Caio Blinder
Caio Blinder | |
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Nascimento | 14 de agosto de 1957 (61 anos)[1] São Paulo, SP |
Ocupação | jornalista, apresentador de televisão |
Nacionalidade | brasileiro |
Religião | judaica |
Caio Kraiser Blinder[2] (São Paulo, 14 de agosto de 1957) é um jornalista e apresentador de televisão brasileiro. Caio começou no jornalismo em 1976. Atualmente participa do programa Manhattan Connection, da GloboNews e escreve coluna na Tribuna Judaica, Consumidor Moderno e Expressions. Já trabalhou na TV Bandeirantes, Cultura e Record, Folha de S. Paulo, O Globo, O Estado de São Paulo, Diário de Notícias (Lisboa), BBC, Exame, IG, Jovem Pan e VEJA.com[3]. Vive nos EUA desde 1989 e apoiou as guerras de Bush desde o início apesar de se assumir democrata.[4]
Índice
1 Carreira
2 Controvérsias
2.1 Ofensas a mulheres árabes
2.2 Polêmica no assassinato de cientistas iranianos
2.3 Polêmico critério na seleção das pautas
3 Ver também
4 Referências
5 Ligações externas
Carreira |
Quando jovem participou do movimento juvenil judaico Chazit Hanoar.[5] Apresenta o Manhattan Connection [6] desde sua criação, em 1993.
Foi correspondente nos Estados Unidos do jornal Folha de S.Paulo,[7] função que também exerceu na rádio Jovem Pan, da qual saiu em outubro de 2017. Escreve para o Diário de Notícias, de Lisboa, e para as revistas Exame e Primeira Leitura.
É Mestre em Estudos Latino-Americanos pela Universidade de Ohio e em Relações Internacionais pela Universidade de Notre Dame. Lecionou Relações Internacionais na Universidade de Indiana.
É autor de Terras prometidas: do Bom Retiro a Manhattan (editora Garamond), livro com reflexões sobre a condição judaica.[8] e também do livro Manhattan e outras Conexões (editora Campus).
Controvérsias |
Ofensas a mulheres árabes |
Em abril de 2011, durante o programa Manhattan Connection, chamou Rania, embaixadora da ONU, a rainha da Arábia Saudita -Amira Al Taweel- e as Rainhas da Jordânia -Noor da Jordânia e Rania da Jordânia- casadas com o Rei Abdullah II, de "piranhas". Também ofendeu da mesma forma uma das noras do ex-presidente do Egito, Hosni Mubarak e a mulher do presidente sírio Bashar al-Assad, a Asma.[9] Em razão do episódio a Embaixada da Jordânia enviou um protesto formal contra as afirmações do jornalista ao Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores do Brasil. Encerrada sua fala o editor-chefe do programa, Lucas Mendes, pediu desculpas no ar pelas afirmações. Blinder admitiu seu erro em entrevista concedida ao Jornal Imprensa e se retratou no ar na semana após o ocorrido.[10][11]
Polêmica no assassinato de cientistas iranianos |
Em janeiro de 2012, no programa Manhattan Connection, Caio Blinder justificou o assassinato de cientistas iranianos como uma forma de se evitar possíveis mortes, bem como para intimidar outros cientistas do Irã, o qual chamou de "estado terrorista". Blinder fez ainda piadas sobre a morte do cientista Mustafa Ahmadi Roshan, de 32 anos, que fora morto num atentado não esclarecido em Teerã naquele mês.[12]
Polêmico critério na seleção das pautas |
De acordo com o jornalista Igor Fuser, seu então subordinado na redação do jornal Folha de S.Paulo durante os anos 80, quando ele questionou Caio sobre o fato de que a morte de cinco americanos em um vagão de trem tinha mais destaque do que a morte de milhares de bengalis em uma enchente, Blinder respondeu que "vigorava na Folha a seguinte regra: um americano morto era igual a dez mil indianos mortos", justificando, em tom de brincadeira, o que deveria ser selecionado para entrar na pauta do jornal.[13]
Ver também |
- Paulo Francis
- Lucas Mendes
- Arnaldo Jabor
- Diogo Mainardi
- Pedro Andrade
- Ricardo Amorim
- Guga Chacra
Referências
↑ Caio Blinder. «Estou de férias, não precisam segurar o mundo para mim». Revista Veja. Consultado em 15 de agosto de 2013
↑ Dilma Rousseff vai a Gabrovo, eu não vou a Soroca Veja (revista), Caio Blinder, 05/10/2011
↑ http://www.caioblinder.com/about
↑ America’s Blinders Howard Zinn
↑ Blinder, Caio (2003). Terras Prometidas. do Bom Retiro a Manhattan. [S.l.]: Garamond. ISBN 85-86435-96-1
↑ Elizabete Antunes - O Globo (16 de abril de 2011). «Caio Blinder diz que Diogo Mainardi é a 'estrela' do 'Manhattan Connection'». oglobo.globo.com. Consultado em 28 de abril de 2011
↑ «Caio Blinder». GNT. Consultado em 21 de janeiro de 2012
↑ «Terras Prometidas». Livraria Cultura. Consultado em 21 de janeiro de 2012
↑ Jornalista da Globo ofende a rainha da Jordânia e causa saia justa diplomática R7, Domingo Espetacular.
↑ Eduardo Neco (14 de abril de 2011). «Caio Blinder chama rainha da Jordânia de "piranha" e gera crise diplomática ao Brasil». portalimprensa.uol.com.br. Consultado em 28 de abril de 2011
↑ Christina Lemos do R7 (16 de abril de 2011). «"Rainha Rania está acima desta baixaria",diz embaixador da Jordânia no Brasil». noticias.r7.com. Consultado em 28 de abril de 2011
↑ Reginaldo Nasser (23 de janeiro de 2012). «Assassinato seletivo: isso serve para provocar a guerra». carta maior
↑ Memórias do racismo na ‘Folha’ e na ‘Veja’ Igor Fuser, Observatório da Imprensa, 28 de abril de 2015
Ligações externas |
- GNT-Caio Blinder
Kraiser Blinder, Caio (2003). «DO BOM RETIRO A MANHATTAN». TERRAS PROMETIDAS:. 1 1ª ed. São Paulo: Garamond. p. 211. 211 páginas. ISBN 85-86435-96-1. Consultado em 1º de outubro de 2014 [1]