Salicaceae









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Como ler uma infocaixa de taxonomiaSalicaceae


Illustration Populus tremula
Illustration Populus tremula


Classificação científica























Reino:

Plantae


Divisão:

Magnoliophyta


Classe:

Magnoliopsida


Ordem:

Malpighiales


Família:

Salicaceae


Géneros

Ver texto.


Wikispecies

O Wikispecies tem informações sobre: Salicaceae


Salicaceae Mirb. (nome aceito) [1] dá nome a uma Família de plantas inseridas no grupo das Eudicotiledôneas dentro das Angiospermas . Esse grupo está dentro da Ordem Malpighiales, interna à Classe Magnoliopsida. O gênero modelo mais conhecido dos aproximados 56 gêneros totais é ​Salix​ sp., o Salgueiro [2]


Os indivíduos do grupo possuem forma arbórea ou arbustiva que não costumam ultrapassar a altura de 40 metros [2]. São cosmopolitas, estando distribuídos de regiões árticas à regiões tropicais de forma ampla [3].




Índice






  • 1 Sinonímia


  • 2 Mitologia


  • 3 Gêneros Nativos e Espécies


  • 4 Ecologia


  • 5 Distribuição fitogeográfica no Brasil


  • 6 Morfologia Geral


  • 7 Fisiologia e Fitoquímica


  • 8 Relações Filogenéticas


    • 8.1 Sinapomorfia




  • 9 Importância Econômica


  • 10 Ver também


  • 11 Ligações externas


  • 12 Referências





Sinonímia |


Flacourtiaceae Rich. ex DC [1].



Mitologia |


Na mitologia grega, há um mito de que Hélio, o Deus do Sol, possuía 3 filhas, as Helíades, que seriam as deusas secundárias. Elas teriam um possível irmão, Faéton, que ao tentar conduzir a carruagem de seu pai, perdeu o controle dos cavalos e acabou morrendo despencando das alturas [4].


Então as Helíades entraram num luto por cinco meses, e os deuses transformaram-as em choupos e suas lágrimas em âmbar. Tal choupo ou álamo, é uma árvore da família Salicaceae, presente nas florestas boreais e em regiões temperadas ao longo de rios [4].



Gêneros Nativos e Espécies |


Abatia


Abatia americana ​(Gardner) Eichler


Abatia angeliana ​M.H.Alford


Abatia glabra ​Sleumer


Abatia microphylla ​Taub.


Azara


Azara uruguayensis​ (Speg.) Sleumer


Banara


Banara arguta ​Briq.


Banara axilliflora ​Sleumer


Banara brasiliensis ​(Schott) Benth.


Banara guianensis ​Aubl.


Banara nitida ​Spruce ex Benth.


Banara parviflor ​(A.Gray) Benth.


Banara serrata ​(Vell.) Warb.


Banara tomentosa ​Clos


Banara rinitatis ​Sleumer


Casearia


Casearia aculeata ​Jacq.


Casearia acuminata ​DC.


Casearia altiplanensis ​Sleumer   


Casearia arborea ​(Rich.) Urb.


Casearia bahiensis ​Sleumer


Casearia catharinensis ​Sleumer


Casearia combaymensis ​Tul.


Casearia commersoniana ​Cambess.


Casearia cotticensis ​Uittien


Casearia decandra ​Jacq.


Casearia duckeana ​Sleumer


Casearia eichleriana ​Sleumer


Casearia espiritosantensis ​R. Marquete et Mansano  


Casearia fasciculata ​(Ruiz & Pav.) Sleumer


Casearia gossypiosperma ​Briq.


Casearia grandiflora​ Cambess.


Casearia guianensis ​(Aubl.) Urb.


Casearia hirsuta ​Sw.


Casearia javitensis ​Kunth 


Casearia lasiophylla ​Eichler


Casearia luetzelburgii ​Sleumer


Casearia manausensis ​Sleumer


Casearia mariquitensis ​ Kunth


Casearia melliodora ​Eichler


Casearia mestrensis ​Sleumer 


Casearia murceana ​R. Marquete & Mansano


Casearia neblinae ​Sleumer  


Casearia negrensis ​Eichler


Casearia obliqua ​Spreng. 


Casearia oblongifolia ​Cambess.


Casearia obovalis ​Poepp. ex Griseb.


Casearia paranaensis​ Sleumer


Casearia pauciflora ​Cambess


Casearia pitumba ​Sleumer


Casearia resinifera ​Spruce ex Eichler 


Casearia rufescens ​Cambess.


Casearia rupestris ​Eichler


Casearia rusbyana ​Briq.


Casearia selloana ​Eichler


Casearia sessiliflora ​Cambess.


Casearia souzae ​R. Marquete & Mansano


Casearia spinescens ​(Sw.) Griseb.


Casearia spruceana ​Benth. ex Eichler


Casearia sylvestris ​Sw.


Casearia tenuipilosa ​Sleumer


Casearia uleana ​Sleumer


Casearia ulmifolia ​Vahl ex Vent.


Casearia zizyphoides ​Kunth


Euceraea


Euceraea nitida​ Mart.


Hasseltia


Hasseltia floribunda ​ Kunth


Hecatostemon


Hecatostemon completus ​(Jacq.) Sleumer


Homalium


Homalium guianense ​(Aubl.) Oken


Homalium racemosum ​Jacq.


Laetia


Laetia americana ​L.


Laetia coriacea ​Spruce ex Benth.


Laetia corymbulosa ​Spruce ex Benth.


Laetia cupulata ​Spruce ex Benth.


Laetia procera ​(Poepp.) Eichler


Laetia suaveolens ​ (Poepp.) Benth.


Lunania


Lunania parviflora ​Spruce ex Benth.


Macrothumia


Macrothumia kuhlmannii ​(Sleumer) M.H.Alford


Neoptychocarpus


Neoptychocarpus apodanthus ​(Kuhlm.) Buchheim 


Neoptychocarpus killipii ​(Monach.) Buchheim


Pleuranthodendron     


Pleuranthodendron lindenii ​(Turcz.) Sleumer


Prockia


Prockia crucis ​P.Browne ex L.


Ryania


Ryania angustifolia ​(Turcz.) Monach.


Ryania canescens​ Eichler


Ryania mansoana ​Eichler


Ryania pyrifera ​(Rich.) Sleumer


Ryania riedeliana ​Eichler


Ryania speciosa ​Vahl


Ryania spruceana ​Monach.


Salix


Salix humboldtiana ​Willd.


Salix martiana ​Leyb.


Tetrathylacium


Tetrathylacium macrophyllum ​Poepp.


xylosma


Xylosma benthamii​ (Tul.) Triana & Planch.


Xylosma ciliatifolia​ (Clos) Eichler


Xylosma glaberrima ​Sleumer


Xylosma intermedia​ (Seem.) Triana & Planch.


Xylosma prockia​ (Turcz.) Turcz.


Xylosma pseudosalzmanii ​ Sleumer


Xylosma tessmannii ​ Sleumer


Xylosma tweediana ​ (Clos) Eichler


Xylosma velutina ​ (Tul.) Triana & Planch.


Xylosma venosa ​N.E.Br.



Ecologia |


A polinização ocorre pelo vento ou por auxílio de insetos [3][2] dependendo do tipo da flor da espécie. Por exemplo, em flores reduzidas a polinização ocorre pelo vento, enquanto em alguns casos pode haver a atuação de insetos não especializados atraídos por recursos nectaríferos e aromáticos [3][5]


A dispersão de táxons constituídos de frutos em drupas, bagas ou cápsulas é feita por aves ou mamíferos. Alguns gêneros são dispersos pelo vento, pois apresentam cápsulas que liberam sementes aladas que são facilmente levadas pelo vento [3].



Distribuição fitogeográfica no Brasil |


Regiões e Estados de ocorrência no Brasil


-   Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins);


-   Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí,


Rio Grande do Norte, Sergipe);


-   Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso);


-   Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo);


-   Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina) [1].


Possíveis ocorrências


-   Norte (Tocantins);


Sudeste (Espírito Santo) [1].


Domínios Fitogeográficos no Brasil


Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, Pantanal [1].


Tipos Vegetacionais


Caatinga (stricto sensu), Campinarana, Campo de Altitude, Campo de Várzea, Campo Rupestre, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta de Igapó, Floresta de Terra Firme, Floresta de Várzea, Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista, Restinga, Savana Amazônica, Vegetação Sobre Afloramentos Rochosos [1].



Morfologia Geral |


São árvores ou arbustos dioicos, com folhas simples alternas com estípulas persistentes, decíduas ou ausentes [3]. Podem ou não possuir a borda do limbo serrilhada (denteada), com nervuras alcançando o ápice do dente e associadas às setas glandular e esférica [2]. As inflorescências são variáveis, em amentos ou flores solitárias, axilares ou terminais. As flores podem ser bissexuais ou unissexuais (hermafroditas ou dioicos) [6], submetidas por uma bráctea pilosa (​Salix e Populus​) [2]. As sépalas sendo livres, levemente conatas ou vestigiais; estames numerosos, livres ou conatos, e anteras bitecas. Os ovários são geralmente súperos (sobre os receptáculos), com placentação axial ou parietal [3].


Esse grupo, em sua maioria possui copa larga com ramos flexíveis (Chorão) ou copa estreita e ramos menos flexíveis [3]. Os frutos são deiscentes, em forma de baga, sâmara ou cápsula. Podem ser secos ou carnosos com inúmeras sementes cilíndricas com endosperma escasso ou ausente [3][2].




Indivíduo da espécie Salix alba, inserida na família Salicaceae.



Fisiologia e Fitoquímica |


Os organismos pertencentes ao gênero Salicaceae possuem o metabolismo do tipo C3 e seus açúcares são transportados como sacarose [5]. Apresentam heterosídeos fenólicos (salicilina, populina), sem a presença de glicosídeos e cianogênicos e normalmente com taninos [5][3].



Relações Filogenéticas |


Antigamente a família Salicaceae era descrita como “Flacourtiaceae” que incluia numerosos gêneros, com e sem compostos cianogênicos, como ​Salix​, ​Populus ​e Gynocardia​. A partir de análises filogenéticas de sequências ​rbcl foi possível sustentar a monofilia de Salicaceae, com sua única sinapomorfia: dentes foliares salicoides que ocasionalmente evoluíram formando folhas inteiras [3].


Os gêneros ​Salix ​e Populus ​compartilham muitas características como a presença de salicina, flores apopétalas e ausência de compostos cianogênicos. Em função disso, são aproximados na filogenia (grupos irmãos), formando um clado que foi inserido em Salicaceae [3].


Em contrapartida, a característica cianogênica agrupou alguns gêneros em um único clado dentro de Malpighiales, a família Achariaceae. Os indivíduos desse grupo não possuem disco nectarífero e apresentam o maior número de pétalas em relação ao número de sépalas, além de apresentarem anteras lineares [3].



Sinapomorfia |


Possuem uma única sinapomorfia morfológica, a presença de dentes foliares salicoides bem característicos, ausentes em ​Casearia[3].



Importância Econômica |


A família Salicaceae possui diversos usos, porém pouco valorizado economicamente [7].


Os gêneros Populus, Casearia e ​Macrohasseltia ​como possuem um crescimento rápido, é ótima para a indústria madeireira, fornecendo madeira e polpa de madeira. Eventualmente são cultivados como plantas ornamentais e usados em móveis de vime [7][3].


Já o gênero ​Salix, ​possui seu caule como fonte de ácido salicílico, precursor da aspirina [7][3]. Dentre algumas espécies como ​Flacourtia ​e ​Dovyalis, ​São cultivadas pelos de seus frutos comestíveis [3]. Tanto o Salix como o Populus são fontes potenciais de biocombustíveis. Já o gênero Ryania​ possuem compostos tóxicos usados em venenos e inseticidas [7]. Também possuem papel fundamental na prevenção da erosão e biorremediação do solo, sendo plantadas ao longo de cursos de rios [7]



Ver também |


  • Grupo de Filogenia das Angiospérmicas


Ligações externas |



  • (em inglês) Informação sobre Malpighiales - Angiosperm Phylogeny Website

  • (em inglês) Chave de identificação de famílias de angiospérmicas

  • (em inglês) Imagens e descrição de famílias de angiospérmicas - segundo sistema Cronquist





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Referências |




  1. abcdef «[1] Salicaceae in Flora do Brasil 2020 em construção». Consultado em 27 Set. 2018 


  2. abcdef «[2] Salicaceae, família». Consultado em 30 set. 2018 


  3. abcdefghijklmnop 1951-, Judd, Walter S., (2009). Sistemática vegetal : um enfoque filogenético. [S.l.]: Artmed. ISBN 9788536317557. OCLC 817089840 


  4. ab «Mitologia». Mitos Femininos. 9 de abril de 2012 


  5. abc «Angiosperm families - Salicaceae Mirbel». www.delta-intkey.com. Consultado em 28 de novembro de 2018 


  6. SOUZA, Vinicius C. (2008). Botânica sistemática: Guia ilustrado para identificação das famílias de Fanerógamas nativas e exóticas no Brasil, baseado em APGII. Nova Odessa: Instituto Plantarum de Estudos da Flora LTDA. pp. 325–327 


  7. abcde «Neotropical Salicaceae - Neotropikey from Kew». www.kew.org. Consultado em 28 de novembro de 2018 








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