Nordeste e a décima quinta do país.[61]
Considerando-se a nacionalidade, 802 686 eram brasileiros (99,87%), dos quais 802 227 natos (99,81%) e 458 naturalizados (0,06%), além de 1 053 estrangeiros (0,13%).[62] Em relação à região de origem, 765 498 eram nascidos no Nordeste (95,24%), 24 708 no Sudeste (3,07%), 3 664 no Centro-Oeste (0,46%), 3 328 no Norte (0,41%) e 2 906 no Sul (0,36%), além de 2 154 sem especificação (0,27%).[63] 710 216 habitantes eram naturais do Rio Grande do Norte (88,36%) e, desse total, 496 190 nascidos no município (61,74%).[64] Entre os estados com mais migrantes em Natal estão a Paraíba, com 25 339 (3,15%), Pernambuco, com 13 867 (1,73%), Rio de Janeiro, com 12 290 (1,53%).[65] No mesmo ano, 2 551 pessoas emigraram de Natal em direção a outros países, sendo 4 810 para a Europa (70,95%), 471 para a América do Norte (18,46%), 120 para outros países da América do Sul (4,7%), 58 para a África (2,27%), 44 para a Ásia (1,72%), 29 para a Oceania (1,14%) e 14 para a América Central (0,55%), além de cinco sem declaração (0,2%).[66]
A população natalense é miscigenada, e descende principalmente de indígenas e portugueses.[67] Conforme um antigo estudo genético, datado de 1982, a ancestralidade encontrada foi 58% europeia, 25% africana e 17% indígena.[68] O desenvolvimento da capital e de sua região metropolitana provocou a atração pessoas de outras partes do estado ou mesmo do país, que vêm principalmente em busca de trabalho e melhores condições de vida.[69][70] Grande parte dos novos habitantes vão para as áreas próximas à capital, o que fez com que surgisse uma conurbação entre Natal e municípios do entorno, como Parnamirim e São Gonçalo do Amarante.[70] No censo demográfico de 2010, a população de Natal era formada por 400 568 pardos (49,84%), 356 123 brancos (44,31%), 37 627 pretos (4,68%), 8 417 amarelos (1,05%) e 1 003 indígenas (0,12%).[71]
Religião |
Na Igreja Católica, o município é sede da Arquidiocese de Natal, que possui duas dioceses sufragâneas: Caicó e Mossoró. Foi inicialmente como diocese em 29 de dezembro de 1909, desmembrada da Diocese da Paraíba, e elevada à arquidiocese em 16 de fevereiro de 1952.[72] Geograficamente, o território arquidiocesano possui mais de 25 mil quilômetros quadrados de área[73] e abrange 88 municípios do estado do Rio Grande do Norte.[74] A sé arquiepiscopal está na Catedral de Nossa Senhora da Apresentação.[75] No censo de 2010, 541 472 natalenses se declararam católicos apostólicos romanos, ou 67,36% dos habitantes.[76]
Natal também possui os mais diversos credos protestantes ou reformados. Em 2010 167 688 habitantes declararam-se evangélicos, sendo que 110 263 pertenciam às igrejas evangélicas de origem pentecostal (13,72%), 21 129 às de missão (2,63%) e 36 296 a evangélicas não determinadas (4,52%). Dentre as evangélicas pentecostais, 72 832 pertenciam à Assembleia de Deus (9,06%), 9 898 à Igreja Universal do Reino de Deus (1,23%), 2 453 à Igreja Deus é Amor (0,31%), 1 294 ao Evangelho Quadrangular, 954 à Congregação Cristã do Brasil (0,12%), 616 à O Brasil Para Cristo (0,08%), 478 à Igreja mar (0,06%), 379 à Casa da Bênção (0,05%), 358 à Comunidade Evangélica (0,04%), 24 à Igreja Nova Vida (0,00%) e 20 977 a outras igrejas pentecostais (2,61%). Entre as de missão, 11 372 eram batistas (1,41%), 4 867 adventistas (0,61%), 3 291 presbiterianos (0,41%), 368 luteranos (0,05%), 124 congregacionais (0,02%). Havia também 311 messiânicos (0,04%), entre os novos religiosos orientais, além de 311 umbandistas (0,04%) e 188 candomblecistas (0,02%), dentre as religiões afro-brasileiras.[76]
Além do catolicismo romano e do protestantismo, também existiam 14 396 espíritas (1,79%), 3 694 testemunhas de Jeová (0,46%), 2 086 mórmons (0,26%), 1 050 católicos apostólicos brasileiros (0,13%), 570 religiosos afro-brasileiros (0,07%), 490 católicos ortodoxos (0,06%), 498 budistas (0,06%), 400 novos religiosos orientais, 341 espiritualistas (0,04%), 266 judaístas (0,03%), 129 esotéricos (0,02%), 58 seguidores de tradições indígenas (0,01%), 41 islâmicos (0,01%) e 23 hinduístas (0,00%). Outros 63 399 não tinham religião (7,89%), entre eles 2 359 ateus e 810 agnósticos (0,1%); 4 060 pertenciam a outras religiosidades cristãs (0,51%); 2 213 tinham religião indeterminada (0,28%); 845 não souberam (0,11%) e dezoito pertenciam a outras religiões orientais (0,00%).[76]
Pobreza e desigualdade |
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2003 a incidência de pobreza era de 40,86%, sendo que o índice subjetivo era de 39,94%.[77] Entre 2000 e 2010, o percentual da população que vivia com renda domiciliar per capita inferior 140 reais caiu de 24,7%, percentual que reduziu para 11,8%, apresentando uma redução de 52,8%. Em 2010, 88,2% da população vivia acima da linha de pobreza, 7,57% entre as linhas de indigência e pobreza e 4,23% abaixo da linha de indigência. No mesmo ano, o valor do índice de Gini era de 0,61 e os 20% mais ricos contribuíam com 66,17% da renda municipal, valor mais de 24 vezes maior do que a participação dos 20% mais pobres, de apenas 2,72%.[78] O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) do município era de 0,763, considerado alto pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), sendo o segundo maior do Rio Grande do Norte, atrás somente de Parnamirim, e o 320º do Brasil.[59]
Segundo a prefeitura, existem registros de loteamentos irregulares, favelas, mocambos, palafitas ou assemelhados, sendo que em 2010 81 442 habitantes (10,13% da população) viviam nelas.[79] Muitos destes são pessoas que vieram de outras cidades ou mesmo estados à procura de melhores oportunidades de vida em Natal, porém não conseguiram emprego e acabaram em afixar-se em aglomerados subnormais. Estima-se que haja cerca de setenta, que estão concentradas principalmente na Zona Oeste da cidade, entre os conjuntos habitacionais da zona Norte, entre loteamentos clandestinos e ainda às margens da entrada da cidade.[80] Para reverter a situação houve a tentativa de remoção de moradores de favelas para novas casas ou mesmo conceder auxílios a algumas famílias. Outros projetos incluem a construção de conjuntos habitacionais em espaços vazios da cidade, conforme diretrizes do Plano Diretor de Natal.[80][81]
Política |
Ver artigo principal: Lista de prefeitos de Natal
O poder executivo do município de Natal, cuja sede é o Palácio Felipe Camarão, é representado pelo prefeito, auxiliado pelo seu gabinete de secretários e eleito pelo através do voto popular para um mandato de quatro anos.[83] O primeiro prefeito do município foi Fabrício Gomes Pedroza, cujo mandato é desconhecido,[84] e o atual é Álvaro Dias, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), que assumiu em 6 de abril de 2018, após Carlos Eduardo Alves, eleito em 2016, renunciar para disputar as eleições para o governo do estado.[85]
O poder legislativo é representado pela Câmara Municipal,[83] que funciona no Palácio Padre Miguelinho desde 1975 e é formada, desde 2013, por 29 vereadores.[86] Cabe à casa elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao executivo, especialmente o orçamento municipal (conhecido como Lei de Diretrizes Orçamentárias).[83]
O município de Natal se rege por lei orgânica, promulgada em 3 de abril de 1990[11][83] e abriga uma comarca do poder judiciário estadual, de terceira entrância.[87] De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, a capital potiguar possuía, em dezembro de 2016, 534 499 eleitores (22,284% do eleitorado do Rio Grande do Norte),[88] distribuídos em cinco seções eleitorais (1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 69ª).[89] Por ser a capital do estado do Rio Grande do Norte, Natal sedia os poderes executivo (Centro Administrativo do Estado, sede do governo estadual), legislativo (Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte) e judiciário (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte) estaduais.
Cidades irmãs e consulados |
Cidades-irmãs é uma iniciativa do Núcleo das Relações Internacionais, que busca a integração entre a cidade e demais municípios nacionais e estrangeiros. A integração entre os municípios é firmada por meio de convênios de cooperação, que têm o objetivo de assegurar a manutenção da paz entre os povos, baseada na fraternidade, felicidade, amizade e respeito recíproco entre as nações. Oficialmente, Natal possui as seguintes cidades-irmãs:
Belém, Palestina;[90]
Córdova, Argentina;[91]
Fortaleza (CE), Brasil;[91]
Guadalajara, México;[92]
Lisboa, Portugal;[93]
Porto Alegre (RS), Brasil.[94]
Além das cidades irmãs, há também cidades parceiras, com as quais mantém um estreito relacionamento e convênio turístico. São elas:
Rio de Janeiro (RJ), Brasil;[95]
Salvador (BA), Brasil[95]
Natal ainda abriga oito consulados. Sendo eles:
- da Alemanha[96]
- do Chile[96]
- da Espanha[96]
- da França[96]
- da Itália[96]
- da Noruega [96]
- dos Países Baixos[96]
- de Portugal[96]
Subdivisões |
Ver artigo principal: Lista de bairros de Natal (Rio Grande do Norte)
O município de Natal está dividido em quatro regiões administrativas ou zonas:
Região Administrativa Norte ou Zona Norte: é a maior, tanto em área territorial, quanto em população, da cidade. Possui uma população de 303 543 habitantes (2010),[57] superando todos os municípios do interior do Rio Grande do Norte, inclusive Mossoró, a segunda maior cidade do estado. É separada das demais zonas administrativa pelo Rio Potenji e se divide em sete bairros: Igapó, Lagoa Azul, Nossa Senhora da Apresentação, Pajuçara, Potengi, Redinha e Salinas.[97]
Região Administrativa Sul ou Zona Sul: segunda maior zona de Natal em extensão territorial, é a terceira mais populosa da cidade, com 166 494 habitantes em 2010.[57] Assim como na Zona Norte, a Zona Sul de Natal também se divide em sete bairros: Candelária, Capim Macio, Lagoa Nova, Neópolis, Nova Descoberta, Pitimbu e Ponta Negra. É nela onde se localizam o Centro Administrativo do Estado do Rio Grande do Norte (sede do governo estadual, no bairro Lagoa Nova) e a Praia de Ponta Negra, próximo à divisa de Natal com Parnamirim.[98]
Região Administrativa Leste ou Zona Leste: é a menos populosa de Natal, com 115 297 habitantes no censo de 2010,[57] e ao mesmo tempo a que reúne o maior número de bairros (doze no total): Alecrim, Areia Preta, Barro Vermelho, Cidade Alta, Lagoa Seca, Mãe Luíza, Petrópolis, Praia do Meio, Ribeira, Rocas, Santos Reis e Tirol.[99]
Região Administrativa Oeste ou Zona Oeste: é a segunda zona mais populosa do município (com 218 405 habitantes no último censo demográfico)[57] e também a segunda maior em área territorial.[100] É formada por dez bairros: Bom Pastor, Cidade da Esperança, Cidade Nova, Dix-Sept Rosado, Felipe Camarão, Guarapes, Nordeste, Nossa Senhora de Nazaré, Planalto e Quintas.[101]
Juntas, as quatro regiões administrativas se dividem em um total de 36 bairros.[100] No censo de 2010, o bairro mais populoso do município era Nossa Senhora da Apresentação, com 79 959 habitantes, enquanto o menos populoso era Salinas, com apenas 1 177 pessoas residentes, sendo ambos na Zona Norte.[102] Além das zonas, existe ainda uma área reservada ao Parque das Dunas, que cobre uma área total de 1 172 hectares.[100]
Economia |
O Produto Interno Bruto (PIB) de Natal é o maior do estado do Rio Grande do Norte.[104] De acordo com dados do IBGE, relativos a 2009, o PIB do município era de R$ 10 369 581 mil., concentrando, sozinha, cerca de 40% de todo o PIB estadual.[105][106] 1 444 513 mil são de impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes.[104] O PIB per capita é de R$ 12 862,25.[105]
A principal fonte econômica está centrada no setor terciário, com seus diversos segmentos de comércio e prestação de serviços de várias áreas, como na educação e saúde. Em seguida, destaca-se o setor secundário, com complexos industriais de grande porte.[104]
De acordo com o IBGE, a cidade possuía, no ano de 2009, 22 166 unidades locais, sendo que 20 657 dessas empresas e estabelecimentos comerciais eram atuantes e havia um total de 594 025 trabalhadores, sendo 311 104 eram do tipo "pessoal ocupado total" e 282 921 do tipo "ocupado assalariado". Salários juntamente com outras remunerações somavam 5 165 331 reais e o salário médio mensal de todo município era de 3,1 salários mínimos.[104]
Por possuir toda a sua população vivendo na zona urbana, o município possui pouca tradição no setor primário. Na pecuária, em 2010 havia um rebanho de 1 467 bovinos, produzindo 117 mil litros de leite, 295 suínos, 3 645 galos, frangos, frangas e pintos, 25 430 galinhas, com uma produção de 622 mil dúzias de ovos. No Censo Agropecuário de 2006 foram registrados 46 estabelecimentos agropecuários de produtores individuais, com uma área produtiva de 163 ha, 2 cooperativas (372 ha), apenas uma sociedade pessoal ou consórcio e cinco sociedades anônimas (64 ha).[104] No PIB municipal, o valor adicionado bruto da agropecuária em 2009 foi de 15 241 reais.[105]
Natal se destaca pela produção industrial diversificada,[107] com foco nas indústrias de construção civil e transformação,[108] além de possuir um polo das indústrias de confecção e têxteis,[109] Natal conta ainda com um distrito industrial, o primeiro do estado,[110][111] abrigando a sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), organização fundada em 27 de fevereiro de 1953 e reconhecida apenas no ano seguinte, por meio de uma carta sindical.[112]
A modernização do comércio em Natal começou sobretudo a partir da década de 1940, quando norte-americanos visitaram a cidade, durante a época da Segunda Guerra Mundial.[113] Hoje, Natal tem expandido suas atividades de comércio e serviços de informação, apresentando grande quantidade de supermercados e de hipermercados, o que fez com que a cidade passasse a ser chamada pelos empresários de "Paraíso dos supermercados".[106]
A cidade possui seis shoppings centers, sendo que o principal deles é o Midway Mall, o maior shopping do Rio Grande do Norte, localizado no bairro Tirol, além do Shopping Cidade Jardim, localizado na Avenida Engenheiro Roberto Freire; o Natal Shopping Center, localizado no bairro da Candelária; o Praia Shopping, situado em Ponta Negra; o Norte Shopping, localizado na zona norte; e o Shopping Via Direta, localizado em Lagoa Nova.[114]
Infraestrutura |
Saúde |
Segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Natal dispunha de um total de 423 estabelecimentos de saúde (2009), sendo 88 públicos e 335 privados. Neles, a cidade possuía 2 834 leitos para internação. A cidade também conta com atendimento ambulatorial com atendimento médico em especialidades básicas, atendimento odontológico com dentista e presta serviço ao Sistema Único de Saúde (SUS).[104] O município é sede da VII URSAP, que reúne, além da capital, outros quatro municípios do estado do Rio Grande do Norte (Extremoz, Macaíba, Parnamirim e São Gonçalo do Amarante).[116]
Em 2009 existiam 278 165 mulheres em idade fértil (entre 10 e 49 anos). Natal contava em abril de 2010 com 420 anestesistas, 2 382 auxiliares de enfermagem, 373 cirurgiões gerais, 1 021 cirurgiões dentistas, 718 clínicos gerais, 929 enfermeiros, 624 farmacêuticos, 342 fisioterapeutas, 185 fonoaudiólogos, 498 gineco-obstetras, 6 051 médicos gerais, 101 médicos de família, 248 nutricionistas, 534 pediatras, 250 psicólogos, 94 psiquiatras, 262 radiologistas e 1 121 técnicos de enfermagem, totalizando 16 461 profissionais de saúde. Em 2008 foram registrados 12 374 nascidos vivos, sendo que 7,9% nasceram prematuros, 49,4% foram de partos cesáreos e 18,4% foram de mães entre 10 e 19 anos (1,1% entre 10 e 14 anos). A taxa bruta de natalidade era de 15,5. No mesmo ano, a taxa de mortalidade infantil era de 16,4 por mil nascidos vivos e a taxa de óbitos era de 5,0 por mil habitantes.[117]
Educação |
Educação de Natal em números[104] | ||||||
---|---|---|---|---|---|---|
Nível | Matrículas | Docentes | Escolas (total) | |||
Ensino pré-escolar | 18 608 | 1 031 | 264 | |||
Ensino fundamental | 118 705 | 5 312 | 337 | |||
Ensino médio | 43 784 | 1 994 | 104 |
Natal tem um sistema de ensino primário e secundário, público e privado, e uma variedade de profissionais de escolas técnicas. Com 337 estabelecimentos de ensino fundamental, 264 unidades pré-escolares, 104 escolas de nível médio e mais algumas instituições de nível superior, a rede de ensino da cidade é a mais extensa do estado. Ao total, são 206 273 matrículas e 8 337 docentes registrados.[104]
O fator "educação" do IDH no município atingiu em 2010 a marca de 0,694 – patamar considerado médio, em conformidade aos padrões do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)[12] – ao passo que a taxa de analfabetismo indicada pelo último censo demográfico no mesmo ano foi de 8,3%, a segunda menor do Rio Grande do Norte, atrás apenas da vizinha Parnamirim (cuja taxa é de 8%). Considerando-se apenas a taxa de analfabetismo de pessoas entre quinze e 24 anos, o índice atinge apenas 2,7%, a sexta menor entre os municípios potiguares (maior apenas que São José do Seridó, Jardim do Seridó, Parnamirim, Santana do Seridó e Lucrécia).[118]
Tomando-se por base o relatório do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de 2007, Natal obteve a segunda colocação entre os municípios do estado do Rio Grande do Norte (3,7), superado novamente pela vizinha Parnamirim (4,0).[119] Na classificação geral do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2010, treze escolas da cidade figuraram entre as vinte melhores do estado, sendo eles o Centro de Educação Integrada (primeira colocada), o Colégio Ciências Aplicadas (2ª), o Instituto Federal do Rio Grande do Norte - Campus Natal Central (4ª), o Colégio Salesiano São José (5ª), o Centro de Educação Integrada Mais (6ª), o Colégio Marista de Natal (8ª), o Instituto Federal do Rio Grande do Norte - Campus Natal Zona Norte (9ª), o Complexo Educacional Henrique Castriciano (10ª), o Colégio Nossa Senhora das Neves (11ª), o Overdose Colégio e Curso (12ª), o Impacto Colégio e Curso (17ª), o Complexo Educacional Contemporâneo (19ª) e a FACEX (20ª).[120]
A cidade possui ainda várias instituições de ensino superior: Universidade Potiguar (UnP); Faculdade Católica Nossa Senhora das Neves (FCNSN); Faculdade de Natal (FAL); Faculdade Casa do Fera Ponta Negra (FAC CDF Ponta Negra); Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN); Faculdade de Excelência Educacional do Rio Grande do Norte; Instituto Natalense de Ensino e Cultura (INEC); Instituto de Educação Superior Presidente Kennedy (IFESP); Faculdade Natalense para o Desenvolvimento do Rio Grande do Norte (FARN); Instituto Natalense de Educação Superior (INES); Faculdade de Ciências, Cultura e Extensão do Rio Grande do Norte (FACEX); Faculdade Câmara Cascudo (FCC); Faculdade Maurício de Nassau (Natal); Faculdade de Ciências Empresariais e Estudos Costeiros de Natal (FACEN) e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).[121][122][123]
Ciência e tecnologia |
No campo da ciência, uma iniciativa notória é o Instituto Internacional de Neurociências de Natal, que foi inaugurado em 2006 na capital potiguar e idealizado pelo neurocientista Miguel Nicolelis, considerado um dos vinte mais importantes neurocientistas em atividade no mundo. O instituto foi criado no estado com o objetivo de descentralizar a pesquisa nacional das regiões Sudeste e Sul do Brasil.[124]
Em 2011, foi criado o Instituto Metrópole Digital (IMD), vinculado à UFRN, que atua em diversas pesquisas e ações de inovação tecnológica e empreendedorismo como a incubadora de empresas "Inova Metrópole" de base tecnológica na área de Tecnologia da Informação (TI). O IMD atualmente conta com duas unidades físicas: o Centro Integrado de Vocação Tecnológica (CIVT) e o Núcleo de Pesquisas e Inovação em Tecnologia da Informação (NPITI), atuando na formação de nível técnico, superior e na pós-graduação.[125]
Segurança pública e criminalidade |
A provisão de segurança pública de Natal é dada por diversos organismos. A Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (SEMDES), criada pela Lei Complementar nº 108, de 24 de junho de 2009, está vinculada ao gabinete do prefeito municipal e tem como objetivo propor medidas e atividades que visem a segurança do município.[126] Por força da Constituição Federal do Brasil, Natal possui também uma Guarda Municipal, responsável pela proteção dos bens, serviços e instalações públicas do município.[127] O Conselho Municipal de Defesa Civil (Comdec) se responsabiliza por ações preventivas, assistenciais, recuperativas e de socorro em situações de risco público.[128] A Polícia Militar, uma força estadual, é a responsável pelo policiamento ostensivo, o patrulhamento bancário, ambiental, prisional, escolar e de eventos especiais, além de realizar ações de integração social.[129] Já a Polícia Civil tem o objetivo de combater e apurar as ocorrências de crimes e infrações.[130]
Os poderes públicos estadual e municipal têm realizado diversas atividades para melhorar a segurança da cidade, como a aplicação de programas de videomonitoramento em áreas com altos índices de criminalidade e violência[131] e realizando encontros e palestras sobre segurança pública com autoridades,[132] mas ainda há vários problemas afetando o setor. Em Natal, a cada ano que passa os índices de mortes por consumo de crack aumentam na cidade, principalmente nos bairros mais pobres.[133] Um dos principais presídios da cidade, o Presídio Provisório Raimundo Nonato Fernandes, ocasionalmente sofre com falta de água e há denúncias de que haja descaso com a alimentação dos detentos e problemas com saneamento.[134] Também já foi denunciado como um local de tortura a apenados e já vivenciou mortes.[135] Em 2009, o índice de suicídios para cada 100 mil habitantes foi de 1,5 no município, sendo o 53º a nível estadual e o 2284° a nível nacional.[136] Já em relação à taxa de óbitos por acidentes de trânsito, o índice foi de 13,9 para cada 100 mil habitantes, ficando no 1652° a nível estadual e no trigésimo lugar a nível nacional.[137]
Habitação, serviços e comunicação |
Ver artigo principal: Mídia de Natal
No ano de 2010, segundo o IBGE, a cidade tinha 235 522 domicílios entre apartamentos, casas, e cômodos. Desse total 160 226 eram imóveis próprios, sendo 150 818 próprios já quitados (64,03%),9 408 em aquisição (3,99%) e 64 016 alugados (27,18%); 10 784 imóveis foram cedidos, sendo 1 074 por empregador (0,45%) e 9 710 cedidos de outra maneira (4,12%). 496 foram ocupados de outra forma (0,21%). Grande parte do município conta com água tratada, energia elétrica, esgoto, limpeza urbana, telefonia fixa e telefonia celular. Naquele ano, 98,24% dos domicílios eram atendidos pela rede geral de abastecimento de água; 98,90% das moradias possuíam coleta de lixo e 98,90% das residências possuíam escoadouro sanitário.[138] Entretanto, apenas 32% das residências da capital potiguar, segundo dados de 2011, possuíam coleta e tratamento de esgoto por saneamento básico.[139]
Atualmente, quase todo o lixo produzido na capital potiguar, bem como dos municípios de Ceará-Mirim, Macaíba, Ielmo Marinho e São Gonçalo do Amarante, são alocados temporariamente na Estação de Transbordo de Resíduos Sólidos de Cidade Nova e, posteriormente, jogado no Aterro Sanitário Metropolitano, localizado em Ceará-Mirim,[140] administrado pela empresa Braseco[141] e recebe cerca de 1,7 toneladas por dia.[142] Apenas 1,5% do lixo é separado para reciclagem.[143]
O abastecimento de água é feito pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN). A quantidade de água tratada para Natal em 2010 foi de 82 111 351 mil litros.[144] Já o serviço de fornecimento de energia elétrica é feito pela Companhia Energética do Rio Grande do Norte (COSERN).[145] A voltagem da rede é de 220 V.[146] Na área de telefonia, o índice por área de discagem direta a distância (DDD) é de 084.[147] Há fácil acesso à internet em parte da cidade. Desde 2009 o governo do Rio Grande do Norte está colocando redes wireless nos principais pontos da cidade através de torres a fim de trazer acesso gratuito à Internet e integração digital para a população da cidade.[148]
Natal conta ainda com diversos jornais. No ano de 2000 eram oito no total,[149] entretanto nenhum esteve entre os cinquenta de maior circulação no país, segundo dados do Instituto Verificador de Circulação.[150] Em Natal está situada a sede da Secretaria Municipal de Comunicação (SECOM), órgão oficial dos Poderes do Estado que acompanha ações, projetos, programas e obras da prefeitura e a mídia na cidade em geral.[151] Também há diversas rádios, sendo mais de 14 rádios AM e FM como a Globo Natal FM, a 98 FM, a Nordeste Evangélica, a Rádio Satélite FM, a Rádio Jovem Pan FM e muitas outras.[152] Natal possui também diversas emissoras de televisão sediadas da própria cidade, como a InterTV Cabugi, a Band Natal, a TV Tropical, a TV Ponta Negra e a TV Feliz.[153]
Transporte |
Ver artigo principal: Transporte em Natal
A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (SEMOB) é responsável pelo controle e manutenção do trânsito do município, desde a fiscalização das vias públicas e comportamento de motoristas e pedestres até a elaboração de projetos de engenharia de tráfego, pavimentação, construção de obras viárias e gerenciamento de serviços tais como os de táxis, alternativos, ônibus, fretados e escolares.[154]
A frota municipal no ano de 2014 era 356 385 unidades, sendo 207 666 automóveis, 81 120 motocicletas, 24 606 caminhonetes, 12 659 camionetas, 7 614 utilitários, 6 857 caminhões, 4 861 motonetas, 2 530 ônibus, 1 272 micro-ônibus, 713 caminhões trator e 83 tratores de rodas, além de 6 404 em outras categorias.[155] Entre 2001 e 2009 houve um aumento de 67% na quantidade de veículos que transitam em Natal.[156] A grande quantidade de veículos que transitam em Natal faz com se torne uma cidade congestionada nos horários de pico. Apesar dos problemas causados pela grande frota de veículos, há intervenções que vêm melhorando o tráfego na cidade a passos de tartaruga.[157] Na zona norte, a mais populosa, há ainda o projeto Pró-Transporte, que visa promover melhorias no tráfego a partir de mudanças que ainda incluem a construção de passarelas na Avenida Thomaz Landim e estações de transferência, a duplicação de avenidas e, principalmente, corredores exclusivos para ônibus; infelizmente o projeto está estagnado.[158]
Natal é servido pelo Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, administrado pela Inframérica Aeroportos, tornando-se o primeiro aeroporto do Brasil a ser cedido à iniciativa privada, e inaugurado em 31 de maio de 2014. Foi construído para substituir o antigo Aeroporto Internacional Augusto Severo, em Parnamirim.[159][160]
O município de Natal é atravessado por uma única ferrovia em todo o seu território, que começa na Paraíba, entra em território potiguar pelo município de Nova Cruz, região agreste potiguar, passa por alguns municípios e chega à capital potiguar, onde prossegue até o município de Macau, litoral norte do estado.[161] Essa ferrovia se estende por 479 quilômetros de extensão e está atualmente sob responsabilidade da Transnordestina.[162]
A capital potiguar possui um sistema de metrô de superfície.[163][164] Em maio de 2011, foi assinado pelo governo estadual um projeto para restauração do trecho da linha férrea Ribeira-Extremoz. Quando concluído o projeto de modernização da rede metroviária, a capital contará com 12 composições de VLT e terá capacidade para 60 mil pessoas/dia.[165] Atualmente o metrô conta com três composições.[165]
O Sistema de Transporte Coletivo de ônibus transporta diariamente cerca de 315 mil de passageiros[166] e abrange aproximadamente 85 linhas exploradas por seis empresas, que operam uma frota de 712 veículos com idade média de 7 anos e seis meses.[167] O sistema de táxis possui uma frota de 1.010 táxis padronizados na cor branca e uma faixa azul com o símbolo da cidade.[168] O transporte coletivo de passageiros em vans ou peruas, conhecido como fretamento é permitido desde que os motoristas tenham cadastro junto ao STTU.[169]
Natal abriga um dos dois portos do Rio Grande do Norte: o Porto de Natal, localizado próxima à foz do Rio Potenji. Seu projeto inicial foi aprovado em dezembro de 1922, por meio do decreto nº 15 277, tendo sua execução no mesmo ano. Em 1932, o Departamento Nacional de Portos e Navegação passou a administrar e a explorar o porto. Em outubro do mesmo ano, as primeiras instalações foram inauguradas e o porto entrou em operação, tendo como primeiro administrador o engenheiro Décio Fonseca. Desde 1983, é administrado pela Companhia Docas do Rio Grande do Norte (CODERN). Sua história é considerado um marco importante não somente para a cidade de Natal, como também para todo o estado do Rio Grande do Norte. Sua área de influência também abrange os estados do Ceará, Paraíba e Pernambuco. O porto possui como destaque principal a exportação de frutas (cerca de 30% da movimentação total deste porto provém dessa exportação), recebe navios que exportam açúcar e importam trigo e possui linhas que vão para a Europa, tendo como paradas principais os portos de Vigo (Espanha), Sheerness (Inglaterra) e Roterdã (Países Baixos).[171][172][173]
A cidade de Natal também está ligada a outros municípios do Rio Grande do Norte e do Brasil por meio de rodovias federais e estaduais. São elas:
BR-101: começa no município de Touros, litoral nordeste do Rio Grande do Norte, e se estende por 4 542 quilômetros, terminando estendendo-se até São José do Norte, Rio Grande do Sul, extremo sul do país;[174]
BR-226: começa em Natal e atravessa o Rio Grande do Norte de leste a oeste, passando por vários estados até terminar no Tocantins;[174]
BR-406: liga Natal a Macau;[174]
RN-160: liga Natal à zona urbana de Extremoz;[174]
RN-302: liga bairros da Zona Norte da cidade;[174]
RN-303: liga a zona norte de Natal à praia de Santa Rita, em Extremoz;[174]
RN-304: começa na zona norte da cidade e termina no cruzamento com a RN-160, em Extremoz.[174]
Para ligações intermunicipais, Natal ainda conta com o Terminal Rodoviário Lavosier Maia, inaugurado em 1981, que carece de uma reforma em sua estrutura.[175]
Cultura |
A responsável pelo setor cultural de Natal é a Fundação Cultural Capitania das Artes (FUNCARTE), que tem como objetivo acompanhar, planejar e executar a política cultural do município por meio da elaboração de atividades e projetos que visem ao desenvolvimento cultural.[176]
Artesanato |
O artesanato é uma das formas mais espontâneas da expressão cultural natalense. Em várias partes do município é possível encontrar uma produção artesanal diferenciada, feita com matérias-primas regionais e criada de acordo com a cultura e o modo de vida local. Alguns grupos reúnem diversos artesãos da região, disponibilizando espaço para confecção, exposição e venda dos produtos artesanais. Normalmente essas peças são vendidas em feiras, exposições ou lojas de artesanato. Na cidade destaca-se a Feira Internacional de Artesanato (FIART), realizada anualmente em parceria com o governo estadual.[177] O evento conta com exposição de produtos artesanais e uma vasta programação cultural, como shows, apresentações culturais, orquestras e a presença de mais de setenta grupos folclóricos.[178][179] Natal possui ainda o Centro Municipal de Artesanato, que está localizado na Praia do Meio e conta com lojas de artesanato, lanchonetes e outras formas de lazer.[180]
Também se destaca o artesanato realizado no bairro Ponta Negra, que reúne uma grande variedade de peças do artesanato potiguar.[181] Nesse bairro, é realizado o Festival do Turismo, Artesanato e Cultura de Natal, que é realizado no Shopping Mãos de Arte e abrange uma vasta programação cultural, bem como a produção de artistas plásticos da cidade e a riqueza do folclore natalense.[182] A cidade dispõe de seis grandes centros de venda produtos de artesanato. Entre eles, destacam-se o Shopping Mãos de Arte - localizado na zona leste de Natal, é o maior shopping de artesanato da Região Nordeste, inaugurado em 2010 com mais de trezentas lojas de venda-[183][184] e o Shopping do Artesanato Potiguar - inaugurado em janeiro de 2005, na zona sul da cidade, bairro de Ponta Negra, contando com mais de duzentas lojas.[185] Outros centros de artesanato existentes em Natal são o Centro de Artesanato de Ponta Negra, a Cooperativa do Artesanato (COART) e o Vilarte (todos localizados na Avenida Engenheiro Roberto Freire, bairro Ponta Negra) e o Centro de Turismo de Natal. Nesses centros, os produtos de artesanato mais encontrados são os bordados, além de redes, tapeçarias, roupas de praia (feitas de crochê), objetos de enfeite e também as guloseimas regionais.[185]
Teatros, museus e espaços culturais |
Veja também: Centro Histórico de Natal
Natal conta com seis espaços teatrais, sendo eles a Casa da Ribeira - que funciona desde 2001 e conta com apresentações de espetáculos e músicas -,[186] o Complexo Cultural de Natal - localiza-se no local onde funcionava o Complexo Penal João Chaves que foi demolido para dar lugar ao centro,[187] e conta com espetáculos esporádicos, oficinas culturais e exposições de objetos, atualmente subutilizado[188] -, o Teatro Alberto Maranhão - um dos prédios mais belos da capital potiguar,[189] cuja construção iniciada em 1898, possui estilo art-nouveau, é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Rio Grande do Norte -,[190] o Teatro de Cultura Popular - também conhecido como "Teatro de Cultura Popular Chico Daniel", localiza-se no bairro Petrópolis, conta com uma capacidade total para duzentas pessoas e funciona em parceria com a Fundação Estadual de Cultura José Augusto; foi inaugurado em 2 de agosto de 2005 para que vários artistas de Natal, do Rio Grande do Norte e de vários outros lugares pudessem manifestar a sua arte no local -,[191][192] o Teatro Municipal Sandoval Wanderley - localizado no bairro do Alecrim, este é o segundo teatro natalense, construído em 1962, com capacidade para 150 espectadores e cujo nome homenageia o assuense Sandoval Wanderley; o teatro foi amplamente utilizado para a apresentação de peças infantis e grupos teatrais pequenos, gravação de programas de TV e apresentações musicais de gêneros diversos; esse teatro ficou abandonado durante muitos anos, foi reformado em 2005 e, desde 2009, encontra-se fechado -[193][194] e o Teatro Riachuelo - que se localiza dentro do shopping "Midway Mall", foi inaugurado em dezembro de 2010 e é a mais nova e moderna casa de espetáculos de Natal, com capacidade para mais de 1 500 espectadores.[195][196]
Além dos teatros, já mencionados acima, Natal também possui museus e espaços de cultura. São eles o Arquivo Público Estadual - que possui diversos acervos de interesse público, sobre Natal e o Rio Grande do Norte -,[196] o Balé da Cidade de Natal - que se localiza na Avenida Câmara Cascudo, na sede da Fundação Cultural Capitania das Artes (Funcarte) e abriga uma escola de balé da cidade -,[196] a Biblioteca Pública Câmara Cascudo - a maior do estado com mais de sessenta e cinco mil acervos -,[197] a Capitania das Artes (Funcarte) - de estilo neoclássico, localizado no bairro da Cidade Alta, no antigo prédio da Capitania dos Portos e é um importante centro cultural do Rio Grande do Norte, contando com lojas de artesanato, palcos para shows e auditórios para a divulgação de eventos e convenções -,[198] a Casa Câmara Cascudo - onde viveu o historiador potiguar Luís da Câmara Cascudo -,[196] o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno - base aérea de lançamento de foguetes espaciais de pequeno e de médio porte, que se encontra localizado no município limítrofe de Parnamirim; foi fundada em 1965, sendo a primeira base aérea de foguetes da América do Sul -,[199] o Centro de Turismo e Artesanato - localizado no bairro Petrópolis e que abriga um total de 38 lojas com exposições de objetos do artesanato potiguar e lembranças natalenses -,[200] a Fundação José Augusto - fundada em 1963, é a principal responsável pela política cultural do estado do Rio Grande do Norte -,[201] o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN) - que possui diversos arquivos e acervos relacionados à história e à geografia do estado e do município -,[196] o Memorial Câmara Cascudo - onde se encontra preservada uma boa parte da obra de Luís da Câmara Cascudo, com cerca de dez mil volumes de diversos assuntos, como biografias, folclore, história, e religião -,[196] o Museu de Arte Sacra - que se encontra instalado na Igreja Santo Antônio e expõe diversos objetos sobre a arte religiosa do Rio Grande do Norte -,[196] o Museu Café Filho - que possui um grande acervo de documentos e iconografias sobre Café Filho, que foi o único norte-riograndense a exercer a função de presidente do Brasil (1954-1955) -,[202] o Museu Câmara Cascudo - museu de ciências naturais e antropológicas, mantido pela UFRN, com diversas exposições culturais -,[196] o Museu da Aeronáutica - antiga estação de passageiros e de transporte de correspondências, utilizada como base para receber hidroaviões e foi muito utilizada pelos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) -, o Museu de Cultura Popular - antiga sede do governo estadual, com vários acervos e instrumentos utilizados por manifestações populares -,[196] o Museu do Mar Onofre Lopes - que possui acervos de espécies biológicas -,[203] o Palácio da Cultura - que também já foi sede do governo estadual e abriga atualmente a "Pinacoteca do Estado do Rio Grande do Norte" -[204] e o Solar Bela Vista - palacete residencial administrado pelo Serviço Social da Indústria (SESI), foi construído em 1907 por um dos homens mais ricos do Rio Grande do Norte (o coronel Aureliano Medeiros) e retrata a concepção arquitetônica do início do século XX.[196][205]
A cidade dispõe de 26 salas de cinemas, mantidos por três operadores: Cinemark (7 salas),[206]Cinépolis (12 salas)[207] e Moviecom (7 salas).[208]
Atrações turísticas e eventos |
Natal é considerada como a porta de entrada para o turismo no Rio Grande do Norte. São mais de dois milhões de turistas por ano.[209] A cidade possui diversas atrações turísticas espalhadas pelo seu território, como o Canto do Mangue - local onde pode ser visto um dos mais belos pôr do sol da cidade,[210] -, a Catedral Metropolitana - inaugurada em 1988 e sede da Arquidiocese de Natal -,[211] o Centro Histórico - onde se localizam importantes monumentos como o Espaço Cultural Palácio Potengi, o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, o Memorial Câmara Cascudo, o Museu de Arte Sacra e o Museu da Cultura Popular -,[212] o Farol de Mãe Luíza - que está localizado no bairro Mãe Luíza e tem seu nome em homenagem a uma velha parteira que também deu seu nome ao farol -,[213][214] a Fortaleza dos Reis Magos - construída em 6 de janeiro de 1598 (dia dos reis magos, daí seu nome) e considerada como o marco inicial da cidade -,[215] o Mercado da Redinha - uma das principais atrações da Redinha, uma antiga vila de pescadores e atualmente muita frequentada por pescadores natalenses -,[216] o Museu Câmara Cascudo - já citado anteriormente -, o Parque das Dunas - área protegida com uma reserva de 1 172 hectares de Mata Atlântica, localizada dentro da área de urbana de Natal -,[217] a Praça das Flores - que está localizado no bairro Petrópolis e conta com vários pontos de lazer, como bares e restaurantes -,[218] a Praia de Ponta Negra - localizada a quatorze quilômetros do centro da cidade, onde se encontra o Morro do Careca, um dos mais belos cartões-postais de Natal -,[219] o Praia Shopping - importante polo gastronômico da zona sul da cidade -,[220] o Shopping Midway Mall - principal shopping do Rio Grande do Norte e um dos maiores do Nordeste, construído em uma área de mais de trezentos mil metros quadrados -[221] e o Teatro Alberto Maranhão - já citado anteriormente. Além destes, outros pontos turísticos de Natal são a Capitania das Artes, a Casa de Itajubá, a Casa de Padre João Maria (onde se situa o Museu do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), o Casarão Junqueira Aires, o Centro Municipal de Artesanato, o Centro de Turismo, a Coluna Capitolina Del Pretti, o Espaço Cultural Palácio Potengi, a Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, a Orla Marítima, o Palácio Felipe Camarão, o Papajerimum, o Parque da Cidade, a Pedra do Rosário, a Ponta do Morcego, a Ponte Newton Navarro, o Pórtico Monumental, a Praça de Santa Cruz da Bica, o Rampa e a Rua Chile.[11]
Além dos pontos turísticos, a cidade também realiza uma diversa quantidade de eventos anualmente, como a Festa dos Santos Reis (que é realizada entre os 1 e 6 de janeiro e conta com uma programação de novenas, missas, apresentações e barracas gastronômicas), a Festa de Nossa Senhora dos Navegantes (comemorada na praia da Redinha no dia de 20 de janeiro), o Carnaval (comemorado no bairro da Ribeira e na praia de Ponta Negra em data móvel, podendo ser em fevereiro ou março), o Micareme (que conta com apresentações e é realizado quarenta dias após o Carnaval), o Festival de Quadrilhas de Natal (que é realizado no período das festas juninas e conta com mais de quatrocentos arraiás e mais de cem quadrilhas natalenses, que concorrem a um prêmio em dinheiro e a um troféu), a Festa do Boi (em outubro), a festa de Nossa Senhora da Apresentação (padroeira municipal, realizada no dia 21 de novembro), o Carnatal (carnaval fora de época, ocorre desde 1991 e é sempre realizado na primeira quinzena do mês de dezembro; atualmente, esta é a maior micareta do Brasil), o Natal em Natal (realizado no centro da cidade, em Ponta Negra e no bairro Praia do Meio, que conta com apresentações folclóricas e shows pirotécnicos) e o Auto de Natal (que são espetáculos de rua realizados em 22 de dezembro, mostrando principalmente as manifestações culturais da cidade).[222] Também se destacam o Domingo na Praça, a Feira Internacional de Artesanato (FIART), a Festa Alemã do Berlim Bar, o Festival de Cinema (FESTNATAL), Muitos Carnavais, o Projeto Cultural da Praia dos Artistas, o Projeto Seis e Meia, o Viv’art e o Forró com Turista.[11]
Vida noturna, culinária e música |
A vida noturna natalense é garantida e valorizada principalmente nas praias de Ponta Negra, dos Artistas, na Ribeira, que recebe vários artistas locais, nacionais e internacionais dos mais variados estilos no Festival DoSol [223] e com a ocupação do bairro na iniciativa chamada Circuito Cultural Ribeira, na Via Costeira e em vários bairros do centro, como Petrópolis. Na praia de Ponta Negra, um dos mais recentes centros de vida noturna de Natal, há uma diversa quantidade de bares e restaurantes movimentados, com músicas ao vivo cantadas em diversos estilos, como axé music, forró, jazz, Música Popular Brasileira (MPB), música latina e rock. Na Praia dos Artistas, vários turistas frequentam os bares e restaurantes; nessa mesma praia está localizado o Complexo de Lazer Chaplin, que é a discoteca mais conhecida de Natal, com várias pistas de dança e música cantada, seja do Brasil ou do exterior. No Centro de Turismo, também localizado na praia dos Artistas, há o tradicional Forró com Turista, evento que acolhe música regional nas quintas-feiras. No bairro da Ribeira, especialmente na Rua Chile, os vários estabelecimentos ali instalados ofecerem noites animadas, principalmente por grupos de rock.[224][225]
A culinária natalense é diversificada. A cidade oferece uma variedade de pratos típicos aos visitantes. Vários pratos típicos de Natal baseiam-se em frutos do mar e peixes, e também apresentam na sua constituição vários tipos de tempero e ingredientes diferentes. Alguns desses pratos pertencem à culinária nordestina, de forma semelhante à da região sul do Brasil. Entre os vários pratos típicos que a cidade oferece, destacam-se o baião de dois - consiste em um preparado de arroz e feijão (de preferência o feijão verde ou o novo), acompanhando normalmente de outras misturas -, a carne de sol - alimento obtido salgando a carne e depois secando ao sol, para facilitar e manter sua conservação por mais tempo; essa técnica foi introduzida pelos nordestinos, antes mesmo da invenção de geladeiras -, o cuscuz com frango - prato feito com farelo de milho cozido, além tempero com legumes e frango -, a galinha ao molho pardo - também chamada de galinha cabidela, é considerado um dos mais tradicionais da culinária brasileira, feito a partir de pedaços cortados de galinha caipira, e depois refogado em molho amarronzado (pardo) obtido do sangue da própria ave -, a paçoca - farofa com pedaços desfiados de carne de sol, farinha de mandioca e temperos - e a tapioca - feita com a fécula extraída da mandioca.[226] Além dos pratos típicos, há também um evento, o Festival Gastronômico do Beco da Lama, que ocorre normalmente entre o final de novembro e o início de dezembro, no centro da cidade e nele há uma variedade de pratos deliciosos, além de música e artes plásticas.[227]
A cultura musical natalense varia em vários ritmos, e destes são influenciados vários grupos musicais e artistas. Destaque para a banda Grafith, que é um dos conjuntos mais antigos em atividade oriundos da cidade, surgido ainda na década de oitenta. Tal grupo une um som de apelo popular, unindo vários gêneros como o samba-reggae, arrocha, bolero, brega e a pisadinha.[228] No forró, destacam-se grupos como Cavaleiros do Forró que se apresentam em grandes eventos relacionados ao gênero, como festas de São João.[229] Natal também é sede do Festival de Música Potiguar Brasileira, um evento realizado anualmente e organizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte que premia por voto popular e avaliação de um júri especializado as melhores obras da música potiguar.[230]
Esporte |
Natal é sede de três clubes de futebol do Rio Grande do Norte reconhecidos nacionalmente, que são o América Futebol Clube (também referido como América de Natal),[231] o ABC Futebol Clube[232] e o Alecrim Futebol Clube.[233] A Arena das Dunas é o maior e mais moderno estádio da cidade, construído no lugar do antigo Estádio João Machado (Machadão) e do Ginásio Humberto Nesi (Machadinho) e inaugurado solenemente em 22 de janeiro de 2014, contando com capacidade para mais de 31 mil torcedores.[234] Através da lei estadual 9 962, de 27 de julho de 2015, o estádio teve seu nome rebatizado para Arena das Dunas "Marinho Chagas",[235] em referência ao ex-jogador Francisco das Chagas Marinho (1952-2014), natural da cidade. Outros estádios de futebol de Natal são o Estádio Juvenal Lamartine, inaugurado em 1928 e o primeiro estádio natalense dedicado à prática exclusiva do futebol e do atletismo,[236] e o Estádio Maria Lamas Farache, projetado pelo arquiteto Gley Karlys, inaugurado em 2006, com capacidade para dezoito mil pessoas e eleito uma das sete maravilhas do Rio Grande do Norte em 2007.[237][238]
Apelidada de "Capital Mundial do Buggy", Natal possui a maior frota do buggies do mundo,[239] sendo sede de eventos desportivos em diversas modalidades,[240] entre os quais estão: Circuito Surf Kids,[241] Copa Natal de Beach Soccer,[242] Copa Natal de Ciclismo,[243] Copa Natal de Futebol Sub-17,[244] Copa Natal de Campeões dos Bairros,[245] Copa Natal de Vôlei,[246] Copa Nossa Cidade de Futebol Sub-15;[247] Meia Maratona do Sol;[248] os Jogos Escolares Municipais,[249] os Jogos Escolares do Rio Grande do Norte (JERNs),[250] entre outros.
A capital potiguar foi uma das doze cidades brasileiras sedes da Copa do Mundo de 2014,[251] sendo sede de quatro jogos no estádio Arena das Dunas.[252] Em 2011, abrigou o Campeonato Mundial de Basquete Master, tornando-se a primeira cidade brasileira a sediar este tipo de evento.[253] Alguns outros eventos de importância nacional e internacional que a cidade já recebeu foram o Torneio Internacional de Ginástica (2007),[254] o 1º Meeting-Brasil de Ginástica Artística (2011),[255] o Campeonato Brasileiro de Judô Sub-23 (2014)[256] e o Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu (2015).[257]
Feriados municipais |
Segundo a Associação do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte (AMPERN), em Natal há dois feriados municipais, oito feriados nacionais e três pontos facultativos. Os feriados municipais são: o dia 6 de janeiro, em que se comemoram os Reis Magos; e o dia 21 de novembro, dia da padroeira do município, Nossa Senhora da Apresentação. O dia 25 de dezembro, data de aniversário da cidade, já é considerado feriado nacional.[258][259]
Ver também |
- Tribuna do Norte
- Região Metropolitana de Natal
- Natal em Natal
- Bairros de Natal
- Municípios do Rio Grande do Norte
- Municípios do Brasil
- Comarca de Natal
- Potiguares de Natal
Referências citadas
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Ligações externas |
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- Wikivoyage
Site da Tribuna do Norte - Principal Jornal e site de notícias do Rio Grande do Norte (em português)
Página da prefeitura do Natal (em português)
Página da câmara do Natal (em português)- Natal no WikiMapia
Natal Metrópole: Grupo Tecnico da Grande Natal (em português)
Atlas Digital do Rio Grande do Norte (em português) , dados dos municípios potiguares, inclusive com mapas detalhados.