Ouro Preto





Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Ouro Preto (desambiguação).





































































































Município de Ouro Preto

"Ourinho
Imperial Cidade
Cidade onde os sinos dobram"


Centro histórico de Ouro Preto.

Centro histórico de Ouro Preto.











Bandeira de Ouro Preto


Brasão de Ouro Preto


Bandeira

Brasão


Hino
Fundação

8 de julho de 1711 (307 anos) (elevação a vila)

Gentílico

ouro-pretano[1]

Lema

Proetiosum aurum nigrum
"Precioso ouro negro"

Padroeiro(a)

Nossa Senhora do Pilar

CEP
35400-000

Prefeito(a)
Julio Ernesto de Grammont Machado de Araujo (MDB)
(2017 – 2020)
Localização

Localização de Ouro Preto

Localização de Ouro Preto em Minas Gerais


Ouro Preto está localizado em: Brasil


Ouro Preto


Localização de Ouro Preto no Brasil

20° 23' 08" S 43° 30' 29" O20° 23' 08" S 43° 30' 29" O

Unidade federativa

Minas Gerais

Região
intermediária

Belo Horizonte IBGE/2017[2]



Região
imediata

Santa Bárbara-Ouro Preto IBGE/2017[2]


Municípios limítrofes

Belo Vale
Moeda
Itabirito
Santa Bárbara
Mariana
Piranga
Catas Altas da Noruega
Ouro Branco e
Congonhas
Distância até a capital
96 km
Características geográficas

Área
1 245,865 km² [1]

População
73 994 hab. estatísticas IBGE/2018[1]

Densidade
59,39 hab./km²

Altitude
1179 m

Clima

tropical de altitude Cwb

Fuso horário

UTC−3
Indicadores

IDH-M
0,741 elevado PNUD/2010[3]

PIB

R$ 3 918 827,23 mil IBGE/2015[4]

PIB per capita

R$ 52 931,37 IBGE/2015[4]
Página oficial

Prefeitura

www.ouropreto.mg.gov.br

Câmara

www.cmop.mg.gov.br

Ouro Preto é um município brasileiro localizado no estado de Minas Gerais, na Região Sudeste do país. Sua população estimada em 2018 era de cerca de 74 mil habitantes. Localiza-se na latitude 20º23'08" sul, longitude 43º30'29" oeste e altitude média de 1 179 metros.


O município foi fundado em 1711, por meio da fusão de diversos arraiais, fundados por bandeirantes. No município, há treze distritos: Amarantina, Antônio Pereira, Cachoeira do Campo, Engenheiro Correia, Glaura, Lavras Novas, Miguel Burnier, Santa Rita de Ouro Preto, Santo Antônio do Leite, Santo Antônio do Salto, São Bartolomeu e Rodrigo Silva, além da sede.


Ouro Preto localiza-se em uma das principais áreas do ciclo do ouro. Oficialmente, foram enviadas a Portugal 800 toneladas de ouro no século XVIII, isso sem contar o que circulou de maneira ilegal, nem o que permaneceu na colônia, como por exemplo o ouro empregado na ornamentação das igrejas.[5] O município chegou a ser a cidade mais populosa da América Latina, contando com cerca de 40 mil pessoas em 1730 e, décadas após, 80 mil. Àquela época, a população de Nova York era de menos da metade desse número de habitantes e a população de São Paulo não ultrapassava 8 mil.[5] A Cidade Histórica foi o primeiro sítio brasileiro considerado Patrimônio Mundial pela UNESCO, título que recebeu em 1980.[6] Foi considerada patrimônio estadual em 1933 e monumento nacional em 1938.[7]




Índice






  • 1 História


    • 1.1 Povoamento


    • 1.2 Atividade mineradora


    • 1.3 Século XIX


    • 1.4 Séculos XX e XXI




  • 2 Geografia


    • 2.1 Clima




  • 3 Economia


    • 3.1 Ecoturismo




  • 4 Subdivisões


  • 5 Infraestrutura


    • 5.1 Educação




  • 6 Cultura


    • 6.1 Patrimônio histórico


    • 6.2 Museus


    • 6.3 Casa da Ópera




  • 7 Ver também


  • 8 Referências


  • 9 Ligações externas





História |



Povoamento |


Antes da chegada dos colonizadores de origem europeia no século XVI, toda a região atualmente ocupada pelo estado de Minas Gerais era habitada por povos indígenas que falavam línguas do tronco linguístico macro-jê.[carece de fontes?] A partir do século XVI, exploradores luso-tupis provenientes de São Paulo, os chamados bandeirantes, começaram a percorrer a região do atual estado de Minas Gerais em busca de ouro, pedras preciosas e escravos indígenas. Nesse processo, dizimaram muitas nações indígenas da região. No final do século XVII, finalmente foi descoberto ouro na região, aumentando ainda mais o afluxo de aventureiros para a região. Enquanto isso, as descobertas de ouro nos córregos continuavam no sertão, elevando nomes como o de Antônio Dias de Oliveira, Bartolomeu Bueno de Siqueira, Carlos Pedroso da Silveira e de gente vinda da Bahia e de Pernambuco e acendendo ambições de além-mar. As expedições procuravam ora o Rio das Velhas (principalmente os paulistas, que haviam acompanhado a bandeira de Fernão Dias Pais e de dom Rodrigo de Castelo-Branco), ora o Tripuí, onde já se havia encontrado o afamado "ouro preto", balizado pelo cabeço enevoado do pico do Itacolomi, que começavam a avistar logo transposto o Itatiaia.[8]


Orientados pelos picos que eriçam as serras de Ouro Branco, Itatiaia, Ouro Preto, Itacolomi, Cachoeira, Casa Branca, Ribeirão do Carmo etc., os exploradores seguiam, juntos ou separados. Diz Antonil que, da mina da Serra do Itatiaia, a saber do Ouro Branco (assim chamavam ao ouro ainda não bem formado), distante do Ribeiro do Ouro Preto oito dias de caminho moderado até o jantar, dele não faziam caso os paulistas por terem outras de ouro formado e muito melhor rendimento. Segundo José Rebelo Perdigão, secretário do governador Artur de Sá e Menezes, em 1695 e 1696 teria sido descoberto, nesta montanha, um ribeiro aurífero ao qual se deu mais tarde o nome de Gualacho do Sul, mas que os paulistas desta bandeira de Garcia de Almeida e Cunha, o Miguel Garcia, não se recusaram a dividir a jazida com seus companheiros de Taubaté, os quais, se tendo então separado, tomaram marcha para o interior e descobriram o ribeiro de Ouro Preto. Dos córregos e morros de Ouro Preto, ainda hoje chamados o Passadez, Bom Sucesso, Ouro Fino, Ouro Bueno, foram descobridores Antônio Dias, de Taubaté, o padre João de Faria Fialho e Tomás Lopes de Camargo, primo do descobridor do Itaverava Bartolomeu Bueno de Siqueira.[8]


As terras ali eram de "tal modo requestadas que por acudir muita gente, só pode tocar três braças em quadra a cada minerador", segundo o historiador Varnhagen. Nomes como Brumado, Sumidouro[desambiguação necessária], rio Antônio Dias de Oliveira, pelo padre João de Faria Fialho e pelo coronel Tomás Lopes de Camargo e um irmão deste, por volta de 1698. A vila foi fundada em 1652 pela junção desses vários arraiais, tornando-se sede de concelho, com a designação de "Vila Rica".[8] Inicialmente Vila Rica de Albuquerque e depois Vila Rica de de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto.[9]



Atividade mineradora |




Mapa de rendimento do ouro nas Reais Casas de Fundição em Minas Gerais, entre julho e setembro de 1767. Arquivo Nacional.


O ouro mineiro começou a chegar ao Reino de Portugal ainda no final do século XVII. Em 1697, o embaixador francês Rouillé mencionou a chegada de ouro "peruano". Não era distribuição fácil nem equitativa, pois, às vezes, eram explorados aluviões riquíssimos ao longo de um curso d'água estreito e, assim a riqueza mineral não era bem distribuída. Pelo Direito da época, o senhor do solo e do subsolo era o rei, mas não podia trabalhar a terra e a dava em quinhões a particulares para explorar mediante parte nos resultados, o que constituía a "pensão enfitêutica" devida ao senhorio. A porção era de vinte por cento = o quinto = cuja história é a própria história de Minas, segundo seu historiador Diogo de Vasconcelos. Para a arrecadação, em cada distrito havia um Guarda-mor com escrivão, tesoureiro e oficiais. "Consideravam-se novas só as lavras distantes meia légua de alguma lavra já conhecida, de modo que os ambiciosos afastavam-se delas para se enquadrarem nas regalias, multiplicando-se os manifestos e seus exploradores, sem garantia de vida e propriedade, tendo que se entrincheirar no próprio local de trabalho, levantando abrigos ou aproveitando as bocas das minas, concorrendo para a disseminação de povoados".[8]


Vieram artífices de profissões diversas, no arraial de Ouro Preto e no arraial de Antônio Dias, no Caquende, Bom Sucesso, Passa-Dez, na Serra e Taquaral, construindo capelas, casas de morada e fabricando ferramentas. Em toda parte, foi revirada e pesquisada a areia dos ribeiros e a terra das montanhas, levantando-se barracas perto de terrenos auríferos, arraiais de paulistas começando a povoar o interior da terra que hoje é Minas Gerais. Organizaram-se depois os povoados em torno de capelas provisórias, até a "grande fome".[8]


Diz Antonil em 1710: "A sede insaciável do ouro estimulou a tantos a deixarem suas terras e a meterem-se por caminhos tão ásperos como os das Minas, que dificultosamente se poderá dar conta do número das pessoas que atualmente lá estão. Cada ano, vêm, nas frotas, quantidades de portugueses e estrangeiros para passarem às Minas." E, adiante: "As constantes invasões de portugueses do litoral vencerão os paulistas que haviam descoberto as lavagens de ouro - florestas batidas, montanhas revolvidas, rios desviados de cursos, pois a sede de ouro enlouquecia.[8]


Desciam das serras que isolavam Minas homens levando famílias, escravos, instrumentos de mineração, atravessando florestas e vadeando rios caudalosos depois de lutar às vezes contra índios expulsos do litoral. Frades fugiam dos conventos, proprietários abandonavam plantações, procurando como loucos as terras do centro - visão fugitiva de riquezas acumuladas sem luta nem trabalho. Em 1720, foi escolhida para capital da nova Capitania de Minas Gerais. A cidade tem o nome de "Ouro Preto" devido a uma característica do mineral aqui encontrado na época: o ouro era escurecido por uma camada de óxido de ferro, dando-lhe tonalidade escura.[10]



Século XIX |




Vila Rica nos anos 1820, por Rugendas.




Ouro Preto em 1870.


Em 1823, após a Independência do Brasil, Vila Rica recebeu o título de Imperial Cidade, conferido por dom Pedro I do Brasil, tornando-se oficialmente capital da então província das Minas Gerais e passando a ser designada como Imperial Cidade de Ouro Preto. Em 1839, foi fundada a Escola de Farmácia, tida como a primeira escola de farmácia da América do Sul. Em 12 de outubro de 1876, a pedido de dom Pedro II do Brasil, Claude Henri Gorceix fundou a Escola de Minas em Ouro Preto. Esta foi a primeira escola de estudos mineralógicos, geológicos e metalúrgicos do Brasil e, hoje, é uma das principais instituições de engenharia do país.[8]


Foi a capital da província e, mais tarde, do estado, até 1897. Assim era descrita a cidade de Ouro Preto pelo ilustre fundador da Escola de Minas, em relatório enviado ao imperador dom Pedro II: "Em muito pequena extensão de terreno, pode-se acompanhar a série quase completa das rochas metamórficas que constituem grande parte do território brasileiro e todos os arredores da cidade se prestam a excursões mineralógicas proveitosas e interessantes." (Claude Henri Gorceix)[carece de fontes?]


Segundo Oliveira (2006), desde que ocorreu a fixação nas áreas mineradoras da região de Ouro Preto, no final do século XVII e início do XVIII, a cidade teve várias imagens. De um local que "exalava conflitos", no dizer do Conde de Assumar, governador da Capitania das Minas no século XVIII, até a de uma capital que dificultava a modernização do Estado no início da República. O início da ocupação do espaço urbano de Ouro Preto ocorreu com a formação de arraiais mineradores isolados (Ouro Podre, Taquaral, Antônio Dias, Pilar). A consolidação urbana e a presença efetiva da Coroa portuguesa se deu somente em meados do século XVIII com a construção dos Palácio dos Governadores (atual Escola de Minas), pelo engenheiro-militar José Fernandes Alpoim e dos arruamentos ligando os referidos arraiais.[8]


Entretanto, em 1897, a mudança da capital para Belo Horizonte provocou um esvaziamento da cidade (cerca de 45 por cento da população) e acabou inibindo o crescimento urbano da cidade nas décadas seguintes, fato que contribuiu para preservação do Centro Histórico de Ouro Preto. Naquele momento, Ouro Preto era vista pela elite mineira como símbolo do atraso e a construção de Belo Horizonte também representou o ideal republicano de modernização. Entretanto, também havia partidários da permanência da capital em Ouro Preto. Estes propuseram planos de revitalização da cidade e destacavam a importância histórica da cidade na conformação de Minas e do Brasil. Com a proclamação da república brasileira em 1889, a velha cidade de Ouro Preto passou a ser vista como um entrave para o desenvolvimento do estado de Minas Gerais, que substituiu a província de Minas Gerais. Foi decidida, então, a transferência da capital estadual para uma cidade planejada, a atual cidade de Belo Horizonte, que veio a ser inaugurada em 1897.[11]



Séculos XX e XXI |




Vista da cidade, circa 1903


As igrejas barrocas e o casario colonial de Ouro Preto só voltaram a ficar evidenciados de forma positiva pelo movimento modernista, na década de 1920. Nesse momento, as obras de Aleijadinho e Mestre Ataíde passaram a ser vistas como manifestações primeiras de uma cultura genuinamente brasileira. O próprio tombamento da cidade faz parte do projeto de construção de nacionalidade brasileira, sendo o primeiro local do país considerado monumento nacional.[12]


Em 2005, foi alterado o lema inscrito na bandeira da cidade. Segundo os movimentos negros, o lema anterior, PROETIOSVM TAMEM NIGRVM (traduzido do latim, "Precioso, Ainda que Negro") tinha uma conotação racista. Dessa forma, o novo lema inscrito na bandeira da cidade passou a ser PROETIOSVM AVRVM NIGRVM ("Precioso Ouro Negro").[13]


Na década de 2010, uma grande preocupação era conservar o patrimônio, tendo em vista o grande número de turistas (15 a 25 mil por mês) e carros ( 32,7 mil em 2016, mais que o dobro do número de 2006), e as atividades de mineração na região. Apesar do Programa de Aceleração do Crescimento designar recursos para cidades históricas, a Igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinhos foi fechada em 2014 para reforma e permanecia assim dois anos depois. O trânsito também tem o problema das ruas apertadas, que quando se enchem de carros atrapalham pedestres a atravessar.[14]





Panorama do Centro Histórico de Ouro Preto




Geografia |





Pico do Itacolomi, parte do Parque Estadual do Itacolomi, visto a partir de Ouro Preto


De acordo com a divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística vigente desde 2017,[15] o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária de Belo Horizonte e Imediata de Santa Bárbara-Ouro Preto.[2] Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, o município fazia parte da microrregião de Ouro Preto, que por sua vez estava incluída na mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte.[16]


O relevo local varia muito: de Amarantina 700 (setecentos metros) aos mais de 1 600 metros em Antônio Pereira. O relevo acidentado não favorece as atividades agropastoris. Caracterizam-se as indústrias extrativas de minério e pedras. A altitude média é de 1 116 metros. O ponto mais alto é o Pico do Itacolomi, com 1 722 metros.[carece de fontes?]


O município possui uma área de 1 245,114 quilômetros quadrados e abriga as nascentes dos rios das Velhas, Piracicaba, Gualaxo do Norte, Gualaxo do Sul, Mainart e do ribeirão Funil.[carece de fontes?]


Ouro Preto abriga campos rupestres, matas de Araucária (Pinhais), florestas de candeias e possui grandes áreas remanescentes da Mata Atlântica. A vegetação predominante de Ouro Preto é o cerrado.



Clima |


O clima predominante é o tropical de altitude (Cwb, de acordo com a classificação climática de Köppen-Geiger), característico das regiões montanhosas, com chuvas durante os meses de outubro a abril e geadas ocasionais em junho e julho. Há um relato de queda de neve na cidade no ano de 1843.[17]






















































































Dados climatológicos para Ouro Preto
Mês

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez
Ano
Temperatura máxima média (°C)
26
26,1
25,3
24
22,5
21,6
21,3
23
24
24,2
24,5
24,6
23,7
Temperatura média (°C)
20,8
20,8
20,1
18,7
16,7
15,3
14,8
16,2
18
18,9
19,6
19,9
18,3
Temperatura mínima média (°C)
15,6
15,5
14
13,4
10,9
9,1
8,3
9,5
12
13,7
14,7
15,2
12,7

Precipitação (mm)
283
208
175
82
29
17
15
24
57
115
223
324
1 552

Fonte: Climate-data.org[18]


Economia |




O turismo constitui uma parte significativa da economia de Ouro Preto. Na imagem, a Igreja de São Francisco de Assis, uma das mais celebradas criações de Aleijadinho.


Apesar de atualmente a economia de Ouro Preto depender muito do turismo, há também importantes indústrias metalúrgicas e de mineração no município. As principais atividades econômicas são o turismo, a indústria de transformação e as reservas minerais do seu subsolo, tais como ferro, bauxita, manganês, talco e mármore.


Os minerais de importância são o ouro, a hematita, a dolomita, turmalina, pirita, muscovita, topázio e topázio imperial, esta última apenas encontrada em Ouro Preto.


Uma outra importante fonte de recursos para o município são os estudantes da Universidade Federal de Ouro Preto, oriundos principalmente da Região Sudeste do Brasil.



Ecoturismo |


Apesar de ter a maior parte do intenso fluxo turístico focado na arquitetura e importância histórica, o município possui um rico e variado ecossistema em seu entorno, com cachoeiras, trilhas seculares e uma enorme área de mata nativa, que teve a felicidade de ser protegida com a criação de Parques Estaduais. O mais recente destes situa-se próximo ao distrito de São Bartolomeu.[19]



Subdivisões |




Igreja do distrito de Lavras Novas.


Ver também: Lista de distritos de Ouro Preto

A Prefeitura Ouro Preto nunca delimitou oficialmente os bairros da cidade, reconhecendo como subdivisões oficiais apenas os 13 distritos. Entretanto, só no distrito sede, existem locais que por questões culturais são chamados de bairros[20] cujos nomes populares se seguem: Alto da Cruz, Água Limpa, Antonio Dias, Barra, Bauxita, Centro, Cabeças, Jardim Alvorada, Lajes, Morro Santana, Morro São João, Morro São Sebastião, Morro do Cruzeiro, Morro da Queimada, Nossa Senhora de Lourdes, Padre Faria, Piedade, Pilar, Rosário, São Cristóvão, Saramenha, Taquaral, Vila Aparecida, Vila dos Engenheiros, Vila São José,[21] entre alguns outros existentes.



Infraestrutura |



Educação |




Prédio da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)


A Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) foi instituída como Fundação de Direito Público em 21 de agosto de 1969, incorporando duas instituições de ensino superior centenárias: a Escola de Farmácia (fundada em 1839) e a Escola de Minas (fundada em 1876). Conciliando tradição e modernidade, a Universidade Federal de Ouro Preto expandiu-se com a criação de unidades acadêmicas e com a implantação de cursos. A universidade oferece 28 cursos de graduação, contando com 22 departamentos e sete unidades acadêmicas, entre as quais o Centro de Educação Aberta e a Distância, que atualmente ministra o curso de Licenciatura em Educação Básica – Anos Iniciais e o curso de Especialização – Formação de Orientadores Acadêmicos para ensino à distância, atuando em treze polos, em convênios com prefeituras municipais. Atualmente, a instituição é referência no país nas áreas de engenharia e farmácia. Os estudantes da Universidade Federal de Ouro Preto procedem principalmente do interior dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Goiás. Com isso, morar em repúblicas é praticamente uma marca dos estudantes de Ouro Preto e, muitas vezes, uma necessidade.[carece de fontes?]




Campus Morro do Cruzeiro da Escola de Minas de Ouro Preto.


As repúblicas estudantis fazem parte da tradição da cidade. Muitas delas instaladas em prédios pertencentes à Universidade Federal de Ouro Preto (sendo essas as Repúblicas Federais de Ouro Preto), absorvem parcela significativa dos estudantes, em Ouro Preto e Mariana. São administradas pelos próprios estudantes, que definem as regras de admissão nelas. Ao longo de mais de um século, as repúblicas desenvolveram uma cultura própria, e mantêm laços estreitos com ex-alunos e ex-residentes. Esse laço é muito forte entre as repúblicas federais, tradicionalmente nas festas republicanas (12 de outubro, aniversário da Escola de Minas e o 21 de abril, Tiradentes e aniversário das Repúblicas do Campus), os antigos ex-alunos estão presentes uma forma de relembrar e reviver as lembranças dos tempos de universidade.A Refop[22](Repúblicas Federais de Ouro Preto) é composta por 67 repúblicas, sendo uma mista, 51 masculinas e quinze femininas. Os calouros, conhecidos como "bixos", passam por um período de testes, conhecido como batalha, antes de ingressar em definitivo na república. Esse período de batalha dura, em média, seis meses e os veteranos aplicam diversos trotes, tais como raspar o cabelo e espalhar as roupas por outras repúblicas. Os interessados poderão também acessar algumas homepages das próprias repúblicas, para saber um pouco mais sobre elas, sentindo seu espírito, conhecendo seus moradores e suas programações.[23]


O município conta também com um câmpus do Instituto Federal de Minas Gerais, que oferece qualificação técnica nos modos integrado ao ensino médio e subsequente além de possuir alguns cursos superiores.[24][25]



Cultura |







































Pix.gif

Cidade Histórica de Ouro Preto *

Welterbe.svg



Património Mundial da UNESCO



Conjunto arquitetônico e urbanístico de Ouro Preto.JPG
Vista do Centro Histórico de Ouro Preto.


País

 Brasil

Critérios

i, iii

Referência

124

Região**

Brasil

Coordenadas

20° 23′ 07″ S, 43° 30′ 13″ O

Histórico de inscrição

Inscrição

1980  (4.ª sessão)
* Nome como inscrito na lista do Património Mundial.
** Região, segundo a classificação pela UNESCO.


Patrimônio histórico |


A cidade se tornou conhecida como um "museu a céu aberto", preservando um grande núcleo de casario colonial essencialmente intacto,[26] prestigiado em todo o Brasil e mesmo no estrangeiro, tanto que a Cidade Histórica foi declarada pela UNESCO um Patrimônio da Humanidade, quando a organização enfatizou a autenticidade, integridade e originalidade de seu panorama urbano, qualificado como uma obra do gênio humano, sua importância histórica como sede da Inconfidência e de um florescente polo cultural, e o relevo de seus principais monumentos religiosos, onde atuaram mestres de importância superior como Aleijadinho e Ataíde, que deixaram obras que se colocam como os primeiros sinais de uma genuína brasilidade.[6]


Suas igrejas se tornaram particularmente célebres, muitas delas ricamente decoradas e de superlativa importância artística e histórica,[6] onde se incluem, por exemplo, as igrejas de São Francisco de Assis, a Matriz do Pilar, a Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias, a de Nossa Senhora do Carmo, a de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e a Capela do Padre Faria.


Ouro Preto também se destaca pela atividade cultural. Todos os anos, sedia o Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana - Fórum das Artes. No ano de 2010, o Festival homenageou Mestre Ataíde, pintor de grande influência no barroco de Minas Gerais. Ouro Preto e Mariana receberam atrações como Roberta Sá, 14 Bis, Sá e Guarabira, Gabriel, o Pensador e Chico César.


Atividades culturais como teatro, música, artesanato, literatura, discussões em mesas redondas e palestras sobre meio ambiente e incentivo à leitura para crianças também entraram no calendário do Festival. Também tem o maior Carnaval Estudantil do Brasil, onde as festas são organizadas pelos moradores das Repúblicas Estudantis.


Recentemente, Ouro Preto foi eleita uma das Sete Maravilhas Brasileiras, numa eleição organizada pela revista Caras e o banco HSBC.[27]



Museus |




Edifício que abrigou a Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica, hoje Museu da Inconfidência, na Praça Tiradentes.


A cidade tem instituições que guardam acervos variados como Museu das Reduções, Museu do Chá, Museu de Ciência e Técnica da Escola de Minas, Museu da Inconfidência, Museu da Música, Museu Casa dos Contos, Ludo Museu, Museu do Oratório, Museu Casa Guignard, Museu de Pharmacia, Museu de Arte Sacra do Pilar, Museu Aberto Cidade Viva e Museu Aleijadinho além do Museu do Ouro, onde são encontradas diversas pedras preciosas.[28]



Casa da Ópera |


Ouro Preto abriga o mais antigo teatro em funcionamento da América Latina, o Teatro Municipal de Ouro Preto. Após passar por restauração, no ano de 2007 a Casa da Ópera (nome original) foi reaberta ao público.[29]


A Casa da Ópera foi construída pelo contratador português João de Souza Lisboa, com apoio do conde de Valadares, governador da Capitania, e de seu secretário, o poeta Cláudio Manuel da Costa. Situada próximo à Igreja do Carmo, em terreno íngreme, foi inaugurada no dia 6 de junho de 1770, na comemoração do aniversário do Rei Dom José I.



Ver também |




  • Pascoal da Silva Guimarães, cujo nome foi empregado no Morro da Queimada.


  • Guerra dos Emboabas, sobre os conflitos armados no início da mineração.

  • Aleijadinho

  • Palácio dos Governadores

  • Arquidiocese de Mariana

  • Lista de municípios de Minas Gerais

  • Lista de municípios do Brasil

  • Rio Doce

  • Rio São Francisco



Referências




  1. abc Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Ouro Preto». Consultado em 26 de outubro de 2018. Cópia arquivada em 26 de outubro de 2018 


  2. abc Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2017). «Base de dados por municípios das Regiões Geográficas Imediatas e Intermediárias do Brasil». Consultado em 26 de outubro de 2018 


  3. Atlas do Desenvolvimento Humano (29 de julho de 2013). «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil» (PDF). Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Consultado em 26 de outubro de 2018. Cópia arquivada (PDF) em 8 de julho de 2014 


  4. ab Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2015). «Produto Interno Bruto dos Municípios - 2015». Consultado em 26 de outubro de 2018. Cópia arquivada em 26 de outubro de 2018 


  5. ab Ouro Preto


  6. abc UNESCO. Historic Town of Ouro Preto.


  7. «Ouro Preto comemora 30 anos como Patrimônio Cultural da Humanidade». G1. 5 de Setembro de 2010. Consultado em 10 de Setembro de 2015 


  8. abcdefgh Prefeitura Municipal de Ouro Preto (ed.). «História». Consultado em 6 de novembro de 2017 


  9. Vila Rica de de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto


  10. «Dados Gerais». Consultado em 14 de março de 2018 


  11. [1]


  12. OLIVEIRA, Alexandre Augusto de. O olhar de Luiz Fontana: documentação de Ouro Preto (1930-1960) – Fotografia e arte pública: um estudo de caso.2006.Dissertação “Mestrado” Área de Concentração: Artes Visuais.Universidade Estadual Paulista, Instituto de Artes.São Paulo.


  13. Ouro Preto muda bandeira Blog Marcha Zumbi Mais


  14. Beleza e descaso convivem em Ouro Preto, Patrimônio da Humanidade


  15. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2017). «Divisão Regional do Brasil». Consultado em 26 de outubro de 2018. Cópia arquivada em 26 de outubro de 2018 


  16. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1990). «Divisão regional do Brasil em mesorregiões e microrregiões geográficas» (PDF). Biblioteca IBGE. 1: 74–76. Consultado em 26 de outubro de 2018. Cópia arquivada (PDF) em 26 de outubro de 2018 


  17. [2]


  18. «CLIMA: OURO PRETO». Climate-data.org. Consultado em 31 de dezembro de 2015. Cópia arquivada em 31 de dezembro de 2015 


  19. «Lista de atrações de Ouro Preto»  - Idas Brasil, (visitado em 9-3-2010)


  20. Câmara Municipal de Ouro Preto


  21. [3]


  22. «Grupo republicano federal de Ouro Preto»  acessado a 24 de setembro de 2011


  23. Universidade Federal de Ouro Preto


  24. «DA REDE FEDERAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL, CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA». 29 de dezembro de 2008. Consultado em 6 de fevereiro de 2015 


  25. «Nossas unidades». Instituto Federal de Minas Gerais. Consultado em 6 de novembro de 2016 


  26. «Ouro Preto»  - Descubra Minas, 2009 (visitado em 9-3-2010)


  27. CARAS HOMENAGEIA ESTADOS DAS SETE MARAVILHAS BRASILEIRAS


  28. «Sistemas de Museus de Ouro Preto»  - Ministério da Educação, (visitado em 9-3-2010)


  29. http://www.ouropreto.org.br/; http://www.santaluzianet.com/modules/news/article.php?storyid=811



Ligações externas |












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Imagem: Cidade Histórica de Ouro Preto
A cidade de Ouro Preto inclui o sítio Cidade Histórica de Ouro Preto, Património Mundial da UNESCO.

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