Duque de Aveiro
Duque de Aveiro | |
---|---|
Criação | D. João III 1547 |
Ordem | Grandeza |
Tipo | Juro e herdade (1598) |
1.º Titular | D. João de Lencastre |
Linhagem | Portugal (Avis) e Lencastre |
Actual Titular | Extinto (1759) |
Títulos Subsidiários | Duque de Torres Novas Marquês de Torres Novas |
Solar | Palácio dos Duques de Aveiro, Azeitão |
Duque de Aveiro foi um título nobiliárquico criado por D. João III, em 1547, a D. João de Lencastre, filho sucessor do 2.º Duque de Coimbra, D. Jorge de Lencastre[1], este, por sua vez, filho bastardo de D. João II. Não sendo renovado o título de Coimbra por D. João III, ficou assim em uso o de Aveiro nesta Casa com a varonia do "Príncipe Perfeito".
Índice
1 História
2 Duques de Aveiro
3 A extinção do título
4 Outros títulos associados
5 Nome de Família
6 Ver também
7 Referências
8 Bibliografia
9 Ver também
10 Ligações externas
História |
Até 1640 era a Casa de Aveiro a segunda Casa Nobre do Reino, rivalizando em grandeza e riquezas apenas com a Casa de Bragança. Após a ascensão desta à Coroa tornou-se na primeira Casa Nobre de Portugal.
Inicialmente vitalício, o título de Duque de Aveiro foi tornado de juro e herdade por Decreto de D. Filipe I de Portugal em 1598, aquando do casamento dos 3º e 4º Duques.
Em 1606 D. Filipe II de Portugal outorgou aos Duques de Aveiro o tratamento oficial de Excelência, antes exclusivo dos Duques de Bragança (outorgado em 1579). O mesmo Rei, por Decreto de 26 de Setembro de 1619, elevou a Duque o título de Marquês de Torres Novas, título tradicional dos herdeiros do Ducado de Aveiro, honra similar apenas concedida anteriormente aos herdeiros do Ducado de Bragança, que desde 1562 usavam o título de Duque de Barcelos.
O Ducado de Aveiro foi extinto em 1759 por Decreto de D. José I aquando do Processo dos Távoras, com a condenação por traição do 8º Duque, D. José de Mascarenhas e Lencastre.
Duques de Aveiro |
D. João de Lencastre (1501 – 22 de Agosto de 1571)
D. Jorge de Lencastre (1548 – 4 de Agosto de 1578)
D. Juliana de Lencastre (1560–1636), casou com seu primo D. Álvaro de Lencastre; foram avós do Duque seguinte
D. Raimundo de Lencastre (1620 – 6 de Outubro de 1666), neto da Duquesa anterior
D. Pedro de Lencastre (1608 – 23 de Abril de 1673)
D. Maria de Lencastre (1630 – 7 de Fevereiro de 1715)
D. Gabriel de Lencastre (1667–1745)
D. José de Mascarenhas e Lencastre (2 de Outubro de 1708 – 13 de Janeiro de 1759)- D. Caetano Henriques Pereira Faria Saldanha de Lancastre (26 de Julho de 1877 - 14 de Junho de 1960). Fontes: 1-Castro da Silva Canedo (Fernando de), A descendência Portuguesa de El-Rei D. João II - Castro da Silva Canedo (Fernando - 1945), Livraria Castro e Silva. 2-Vasco de Lemos Mourisca, em Litoral, 11-3-1972; Arquivo. XI, pg. 61.
A extinção do título |
O 8.º duque de Aveiro foi declarado apátrida por ordem régia e sentença judicial em 1759, deixando de ter, por isso, quaisquer direitos aos títulos que ostentava. O filho herdeiro do último duque (a quem o Marquês de Pombal proibiu que se casasse), D. Martinho Mascarenhas da Silva e Lencastre, 6.º marquês de Gouveia, deixou descendência, embora ilegítima, no antigo concelho de Azeitão. Seu pai, D. José de Mascarenhas da Silva e Lencastre, também deixou descendência ilegítima na cidade de Aveiro, mais precisamente na freguesia de Aradas.
As propriedades desta família ducal foram todas confiscadas pela Casa Real em 1760. Todos os seus edifícios e bens próprios foram destruídos, concedidos a outrem ou vendidos, depois de confiscados pelo Estado. As pedras de armas dos Aveiro foram mandadas picar e o chão dos seus palácios e quintas mandado salgar. O próprio nome oficial da cidade de Aveiro foi alterado para o de Nova Bragança (mais tarde voltando ao original). A única propriedade ainda demonstrativa do antigo poder desta família é o grande e sumptuoso Palácio dos Duques de Aveiro em Vila Nogueira de Azeitão, infelizmente em total abandono e estado avançado de degradação.
São actualmente representantes desta família Lancastre, dos duques de Aveiro, o Conde das Alcáçovas, que por carta de D. Duarte Nuno, duque de Bragança, de 15-8-1939, assim o conferiu a D. Caetano Henriques Pereira Faria Saldanha de Lancastre, 4º Conde das Alcáçovas, Par do Reino, Aposentador-mór da Casa Real, Oficial-mór da Casa Real, Vedor da Rainha D. Amélia, Pai de 14 Filhos e casado com D. Maria Teresa de Saldanha de Oliveira e Daun.
Fontes:
1-Castro da Silva Canedo (Fernando de), A descendência Portuguesa de El-Rei D. João II - Castro da Silva Canedo (Fernando - 1945), Livraria Castro e Silva.
2-Vasco de Lemos Mourisca, em Litoral, 11-3-1972; Arquivo. XI, pg. 61.
Ainda existe um filho de Dom Afonso V, com sua sobrinha Dona Joana de Castela, chamado Dom Gonçalo Afonso d'Aviz Trastámara Fernandez, que por medidas de segurança, diante de uma conspiração para mata-lo, por questões políticas, pois a este cabia suceder seu irmão Dom João II, mediante a uma suposta união do Reino de Portugal e o Reino de Castella, pois a este cabia a sucessão das duas coroas, uma por linha paterna e a outra por linha materna. Por ordem da Casa Real Portuguesa, teve de ser exilado na Ilha da Madeira, nos Açores, onde recebia anualmente caravelas carregas de tudo quanto lhe era necessário para que tivesse vida de Príncipe, que de fato e direito lhe pertencia. Mais tarde seus descendentes, herdeiros legítimos e sucessores na linha de primogenitura, adotaram o apelido de " Lisboa", em 1539 com a morte de Gonçalo Afonso de Aviz Trastámara Fernandez, a primogenitura segui-se através de seu filho Pedro, e atualmente encontra-se com a Família Real Lisboa, a atual primogenitura, com as prerrogativas inerentes"Jus Majestatis et Jus Honorum" por "Jus Sanguinis et Jus Regno.
Outros títulos associados |
- Duque de Torres Novas
- Marquês de Torres Novas
- Conde de Aveiro
Nota: o título espanhol de Duque de Aveyro, não deve ser confundido com a presente situação, uma vez que se trata de uma honnra otorgado por Carlos II de Espanha, em 1681, que pretendia, assim, evitar o regresso a Portugal de D. Maria de Guadalupe de Lencastre que acabara de ser reconhecida como herdeira do título português, por morte do 5.º Duque, seu tio.
Nome de Família |
O nome de família dos Duques de Aveiro era Lencastre, Lancastre ou "Alencastro" (vide genealogia dos Alencastros da Casa de Aveiro, Torre do Tombo) dada[2] a ligação à rainha D. Filipa de Lencastre, filha de João de Gante, Duque de Lancaster.
Ver também |
- Marquês de Gouveia
- Marquês de Torres Novas
- Conde de Portalegre
- Conde de Santa Cruz
- Conde de Aveiro
Referências
↑ não referido]] (1963), «Aveiro, 1.º Duque de», in: Serrão, Joel, Dicionário de História de Portugal, ISBN 9726611601, I, Lisboa: Iniciativas Editoriais
↑ "Alencastros da Casa de Aveiro, Torre do Tombo,
Bibliografia |
Nobreza de Portugal e do Brasil, vol. II, Lisboa, Zairol Lda., 1989, pp. 342–347.
"Alencastros da Casa de Aveiro" torre do Tombo.
Ver também |
- Lista de ducados em Portugal
- Duque de Torres Novas
- Duque de Lisboa
- Marquês de Torres Novas
Ligações externas |
O Palácio dos Duques de Aveiro, em Azeitão www.azeitao.net